Oi gente! Eu sei que demorei muito mais que devia, aconteceu algumas complicações comigo nos últimos dias, mas acho que agora está tudo tranquilo.
Acredito que esse capítulo tenha ficado ao agrado de vocês ^.^
Boa leitura!
Capítulo 19: Especial: Como cuidar da Luny.
Lucy POV on:
– Claro, pode deixar que eu cuido dela, se divirtam! –Respondi para a pessoa que estava do outro lado da linha telefônica, eram oito e meia da manhã e me acordei puta por causa disso. Mas o que me pediram me deixou animada, rapidamente tomei banho e fiz meu café, minha sobrinha chegaria e passaria o dia comigo, estava totalmente empolgada.
Umas duas horas se passaram bem rápido, fiz minhas coisas rotineiras na parte da manhã o mais rápido que possível para poder aproveitar minha picorrucha, fiquei na sala assistindo TV enquanto Plue tentava roubar o controle de minha mão no sofá. Escutei a companhia tocar e fui direto para a porta.
– Lucy quanto tempo! –A mulher me abraçou de maneira desajeitada, era minha cunhada, mas podia se dizer que eu era mais próxima dela do que meu irmão. Tomei cuidado para não machucar a pequena que estava em seu colo e retribui seu abraço.
– Vocês não imaginam como eu senti saudades! –Respondi animada e depositei um beijo na bochecha de meu irmão, como sempre o mesmo estava com cara de bunda, mas era uma boa pessoa e eu sei que ele está satisfeito e feliz com tudo que se passa.
– Pois é dona Lucy, nem pra falar que se mudou. –Ele me respondeu, mas apenas o ignorei, tinha algo que chamava mais minha atenção do que sua cara feia. Desculpe querido, mas quem herdou a beleza da família fui eu!
– Oi coisa linda da titia! –Peguei a loirinha, que já se encontrava acordada por conta do barulho, e apertei-a de leve em meus braços. A mesma sorriu pra mim e soltou sua risada gostosa de bebê, me deixando completamente boba. -Vocês querem entrar? –Perguntei sem olhar em seus rostos, ainda estava na porta e os dois me disseram que queriam aproveitar o dia só pra eles. Mas era falta de educação não perguntar se queriam pelo menos tomar café.
– Ah muito obrigada, mas nós queríamos passar o dia desde cedo juntos, certo amor? –A esposa do meu irmão falou e eu assenti sorrindo abertamente. –Tem certeza que não vai ser incômodo? –Me demonstrou uma feição preocupada e eu sorri ainda mais, me lembro até hoje do que falei quando Luny nasceu. Quando eles quisessem se divertir e descontrair eu não me importava de ficar com ela.
– Claro que não, vocês sabem disso. Podem ficar tranquilos! –Passei conforto para os pais babões que logo suspiraram, era muito difícil de deixarem ela por algumas horas com outra pessoa, mesmo que seja da família. E ainda mais que hoje ela vai ficar o dia inteiro em minha casa.
– Ok então. Só vou deixar as coisas dela aqui com você e já iremos embora. –Assenti e o loiro passou, deixamos na cozinha o bebê conforto e duas sacolas enormes cheias de coisas de bebês. – Bela casa. –Ele elogiou olhando para todos os cantos e logo afagou minha cabeça, coisa de irmão mais velho...
– Obrigada! –Sorri envergonhada. –Da tchau para o papai Luny-chan! –Peguei sua mãosinha que ao invés de acenar, segurou meu dedo.
– Se comporte meu amor, não faça muito cocô na tia Lucy! –Beijou o rosto da pequena que fez um som fofinho em reação, ri um pouco com o que ele falou, até parece que ela faz isso.
– Até mais então, podem me ligar à hora que quiserem! –Gritei pra ele que já tinha saído do cômodo.
– O mesmo vale pra você! –Me respondeu do mesmo tom e fechou a porta.
– Então pequena, agora somos só nós duas! –Levantei-a pra cima fazendo a rir, me direcionei até a sala depois de pegar alguns de seus brinquedos favoritos e a mamadeira. Encontrei Plue e ela ficou com os olinhos brilhando ao vê-lo. –Olha só Plue, a Luny-chan veio nos visitar! –Falei com ele que não parava de balançar o rabinho demonstrando felicidade.
