Aviso já que não me sentia muito inspirado quando escrevi este capítulo, mas mesmo assim espero que tenha ficado do vosso agrado.
Sem mais demoras, aqui está a conclusão do arco: "Casamento Yagyu"
“O meu adversário é u-u-u-uma garota?!” Gritou Mamoru completamente nervoso, sem saber como reagir.
“O Mamoru-san está mesmo num grande problema, nem consegue olhar na direção da sua adversária.” Comentou Shinpachi.
“Sim, ele não tem hipóteses.” Concordou Kagura devorando diversos baldes de pipocas.
“E o que você acha, Tokegawa-san?” Perguntou Mizuki.
Mas o dito Taiyo já adormecera mais uma vez.
“Acorda de uma vez, velho!” Reclamou Gintoki dando um tapa na cabeça do seu velho conhecido. “Como consegues dormir numa situação destas?”
“Você também não parece estar muito interessado no duelo, Gin-san.” Falou o megane com uma gota de suor atrás da cabeça, enquanto observava o albino a ajudar a ruiva a devorar as pipocas.
“Estou farto de pipocas. Não há mais nada para comer?” Indagou Tokegawa.
“Vocês só vieram a este duelo para comer?” Reclamou Shinpachi.
“Tome, Tokegawa-san. Eu fiz um pouco de Tamagoyaki, pode comer.” Falou Tae oferecendo um bento com a dita matéria negra ao samurai Amanto.
“Obrigado.” Respondeu Tokegawa aceitando o perigoso bento.
Todos olhavam incrédulos para o Taiyo pousando o bento no seu colo, cobrindo a matéria negra com wasabi e depois comendo-a relaxadamente com os seus hashis.
“Ele está comendo!” Gritaram mentalmente Gintoki, Shinpachi, Kagura e Mizuki completamente chocados.
“Estava um pouco chamuscado, mas o sabor ainda era bom.” Falou Tokegawa descontraidamente, terminando a sua refeição. “Você é uma boa cozinheira, Otae-chan.”
“Não fazia ideia de que eras tão corajoso, velho.” Comentou Gintoki.
“O Tokegawa-san é mais incrível do que eu pensei.” Falou Mizuki com os olhos a brilhar.
“O meu respeito por ele acabou de duplicar.” Shinpachi disse, ainda em estado de choque.
“Este cara é mesmo assustador.” Comentou Kagura parando de comer devido ao espanto.
“Ei… Vocês estão tentando dizer, por acaso, que é assim tão difícil comer o meu Tamagoyaki?” Questionou Tae rodeada por uma aura negra e com uma veia pulsando na testa.
“Olhem! Parece que o combate vai começar!” Gritou Shinpachi tentando mudar de assunto.
Mamoru e Tora estavam frente a frente, preparados para combater, tirando o facto de o Taiyo loiro estar a olhar para uma das janelas do dojo, em vez de para a sua adversária.
“Sabes, durante um duelo é melhor não tirar os olhos do adversário. Pode ser um erro fatal.” Advertiu Tora apontando a sua espada de bambu em direção a Mamoru.
“B-bem, eu só… s-só… só p-pensei q-que estava b-bom t-tempo, h-hoje. N-não a-acha?” Tentou explicar Mamoru bastante vermelho.
“Agora que estão nas vossas posições, o fascinante eu irá explicar as regras.” Falou Subarashi através de um microfone. “Os dois terão cada um, uma espada de bambu e as proteções básicas do kendo, tirando a mascara. O primeiro a marcar três pontos de kendo será o vencedor, será assim durante os três duelos. O dojo que tiver mais vitórias ganhará o desafio! Agora, que o combate comece!”
Assim que o sinal foi dado, Tora partiu sem piedade para Mamoru, o Taiyo, confuso com o repentino ataque, salto para a direita, conseguindo evitar o ponto adversário por pouco.
Tora manteve os ataque rápidos e diretos, enquanto Mamoru só podia esquivar, sem conseguir realizar um único ataque. Esta situação manteve-se assim durante algum tempo, até que a loira deolhos azuis finalmente conseguiu infligir um ponto, acertando no abdome do Taiyo.
