Koi no nazonazo (Os mistérios do amor)

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 10

    De volta às origens

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Spoiler

    Depois passar dias viajando pelo espaço – sempre treinando com a gravidade aumentada – Vegeta chegou a um planeta desabitado nos limites do sistema solar. Desde que partira da Terra havia intensificado o treinamento. Treinava até o limite da exaustão no intuito de se tornar um supersaiyajin. “Preciso me transformar a qualquer custo. Devo superar os poderes de Kakaroto e me tornar o homem mais forte do universo! Depois explodirei aquele planeta detestável. É isso que eu devo fazer!”. Embora sentisse a necessidade de derrotar Goku na tão sonhada revanche, ainda não tinha ideia do que fazer quando conquistasse o seu objetivo. Tornar-se-ia um segundo Frezza? Isso estava fora de cogitação. Não queria seguir os passos daquele que destruiu todo o seu planeta e ainda ousou matá-lo. “Maldito Frezza! Se não fosse aquele inseto, agora eu poderia ser o homem mais poderoso do universo!” pensava. “Até a chance de me vingar de Frezza, o idiota do Kakaroto me tirou. Mil vezes maldito! Mas ele não foi capaz de vencê-lo totalmente... Quem o destruiu foi aquele moleque insolente. Quem será ele?” Vegeta se sentia incomodado ao pensar no guerreiro que dizia vir do futuro. Além de demonstrar ser tão ou mais forte que Goku, o sujeito ainda podia se transformar em supersaiyajin. “Como outro pode se transformar e eu não? Eu sou o princípe dos saiyajins e o guerreiro mais forte da raça! Eu deveria ser o supersaiyajin!”. Vegeta não conseguia entender como era possível se só existiam dois saiyajins no universo inteiro além de Gohan que era mestiço. Além disso, o jovem misterioso sequer tinha calda ou cabelos e olhos pretos como os sayajins. O cabelo lilás e olhos azuis excluíam totalmente – na visão de Vegeta – a possibilidade dele ser um guerreiro da quase extinta raça. “Cabelos coloridos... Humfp!” pensava.

    Quando pensava nos cabelos do guerreiro do futuro, imediatamente vinha a lembrança da terráquea de cabelos e olhos azuis. Quando pensava nela sentia uma raiva tremenda. Tivera que abandonar a Terra para ficar longe dela. Ficaria longe dos equipamentos até quando conseguisse retomar o autocontrole do desejo de possuí-la. Se o fizesse, teria que matá-la imediatamente, o que atrapalharia o seu treinamento. Quem naquele planeta inútil construiria equipamentos para ajuda-lo a treinar? Não conhecia ninguém na Terra com as mesmas habilidades da garota e do velho. Tinha que continuar lá, mas precisava deste período de afastamento para colocar a cabeça em ordem. Pensou nas primeiras noites da viagem, atormentadas pelos sonhos impublicáveis que teve com ela. A lembrança da proximidade com ela na noite em que ela ficara inconsciente e na noite anterior a sua partida, mexiam com os hormônios do saiyajin, coisa que ele tentava controlar a todo custo possível. Não poderia deixar que uma coisa tão ridícula como necessidades físicas pudessem atrapalhar o seu treinamento. Em algumas noites, ainda na Terra, chegara a sujar os lençóis durante muitos desses sonhos. Precisava mesmo manter-se afastado.  Tinha que manter o foco.

    Treinou durante algumas semanas no planeta que tinha um clima instável: ora fazia um calor escaldante, ora um frio rigoroso. Isso sem falar nas tempestades de areia e nas erupções vulcânicas. Era fácil saber o porquê de não existir vida ali. Com o passar do tempo, tantas adversidades, e com um ritmo de treinamento intenso, aos poucos se esqueceu do desejo pela terráquea e até mesmo dela. Cinco meses depois, quando tentava lembrar-se da fisionomia dela, não conseguia. Ao lembrar que um dia sentiu vontade de possuí-la, ficava raiva de si próprio, visto que considerava os terráqueos seres de raça inferior.

