Então amores, aqui está mais um capítulo que saiu atrasado! Que horror, já mencionei que eu estou ficando com vergonha por essa causa? Coitadinhos dos meus outros leitores, já vai fazer um mês que um capítulo novo não sai 'O'
Enfim, boa leitura!!
Capítulo 16: Desculpe-me, não posso aceitar.
Lucy POV on:
– O que você acha Plue? –Fiquei me olhando na frente do espelho por um bom tempo, não tinha nada de mais na minha roupa, mas não posso dizer que não fiquei bonita, e no meu rosto, não tinha posto nenhuma maquiagem já que não achei necessário.
– Puun! –Me virei para encarar meu pequeno que parecia estar feliz, peguei-o no colo e o levantei pra cima, era mesmo muito fofo.
– Acho que vou comprar uma roupinha pra você. –Como ele ainda era filhote, até que não seria uma má ideia... Passaram-se alguns minutos até que senti meus braços pesarem, acho que ele já deve ter uns quatro quilos, não aguentei mais e larguei-o no chão. –Você vai se comportar, certo?
– Pun Puun. –Me sentei na cama e acariciei seu pelo, ainda estava descalça então logo coloquei uma bota.
– Não faça xixi no Natsu okay? Isso é muito feio. –Dessa vez não obtive respostas, ele apenas tombou a cabeça para o lado. Acho que não posso estar garantida de que ele não vá fazer nada, por que sei o quanto é esperto.
Arrumei mais um pouco meu cabelo e o deixei solto, apenas com uma mecha presa no lado. Era um penteado infantil, mas sempre achei bonitinho. Estava com frio então coloquei um casaco. Em seguida escutei o barulho da campainha tocar e comecei a ficar nervosa, respirei fundo e rumei para a sala.
No momento em que abri a porta senti o cheirinho gostoso que o rosado impregnava. Ele estava usando uma blusa de manga curta da cor vermelha justinha, que definia bem seu corpo malhado, uma calça jeens escura e um All Star preto. Acho que suspirei.
– Yo Luce! –Me mostrou seus dentes branquinhos em um sorriso lindo, minhas bochechas arderam e eu sorri instantaneamente também.
– Yo!
– Podemos ir?
– Claro, só me deixe pegar meu celular, pode entrar. –Dei espaço para ele e logo fui em direção ao meu quarto, percebi que o mesmo me seguia calmamente enquanto observava cada canto que passávamos. –Vamos! –Sorri assim que me virei em sua frente, Natsu estava olhando pra baixo e não parecia feliz.
– Não gosto dele. –Disse apenas isso, para meu querido cachorrinho. Plue havia puxado um dos cadarços do tênis que ele usava. Peguei rapidamente a bola gordinha em meus braços antes que alguma coisa desagradável acontecesse.
– Plue você é um cão muito mal! –O xinguei um pouco e coloquei em cima de sua caminha estofada que tinha comprado. Arrumei um espaço no quarto somente pra ele, com jornal, comida, água e alguns brinquedinhos. Espero que não tenha mimado de mais.
– Vamos Luce, ainda temos que comprar as entradas.
–-- X ♥ X ---
Natsu POVon:
– Esse não Natsu! Não gosto de ação.
– Eu não quero olhar filme de romance!
– Não é romance, é comédia romântica.
– É a mesma bosta. –Dei fim na conversa e ficamos emburrados um com o outro pela discordância. –Que tal esse então? –Suspirei um pouco e mostrei um dos cartazes na parede do cinema.
– “Hotel Transilvânia”? –Luce me perguntou e logo fez uma cara engraçada. – Natsu isso é um desenho.
– Não importa, eu quero olhar. –Dei de ombros e ela começou a rir, peguei sua mão enlaçando-a com a minha. Percebi que ela ficou envergonhada, senti que corei um pouquinho. Fomos até a bilheteria e tinha uma fila enorme, mas felizmente foi diminuindo aos poucos e rapidamente a nossa vez chegou.
