Koi no nazonazo (Os mistérios do amor)

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    Capítulos:

    Capítulo 11

    Na universidade

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Spoiler

    Acordou cedo naquela manhã. Ainda estava sonolenta e sem coragem de se levantar, cansada pela “maratona de beleza” que resolvera fazer. Olhou para o lado e viu pilhas de sacolas das lojas mais caras da Cidade do Oeste. Deu um sorrisinho de satisfação. Fazia tempo que não sentira tanto prazer em ir às compras. Tinha um objetivo agora. Iria descobrir a qualquer custo alguma coisa sobre os androides.

    Também sonhara mais uma vez naquela noite. Com ele. Aquele saiyajin lunático que fora embora sem sequer se despedir. Também não poderia esperar isso dele. Nem isso nem qualquer outra coisa. Mas não podia ignorar como se sentiu quando esteve nos braços dele. Mesmo passado um mês desde que partira, não conseguia esquecê-lo A voracidade com que fora beijada e tocada a deixavam excitada, a ponto de sonhar com ele todas as noites. O auge de sua depressão foi quando se deu conta que gostava do saiyajin. Quando o convidou para morar com ela foi pela curiosidade em desvendar o mistério que era Vegeta. Mesmo ele sendo um assassino cruel, não deixava de ficar fascinada pelo poder que emanava dele. Não sabia o que era exatamente, mas algo nele a atraía. Vegeta era um homem de atitude e de personalidade. Não era como os homens que ela conhecia que tinham medo da igual personalidade forte dela. Aliás, Vegeta foi o único capaz de contrariá-la. E pensando bem, ela também fora a única até agora capaz de contrariá-lo sem se morta por ele. Riu de si mesma quando entrou pontos em comum com o saiyajin. Mas o fato que estava gostando dele. E muito. Sabia que era loucura, pois ele jamais a corresponderia. Na noite da partida de, por um breve momento achou que ele estava gostando de estar com ela, mas o fato dele se afastar e expulsá-la do quarto cortou qualquer esperança que pudesse ter.

    Por outro lado, para ela isso não tinha mais importância. Já tinha se decidido: homem nenhum a faria chorar novamente. Embora gostasse de Vegeta, não iria se magoar esperando por algo que jamais aconteceria. “Talvez tenha sido melhor ele ir embora mesmo. Assim não fico mais com essas ideias tolas na cabeça. Tenho que me concentrar nos androides. Ih! Já estou atrasada!” pensou ela dando um pulo da cama. Tomou um banho rápido. Aquele seria o primeiro dia das pesquisas na universidade. Escolheu um vestido discreto cor de vinho com mangas compridas que desciam até o meio da coxa e escarpins pretos de salto. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo deixando a franja na lateral. Para arrematar pôs um batom da mesma cor do vestido. Estava bonita. Fazia tempo que não se sentia assim.

    Quando desceu para o café da manhã, encontrou o casal Briefs à mesa.

    - Oi, Bulminha, já ia lhe chamar. – disse a senhora Briefs – Nossa você caprichou. Aposto que hoje mesmo arruma um namorado novo!

    - Ah, mamãe! – disse Bulma rindo – A última coisa que eu quero no mundo neste momento é um namorado.

    - Poxa... Aposto que existem rapazes bonitões na universidade. – dizia a senhora Briefs sonhadora – Quem sabe qualquer dia eu vá buscar você lá?

    - Querida, já vai convidar outro rapaz para ir ao cinema de novo? – disse o Dr, Briefs despreocupadamente. – Deixe a Bulma em paz. Aposto que ela irá descobrir algo sobre o cientista da Red Ribom.

    - Essa é a minha esperança papai! – dizia Bulma confiante – Vou ajudar os rapazes de alguma forma a derrotar esses androides.

    - Aposto que conseguirá – disse Dr. Briefs.

    Depois do café, Bulma pegou um carro no seu estojo de cápsula e partiu para a universidade. No caminho não deixava de reparar nas pessoas que iam e vinham despreocupadamente. “Se elas soubessem do perigo que virá daqui a dois anos e meio...” pensava.