“Não podes vencer se continuares a fugir.” Falou Tora com uma ar inexpressivo.
“Tem razão. Não tenho outra escolha.” Murmurou Mamoru baixando a sua espada e depois olhando para Kyubei. “Me perdoe, Kyubei-dono…”
“Mamoru…” Murmurou a herdeira Yagyu com uma expressão séria.
“…Por ter de estragar o Hakama que me ofereceu para eu treinar!” Gritou o jovem Taiyo rasgando um pouco da manga do seu Hakama e usando o pedaço de tecido como uma venda. “Não irei mais fugir!”
“O que pensas que estás a fazer?” Indagou Tora confusa e espantada com as ações do seu adversário.
“Eu estou contornando as minhas fraquezas!” Respondeu Mamoru orgulhosamente.
“Aquilo não é perigoso?” Questionou Shinpachi. “Assim ele tem menos hipóteses de vencer, não é?”
Ao ver o que o seu aluno tinha feito, Tokegawa começou a rir.
“Acho que deixar a garota do tapa-olho treina-lo deu os seus frutos.” Comentou o velho Taiyo sorrindo.
“O que quer dizer com isso, Tokegawa-san?” Perguntou Tae.
“Bem, para começar, os Taiyos têm os sentidos mais apurados que a maioria das espécies, mas o Mamoru tem um olfato ainda mais desenvolvido que o dos Taiyos normais, ou seja, o olfato dele é ainda melhor que o meu.” Explicou Tokegawa. “Portanto ele deve conseguir saber a localização exata do seu alvo, sem o ver.”
“Isso é muito confuso, não entendi.” Falou Kagura.
“Basicamente, se te peidares, ele consegue adivinhar o que comeste nas últimas horas.” Explicou Gintoki.
“Sim, algo assim.” Falou Tokegawa levantando o polegar como aprovação.
“Não usem coisas assim como exemplos!” Reclamou o Megane.
“Entendi.” Falou Kagura animada. “Então ele é como aquele cara cego do Kiheitai, não é?”
“Está falando do Nizou-san? Sim, parece ser um caso semelhante.” Concordou Shinpachi. “Mas o que isso tem a ver com a Kyubei-san?”
“O temperamento do Mamoru é bem difícil de lidar, durante os combates é muito difícil para ele se manter calmo e concentrado, sendo impossível para ele lutar sem conseguir ver.” Explicou Tokegawa. “Mas parece que aquela garota conseguiu que ele se acalmasse durante os combates e se focasse em tudo ao seu redor.”
“Então o Mamoru-kun ainda pode vencer.” Falou Mizuki animada.
“Vais lutar vendado? Deves ser bem convencido.” Comentou Tora colocando-se numa posição de combate. “Mas eu já estou habituada a viver com um convencido irritante.”
“Não precisas ter ciúmes de mim, Tora-chan.” Falou Subarashi com um riso de superioridade. “Mesmo que eu seja a pessoa mais fascinante do universo, tu estarás sempre me segundo lugar por seres a minha querida irmã!”
“Acho melhor você fechar essa sua boca irritante de uma vez.” Ameaçou Tora aparentemente calma, mas rodeada por uma aura negra e com um olhar assustador.
“Eu não estou nem um pouco convencido de que vou ganhar.” Confessou Mamoru. “Mas não irei trair toda a confiança que a Kyubei-dono depositou em mim!”
Tora voltou então a atacar e mais uma vez, Mamoru se esquivou baixando-se, só que desta vez também desferiu um veloz golpe na devidamente protegida barriga da sua adversária, deixando-a sem reação.
“Agora estamos empatados.” Afirmou o jovem Taiyo com um sorriso confiante, levantando-se atrás da loira. “Espero que não tenha doído.”
A jovem Ogawa virou-se rapidamente, tentando acertar com a sua espada em Mamoru, mas o mesmo bloqueou o ataque com a sua espada.
“Não doeu nem um pouco, foste muito gentil.” Respondeu Tora com um olhar frio. “Por acaso estás a conter a tua verdadeira força?”
“Estou aqui para vencer, não para ferir o meu adversário.” Explicou Mamoru ainda bloqueando a persistente investida da loira.
