Antes do reencontro.

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    Capítulos:

    Capítulo 7

    A noticia e o esquecimento.

    Hentai, Heterossexualidade

    Aos passos lentos ao mesmo tempo sofridos pelo corredor, Saimon parecia não querer chegar onde sua filha estava, mas ele era o rei e tinha que ser forte para dar a noticia a sua filha e assim que Liria visualizou ele entrando na sala de espera ela correu até ele e disse:

    - Então pai, como o Riel está?

    Saimon abaixou a cabeça e as lagrimas saíram de seus olhos.

    - Eu lamento filha, mas ele está junto com os deuses de Lion.

    Liria encarou o seu pai e o desespero tomou conta de seu ser.

    - VOCÊ ESTÁ MENTINDO, PAI! – ela gritou dentro do hospital

    - Liria fica calma, estamos no hospital – ele tentou a acalmá-la, mas era em vão, nem ele sentia-se bem dizendo aquilo a ela.

    - COMO EU POSSO FICAR CALMA, PAI? – ele foi para abraçá-la, mas ela afastou. – EU QUERO VER O RIEL, AGORA! – ela correu para ir para a UTI.

    Saimon a segurou e a puxou para si. Liria esperneava e tentava se soltar.

    - EU PRECISO VÊ-LO PAI, EU PRECISO VÊ-LO – ela tentava fugir dos braços de seu pai e o mesmo tentava impedir.

    O desespero as lagrimas rolavam pelo seus olhos cinza.

    - Liria, sabe que não há como ver os mortos em nosso planeta, Riel se foi e você tem que se conformar com isso – Saimon tentava consolar a filha de alguma forma.

    - NÃO... EU QUERO... FALAR COM ELE !– ela esperneava e tentava em vão ir em direção a UTI do rapaz.

    Saimon respirou fundo, também deixava as lagrimas escorrer pelos seus olhos e disse um encantamento fazendo a sua filha dormir.

    - Me desculpe filha! – ele sussurrou a pegando no colo e a levou para o palácio.

    Assim que chegou lá ele a colocou em sua cama e no seu quarto para descansar um pouco.

    Ele avistou a sua esposa aproximar-se e dizer:

    - Ela reagiu a essa história de morte, não foi? – Luia perguntou encarando o marido.

    - Sim, mas era o certo a se fazer – ele estava triste, não queria que aquilo tivesse acontecido, mas não havia mais nada a se fazer.

    - Saimon, melhor fazer ela se esquecer de Riel logo, ou ela vai sofrer, pois ela não vai poder ficar com ele, sendo a alma daquela nave – Luia aconselhou o marido e sabia que não haveria como os dois ficarem juntos.

    - Eu também acho isso, meu amor, eu também acho – ele suspirou fundo e sentiu a mulher o abraçar.

    - Estamos mesmo condenados não é? – Luia sabia que a profecia estava se cumprindo e que eles estavam condenados.

    - Creio que sim, mas quero que a nossa filha seja feliz em alguma parte do universo. – Saimon abraçou a esposa de uma forma carinhosa, pois sabia que tinha uma responsabilidade imensa com ele.

    - Ela será, meu amor ela será! – Luia havia acompanhado a transfusão da alma de Riel para a nave e sabia que a hora de Freeza aparecer estava próxima e que seu planeta seria dizimando, bom pelo ao menos foi assim nas premonições dos sacerdotes.

    - Eu ainda tenho esperança que isso não aconteça – Saimon colocou o queixo no ombro de sua esposa. – Vamos dormir! Amanhã teremos a cerimônia do esquecimento da nossa filha – a voz triste e embargada do rei fez Luia derramar algumas lágrimas de tristeza.

    Na manhã seguinte uma das empregadas do palácio foi chamar Liria para tomar café da manhã, mas a porta do quarto estava trancada, respeitando o espaço dela, a empregada foi avisar o rei.

    - Eu imaginei que isso fosse acontecer – o rei falou baixo tentando comer algo.

    - Quer que eu vá falar com ela, meu amor?

    - Sim, você está mais preparada para isso e pode ultrapassar a porta do quarto dela.

    Luia sorriu ao marido e foi para o quarto da filha, bateu a porta a chamando, mas ela não abriu.

    Luia atravessou a porta e viu Liria toda coberta e com os olhos inchados.

    - Filha eu sei que é difícil para você, mas aceite que o Riel não está mais aqui.

    Ela nada respondeu.

    Luia suspirou fundo, sabia que ia precisar fazer ou talvez ela não fosse aceitar.