Peguei em minhas mãos a mamadeira que ainda estava quentinha, tinha que amamentar ela de três em três horas e hoje de manhã ela ainda não tinha se alimentado. O ruim é que ela não parava de se mexer e isso dificultava bastante, não a culpo por que estava em um lugar novo e cheio de novidades, mas eu tinha que fazer isso.
Plue também conseguiu fazer que fosse ainda mais difícil, ele não parava de latir fazendo Luny querer pegá-lo, finalmente coloquei o bico da mamadeira em sua boca pequena, quando percebeu que era leite agarrou com suas mãosinhas e ficou tomando rapidinho. Que gulosa!
– Devagar, assim você engasga. –Tentei tirar um pouco para que ela entendesse que teria de ser com calma, mas a mesma deu um guincho ameaçando a chorar. Personalidade do pai, brigona desde cedo. –Ok, não vou roubar seu “mamá”.
Meu celular estava ao lado da minha perna, com uma das mãos apertei o botão do meio e vi as horas, dez e cinco. Nastu sempre vinha mais ou menos esse horário pra cá, antes do trabalho e ficava pelo menos uma hora. Mas hoje é sábado e ele não precisa ir à empresa! Sorri com o pensamento, amo ficar perto dele, faz me sentir bem. Mas dessa vez teríamos uma nova companheira conosco só queria ver no que iria resultar.
Percebi que Luny acabou com o leite e estava me olhando. Coloquei o plástico vazio na pequena mesa de centro em minha frente e posicionei a mini loirinha de maneira que a fizesse arrotar. Bati por alguns segundos de leve em suas costas, mas ela soltou uma golfada em minha blusa.
– Nossa Luny, o que eu falei pra você? –Quando eu falei a pequena arrotou e começou a rir de mim, suspirei e fui até a cozinha pegando o bebê conforto. Coloquei-a lá dentro voltando para a sala. – Agora a tia Lucy vai lá no quarto rapidinho trocar de blusa e já volta ok?
Verifiquei totalmente a cadeirinha para que tivesse certeza que ela estava segura. Bastou eu me virar de costas para que ela começasse a chorar e eu fiquei desesperada.
– O que foi? –Arregalei os olhos e fui até ela, o choro cessou e eu fiquei sem entender. Passei a mão em sua pequena cabeça suspirando. –Eu já volto só vou me trocar!
Estava realmente precisando, o cheirinho de leite azedo vomitado em você não é muito agradável, ainda mais que quando é muito forte, eu fico sentindo ele até o resto do dia se não me limpar rápido. Dei três passos quando me virei e Luny começou a chorar novamente, meu Deus! Não faz nem meia hora que ela chegou e já está me dando trabalho. Eu precisava ir ao quarto, mas estava com receio de deixá-la sozinha, e se ela se machucasse? E se o Plue fizesse algo? E se ela realmente precisava de mim e não fosse birra? Eu não sei! Não sou mãe e não faço ideia do que seja, mas eu vou ao quarto igual agora!
Corri até lá e abri rapidamente o armário, minha reação foi pegar várias roupas de uma vez, não podia ficar escolhendo. Além disso, fui atrás de bermudas e shorts confortáveis, seria bem mais fácil de me locomover do que ficar de calça jeans. Cheguei à sala e tropecei no tapete caindo de cara no chão. Escutei o riso do bebê e logo Plue veio até mim lambendo meu rosto.
– Sai Plue! –Me levantei dolorida e olhei para minhas roupas esparramadas no chão, suspirei pesadamente e tirei a blusa, coloquei outra e achei muito colada queria algo mais folgado. A maioria das minhas roupas eram assim e também muito bonitas para correr o risco de serem sujas. Fui procurando e bagunçando ainda mais os tecidos, até que encontrei uma blusa do Natsu juntamente com uma bermuda. Dei de ombros e fiz a troca.
– Fiquei bonita? –Rodopiei em frente à chibi que não tirava os olhos de mim, ainda tinha a respiração descontrolada e sentia meus fios de cabelos bagunçados. Escutei a campainha e sorri maleficamente pegando a menina no colo. Acho que vou brincar com o Natsu...
–-- X ♥ X ---
– Luce... De quem é esse bebê? –Natsu me perguntou totalmente desconfiado e eu tive vontade de rir pelo o que iria fazer, cheguei até a me engasgar por segurar o riso. Respirei fundo e o respondi.