Do outro lado do balcão, um cara de cabelos castanhos nos olhava com cara de bunda até que começou a falar.
– Que filme vocês vão olhar?
– “Hotel Transilvânia.” –Luce respondeu calmamente e eu sorri, notei que o cara começou a olhar de uma forma indecente pra loira, e eu fiquei irritado. Digitou um pouco no computador e depois nos mostrou na tela os lugares disponíveis, escolhemos bem em cima e logo finalizei a compra.
– Uma ótima seção para o casal. –Falou com um tom de voz desinteressado enquanto nos entregava as entradas.
– Ah... Não somos um casal. –Luce respondeu sem graça e ele abriu um sorriso de canto, pegou um pequeno papel em suas mãos e deu pra ela.
– Então me liga. –A loira corou um pouco e abaixou a cabeça, peguei o papel e rasguei jogando os pedaços no cara.
– Ela não vai precisar. –Falei com frieza e enlacei sua cintura, indo em direção à sala em que assistiríamos ao filme.
– Credo Natsu, pra que ser tão rude? –Luce me perguntou indignada, mas nem respondi.
–-- X ♥ X ---
– Eu estou com frio!
– Mas você está de casaco.
– Mas o ar condicionado está ligado Natsu! –Luce se lamentava sussurrando pra mim, envolvi meus braços nela e a apertei de leve contra meu corpo. Senti se estremecer, inalei seu perfume enquanto acariciava um pouco em seus cabelos.
– Melhor assim? –Falei em seu ouvido e ela apenas assentiu corada.
A sala do cinema estava cheia, o que mais podia se ver eram crianças acompanhada de seus pais. Haviam alguns adolescentes em grupos se divertindo e nas poltronas duplas que tinham nas paredes, a maioria era ocupada por casais.
O filme já estava no final, senti Luce se remexer um pouco chamando minha atenção, seu rosto estava bem próximo ao meu, ela me olhava intensamente e eu fiquei tentado por seus lábios. Aproximei ainda mais meu rosto do seu até que senti sua boca colada com a minha, ficamos alguns segundos apenas apreciando o selinho, até que comecei os movimentos com direito a passagem de língua. Senti suas mãos acariciando meu rosto fazendo com que eu aprofundasse ainda mais o beijo. Infelizmente a falta de ar veio e eu tive que me separar dos seus lábios macios.
– Natsu...
– O quê? –Percebi que ela olhava para suas mãos, e fiquei um pouco esperançoso com o que ela podia me falar, já sentia meus batimentos cardíacos descompassados.
– O filme acabou.
– Ah... Vamos sair então.
–-- X ♥ X ---
– O que nós vamos fazer agora?
– Ainda é cedo, onde você quer ir? –Depois de ver as horas no meu celular, perguntei para a loira que observava todos os cantos do shopping, logo ela se virou pra mim com os olhos brilhando.
– Fliperama! –Sua animação era explícita somente pela voz.
– Sério Luce? –Comecei a rir baixinho e ela agarrou meu braço me arrastando.
– Sério, vamos logo!
O Shopping era grande e estava cheio, não imaginava que ela iria querer brincar, infelizmente todas as garotas que eu trouxe aqui me carregavam para lojas de roupas, acho que nunca fiquei tão agradecido em toda minha vida.
– Natsu, vamos nesse! –Nem percebi quando chegamos, eram poucas as vezes que eu tinha vindo aqui. Luce apontava para um brinquedo onde pessoas se sentavam em uma cadeira presa na parede, que em baixo tinha uma pequena piscina de bolinhas colorida. Pelo que eu pude ver as pessoas tinham que acertar um botão para que a pessoa que estava sentada caísse.
– Luce, você sabe que só crianças brincam nisso, certo?
– Eu não me importo, vou ser uma eterna criança. –Luce cruzou os braços deixando seus seios maiores e fez bico, não sei se posso falar que ela estava fofa, por que eu já estava levando a ação para outro lado e pensamentos indecentes estavam surgindo.
– Ok, sobe lá então.
– Não! Sobe você primeiro.
