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Chovia demais naqueles dias de verão, era estranho chover no mês de março, não?
Lucy Dragneel era casada com Natsu Dragneel, um dos maiores empresários de Magnólia e um dos mais bem pagos do país, Fiore.
Lucy estava grávida de cinco meses, já fazia quase dois anos de casada e estava mais feliz que nunca, "um conto de fadas" como pensava ela. O casal havia marcado de se encontrar em um restaurante que ficava muito próximo ao centro da cidade. O restaurante era romântico, grande e bem espaçoso, apenas pessoas de classe alta podiam degustar a comida daquele amplo cardápio. A loira não hesitou e pediu um dos vinhos mais chiques que havia no local. Natsu ficou apenas observando o que Lucy pedia.
— O que tanto olha Natsu? - Pergunta a srta. Dragneel.
— Nada demais - Responde o rosado olhando fixamente para a mulher abrindo um largo sorriso.
— Eu gosto de observá-la, me trás paz, sabe.
— Paz é? - Ela direciona o olhar para Natsu desconfiada - Sei...
— Que foi? Não acredita não? - Diz ele com outro largo sorriso.
— Ah não é isso é que... - o rosto da loira ganhou um tom escarlate lindamente visível — faz um bom tempo que você não me olha assim...
—Ah, então é isso... - Agora era a vez de o rosado corar - Luce, eu te amo, sabia?
— Sim, eu sabia disso, e você? - Lucy o olha fixamente enquanto sorri lindamente - Sabia que eu te amo mais ainda? - O rosado olha para a loira e eles se beijam mais apaixonadamente que antes. Natsu sentia falta de sua loirinha, ele estava trabalhando tanto ultimamente que mal sobrava tempo para "amar" esposa. Além de que quando Natsu tem um tempo para respirar de sua empresa - A DragonsFire. - deixada por seu pai, Igneel, sempre que podia ia sair com Lucy ele ia, mesmo que faltasse no emprego.
Enquanto o casal se beijava, o garçom veio se aproximando lentamente, até que eles param.
— N-natsu... - Diz Lucy timidamente — E-estão todos olhando para nós. - O sr. Dragneel apenas olha ao redor e solta umas gargalhadas. — N-não tem graça Natsu!!
— Te ver envergonhada tem muita graça pra mim, desculpa Luce - e continua rindo.
— E-então... Mudando de assunto - disfarça ela — O que faremos depois de sairmos daqui?
— Ah, era sobre isso... - Natsu olha para o chão. — Eu vou ter que trabalhar hoje, me desculpe Princesa.
— Tudo bem Natsu, não se preocupe com isso, teremos muito tempo para nos divertimos. - Ela sorri
—Tem certeza, Luce? Não quero que se sinta mal sobre isso.
— Tenho sim Natsu, hoje ligarei para Levy para irmos ao shopping, ai de noite nós nos encontramos certo?
— Hai!
Terminando de comer a deliciosa comida do romântico restaurante, os dois se despedem com um beijo longo e apaixonado. Natsu ficou um pouco triste por não poder ficar mais tempo com Lucy, que por acaso também ficou triste, mas sabia que seu marido tinha diversas obrigações, tanto como marido como empresário, ela não podia culpá-lo por isso.
— Levy, está livre hoje? - Lucy? Não está com Natsu hoje?
— Ele teve que ir pra empresa, e agora estou sozinha e com tédio - já que teve que parar seus estudos por causa da gravidez, seu único divertimento é sair com o Natsu e com a Levy. - Tá livre ou não?
— Hai hai, onde você tá?
— Na porta daquele restaurante do centro
— A Fairy Tail?
— Esse mesmo.
— Ficou rica de repente, foi?
— Claro que não, só vem, ok?
— Daqui a pouco eu to aí. Espera-me tá?
— Tá bom, vem logo. Jyaa. - assim Lucy desliga o telefone.
Alguns minutos depois.
“Que saco, cadê a Levy, porque ela sempre se atrasa? aaaaah! Que demo-" Lucy percebeu que avistou uma certa azulada ao horizonte correndo descontroladamente na rua.
— Luuu-chaaaaaan - Gritou a McGarden
— Finalmente Levy, - disse a loira — por que demorou tanto?
— G-gomen Lu-chan, - falava ela ofegante - eu estava com o Gajeel e... Uma coisa leva a outra...
— Sua safada! - Exclama maliciosamente para sua melhor amiga.
— Urusaai!¹ - O rosto de Levy muda de um tom claro, para um tom escarlate.
— Hai hai. Então, vamos dar uma volta? - Lucy muda de assunto (n/a: Levy approves).
— Vamos, foi pra isso que eu vim mesmo, não? - Responde sarcástica.
Lucy nem responde a azulada, e vai andando em direção a rua. Enquanto andava, percebeu que seu celular começou a vibrar dentro de sua bolsa, era uma mensagem.
"Lucy, meu amor, como você está? Saiba que eu te amo e desculpe de novo por ter que ir trabalhar hoje. E saiba também, que estou aqui, mas estou pensando em você.