    - Me desculpe filha, mas isso será para o seu bem – ela sussurrou um cântico antigo de Lion e pegou ela nos braços e a levou para um templo antigo dentro do próprio palácio.  

    Luia colocou Liria sobre uma espécie de mesa em mármore branco, uma espécie de acolchoado coberto com um lençol de seda branco e um travesseiro roxo.

    Luia passou a mão no rosto da filha e com lagrimas nos olhos ela virou-se para o lado e pegou uma espécie de garrafa em um vidro transparente e com a ajuda de um dos sacerdotes ela disse algumas palavras no idioma de Lion, um idioma bem antigo onde só os reis saberiam. O céu se tornou um pouco avermelhado e da testa de Liria começou a sair uma fumaça esbranquiçada, pouco a pouco elas foram entrando na garrafa, pouco a pouco foi formando as imagens dentro da própria garrafa e as memórias de Liria com Riel desde o dia que se conheceram até o dia que ele “morreu” estavam ali dentro e depois do procedimento Luia tampou a garrafa e lacrou a mesma com uma dor imensa em seu coração, mas esse era o único modo, pois eles tinham que preparar para o que vinha.

    Luia pegou a garrafa olhou mais uma vez as imagens dançando dentro da garrafa. Soprou e deixou-a sumir de suas mãos. Para onde aquela garrafa iria, ninguém sabia, mas o que Luia sabia era que Liria nunca mais teria acesso aquelas memórias, ou que ela pudesse si quer se lembras delas, a não ser que o seu coração um dia falasse mais alto, mas isso seria muito difícil de acontecer, porém não seria impossível.

    Ela virou para o sacerdote e disse:

    - Cuide dela por mim até ela acordar – Luia a olhou novamente.

    - Majestade, mas ela ira ficar confusa, não deveria esperar um pouco mais? – perguntou o sacerdote vendo a mulher parando a porta do templo.

    - Sim ela ira ficar muito confusa, mas não sabemos quando e como será esse ataque, apenas faça o que eu disse.

    - Sim majestade – ele a viu sair dali enxugando os seus olhos e pensando como suas vidas seriam dali para frente.

    *******

    Tsukaixi chegou ao hangar onde estava a nave e correu para dentro dela o mais rápido que pode.

    - Filho, como você se submeteu a isso, filho? – ele tinha acabado de saber sobre o que acontecido com ele através do rei.

    - Eu estou bem assim, pai, pelo ao menos eu posso servir a princesa, mesmo estando com a alma em um pedaço de lata, mas eu me sinto feliz e acho melhor do que ter morrido. Pelo ao menos eu posso ser útil.

    - Você tem razão filho, pelo ao menos você está vivo e talvez você conheça o universo junto dela.

    - Sim pai, talvez! – a voz robótica saiu animada.

    - Espero que seja feliz filho! – ele deu um sorriso orgulhoso. – Seja sempre esse menino que você é – algumas lágrimas saíram de seus olhos e antes que Riel, ou melhor, Rind respondesse algo.

    *****

    Saimon estava diante de um rapaz de olhos amarelos penetrantes, cabelo dourado com algumas mexas negra, corpo atlético e um legítimo lioniano de classe alta, filho de um conde.

    - Olá Soa, tudo bem?

    - Sim majestade - respondeu o rapaz fazendo uma reverência. – O que deseja de mim para me chamar aqui? – perguntou ele se levantando e o encarando.

    - Bom... O que eu vou lhe pedir talvez seja um pouco difícil demais, mas quero que você torne o noivo da minha filha. Ela vai parecer meio confusa, mas quero que invente uma história qualquer a ela, mas desde que ela acredite que você é o noivo dela.

    - Eu sei do ocorrido, majestade e bom, eu aceito o desafio, já que a sua filha é linda e meu sonho era ocupar o vosso lugar.

    - Isso é ótimo – Saimon sorriu ao rapaz. – Pode ir até o templo sagrado, ela está lá, fique com ela até que ela acorde.

    - Sim, majestade – disse ele reverenciando mais uma vez e saiu caminhando em direção a templo.

    *******

    Soa caminhou pelos corredores e viu a rainha sentada em uma poltrona dentro de um dos quartos.

    - Majestade tudo bem? – ele perguntou a olhando a mulher que vinha do templo sagrado.

    - Oi – ela ergueu o rosto e o reconheceu. – Soa, vejo que o Saimon já falou com você.

    - Sim, majestade! – ele aproximou-se um pouco mais. - Eu tentarei fazer com que a Liria goste de mim.

