Ovelha Negra

  • Nahemah
  • Capitulos 14
  • Gêneros Darkfic

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo 1.

    Álcool, Drogas, Estupro, Hentai, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Sexo, Suicídio, Violência

    Espero que gostem anjoos *-*

    Capítulo 1.

           A visão que tinha daquela janela era tudo que tinha nesse momento, a suas costas tudo era tão branco que fazia pensar se eles usavam essa cor como se quisessem trazer pureza e inocência se sua alma de volta. O céu estava em um tom de cinza grafite, ou seja, iria cair uma tempestade em poucas horas, e ela queria estar do outro lado daquela parede para poder sentir gotas frias caírem sobre seu rosto e aos poucos molhar o restante do seu corpo, ela ansiava sentir o ar puro novamente, sentir a grama sob seus pés, ela necessitava sentir a liberdade outra vez.

    “Liberdade”

         Essa única palavra era o que a movia todas as manhãs; era o que a fazia sair da cama dura na qual dormia todas as noites; era o a que fazia tomar remédios que a faziam mais mal do que bem; ela enfrentava longas horas à frente de um médico dizendo o quanto ela se sente bem consigo mesma, mesmo sendo mais uma grande mentira da sua vida, mas ela já estava acostumada e quase já acreditava na própria mentira. Tudo, ela enfrentava tudo isso apenas para poder outra vez sentir as gotas gélidas da chuva em sua pele, para poder novamente correr sentindo a grama sob seus pés, sentir o vento açoitando seus cabelos estranhamente rosados, ela faria tudo isso para poder dizer que é livre novamente. Tudo o que ela queria era estar livre daquele inferno.

         Ouviu o som da porta sendo aberta calmamente, mas não se virou para olhar apenas algumas pessoas vinham lhe ver e estas nunca diziam nada, só deixavam os remédios sobre a cômoda e saiam do mesmo jeito que entravam, em silêncio. Mas dessa vez havia algo de diferente, não ouviu o ruído da bandeja com seus remédios, e sua confirmação veio quando ouviu a porta ser fechada e passos virem em sua direção, sentiu a presença se colocar ao seu lado em frente à janela. O reflexo dele na janela era nítido, os cabelos prateados eram que mais chamavam a atenção da rosada, pois ele não era velho o suficiente para ter aqueles cabelos, ela o encarou pelo reflexo do vidro durante alguns minutos e depois voltou o olhar a chuva que finalmente começou a car.

    – Como vai Sakura? – perguntou ele calmamente.

    – O que faz aqui, Kakashi? – devolveu Sakura com outra pergunta.

    – Apenas vim lhe ver – respondeu Kakashi casualmente.

    O silêncio perdurou incontáveis minutos enquanto os dois observavam a chuva que já caia em fortes torrentes. Kakashi retirou a mascara de seu rosto, e com esse gesto ele ganhou novamente a atenção dela para si, ele colocou a mascara dentro do bolso do jaleco branco, levando a mão ao bolso traseiro do jeans preto que usava tirou um maço de cigarros e um isqueiro comum, tirou um para si e o acendeu.

    – Quer um? – ofereceu a rosada mesmo sabendo que estava quebrando varias normas.

    Sakura concordou com a cabeça e puxou um para si, levou aos lábios o cigarro já aceso e o tragou saboreando a calma que aquele vicio destrutivo poderia trazer aos seus nervos, ela olhou por alguns segundos dentro dos olhos castanhos escuros dele tentando ver o motivo que o levou até ali.

    – Linda noite, não? – perguntou Kakashi deixando a fumaça branca passar pelos seus lábios.

    – O que faz aqui, Kakashi? – retornou a rosada a perguntar.

    – Já disse que vim lhe ver, é tão difícil de acreditar em mim, Sakura?! – ele lhe direcionou um olhar fingindo-se de ofendido.

    A rosada ficou calada, tragou mais uma vez o cigarro ficando com um gosto amargo na boca, a resposta para aquela pergunta era simples, ela acreditava que tinha vindo ali apenas para lhe ver, só não sabia o porquê, as pessoas daquele lugar tinham um intenso medo dela, mas não aquele homem do seu lado.

    – Não acredita em mim? – murmurou ele se virando e a encarando.

    – Sim, eu acredito – disse também se virando para o olhar diretamente.

    – Isso é ótimo! – falou divertido, ele apagou o seu cigarro e o jogou na lixeira que havia no lado esquerdo da janela – Nunca vim ao seu quarto antes, até que é charmoso – continuou dando um sorriso irônico.

    – É enlouquecedor – respondeu Sakura olhando a sua volta.

    O quarto era composto por paredes brancas de um tom tão claro que pela manhã com os primeiros raios do sol chegava a cegar, o quarto não tinha nada mais do que uma cama em costada na parede do lado direito e uma pequena cômoda ao seu lado, não existia lâmpadas ou espelhos tudo o que poderia ser usado como uma arma tinha sido tirado. A cômoda veio juntamente com a mudança para um quarto com janela, ela os conseguiu ganhar por bom comportamento, pois quando chegou ali foi direto mandada a um quarto minúsculo com uma cama que mais parecia uma mesa de pedra. Sakura voltou sua atenção para a janela com um suspiro angustiado, ela se perguntava como ainda não tinha ficado louca, pois era irônico estar em lugar cheio dele e não ser uma.