Beijos, Natsu"
— Ah, que fofo. — Quando Lucy guardava o celular de volta na bolsa, um carro veio em direção a loira, assim, a atropelando.
— LUCY! — Gritava a McGarden correndo em direção a amiga ali estirada na rua quase desacordada. — Ei, Lucy... LUCY! Fala comigo. LUCY! Me responde! — A azulada estava totalmente desesperada, não sabia o que fazer... Pegou seu telefone e ligou para a emergência. — A-A-ALÔ? M-MINHA AMIGA FOI ATROPELADA E- ELA ESTÁ GRAVIDA, ALGUÉM ME AJUDE POR FAVOR!
— Senhora, acalme-se. Diga-me o nome da rua que mandarei uma ambulância imediatamente. — Assim Levy passou o endereço de onde estavam.
— Agora é só aguardar senhora. A ambulância chega até o endereço indicado. Procure se acalmar antes de tudo. Tenha um bom dia.
— BOM DIA COMO CARALHO? — Levy com raiva joga o celular para longe. — Lucy, acorda... Lucy!!! Não me deixe Lucy!!! — Ela chorava e tremia, já via visto isto acontecer anteriormente, não queria que isso acontecesse novamente. Ainda mais com uma pessoa tão próxima a ela.
Lucy não merecia tudo aquilo, ela tinha uma vida perfeita, não era justo, uma vida tão boa poderia acabar assim? Sem mais sem menos? ISSO É INACEITÁVEL!
Coisas ruins também podem acontecer com pessoas boas, não?
Os tristes e reais acontecimentos podem vir sem ao menos perceber-se.
"Por quê?" Isso não poderia acontecer!
Desculpe Natsu, não consegui protegê-la como deveria. Que tipo de amiga eu sou? Que deixa sua melhor amiga grávida andando pela rua sozinha sem proteção e atenção. Que tipo de amiga eu sou, eu me pergunto?!
"O-onde estou? O-o que aconteceu comigo? — Lucy acordava ainda zonza e bem sonolenta. Pisca seus olhos castanhos-chocolate diversas vezes para se acostumar com a luminosidade do ambiente.
O rosado estava presente no quarto, logo se pôs em pé ao ouvir a voz da loira. Ele tinha certeza que Lucy estaria desordenada e perdida. Ele se aproxima dela delicadamente. — Lucy? Você está bem? — Exclama ela preocupado.
— Estou... Só estou com tontura. — Diz ela deitando-se novamente. — O que aconteceu?
Natsu ficou parado, sem reação, como explicaria... Isso?
— Natsu! Me responda! — Diz ela já aflita com a situação. — O que houve comigo?
Ele ainda ficara sem reação;
Lucy o olhou fixamente e totalmente confusa, era tão difícil assim explicar o que aconteceu com ela?
Nesse momento, a médica que cuidou e tratou dos ferimentos da loira adentrou no quarto e nem percebeu que Lucy estava acordada.
— Então senhor Dragneel, conseguirá contá-la sobre o bebê?
Lucy levanta com dificuldade e alisa sua barriga, que anteriormente estava grande e agora... Estava... menor?
O nosso bebê . . .
— Não me diz que... Não pode ser! É mentira!
Lucy gritava, chorava, tremia, e Natsu, estava sem reação. Uma lágrima solitária percorreu os rostos do casal, assim, sofrendo calados.
Eles não mereciam isso.
Lucy finalmente parou de gritar e ficou apenas chorando, porém Natsu que antes estava perplexo com a situação, correu abraça-la.
— Lucy, ela se foi. — E assim a abraçou ainda mais forte, caindo de joelhos perto da amada.
— Não... Não pode ser... — Lucy chorava, e chorava, eram como se suas lágrimas demonstrassem seus sentimentos e nada, NADA pudesse descrever o sentimento dela.
— Eu te amo e nada nesse mundo mudará o que eu sinto por você, coisas ruins também acontecem com pessoas boas, uma coisa ruim não nos abalará, certo, Luce? — A loira o olha atônita, como ele poderia ficar tão tranquilo enquanto a isso? Lucy entendia Natsu e sabia o que ele estava sentindo, porém, ele estava sendo forte o suficiente para não desabar perto de sua amada loira.
— Sim, Natsu. Eu também te amo e nada nos abalará. — Ela sorri depois de muito tempo.
— Lucy, eu prometo estar com você, te dando coragem sempre que precisar, mesmo que nada dê certo no final. Fazendo-lhe ficar melhor quando você se sentir sozinha. Contando os meus loucos segredos e planos, até quando meu coração não mais aguentar e parar de bater. Obrigado por me fazer ser o homem que sou hoje. Você me fez crescer e ser uma pessoa mais forte, uma pessoa melhor, uma pessoa que sempre quis ser na vida.
Obrigado.
Hoje nós perdemos um Pedaço do céu, mas meu céu inteiro, é você.
Fim.