Aqui vos deixo com o começo do arco: "Casamento Yagyu".
Aviso já, que não tive tempo de rever.
Num certa manhã, em Edo, Tae e Kyubei caminhavam perto do rio, enquanto a morena falava do seu recente problema.
“Ultimamente, o dojo Yagyu não tem recebido muitos alunos novos e a nossa reputação está a começar a cair.” Revelou Kyubei com um olhar preocupado. “E se o nosso dojo não começar a participar em mais desafios, vamos perder o apoio do Bakufu. O que devo fazer, Tae-chan?”
“Isso realmente parece ser um assunto complicado. Podias fazer um recrutamento e distribuir panfletos. Posso ajudar, cozinhando um pouco de Tamagoyaki para atrair mais gente.”
“Não se precisa dar ao trabalho.” Respondeu a herdeira Yagyu alarmada e com uma gota de suor atrás da cabeça.
Enquanto as duas falavam, ouviram um enorme estrondo e olharam para a margem do rio, onde um certo Taiyo tinha acabado de cortar um rochedo com o dobro do seu tamanho, ao meio.
“Ainda não é suficiente. Tenho de treinar mais.” Murmurou Mamoru com um olhar de fúria. “Sou fraco demais, preciso ser mais forte!”
O jovem Taiyo começou a cortar rochedos cada vez maiores, que, ao que parece, tinha sido ele mesmo a traze-los como parte do treino.
“Depois da minha vergonhosa derrota contra o Tao-dono, o Sensei viu-se obrigado a lutar no meu lugar. Sou do pior, tenho a certeza de que desonrei o nome dele, assim como os seus ensinamentos. Tudo porque sou demasiado fraco!” Pensou Mamoru sendo cada vez mais agressivo nos seus golpes. “Esta não foi a primeira vez que o defraudei. Se naquele dia eu tivesse sido o suficientemente forte para deter o Kamui, não teria perdido o meu irmão e o Sensei não teria de ter recorrido à força. Sou um inútil! Tenho de ficar mais forte para voltar a merecer ser discípulo do Sensei e para ele voltar a sentir-se orgulhoso de mim!” Gritou mentalmente, cortando o maior rochedo, que devia ter uns 5 metros.
“Oh, aquele deve ser o tal Mamoru-kun de que a Kagura-chan ultimamente se anda a queixar. Ele é bem esforçado, não achas Kyu-chan? ...Kyu-chan?”
Kyubei aproximou-se do furioso Taiyo e disse com um ar sério. “Tanta agressividade só vai acabar por cegar a tua lâmina. Uma katana devia ser sempre usada com paz de espírito.”
“Não se meta nos assuntos dos outros, eu estou treinando.” Falou Mamoru continuando a brandir a sua espada, sem se virar para Kyubei.
“Você chama a isto de treino? Eu só vejo destruição.” Comentou a morena com um olhar sério. “Mas gostei da sua determinação, faça parte do meu dojo e te daremos um treinamento adequado.”
“Não estou interessado.” Respondeu o loiro virando-se para Kyubei e apoiando a sua espada no ombro. “Eu já tenho um sensei.”
“Então faremos assim. Vamos ter agora mesmo, um duelo amigável, se venceres eu te deixarei em paz, mas se eu vencer, serás aluno do dojo Yagyu.”
“Kyu-chan, tens a certeza disso?” Perguntou Tae preocupada.
“Estranho, o meu olfato diz-me que ela é uma garota, mas por alguma razão consigo falar normalmente com ela. Interessante.” Pensou Mamoru com um sorriso de canto. “Tudo bem, aceito o teu desfio, mas não vou pegar leve.”
“Podes vir com tudo.” Respondeu Kyubei desembainhando a sua katana.
Eles se ficaram encarando durante alguns momentos, avaliando-se um ao outro. Depois, Mamoru lançou-se sobre Kyubei com um corte esmagador por cima da cabeça da sua adversária, mas esta desviou-se elegantemente e apontou a ponta da sua espada à garganta do Taiyo.
“Venci.” Anunciou Kyubei. “Tens bastante força física e habilidade, mas as tuas frustrações atuais impediram que usasses todo o teu potencial. A primeira coisa que vais aprender é a controlar a tua raiva acumulada.”
Mamoru caiu de joelhos, derrotado. Depois fez uma profunda vénia e disse. “É verdade! Eu me irei esforçar para me livrar desta fraqueza. A partir de hoje, serei seu aluno!”
