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Acordei em um lugar estranho, estava todo vestido de branco em uma sala muito iluminada, não havia nada nela apenas uma porta com uma pequena janela em cima, cambaleei até ela e tentei abrir, inutilmente, estava trancada, olhei pela janela e uma moça estava do outro lado vindo em minha direção.
Ela escancarou a porta e disse:
_ O senhor tem visitas
Agarrou meu braço e me conduziu por um corredor estreito, percebi que havia muitas portas como aquela, e homens estranhos por trás delas.
Ela me levou até uma sala que tinha apenas duas cadeiras e uma delas estava o homem que tinha me dado o remédio, ela me sentou em uma cadeira com ignorância, como se eu não soubesse me sentar sozinho.
Observei a moça sair e voltei minha atenção para o homem sentado a minha frente
_ Olá Guilherme
Foi o que ele disse
_ Olá, quem é você?
Perguntei meio desconfiado
_ Ainda não se lembra de mim?
Ele disse rindo com si próprio e eu não entendia nada
_ Eu sou o agente David, trabalhei com você há muito anos atrás.
_ Agente? Onde estou então?
_ É complicado, você veio pra cá faz cinco anos, eu te visito toda semana e toda vez te explico que você esta aqui por que sofreu muito com sua família
_ 5 anos? Eu me lembro que algumas horas o senhor me deu um remédio esquisito que me fez desmaiar
_ eu te dei esse remédio antes de você ir a um consultório onde fez vários exames e depois disso enviado pra cá, isso ocorreu há muito tempo atrás. Você está em um hospício
_ Hospício? O que é isso?
_ Um lugar pra passar férias.
Ele parecia decepcionado
_ Estou de férias? Que legal
Eu sorri sem nem saber por quê.
A moça entrou pela porta que havia saído e disse calmamente:
_ Seja rápido senhor David
Ao dizer isso saiu novamente. O homem então me encarou e disse:
_ Você se lembra de uma menina chamada Soraya?
Eu pensei um pouco, pra mim aquele nome não era estranho.
_ Acho que sim
_ Ela é sua filha e faz cinco anos que é uma das piores assassinas do país e ninguém nunca conseguiu prende-la, precisamos que o senhor se esforce para se recuperar e nos ajude a encontrá-la
Ele parecia meio perturbado
_ Nossa parece uma coisa bem terrível, assim que minhas férias acabar eu irei ajudá-lo, agora se me der licença preciso ir para meu hotel comer alguma coisa, mais tarde irei à praia, se quiser me acompanhar eu agradeço.
Fui em direção a porta e sai, encontrei a moça que novamente pegou pelo meu braço e me conduziu até meu quarto, ali eu adormeci no chão sem nem saber quem era essa Soraya ou o que ela queria.