    Kakashi a olhava com um misto de pena e admiração, pena por ela viver assim presa, sem nenhum tipo de liberdade, Sakura conhecia apenas o que via nesse hospital psiquiátrico, não convivia nem com os pacientes daquele lugar. A admiração tinha o mesmo motivo pelo qual tinha pena dela, ele sabia os motivos que levaram a rosada ficar presa ali, e estes não tinham sido nada bons, mas ela não era louca como muitos diziam, Sakura era uma pessoa completamente lúcida e racional.

    – Por que me olha tanto, Hatake? – perguntou a rosada o olhando de canto.

    – Não é nada, Haruno – responde ele rindo suavemente.

    “Não tem medo de morrer” pensou Sakura franzindo o cenho por ouvir seu sobrenome, e ele riu ainda mais com a atitude dela. Kakashi mentiu ao falar que não olhava nada, na verdade ele a olhava encantado, a rosada era linda com seus cabelos exóticos, ele nunca tinha visto alguém com aquela cor de cabelos, ela tinha um pele pálida pela falta de sol que entrava em contraste com as roupas pretas que usava, estas apesar de folgadas ainda davam sinais de que Sakura tinha um belíssimo corpo por baixo delas, e o que dizer daquele olhos intensamente verdes, ela era definitivamente encantadora.

    Sakura soltou um suspiro resignado, já começava a ficar irritada com Kakashi. O que tanto ele olhava? Quando abriu a boca para questionar, ele foi mais rápido.

    – Já esteve lá fora alguma vez? Quer dizer, desde que chegou aqui? – ele estava realmente curioso quanto a isso.

    – Sim – respondeu Sakura enquanto recordações de dois anos atrás invadiam sua mente.

    “Sentia frio, seus pés davam passos resignados enquanto caminhavam sempre a frente, os corredores eram iluminados pelas lâmpadas no teto e elas eram tão claras que seus olhos sempre a escuridão estavam tendo dificuldades para se acostumar. Seus braços eram segurados firmemente dos dois lados, um na direita e outro na esquerda.

    – Vamos logo! – rosnou o segurança à sua direita.

    – Não sei por que levar essa louca para o diretor conhecer – resmungou o da esquerda.

    – Não temos que entender nada, apenas temos que leva-la – retrucou o outro.

    – Não sei também por que todos tem tanto medo dela, ela é só uma menina com cabelos estranhos – Voltou a dizer ignorando as palavras do parceiro.

    Sakura apenas ouvia calada os dois homens que logo começaram a discutir, aos poucos ele foram diminuindo a pressão em seus braços, a rosada diante da distração deles puxou a lanterna do homem da direita, e com um golpe firme e forte atingiu o queixo do homem a sua esquerda, este cambaleou para trás, o que ainda segurava seu braço a lançou na parede ela bateu as costas com força, mas logo se recuperou. Chutando no meio das pernas do homem que tinha se colocado na sua frente, quando este se curvou em dor a rosada quebrou-lhe o pescoço com suas mãos, o corpo dele ajoelhado caiu sem vida no chão, ela se virou para o outro homem que tinha o nariz todo ensanguentado, ele encarava em choque o corpo do amigo no chão, mas ao ver a rosada vindo em sua direção tirou o aparelho de radio do cinto e tentou pedir ajuda, Sakura com um único chute derrubou o aparelho de suas mãos, o homem tentou soca-la mais a rosada segurou seu braço, colocando atrás das costas dele e o obrigou a se ajoelhar a sua frente ainda segurando o braço dele.

    – Meu cabelo não é estranho – sussurrou suavemente no ouvido do homem antes de quebrar-lhe o pescoço como fez com o outro.

    Sakura sentia que seu coração iria sair pela sua boca, seus pulmões imploravam por mais ar, ela corria pelos corredores iluminados a toda velocidade, deixando para trás guardas mortos ou inconscientes, ela descia as escadas pulando vários degraus de uma vez, caiu duas vezes com toda a pressa que tinha, “Preciso ser mais rápida ou eles me pegam” pensou em quanto corria desesperadamente atrás da saída. Seu pensamento se comprovou certo quando luzes vermelhas começaram a piscar freneticamente substituindo as antigas brancas, o som agudo da sirene logo foi ouvido denunciando sua fuga. Minutos que mais pareceram décadas depois de uma longa correria, ela encontrou a saída, e apesar de denunciarem sua fuga na entrada havia apenas três guardas, a rosada acabou com eles em minutos os deixando mortos, quando destrancou a Said com o polegar do segurança, pois o aparelho era pedia digital, Sakura escorregou no chão molhado no lado de fora, a chuva naquela noite caia forte, mas ela não se importava e até preferia fazia tempos que não via a chuva, logo desceu os lances de escadas que tinham na frente e se pois a correr pela grama molhada. A rosada mantinha um sorriso um sorriso enorme enquanto sentia as gotas gélidas lhe encharcarem o corpo, correu pelo que pareceram alguns minutos antes de ouvir um disparo, sentiu algo lhe picar na nuca e logo depois foi sentindo uma dificuldade enorme em se manter correndo, quando não aguentou mais a dormência no corpo caiu de cara na grama molhada, com as suas últimas forças se virou de barriga para cima para poder sentir a chuva caindo sobre seu rosto.”

    – Então eles deixaram você sair?! – perguntou surpreso Kakashi.

    Sakura acordou de suas lembranças e se virou para Kakashi.

    – Não – respondeu seca.

    – Mas... – Kakashi não conseguia conter sua curiosidade.

    – Eu matei os guardas e fugi, mas como pode ver não deu muito certo – murmurou a rosada dando um sorriso cínico a ele.

    Kakashi engoliu sua curiosidade perante aquela declaração.


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