“O meu nome é Kyubei.” Apresentou-se com um sorriso amável e estendendo a sua mão para o ajudar a levantar-se.
“O meu é Mamoru.” Respondeu o Taiyo comovido, aceitando a ajuda da sua nova instrutora.
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Uma semana depois, o quarteto Yorozuya e Tae visitaram o dojo Yagyu para ver o resultado dos treinos.
“Incrível! Este dojo é bem maior do que o vosso! Até tem alunos!” Falou Mizuki animada e com os olhos a brilhar.
“Não precisa de nos recordar, Mizuki-san.” Falou Shinpachi um pouco desanimado com a cruel realidade.
“Sejam bem-vindos, a senhorita estava à vossa espera.” Cumprimentou Toujou abrindo os portões.
“E onde está a Kyu-chan?” Perguntou Tae sorrindo.
“Neste momento está a dar uma aula privada aquele vagabundo que encontrou na semana passada. Sinceramente não sei o que a senhorita estava a pensar quando decidiu fazer dele nosso aluno. E se por acaso no calor do momentos eles acabam fazendo ********, ***** ou **************?” Gritou Toujou descontroladamente. “Não posso deixar a senhorita com aquele moleque pervertido!”
“Toujou-san, você é que é o pervertido.” Comentou Shinpachi com uma gota de suor detrás da cabeça.
“Mas isso agora não é importante.” Falou o samurai loiro se acalmando. “Já agora, o que se passa com o Gintoki-dono?”
Nesse momento, o albino estava encarando o solo com um olhar distante e rodeado por uma aura negra.
“Basta ignora-lo.” Respondeu Kagura cutucando o nariz e depois se limpando no kimono branco do samurai. “Ele só está irritado por já não ter protagonismo nesta fic.”
“Não digas isso, Kagura-chan! Assim ele vai voltar a queixar-se.” Avisou Shinpachi, só que tarde demais.
“Aquele autor maldito…” Murmurou Gintoki. “Como é que ele se atreve a fazer-me isto, estou aparecendo cada vez menos, já começo a parecer uma personagem secundária! E o pior de tudo é que ele se está focando mais nos seus novos personagens do que nos originais! Aquele maldito moleque stalker está ganhando mais protagonismo que eu e até já apareceu em dois Crossovers, onde nem se quer apareci! E o que foi aquilo no último arco? Eu mal apareci e não tive nenhuma cena legal ou de ação, preferiram dar mais destaque àquele idiota e tímido discípulo do velho, assim como neste arco! Isto não é Akitama nem Mamotama, isto é GINtama! Não se esqueça disso, Autor idiota e retardado!”
“Calma, Onii-chan. Isso só vai piorar a tua situação.” Avisou Mizuki preocupada.
“É verdade, se alguém merece aparecer mais sou eu.” Falou Tae sorrindo, mas rodeada por uma aura extremamente assustadora.
“O que aquele idiota me pode fazer? Sem mim esta fic vai perder toda a pouca popularidade que lhe resta.” Falou o samurai egocêntrico e irritante.
Então, como se tratasse de o ato divino, um balde caiu do céu e aterrou a alta velocidade na cabeça do albino idiota, fazendo-o cair com um enorme inchaço no topo da cabeça.
“Parece que o Autor-san aprendeu uns novos truques com a outra autora.” Comentou Mizuki.
“Pelo menos foi melhor do que uma bigorna.” Falou Shinpachi.
“Não… Não foi.” Falou Gintoki ainda com a cara espalmada na terra. “Aquele balde tinha cimento no seu interior.”
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Depois de Gintoki se ter recuperado, o quinteto entrou numa das salas de treino do dojo, onde Kyubei limpava o seu suor com uma toalha e se hidratava, enquanto Mamoru se concentrava a treinar de novo os movimentos básicos de kendo, não reparando na sua chegada.
“Olá pessoal, fico feliz pela visita.” Cumprimentou a morena.
“Então, o Mamoru-kun melhorou alguma coisa?” Perguntou Tae curiosa.
“Os problemas de raiva dele foram um pouco difíceis de lidar ao princípio, mas agora ele já tem um maior autocontrole e consegue concentrar-se no seu adversário e no duelo. Ele é do tipo que aprende rápido.” Respondeu Kyubei com uma expressão de orgulho.
“Ainda bem que já perdeste o teu medo de garotas.” Falou Kagura colocando a sua mão sobre o ombro do Taiyo.