“Não preciso da tua gentileza!” Gritou Tora fazendo mais força.
Então Mamoru saltou para trás, desequilibrando-a e aproveitando-se disso para lhe atingir no antebraço, marcando mais um ponto.
Nesse momento era ele que tinha a vantagem e Tora começou a perder a calma, atacando-o precipitadamente. O jovem Taiyo desviou-se calmamente e tocou levemente na cabeça da loira com a ponta da sua espada, fazendo assim o total de três pontos.
“”Acho que venci.” Falou Mamoru retirando a sua venda, mas assim que o fez, viu o rosto de Tora corado e os seus olhos a lacrimejar. “Eh? O quê? P-por que e-ela e-esta chorando? F-fiz alguma c-coisa q-que n-não d-devia? B-bati c-com d-demasiada f-força?”
“Cala-te! I-i-i-i-idiota!” Gritou Tora de uma forma infantil e completamente oposta a como se comportava. “E-eu não estou a-assim p-por ser a primeira vez que perdi um combate! Snif. Não penses isso de mim!””
“Então isto é que é uma Tsundere, é a primeira vez que vejo uma.” Pensou Mamoru com uma gota de suor atrás da cabeça,
“Tora-chan! Ficas tão fofa assim! Como esperado da minha irmãzinha.” Gritou Subarashi tirando várias fotográficas à sua irmã, de diversos ângulos.
“Agora, se eu vencer o próximo combate, nós seremos os vencedores deste duelo e a senhorita não terá de casar.” Falou Toujou motivado. “Nem terá que fazer coisas como ******* ou ********** com ele!”
“Não te precipites, Toujou.” Falou Kyubei seriamente. “Os alunos do dojo Ogawa são famosos por serem muito habilidosos e impiedosos. Mas realmente fizeste uma boa exibição, Mamoru, estou orgulhosa.”
“Nem me esforcei assim tanto, mas fico feliz por ter correspondido às suas expetativas, Kyubei-dono.” Respondeu Mamoru cruzando os braços de forma orgulhosa e corando um pouco.
“Hei, seu vagabundo! Não fiques demasiado íntimo com a senhorita!” Reclamou Toujou. “Se fizeres algo pervertido com ela, eu mesmo te farei cometer seppuku!”
“Você é que é o pervertido. E não devia ir já para a sua posição.” Recordou o Taiyo samurai.
“Voltarei vitorioso.” Declarou Toujou tentando agir de uma forma maneira.
Três minutos depois, Toujou fora completamente derrotado sem ter conseguido marcar um único ponto.
“O que aconteceu?” Gritou Toujou com um riu de lágrimas. “Não sei o que foi pior. Ter perdido ou nem se quer terem mostrado a minha luta!”
“Vocês tiveram muita sorte.” Falou Subarashi com um ar superior. “Tiveram a grandiosa honra de por agora estarem empatados comigo! Mas a vossa sorte vai acabar agora, pois o vitorioso eu irá combater!”
“Ele é mesmo irritante.” Pensaram o quarteto Yorozuya, Tae, Kyubei, Mamoru e até mesmo Tora.
“O que está acontecendo aqui?” Perguntou um gigantesco homem barbudo que usava um kimono com um padrão que fazia lembrar a pelagem de um tigre.
“O-o q-que faz já em casa, p-pai?” Perguntou Subarashi assustado.
“Aquele é o líder da família Ogawa, Ogawa Yoshiro-san!” Explicou Shinpachi.
“Essa explicação era desnecessária, Patsuan.” Falou Gintoki cutucando o nariz.
“Só queria ajudar os leitores a entender a situação.”
“Eles não são assim tão ignorantes.” Falou Kagura imitando os movimentos do albino. “Por acaso os estás insultando? Devias ser expulso de uma vez desta fic, por não respeitar os leitores.”
“Eu não disse nada disso!” Gritou Shinpachi. “E isto já não aconteceu antes?”
“Responde de uma vez, Subarashi!” Exigiu Yoshiro com um ar rígido.