– Mas é você que quer ir ali Luce.
– Vai logo Natsu! –A loira me empurrou em direção à pequena escadinha, fiquei com vergonha em subir, já que as pessoas na volta começaram a olhar pra nós desconfiados.
– Tio, você vai quebrar se subir aí! –Uma criança falou e uma veia saltou de minha testa, é bem legal ser chamado de gordo por um piá e não poder falar nada sabe... O pior de tudo é que a loira folgada ficou rindo da minha cara, peguei uma bolinha e atirei em seu rosto.
– Ei!
– Vamos logo loira. –Sentei na pequena cadeira e ela encheu os braços com as bolinhas, duvido muito que ela acerte de primeira. E foi bem isso que aconteceu. Uma, duas, três... Já tinha se passado mais de dez minutos e eu ainda não tinha caído, as pessoas começaram a rir e ela ficou nervosa. Já que ela está me fazendo pagar esse mico, resolvi alfinetar mais ainda.
– Nossa Luce, desse jeito acho que vou passar a noite aqui!
– Cala a boca idiota! Você vai cair um tombão. –Falou concentrada enquanto atirava mais umas três bolinhas de uma vez.
– Vai logo loira, não deixa ele se gabar. –Escutei um cara encorajando-a e logo outras pessoas faziam o mesmo.
– Luce se você não conseguir, não irei te obrigara a subir ok? –Falei rindo enquanto percebi que a mesma bufava, sabia que ela estava raivosa. Pegou mais uma bolinha e atirou com força, senti a cadeira se soltando da parede e eu afundei nos plásticos molinhos e coloridos.
– Consegui! Natsu você tinha que ver sua cara! –Luce começou a rir descontroladamente, assim como as pessoas da volta.
– Vai, sua vez. –Saí do brinquedo e puxei seu braço de leve até a escada.
– Não! Eu consegui te derrubar... –Fazia birra mesmo rindo um pouco, dei de leve um tapa em seu bumbum fazendo com que ela andasse.
– Vamos Luce! –Fui pra frente das bolinhas e peguei uma em minhas mãos, quando vi que ela estava pronta mirei no botão enquanto sorria divertido.
– Vê se não demora, eu quero ir... KYAH! –Soltou um grito fino e alto, comecei a rir e logo a ajudei a sair da piscina de bolinhas. – Natsu, você é sem graça. –Sussurrou fazendo bico e eu sorri pegando em sua mão.
–-- X ♥ X ---
Fomos a mais três brinquedos depois, primeiro um que era de dança. Errei todos os passos e fiquei indignado pela facilidade que a loira tinha. Depois fomos à xícara, que foi onde eu quase morri nos sentamos em um banco junto com mais algumas pessoas e aquilo começou a girar lentamente, não passou mais de cinco minutos e eu só enxergava um borrão por causa da velocidade que aumentava aos poucos. Fiquei enjoado e fiz o cara parar.
Por fim, fomos até uma máquina que tinha um monte de bichinhos de pelúcia, Luce olhava intensamente pra dentro do vidro então eu resolvi tentar.
– Natsu para! Você já gastou mais de 20 fixas!
– Fica quieta, eu vou me desconcentrar.
– Natsu, eu vou te bater...
– Espera, consegui pegar! Devagar... Devagar... E solta! –Consegui segurar com aquele “pegador” uma pelúcia, nem tinha visto o que era apenas fui à sorte. Eu sabia que aquele brinquedo era só pra nos fazer gastar fixas e perder dinheiro, mas digamos que eu fiz um milagre.
– Que bicho é esse Luce? –Fiquei olhando a coisa vermelha com uma cartola preta na cabeça.
– Eu acho que é uma lagosta.
– Não, é um siri.
– Que siri Natsu? Siri não tem garras.
– Não são garras Luce, são pinças.
– Ah, é uma lagosta! Ponto final.