Assim que ela o fez, Mamoru sentiu um enorme arrepio e virou-se, no momento que viu a cara de Kagura, se assustou com a surpresa e num piscar de olhos, já estava escondido atrás de uma planta.
“O-o-o q-que e-está fa-fazendo, K-Kagura-dono?” Questionou Mamoru nervoso e completamente vermelho. “N-não a-apareça assim d-de repente! Q-quer m-me matar de s-susto?”
“Na verdade, ele só não é tímido com a Kyu-chan.” Explicou Tae.
“Só estava tentando ser amigável contigo!” Gritou Kagura começando a ficar irritada com a atitude do Taiyo.
“N-Não preciso d-da tua a-amizade, Yato inútil.” Respondeu Mamoru mostrando a língua, mas ainda escondido atrás da planta.
“O que queres dizer com isso, seu maldito?” Indagou a Yato furiosa e com uma veia a latejar na testa.
“O que foi? És t-tão idiota qu-que nem percebes um s-simples insulto?” Indagou o loiro confiante.
“Queres mesmo apanhar, não é?” Falou Kagura fula e começando a perseguir Mamoru, que fugia assustado.
“Não vou retirar nada do que disse!” Gritou Mamoru assustado, fugindo da furiosa ruiva.
“Parece que eles estão a ficar mais íntimos.” Comentou Mizuki sorrindo.
“Você acha mesmo?” Indagou Shinpachi com uma gota de suor atrás da cabeça, enquanto observava Mamoru deitado no chão e Kagura sentada em cima das suas costas, espancando-o.
“Sim, eles parecem tão próximos como irmão.” Respondeu Mizuki.
“Mamoru-kun, a hora de descanso acabou, vamos voltar para o treino.” Falou Kyubei levantando-se.
“Sim… Kyubei-dono.” Respondeu o aluno levantando-se com dificuldade, devido às lesões que recebera da Yato de roupa chinesa.
“Senhorita, você tem outra visita.” Falou um dos servos da Yagyu, entrando na sala, mas depois foi chutado por a tal visita que entrou.
“Não fiques no caminho do incrível eu.” Falou um homem alto, de cabelo loiro escuro, olhos azuis e que usava roupas europeias dignas da nobreza, e à sua, em vez de uma katana, levava um florete. “Oi, Kyubei-chan, chegou a hora. Oh, não sabia que os irmãos Shimura também estavam aqui, faz tempo que não nos reunia-mos todos.”
“O que faz aqui, Subarashi-san?” Perguntou Tae com um olhar irritado.
“Que medo. Você continua tão assustadora como me lembro.” Falou o visitante com um riso extremamente convencido. “Há algum em o espetacular eu visitar os meus humildes amigos de infância?”
“Quem é este cara irritante?” Perguntou Gintoki.
“Ogawa Subarashi.” Respondeu Shinpachi. “Ele é o herdeiro da família Ogawa, que é uma das famílias prestigiadas como os Yagyu, quando eramos pequenos, ele costumava estar connosco quando brincávamos com a Kyubei-san, mas era convencido e irritante demais, pelo que não gostava-mos de estar com ele, especialmente quando insultava e rebaixa todos à sua volta. Alguns anos depois soube-mos que ele tinha ido para os estrangeiro treinar e não volta-mos a ouvir falar dele.”
“Foi uma bela apresentação, Shinpachi-kun. Deves ser um grande fã do magnífico eu.”
“Vamos parar com a conversa fiada.” Falou Kyubei com um ar sério. “O que fazes aqui?”
“Este maravilhoso reencontro que vocês tiveram comigo me distraiu por momentos. Vim dizer que o nosso casamento está próximo, Kyubei-chan.”
Todos na sala ficaram chocados ao ouvir tais palavras, especialmente Kyubei.
“D-do que estás falando? Não me lembro de nenhuma proposta de casamento!” Questionou ela confusa.
“Permitam-me explicar.” Falou Koshinori entrando também na sala.
“Que história de casamento é esta, Papá?” Perguntou Kyubei.
“Bem, depois de a Kyubei ter nascido, não sabíamos o que fazer, portanto antes de decidirmos cria-la como um homem, arranja-mos um casamento entre ela e o jovem herdeiro da família Ogawa.” Explicou o atual líder da família Yagyu. “Mas no fim desfizemos o trato, pelo que não haverá casamento forçado.”
“Então o que este narcisista está fazendo aqui?” Indagou Gintoki cutucando o nariz.
“Eu não penso aceitar o seu pedido. Portanto saía deste dojo.” Falou Kyubei seriamente.