    Pouco tempo depois chegou ao seu destino. A universidade era um prédio imponente, mais até do que a Corporação Cápsula. Ela sabia que ali estavam reunidos os melhores cientistas do mundo, que realizavam diversos tipos de pesquisa. Mas também sabia que seu nome era muito respeitado na comunidade científica por conta das realizações do seu pai. Ela mesma poderia ser tão ou mais famosa que o Dr. Briefs, mas nunca se interessou muito por isso. Embora fosse muito inteligente, a sua sede por aventuras sempre falava mais alto. Só frequentou a universidade por insistência de seu pai, que queria que ela tivesse uma educação formal, embora concordasse que ela tinha muito mais potencial do que muitos dos velhos cientistas dali. Sabia que as pesquisas realizadas ali ajudavam muitas pessoas, mas também pensou que se não tivesse se metido em tantos perigos junto com os seus amigos, sequer saberia da existência de seres poderosos e ameaças que a maioria dos humanos ignoram. Talvez a sua sede por aventuras a levasse a utilizar sua inteligência de outra forma. Criou o radar do dragão, foi a Namekuzei com uma tecnologia restaurada por ela e seu pai, aprendeu um novo idioma só para pôr a nave de Kami-Samá em funcionamento, fora uma série de estratégias que ela criou para ajudar seus amigos a derrotar os inimigos. Agora ela estava ali naquele lugar para colocar sua inteligência mais uma vez a serviço do planeta.

    Todos na universidade sabiam quem era Bulma Briefs, mas só a conheciam de nome. O reitor e o corpo docente sabiam do currículo impecável da herdeira da Corporação Cápsula, mas os demais alunos-pesquisadores achavam que ela era só mais uma riquinha mimada que entrara ali por influencia do próprio nome.

    Depois de se apresentar na reitoria, Bulma recebeu um jaleco com o logotipo da universidade o nome Drª Briefs bordado – que ela vestiu imediatamente -   e um crachá de identificação que lhe permitia livre acesso a todos os espaços da instituição. Então o reitor a acompanhou até o laboratório geral onde se encontravam os alunos-pesquisadores para apresentá-la.

    - Atenção doutores! – chamou o reitor – Esta aqui é o novo membro do corpo de cientistas da Universidade da Cidade do Oeste. A senhorita Bulma Briefs!

    Todos aplaudiram por educação. Os homens a olhavam com descrédito, mas ao mesmo tempo impressionados por ela ser muito bonita e as mulheres com desdém. Bulma fez um gesto de agradecimento e saiu do laboratório com o reitor para receber as últimas instruções.

    - Muito bem senhorita Briefs. – dizia o reitor - O seu pareiro será o Dr. M. Glen. Ele ainda não chegou, mas você pode aguardá-lo no laboratório individual de vocês que fica neste corredor à direita.

    - Laboratório individual? – perguntou Bulma

    - Sim, aqui cada dupla de cientistas tem seu próprio laboratório. – explicou o reitor - É que muitas pesquisas são confidenciais, e no passado tivemos alguns problemas com plágio.

    - Hum... Entendo. Tudo bem. Vou aguardar o meu parceiro.

    - O Dr. Glen é um brilhante cientista. Talvez o melhor daqui. Tem muita sorte em tê-lo com parceiro.

    Ela sorriu. Quando reitor saiu, ela se dirigiu ao laboratório. “Dr. M. Glen... Deve ser um velho cientista ou um daqueles nerds da outra sala”.  Ao entrar constatou que era um laboratório muito avançado. Porém os laboratórios da Corporação Cápsula tinham mais recursos por serem equipados com os inventos do seu pai. Olhou alguns papéis que estavam em cima da mesa. Tratava-se de pesquisas sobre robôs para fins militares. Ao olhar os últimos papéis leu rapidamente “genética”, quando alguém entrou no laboratório.

    - Olá Drª Briefs, eu sou Glen. Serei seu parceiro de pesquisa.

    Ao se virar para olhá-lo, teve uma surpresa. O Dr. Glen não era um velho cientista como ela supunha. Ao contrário. Era um jovem de cerca de trinta anos, bonito, alto, loiro de olhos castanhos. Usava óculos de aro grosso que combinava perfeitamente com o estilo intelectual que ele tinha. Não pode deixar de se impressionar.