– Essa é a Luny! –Subi a pequena um pouco mais em meu colo de forma que eu encostasse em seu pequeno rosto macio, quando fazia isso ela acariciava-o no meu e era muito fofinho! Já sabendo fiz propositalmente para que o rosado ficasse ainda mais intrigado.
– Legal. Mas... De quem é? –Meu Deus como queria rir, Natsu insistia em saber de quem era a criança e provavelmente pensava coisas a mais. E eu iria responder justamente o que ele não queria ouvir.
– É minha, seu animal, pode entrar. –Dei espaço pra ele que ficou na porta parado observando um ponto fixo no chão com cara de retardado. Sentei-me no sofá mordendo os lábios.
– Luce eu não acredito que você tem um filho...
– É uma menina. –Sentou-se ao meu lado e notei que a pequena olhava atentamente para Natsu, soube na hora que tinha algo que chamou atenção dela.
– Por que você não me falou nada? –Sua voz estava sem expressão e eu senti pena, mas eu ainda não desistiria por um tempinho.
– Você nunca perguntou e já que a guarda dela foi para o pai... Você nunca a viu. –Ajeitei a pequena para que pudesse ficar sentada, coloquei de frente pra mim, mas ela insistia em virar o rostinho para o rosado. Resolvi alfinetar um pouquinho mais e voltei a falar com uma voz manhosa. –Não me diz que isso vai atrapalhar em nosso relacionamento.
– Claro que não! É que... Ah sei lá. –Natsu virou seu rosto em minha direção, mas no momento em que seus olhos se cruzaram com o bebê ele jogou a cabeça pra trás a deitando no sofá. Não consegui me segurar e o riso veio, Luny me acompanhou por que achava graça do som que eu fazia e então Natsu nos olhou sem entender.
– Você... Tinha que ver... Ver sua cara. –Falei tentando recuperar o fôlego e voltei a rir, ele ainda tinha dúvidas e então continuei. – é mentira seu bobão, ela é minha sobrinha. –Fiquei com medo de ficar brabo comigo, mas apenas sorriu e me deu um selinho.
– Que susto loira. –Natsu suspirou e um silêncio de poucos segundos surgiu, foi quebrado por um som da Luny, ela estava animada com algo quando voltei a olhar pra ela, percebi seus bracinhos esticados na direção do rosado.
– Natsu... Ela quer que você a pegue no colo. –Assim como eu, ele mantinha os olhos na pequena, notei o pequeno sorriso bobo em seu rosto e eu fiquei da mesma forma.
– Eu não sei pegar... –Não deixei-o terminar de falar, apenas fui levando ela em sua direção e o mesmo já abria os braços. Não tem uma forma certa de aprender, você pega e entende. Luny parecia se divertir já que ria bastante, não sabia o motivo da graça, até que compreendi quando ela puxou os cabelos de Natsu. –Luce... Me socorre! –Se lamentando me pedia enquanto eu soltava um risinho.
Natsu POV on:
Tenho que admitir que a pequena loirinha era muito fofa, além de não ser aquele tipo de bebê que incomoda e fica berrando em nossos ouvidos sem motivo. Ela era calma e se distraía facilmente. Passaram-se algumas horas e Luce fazia o almoço, pelo que ela me falou Luny teria que ser amamentada. Enquanto ela se ocupava na cozinha, eu brincava com a pequena.
– Cadê o mamá da Luny? –Ela estava sentada em sua cadeira que foi posta em cima do sofá, eu fiquei fazendo palhaçadas com as mãos para que a mesma risse. Risada de bebê é contagiante. – Fala assim ó: Tia Lucy cadê meu mamá? –Meus gestos faziam com que ela se divertisse de forma descontrolada, mas isso não era um problema. – Parece que ela vai demorar meio ano pra esquentar um leite, certo pequena? –Me agachei em sua frente e fiquei apertando de leve seu nariz, brincando em dizer que estava o roubando. Era incrível como ela fez eu me soltar desse jeito.
– Você parece aqueles senhores que ficam abobados com o primeiro neto. –Escutei Luce falar e me virei pra ela, só então percebi que ela usava minhas roupas e sorria.
– Luce da onde você conseguiu essas roupas?
– Você deixou algumas aqui um dia... –Percebi que ela ficou sem graça e ruborizou um pouquinho. - Agora senta aí por que você vai dar a mamadeira pra ela. –Apenas fiz o que ela pediu, tirei Luny da cadeirinha e ela me ensinou a maneira correta de segurar quando ela estiver tomando o leite.
