Ovelha Negra

  • Nahemah
  • Capitulos 14
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Capítulo 2.

    Álcool, Drogas, Estupro, Hentai, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Sexo, Suicídio, Violência

    Oiiii voltei amados leitores!!

    Espero que gostem desse capítulo. Deixem a opinião de vcs para poder saber se continuo ou paro por aqui mesmo.

    Não tive tempo betar, então perdoem qualquer erro!!

    Capítulo 2.

    O gosto do café parecia mais amargo naquela manhã, enquanto se lembrava da noite passada, sua garganta se fechava ao lembrar a história a que Sakura tinha lhe contado, ela admitiu que tinha matado pessoas para poder fugir daquele lugar. Olhou a sua volta, o refeitório dos médicos estava quase vazio, naquele momento poucas pessoas estavam almoçando sentados nas mesas brancas, voltou sua atenção ao copo com café quente entre suas mãos, “Idiota” xingou-se mentalmente por lembrar a reação que teve depois que a rosada contou de sua frustrada fuga, tinha encarado ela com a boca aberta e falou que tinha um encontro, e foi com essa desculpa que foi embora.

    – Posso me sentar aqui? – Perguntou uma voz grave.

    – Claro diretor – respondeu Kakashi rindo ao levantar o olhar e constatar quem era.

    O diretor puxou a cadeira em frente à Kakashi, colocou a bandeja na mesa e sentou-se, olhou para o homem a sua frente que ainda encarava o copo de café que tinha em mãos.

    – Algum problema, Kakashi? – perguntou.

    Kakashi levantou o olhar para o diretor que o encarava com sorriso amigável, não sabia se devia perguntar ou contar alguma coisa a ele, mas Minato não era apenas um diretor, era também seu amigo.

    – É sobre a paciente 805 – murmurou olhando nos olhos azuis do loiro.

    – Sakura?! – exclamou surpreso Minato – O que tem ela? – voltou a perguntar com a voz insegura.

    – Fui ao quarto dela ontem, Minato – confessou Kakashi de uma só vez, vendo a expressão de choque no rosto do amigo.

    Minato encarou perplexo o médico a sua frente, sua mente tentava processar o que ele queria dizer com aquilo, sempre considerou seu amigo sensato, mas começava a duvidar disso. “Ir ao quarto de Sakura, por Kami!” pensou.

    – O que você quer dizer com isso, Kakashi?

    – Eu estava de plantão ontem, e durante a ronda fui verificar os quartos e dei uma espiada no quarto dela – disse Kakashi desviando o olhar do loiro – Você sabe que eu sempre tive uma curiosidade sobre ela, Minato. Sakura não tem registro, tem apenas meia dúzia de folhas que diz o motivo dela estar aqui, apenas isso.

    – Sua curiosidade ainda irá mata-lo Kakashi. Esqueça esse assunto. Esqueça Sakura, será melhor para você – declarou Minato colocando um ponto final naquele assunto.

    Apesar do pedido de Minato, ele não poderia e não deixar o assunto Sakura de lado.

    ***********************************************************************************

    – Boa tarde, Sakura.

    A rosada encarou a médica em pé de trás de sua mesa de mogno escuro que estava repleta de papeis espalhados, a mulher tinha cabelos escuros até os ombros e olhos astutos, esta lhe dava um sorriso gentil como se quisesse passar segurança a ela.

    – Boa tarde, Dra. Shizune – falou Sakura lhe devolvendo o sorriso.

    – Pode sentar-se – a morena apontou para a cadeira em frente a sua mesa.

    Os guardas liberaram os braços de Sakura para que ela pudesse caminhar até a cadeira, a passos lentos ela se moveu pela sala clara com móveis escuros, alguns quadros de flores estavam pendurados nas paredes de cor creme dando um toque feminino ao ambiente, depois de se sentar Shizune dispensou os guardas. Sakura se perguntou o que fazia ali, pois ali não era o consultório aonde ia todos os dias para suas consultas com a morena, mas a rosada sabia que aquele deveria ser o escritório dela por que além de médica Shizune trabalhava como assistente social do hospital, e pelo terninho preto que ela usava e não o jaleco branco, sabia que ela não estava ali como sua psiquiatra.

    – Dormiu bem? – perguntou a morena sorridente.

    – Sim, obrigada.

    Shizune olhou atentamente para a garota, a rosada ali sentada com as mãos cruzadas sobre as pernas e o olhar ansioso não se parecia nada com a paciente de alta periculosidade que recebeu há cinco anos, a diferença era tão perceptível que assustava quem chegou a conhecer ela no passado.

    – Como tem se sentindo ultimamente? – perguntou Shizune.