    Glen por outro lado também se impressionou com a famigerada Drª. Briefs, herdeira da Corporação Cápsula. Também fazia outro juízo dela. Tendo conhecimento do currículo dela, imaginava que fosse como uma daquelas cientistas que só vivem para o trabalho. Mas ela não. Podia-se ver que ela vivia de verdade. Além disso, era linda. Linda demais para ter um currículo tão bom. A pele macia – perceptível só de olhar – os cabelos sedosos, o corpo e rosto perfeito.

    - Prazer Dr. Glen. – disse ela estendendo a mão. – Pode me chamar de Bulma.

    -Tudo bem Bulma. Então me chame apenas de Glen. – disse ele beijando a mão de Bulma sem tirar seus os olhos do dela.

    Ela corou. Sabia que Glen tinha gostado dela. E ela não podia negar que ele era muito atraente. “Talvez não fosse nada mal dar um tempo em homens que só pensam em lutar” pensou. “O que você está dizendo Bulma?! Você tem um objetivo aqui!”.

    - Então Bulma. Vi na sua ficha que deseja pesquisar sobre robôs para utilidade doméstica?

    - Bom, na verdade só escrevi aquilo para entrar aqui. – disse ela meio envergonhada.

    - Ah é? Bom, na verdade achei estranho, uma pessoa como você querer pesquisar isso.

    - Uma pessoa como eu? Como assim?

    - Uma pessoa assim... Tão... Fascinante.

    - Ora você nem me conhece...

    - Não precisa conhecê-la. Basta olhar para você.

    - Bom, se vamos trabalhar juntos é melhor você ir com mais calma. – disse ela tentando frear as investidas do doutor.

    - Perdão Bulma. Acho que me excedi. – e falando mais profissionalmente - Mas então o que você quer pesquisar?

    Ela ficou calada. Não sabia se podia confiar nele para contar sobre os androides. Por outro lado ficou curiosa ao ler “genética” em um dos projetos. O que genética tem a ver com robótica?

    - Eu estava olhando os seus projetos... – ela falava vacilante. – E fiquei me perguntando o que genética pode ter a ver com robótica...

    - Ah, aquilo? São só algumas pesquisas pessoais. – dizia ele seriamente - Nada a ver com a universidade.

    Bulma percebera a mudança de expressão dele. Talvez não fosse bom contar suas reais intenções.

    - Bom, eu queria só participar de algumas pesquisas daqui.  – mentiu - É que meu pai faz questão que eu me envolva com essas coisas. Não que eu não goste, mas faço mesmo para agradá-lo. Mas se você quiser que eu o ajude com algo...

    - Então é isso... Podemos fazer o seguinte: Você conclui o seu projeto obrigatório e depois fica me ajudando com a supervisão dos projetos dos cientistas-alunos. O que acha?

    - Ótimo! Vou começar agora mesmo.

    Em pouco menos de duas semanas Bulma concluiu o projeto que outros levariam seis meses para fazer. Glen ficou ainda mais impressionado com a inteligência da moça.

    - Além de linda e espirituosa é inteligente - disse ele enquanto ela analisava algumas micropeças.

    - Como? – perguntou ela embora tivesse escutado claramente o que ele tinha dito.

    - Perguntei se você aceita ir tomar com café comigo no fim da tarde.

    - Café? Hum... Pode ser...

    - Que bom que você me dará a honra de sua agradável companhia.

    Embora não quisesse saber de homem nenhum, Bulma não podia deixar de se sentir lisonjeada em ser cortejada por um homem tão lindo e inteligente. Poucas vezes um homem a tratou com tanta gentileza. Yamcha fora um traidor e Vegeta... Era melhor nem lembrar com Vegeta lhe tratava. “Por falar em Vegeta, onde será que ele está?”. O coração dela ficava apertado ao lembrar-se do saiyajin orgulhoso que invadira o seu coração. “Talvez, sair com um cara normal para variar possa me fazer esquecer um pouco daquele lunático...” pensou.


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