– Luce eu não sabia que os Heartfilia’s tinham mais um herdeiro.
– Tem sim, meu irmão mais velho! Graças a Deus que ele vai dar continuidade na empresa e não eu.
– Nunca ouvi falar dele...
– O nome dele é Laxus e a esposa é a Mirajane! Por isso que essa coisa fofa tem cabelos loirinhos bem claros. –Luce acariciava os cabelos fininhos de Luny que já terminava de tomar o leite, abri um sorriso apreciando a cena.
– Mirajane... –Murmurei o nome quando pensei mais sobre o assunto.
– O que foi? –Luce me perguntou sem compreender, acho que ela não ouviu. Resolvi fugir do assunto.
– Nada não, mas acho que a Luny está satisfeita.
–-- X ♥ X ---
– Segura direito Natsu!
– Eu to segurando Luce!
– Não tá idiota! Ela não para de se mexer. Se ela cair eu te mato!
– Por que você foi fazer isso na hora em que tinha que lavar a louça? –Calei a loira que fez um bico na hora, estávamos dando banho na pequena em uma banheira improvisada, eu acabei fazendo a comida por que Luce queimou o que estava tentando fazer. Então disse que a louça seria por sua conta, mas acho que ela está tentando dar uma escapada.
– Graças a Deus, ela está prontinha. –Luce suspirou e a tirou da “banheira”, levou para sua cama onde já tinha uma toalha e começou a secá-la. Enquanto ela colocava a fralda eu brincava com as pequenas mãosinhas fofas que o bebê tinha, ela se mexia bastante e ria também, só que do nada parou. – Ah não... Luny por favor, não vai dizer que...
Ela começou a ficar vermelha e parecia fazer força, não entendi nada e fiquei preocupado, fora que ela ainda estava sem roupa, e se pegasse um resfriado?
– Oe Luce, coloca de uma vez a fralda nela pra podermos vesti-la...
– Não da, seu retardado!
– Por que não?
– Você não viu que ela ta fazendo cocô? Tem poucas fraldas se eu colocar essa a gente...
– Que nojo Luce, ta saindo!
– Nem pense em fugir, você vai ficar aqui comigo! –Luce me puxava de volta pela blusa me forçando a ver Luny fazendo cocô, a peguei no colo, já que a loira não queria por a maldita fralda, iria sujar a cama.
– Coloca a merda da fralda de uma vez.
– Não fala palavrão na frente dela, já pensou se a primeira palavra que ela fala for merda?
– Merda não é palavrão.
– Mas que bosta!
– Pelo amor de Deus para de falar isso e coloca a fralda.
– Caiu no chão... –Olhei pra baixo na mesma direção que ela, tinha um... Um... Que nojo!
– Natsu, você junta aí ok? –Luce me falou e saiu do quarto a passos largos, se ela me puxou pra ficar eu vou ir atrás dela.
– Nem pense em fugir sua maluca, vem aqui agora.
– Eu preciso lavar a louça lembra. –A loira gargalhou e me mostrou a língua.
– Você é bem arteira né Luny? –Murmurei olhando bem para os olhos da loirinha chibi que me mostrava um sorriso enorme em sua boca com nenhum dente.
–-- X ♥ X ---
– Estou cansada! –Luce suspirou e se escorou em mim. Já se passavam das 18:00 horas e finalmente Luny foi dormir, estávamos no quarto, com pouca claridade, olhando a pequena no bebê conforto descansando serenamente.
– Foi trabalhoso... –Virei minha loira para que ficasse frente a frente, acariciei suas bochechas e roubei um selinho. –Na prática já somos experts, e hoje nós tivemos um treinamento... Está pronta pra termos os nossos 30 filhos Luce? –A senti se arrepiar e envolver meu pescoço com seus braços e colocar a cabeça em meu peito.
– Você sabe que é impossível eu dar a luz para 30 filhos, minha vagina iria virar uma sacola! –Falou baixinho e eu gargalhei, é incrível como não sou eu que acabo com o clima.
– Então está certo, mas pelo menos três. – Levantei seu rosto pelo pequeno queixo delicado e vi um sorriso brotar em seus lábios.
– Sim senhor! –Luce ficou nas pontas dos pés e selou nossos lábios, o beijo era calmo e delicioso, nossas línguas se moviam com volúpia e eu cheguei a conclusão que nunca queria me separar de sua boca. Já estava viciado.
Definitivamente eu amo essa loira.