    Quando a comida disponível na cápsula nave acabou, ele teve duas opções: voltar para a Terra, ou procurar por outro planeta habitado onde pudesse encontrar comida. Voltar para a Terra ainda estava fora de cogitação, visto que treinar com situações reais era muito mais empolgante para ele do que com os equipamentos construídos pela garota. Além disso, no espaço não existiam velhos loucos, louras malucas nem garotas escandalosas. Porém, não podia negar que os equipamentos realmente o fariam render muito mais. Decidiu que treinaria por mais um mês no espaço e depois retornaria a Terra. “Espero que aquela imbecil tenha construído os novos robôs para o meu treinamento como eu ordenei” pensava. Assim, Vegeta partiu em busca de um planeta onde pudesse passar seu último mês de treinamento.

    Viajou para além do planeta em que estava. Em dois dias de viajem avistou um planeta esverdeado, que lembrava muito Namekusei. Ao descer no planeta concluiu que ele tinha condições climáticas parecidas com a da Terra, exceto pela gravidade que era maior. Além disso, detectou a existência de animais e vegetais com frutos com os quais poderia se alimentar. Sentia também vários KI’s com baixo poder de luta vindo de várias direções. “Hum... Ao que me parece, esse planeta é habitado... Esse KI’s de verme devem ser dos habitantes deste planeta. Vamos ver do que são capazes... Estou mesmo precisando de um pouco de diversão.” Vegeta voou até a aglomerações de KI”s mais próxima. Ao chegar percebeu que se tratava de um pequeno povoado de pessoas com aparência muito parecida com a dos terráqueos, e até mesmo dos saiyajins.

    - Ei ancião! – gritou ele chamando um dos aldeões que ali estavam – Onde está o chefe de vocês?

    - Chefe? – respondeu o velho – Não temos chefes aqui... – e analisando o guerreiro que estava na sua frente disse: - Você não é deste planeta não é?

    - Não é da sua conta inseto! – disse ele disparando um raio de energia que desintegrou o interlocutor, chamando a atenção dos outros habitantes da aldeia.

    - Seu desgraçado! – gritou outro homem avançando em Vegeta.

    O soco o pegou de surpresa, assim como o aumento repentino do KI do homem que o atingiu. Vegeta foi lançado contra uma parede feita de um material muito resistente que sequer rachou com o impacto de seu corpo. Quando o sangue chegou-lhe à boca, sentiu o instinto saiyajin aguçar-se. Subestimou o poder de luta dos habitantes do planeta em que se encontrava. Quando percebeu outros KI’s se elevarem em direção a ele, liberou o seu próprio KI gerando uma explosão na aldeia. Alguns aldeões foram fatalmente atingidos provocando a ira do guerreiro que lhe acertara o golpe. Quando este se preparava para golpeá-lo, Vegeta, utilizando sua incrível velocidade conseguida pelo treinamento na cápsula de gravidade, acertou-lhe um soco nas costas perfurando o corpo do guerreiro. Os sobreviventes da explosão olhavam espantados para o poder daquele guerreiro causador de tanta destruição. Vegeta por outro lado, dominado pelo instinto de luta, pôs-se a disparar vários raios de energia, destruindo completamente a aldeia e seus habitantes. Sentia suas veias pulsarem de tanta satisfação. Era como se estivesse se preparando para uma grande batalha. Também ficou satisfeito consigo mesmo, pois constatou que ainda tinha sangue frio o suficiente para matar qualquer um sem qualquer consideração. Afinal, tantos meses de isolamento trouxeram de volta o saiyajim que estava nele. “Sim! Eu sou um saiyajin! Esses vermes de raças inferiores devem morrer! É isso o que eu farei com a Terra assim que eu vencer Kakaroto!”

    Vegeta saiu daquele local em direção a outro aglomerado de KI’s. A cena se repetiu: explosão, mortes e destruição. Assim também aconteceu nos demais povoados que encontrou. Ele queria provar para si mesmo que ainda era um verdadeiro guerreiro saiyajin: poderoso, forte, e principalmente impiedoso. Sentia a maldade correndo pelas suas veias. Também considerava que aquilo era um treinamento para o dia em que fizesse a mesma coisa com a Terra. A cada aldeia destruída, Vegeta fortalecia seu próprio ego e jurava para si mesmo que assim seria o fim do planeta Terra. E também da garota terráquea que um dia ousou a despertar o que ele jamais sentira.


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