“Bem… Como você disse que eu tinha de casar o mais depressa possível, pensei em usar o antigo acordo de casamento que tínhamos com a família Yagyu, para casar com a Kyubei-chan. Mas as coisas acabaram não dando certo, portanto se eu vencer este duelo, ela terá de se casar comigo.” Explicou o extremamente assustado Subarashi suando frio.
“Filho idiota!” Gritou Yoshiro furioso, golpeando a cabeça de seu filho com tanta força, que o mesmo ficou com ela presa no chão de madeira do dojo.
“Já fazia tempo que ele não apanhava assim.” Comentou Tora de novo com uma expressão fria.
“Não é assim que um homem Ogawa deve agir!” Gritou o gigantesco samurai, enquanto soltava um monte de lágrimas exageradamente dramáticas. “No que eu falhei quando te criei? Se não fosses tão egocêntrico, perceberias que dessa forma nunca vais arranjar uma mulher nem me trazer um monte de netos!”
“Era por isso que ele queria que o filho casasse?!” Exclamaram todos surpreendidos, tirando Tokegawa e Tora.
“Hoje receberás uma punição severa e tens sorte por eu não te decidir deserdar!”
“Isso não é justo, pai!” Reclamou Subarashi desenterrando a sua cabeça.
“Calado!” Gritou Yoshiro de forma imponente, silenciado por completo o assustado filho.
“Não precisa ser tão severo com o rapaz.” Falou Koshinori aproximando-se.
“Não precisa se preocupar com ele, Koshinori-san. Ele só vai ter o que merece.” Explicou Yoshiro. “Mas realmente lamento todos os problemas que ele tenha causado. Ele não é um mau rapaz, simplesmente ainda não aprendeu como se deve comportar.
“Não tem problema, todos nós já fomos jovens. E também foi um duelo interessante de se ver.”
A diferença de alturas entre os dois líderes de família era de tal forma extrema que até parecia um gigante a falar com um anão.
“Peço desculpas a todos os que vieram aqui hoje, mas o duelo acabou por aqui!” Anunciou Yoshiro através do microfone de Subarashi.
Então toda a multidão começou a sair das bancadas e a ir embora.
“Vamos, Tora. Temos de levar o teu irmão para ser punido.” Falou o líder da família Ogawa arrastando o corpo do seu herdeiro.
“Claro, Otou-sama.” Concordou a loira, seguindo o seu pai e o seu irmão. “Foi bom voltar a ver-vos, Kyubei-san, Otae-san e Shin-chan.”
“A Tora-chan ficou mesmo muito bonita quando cresceu. E não mudou nada da sua personalidade.” Comentou Tae, que chegara há pouco tempo com o resto do grupo, perto do ringue. “Não achas, Shin-chan?”
“É verdade… E por que me pergunta isso a mim?” Perguntou Shinpachi corando levemente.
“Parece que acabou e nós não chegamos a fazer nada.” Reclamou Gintoki. “Até parecemos personagens secundárias.”
“Não te preocupes com isso, Onii-chan.” Falou Mizuki com uma voz reconfortante. “Para mim serás sempre o protagonista.”
“Obrigado… Espera aí! Não é só para ti! Eu sou mesmo o protagonista!” Gritou o albino revoltado.
“Sim, sim, agora pare de reclamar.” Falou Kagura entediada.
“O que achou do meu combate, Sensei?” Perguntou Mamoru animado.
“Foste muito bom.” Respondeu Tokegawa sorrindo e acariciando o cabelo do seu discípulo. “A partir de agora quero que seja a Kyubei-chan a treinar-te, espero que te esforces.”
“Claro, sensei!”
“Não se preocupe, Tokegawa-san. Eu irei tornar o Mamoru num grande e honorável samurai do nosso dojo.” Kyubei disse convictamente.
“Então deixo o meu filho nas tuas mãos.” Falou Tokegawa indo em direção à porta. “Ah, só mais uma coisa, Mamoru.”
“O que foi, Sensei?”
“Não te distraias com a tua instrutora durante os treinos.” Avisou o velho Taiyo sorrindo e piscando o olho.
“O… O… O que quer dizer com isso?” Gritou Mamoru envergonhado e bastante vermelho.