    – Quer a verdade, certo? – falou a rosada.

    – Sempre, Sakura.

    – Quero sair daqui Dra. Shizune, não aguento ficar mais de uma semana naquele quarto – desabafou Sakura.

    – Eu entendo – disse a morena com sinceridade – Você esta arrependida? Quero dizer, por tudo que fez?

    “Arrependida?” se perguntou Sakura, ela estava não somente arrependida, se pudesse voltar e mudar o passado o faria com certeza, ela acabou com muitas vidas e famílias, a rosada se achava condenada a viver com a culpa pelo que fez a tantas pessoas.

    – Eu daria minha vida para poder trazer as vidas que tirei de volta – respondeu Sakura com os olhos marejados, ela tentava segurar as lágrimas que ameaçavam descer sobre seu rosto.

    Shizune abriu uma gaveta do seu lado direito e de lá tirou uma caixa de lenços entregando a Sakura, ela acreditava na rosada, pois viu o processo de recuperação de perto, viu o quanto ela sofreu durante as noites, viu a depressão a derrubar depois do massacre que fez ao tentar fugir. Sakura se recompôs e olhou novamente para Shizune, e pediu uma singela desculpa.

    – Tenho boas noticias – declarou Shizune tentando animar a menina Haruno.

    – Quais? – perguntou receosa Sakura.

    – Mandei um relatório sobre sua total recuperação para o estado – a morena viu Sakura franziu o cenho de confusão – Isso quer dizer que pedi sua soltura e se eles concordarem, coisa que eu acho que já esta certa, você será livre em poucos dias.

    A rosada abriu a boca em um prefeito “O”, seus olhos marejaram, não sabia o que dizer, na verdade não tinha palavras para descrever o que sentia ao ouvir sua médica pronunciar tais palavras, aquilo era mais do que esperava que acontecesse ali naquela sala com a doutora.

    – V...Você está falando sério?! – gaguejou Sakura em quanto lágrimas banhavam seu rosto.

    – Sim, Minato e eu decidimos que você esta pronta para voltar à sociedade. Você já pagou pelos seus pecados.

    – Não, eu nunca vou poder fazer isso, mas posso redimi-los – corrigiu a rosada secando o rosto molhado.

    Shizune apenas sorriu gentilmente com as palavras de Sakura, ela também achava que nunca alguém poderia pagar pelos crimes que ela cometeu, mas saber que Sakura pensava o mesmo era ótimo.

    – Quando os papeis chegarem, eu mesma irei avisa-la, certo? – avisou Shizune ainda sorridente – Você ainda pode aguentar um pouco?

    – Ah, estou tão feliz que não me incomodo com aquele quarto enlouquecedor para onde eu vou voltar. Espero sua visita ansiosa! – exclamou Sakura tirando uma risada da morena.

    Foi para o corredor novamente após uma rápida despedida para com a doutora, Sakura caminhava com seus braços segurados firmemente pelos mesmos seguranças que a levaram a sala de Shizune, ela não conseguia para de sorrir enquanto caminhava para seu quarto novamente. Andava desatenta, seus pensamentos mergulhados em sonhos, mas foi forçada a voltar a realidade quando ouviu um dos guardas cumprimentando alguém, olhou para a frente, pois antes olhava para os seus pés, e viu quem era a pessoa, esta era Kakashi que ontem a noite inventou uma desculpa esfarrapada para poder ir embora, mas Sakura não o culpava por fugir dela, ele tinha razão e ela também fugiria se estivesse no lugar dele.

    – Olá, Kakashi! – falou Sakura sorrindo para ele.

    – 805 – respondeu o Hatake com um aceno, e um olhar hesitante no rosto.

    Passou direto por ela, a deixando com uma certeza na cabeça, Kakashi tinha raiva e medo dela como todas as outras pessoas, uma tristeza a invadiu por que sabia que tinha mudado, mas as outras pessoas viam apenas o monstro que ela foi no passado.

    *****

    – Chame Kakashi para mim – ordenou Minato pelo telefone.

    – Sim senhor – acatou Joji, sua secretária do outro lado da linha.

    Minato estava em seu escritório, sentado na cadeira acolchoada, repreendia Kakashi mentalmente por se envolver tanto com uma paciente, e não era uma paciente qualquer, era Haruno Sakura. Voltou sua atenção para a tela do seu computador, a imagem que tinha em sua frente era o suficiente para demitir seu amigo. Batidas na porta o tirou de seus pensamentos.

    – Mandou me chamar diretor.

    Kakashi tinha apenas metade do corpo do lado de dentro da sala, estava frustrado com o chamado do loiro, estava muito cansado tanto mentalmente como fisicamente, seus pensamentos ainda estavam nos dizeres da Haruno a horas atrás, não estava a fim de ouvir sermões apesar de saber que teria que ouvir alguma hora.