“Eu também não estou interessado em casar, a única pessoa que amo sou eu mesmo. Não tenho interesse algum por pessoas tão vulgares como vocês, mas o meu pai disse-me que se eu não levasse este casamente à frente, me deserdaria e não posso permitir isso.” Explicou Subarashi de forma convencida. “Que tal, Kyubei-chan? Se casa comigo e pronto, será o fim dos meus problemas.”
“Não vou aceitar.”
“Não te faças de difícil, Kyubei-chan.” Falou Subarashi prestes a agarrar o pulso da samurai, quando de repente uma katana passou bem perto do seu rosto e se cravou na parede.
“Perdão, perdão. Sou mesmo desastrado, tinha as mãos escorregadias por causa do suor.” Se desculpou Mamoru com um sorriso amigável, mas emanado uma aura assustadora. “É melhor ter cuidado, ainda pode acontecer um “acidente”, se ficar por perto.”
“Quem é você?” Perguntou o narcisista com um ar sério.
“Tokegawa Mamoru, recorde-se bem, pois se voltar a tentar a colocar um dedo que seja na minha instrutora, serei eu que partirei todos os seus ossos.”
“Então é um aluno, você tem coragem, há pouco, cortou 2 milímetros do meus belo cabelo, já ouve pessoas que morreram por menos.” Falou Subarashi seriamente. “Bem, Kyubei-chan, tenho outra oferta a fazer.”
“Qual?” Questionou Kyubei.
“Já soube que vocês estão precisando vencer mais duelos entre dojos, se não puderam perder o apoio do Bakufu, portanto sugiro um duelo entre o dojo Yagyu e o dojo Ogawa. Se vencerem eu vos deixarei em paz, mas se eu vencer a Kyubei-chan terá de se tornar a minha noiva.” Propôs Subarashi. “Será um melhor de três em combates individuais. Então? Aceitas?”
“Se não aceitar, a honra da minha família será manchada, portanto irei aceitar o seu desafio.” Respondeu Kyubei convicta.
“O duelo será dentro de uma semana, no dojo Ogawa, não se atrasem.” Falou o convencido loiro indo-se embora.
“Aquele cara é bem irritante. Kyubei chuta bem a bunda daquele convencido!” Disse a jovem Yato fazendo movimentos de boxeador.
“Não se preocupe, Kyubei-dono. Não a irei defraudar.” Declarou Mamoru confiante.
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Na semana seguinte, no ringue do dojo Ogawa, Kyubei, acompanhada por Toujou e Mamoru, esperavam pelos seus adversários, enquanto a plateia se animava bastante.
“O que é isto? Porque raio este duelo tem público?” Perguntou Shinpachi, sentando-se nas bancadas, com os outros membros do Yorozuya e a sua irmã.
“Parece que venderam ingressos para este combate e que se tornou bem popular, afinal é um duelo entre dois dos melhores dojos de Edo.” Explicou Mizuki animada.
“Ainda bem que viemos com a Kyu-chan, graças a ela não tivemos de pagar.” Falou Tae.
“Sim, tivemos muita sorte.” Comentou Gintoki enquanto devorava alguns baldes de pipocas, juntamente com Kagura.
“Vocês vieram para animar o Mamoru?” Perguntou Tokegawa que se encontrava ao lado deles, também comendo pipocas, mas coberta por… wasabi?
“Desde quando está aí, velho?” Indagou Gintoki surpreendido.
“Há já algum tempo.” Respondeu Tokegawa descontraidamente. “Então, quando é que é a vez de lutar do Mamoru?”
“Acho que ele vai lutar em primeiro lugar.” Falou o Megane.
“Entendo, então parece que ele está em maus lençóis.” Comentou Tokegawa observando o ringue.
“Atenção a todos, o show vai começar!” Anunciou Subarashi através de um microfone, e toda a plateia começou a aplaudir.
“Já estava farto de esperar. Então, quem vai ser o meu adversário?” Perguntou Mamoru.
“Não tenhas tanta pressa para ser derrotado.” Falou uma jovem garota que devia ter uns 16 anos, de cabelo loiro, com um laço azul e olhos azuis, com uma expressão desinteressada, aparecendo ao pé de Subarashi.
“Aqui vos apresento uma das melhores alunas do dojo Ogawa! A minha, quase tão fofa como eu, irmãzinha, Tora!”
“O meu adversário é u-u-u-uma garota?!” Gritou Mamoru completamente nervoso, sem saber como reagir.