Que merda, não acredito que peguei uma lagosta, tinha tantos bichos ali no meio e eu tive que pegar esse troço feio. Confesso que queria impressioná-la. Saímos do fliperama e fomos em direção a saída do Shopping, já era cerca de 14:00 e ainda nem tínhamos almoçado.
– Lucy, é você? –Escutei uma voz desconhecida atrás de nós e me virei, pude ver um homem ruivo sorrindo e logo a loira fez o mesmo.
– Loke! –Lucy andou poucos passos até ele e o abraçou fortemente, e o mesmo a pegou no colo.
– Que saudade loira, por que você sumiu?
– Também senti sua falta! Desculpe por perdermos contato... –Luce sorria abertamente assim como o cara, ficaram se olhando por algum tempo e eu fiquei parado sem saber o que fazer. Até que eu “tossi” e eles perceberam minha presença.
– Natsu! Esse é o Loke, um amigo meu da faculdade!
– Prazer Natsu. –Ele esticou a mão em minha direção e eu apertei com um sorriso falso. – Lucy eu tenho tantas coisas pra te falar! –Virou em direção a ela novamente e começaram a me ignorar, fiquei irritado e suspirei alto.
– Eu também! Me passa seu número, aí nós podemos nos falar com frequência! –Passei a mão em meus cabelos e olhei para os lados, os dois conversavam animadamente e eu já não me sentia a vontade ali então resolvi sair. – Loke... Nos vemos por aí okay? – Escutei a loira falando e vir em minha direção em passos rápidos, não dei importância e segui meu caminho. –Natsu! –Continuei caminhando calmamente até que senti meu corpo sendo virado a força. –Natsu, o que foi agora?
– Não foi nada Lucy, vai lá falar com o Loke por que eu já estou indo.
– Não, você não vai embora. Por que você está dizendo isso?
– Lucy, será que você não percebe o que eu estou tentando fazer?
– Natsu... Do que você está falando...
– Sabe, eu nunca pensei que alguém um dia me faria ter esse tipo de sentimentos, mas se você preferir ficar falando com o tal de Loke vá enfrente!
– Para de ser idiota e me diz o que está acontecendo! Eu senti muita falta do Loke e reencontra-lo agora foi muito importante, gostaria muito de ficar falando com ele sim, mas nesse momento eu estou ocupada com você!
– Ah, muito bom saber que você está se ocupando comigo, me desculpe se sou um peso que você precisa aturar, é por isso que eu estou saindo. –Comecei a andar novamente, mas fui puxado novamente pela loira. Senti algo queimando no meu rosto após escutar um barulho alto, ela me deu um tapa.
– Mas que merda! Natsu por acaso você é mulher e está de TPM? Por que você...
– Eu estou com ciúmes por que gosto de você! –Era incrível a quantidade de pessoas que estavam em nosso redor novamente, até parecia que nos perseguiam, mas acredito que isso foi à consequência de nossos gritos. Não me importava apenas me concentrava na loira em minha frente, que parecia não acreditar no que eu dizia.
– Natsu...
– É difícil de ver alguém que você goste te ignorar e ficar toda feliz com outra pessoa. Ainda mais quando você sente algo novo, um sentimento desconhecido, entende? Lucy eu te amo, e não suporto a hipótese de te ver com outro cara.
– Mas eu...
– Você não notou que eu mudei totalmente meu jeito de ser somente por você? Eu admito que era um pervertido descarado e admito que queria ficar com você por diversão, mas isso tudo sumiu quando eu me toquei o que você fez comigo. Você me fez entender o que é sentir amor e agora eu não consigo me ver sem você ao meu lado. –Ela continuava calada apenas prestando atenção em cada palavra que eu dizia, eu estava nervoso e as palavras saiam da minha boca sem que eu pensasse direito. – Por favor, me dê uma chance.
– Nastu, eu sinto muito... Mas, não posso aceitar. Uma vez eu acabei me machucando muito, e não quero que isso se repita. –Disse as palavras de cabeça baixa e foi em direção à porta, fiquei olhando pra ela até que sua silhueta sumisse.
Acho que nunca fiquei tão arrasado na minha vida.