    - Espero que não se decepcione Soa, apesar de ter feito minha filha esquecer o seu noivo, ela tem um gênio meio forte e vai tentar não se envolver com você e vai colocar a culpa em mim por arranjar um casamento a ela.

    - Eu conseguirei majestade – ele disse convicto. – Agora irei vê-la.

    - Boa sorte Soa! – a rainha sabia que ele não iria conseguir, por que o amor acontecia só uma vez e ela sabia disso.

    - Obrigada majestade! – ele a reverenciou e saiu dali e foi até onde Liria estava e quando se aproximou deu um sorriso. Sabia que ia ser trabalhoso, mas seria a sua chance, afinal ele tinha esperança de ser escolhido por ela no dia do seu aniversário de quatorze anos, mas ela escolheu aquele plebeu.

    “Eu vou entrar no coração da Liria, custe o que custar” e foi com esses pensamentos que ele entrou o templo e viu a dama ainda dormindo em cima do mármore forrado. Ela estava linda e ele se aproximou lentamente do local, pouco a pouco ele se abaixou um pouco perto da garota, passou a mão delicadamente no rosto branco dela.

    Liria sentiu o toque quente, diferente e pouco a pouco abriu os seus olhos cinza tentando se acostumar com a claridade do local.

    Pouco a pouco ela viu o rosto moreno de Soa e deu um pulo tirando a mão dele do rosto dela.

    - QUEM É VOCÊ? – ela perguntou sem o conhecer, apontando com o dedo para ele, assustada.

    - Ora, Liria eu sou o seu noivo, você se esqueceu? – ele já ia colocar a mão no seu rosto de novo, mas ela se afastou.

    - Noivo? – ela buscou o rosto dele em suas lembranças, mas não veio.

    - Sim, minha princesa! – ele abaixou a cabeça meio triste.

     - Mas eu... Não me lembro de você – ela o encarou.

    - Infelizmente você sofreu uma doença e se esqueceu de mim, mas você me escolheu no dia do seu aniversário de quatorze anos, e no seu aniversário de quinze anos ficamos noivos.

    - A tá! A bendita da tradição – Liria se levantou lentamente. – Mamãe ainda insiste nisso.

    - Pelo visto eu não lhe agrado – ele aproximou-se dela.

    - Como você vai me agradar, ou algo parecido sendo que eu nem sei quem você é?

    - Ora Liria, meu nome é Soa, eu sou o seu noivo.

    - Você é o meu noivo só por causa dessa tradição idiota, mas isso não quer dizer que vamos ser próximos – ela se levantou e saiu com raiva.

    “Pelo ao menos ela não desconfiou de nada.” Ele pensou olhando o lugar vago.

    Ele suspirou fundo, mas fez o seu trabalho bem feito.

    *****

    Liria pisava forte e logo chegou ao dentro de seu castelo com raiva, foi para os eu quarto e olhou pela janela, passou a mão no pescoço e sentiu algo, tirou com as duas mãos e a olhou, sorriu ao ver a bela fadinha.

    - Será que foi o Soa que me deu? – se perguntou buscando em suas lembranças, mas não achou, colocou a mão para fora da janela e pensou em soltar a correntinha lá em baixo, estava com raiva desse casamento arranjado, mas por alguma razão não teve coragem e a voltou para o seu pescoço. Mais tarde falaria com a sua mãe sobre essa tradição. 

    ****

    Rei Vegeta olhou o berço onde o menino de um ano dormia tranquilamente, sorriu com a aparência escarrada e cuspida dele. Tinha orgulho, pois apesar de ser pequeno o príncipe já tinha um poder grande de luta, mas temia pelo imperador. Pois ele se associou a Freeza para ter uma tecnologia maior, ter colônias para o planeta Vegeta, mas não confiava fielmente no tirano até por que ele sempre ouvia algumas conversas dos soldados pelos cantos sobre o que o tirano fazia com os outros, era crueldade demais até para os sayajins. Suspirou fundo e queria proteger o seu príncipe, no entanto enquanto o poder de luta dele apesar de ser grandinho não aparecesse, o menino estaria seguro.

    - Você está ai de novo Vegeta? – perguntou Aira.

    - Não canso de olhar para ele.

    - Claro é o seu espelho – ela fez a sua cauda balançar e aproximou-se dele.

    - Será orgulhoso, metido e presunçoso como o pai.

    O rei Vegeta deu um leve sorriso de canto e a deixou ali amamentando o pequeno príncipe. 


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