    – Sim, Dr. Kakashi – afirmou Minato – Entre e feche a porta sim?

    E assim fez kakashi, entrando por completo na sala e fechando a porta logo em seguida, caminhou até a cadeira em frente à mesa do loiro, sentou-se e olhou fazendo uma pergunta silenciosa para o amigo, mas diante do silêncio deste resolveu verbalizar a pergunta.

    – Quanta formalidade Minato, por que me chamou aqui? - Perguntou sorrindo com cinismo.

    – Não seja debochado – repreendeu Minato – eu devia despedi-lo, sabia?

    – Como assim, Minato? – murmurou Kakashi confuso.

    – Você ainda me pergunta?! – exaltou-se o loiro – Olhe para isso.

    Minato virou a tela para que o amigo olhasse, Kakashi por sua bateu a mão na testa se repreendendo, “As câmeras” lamentou, na tela estava uma imagem sua e de Sakura na janela do quarto dela fumando, olhou para Minato que lhe lançava um olhar indagador.

    – Então?! – pediu explicação o loiro.

    – Eu disse que tinha ido até lá – defendeu-se Kakashi.

    – Você disse que deu uma espiada lá, não que entrou, conversou e fumou com ela! – Minato estava realmente irritado.

    – Ok! Eu não te disse tudo, esta bem? – exclamou Kakashi.

    – Sério?! – sorriu o loiro ironicamente – Você sabe o que eu deveria fazer, não?

    – Sim, eu sei – suspirou Kakashi dando-se por vencido.

    Minato encarou o amigo em sua frente, sabia que ele não era uma pessoa má, ao contrario Kakashi era uma boa pessoa além de um excepcional médico, mas tinha que admitir que o amigo tinha uma sina de se meter em problemas.

    – Não vou te demitir, Kakashi – pronunciou Minato.

    – Está falando sério?! – perguntou sorrindo Kakashi.

    – Sim, mas pelo amor de Kami! Se mantenha longe da Haruno – avisou Minato.

    Kakashi o olhou frustrado, já estava cansado de tantos avisos sobre a rosada. Todos tinham medo dela, mas seria apenas pelo massacre ou tinha outro motivo.

    – Ela me contou sobre o massacre – disse Kakashi esperando a reação do loiro.

    – O...O que?! – gaguejou nervoso Minato – Ela lha falou disso? – continuou ainda nervoso.

    – Sim – respondeu ainda avaliando a expressão do amigo – É por isso que tem tanto medo dela?

    – Não tenho medo dela – retrucou ofendido Minato – Sakura mudou muito desde essa tentativa de fuga, hoje ela é uma garota totalmente recuperada.

    – Mas.... – Kakashi tentou falar, mas foi cortado.

    – Kakashi você não pode se envolver com os pacientes dessa maneira.

    – Eu gosto dela Minato – confessou Kakashi abaixando a cabeça.

    – Eu sei, mas não posso deixar isso acontecer, por isso estou te afastando – declarou Minato, sabia que este era o melhor para seu amigo.

    – Você disse que não iria me demitir! – exclamou Kakashi.

    – Não estou te demitindo, estou adiantando suas férias.

    – Não quero – respondeu firme Kakashi.

    – Mas você vai, viaje, faça o que quiser você tem dois meses. Receberá normalmente seu salário.

    – Mas....

    – Mas nada Kakashi, estou dispensando seus serviços a partir de hoje – Minato falou em tom autoritário, se odiando por dentro por falar assim com ele.

    – Tudo bem, Minato – disse Kakashi olhando diretamente nos olhos azuis do amigo, sentia-se raivoso por ser dispensado – Vou pegar minhas coisas e ir embora – levantou-se e foi em direção à porta.

    **************************************************************************************

    Já se passava das duas da manhã, o escritório estaria mergulhado na escuridão se não fosse pela luminária acesa na mesa de Minato que se mantinha sentado folheando alguns relatórios, o som do seu celular o tirou da analise do papeis, olhou no visor e viu que o número era desconhecido, um arrepio gelado desceu pela sua espinha.

    – Alô? – perguntou o loiro temeroso.

    – Já o afastou dela? – pronunciou uma voz grave do outro lado da linha.

    – Sim – afirmou Minato.

    – Ótimo, o mantenha assim entendeu? – voltou a falar a voz.

    – Sim – confirmou novamente.

    Minato colocou o celular de volta na mesa após a ligação ser encerrada abruptamente, sentiu-se aliviado por ter afastado o amigo de Sakura, senão a morte dele seria certa.


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