Não tive comentários no capítulo passado :c Mas ok né, eu vim postar da mesma forma.
Bem, quem gosta de cenas fofinhas ao algo assim, começa agora :3
Boa leitura o/
Natsu POV on:
Já faz alguns minutos desde que eu queria de verdade, consumir com o cachorrinho da loira, se não fosse aquele bicho eu não teria que tomar banho tão cedo. Bom, acho que até teria, mas seria por outro motivo muito melhor. Queria ficar cheiroso e bonito já que chamei Luce pra sair. Nos divertir um pouco seria bom, e eu já entendi que ela não é o tipo de mulher que se rende tão fácil, mas desconfio que ela goste de algo mais “romântico”.
E esse é o grande problema, nunca fui ou fiz algo do tipo, mas não estou ao ponto de desistir de tentar ter uma relação com a loira e por mais incrível que pareça, já não sinto a necessidade de sempre dar em cima dela, deve ser a convivência.
Coloquei uma calça jeens azul escuro, uma blusa preta de mangas compridas um pouco justa, já que definia meus belos músculos (faço questão de mostrá-los e por mais certinha que seja a menina, ela não deixa de reparar) e meu cachecol que sempre me acompanha independente da temperatura ou ocasião. Meu cabelo eu deixei como estava, bagunçado digamos que ele me da um ar sexy, não tem motivos para penteá-lo nós somente iríamos passear e não vamos comer em algum restaurante de luxo. Mas mesmo assim eu me sinto um pouco nervoso.
Escutei uma voz que não conhecia um pouco longe e abafada, por isso não compreendi o que foi falado. Eu estava no quarto e Luce no banho. Ah, e o querido cachorrinho lindo e amável dela, estava dormindo na cama, (achei alguém mais preguiçoso que eu). Fui até a pequena sala que tinha juntamente uma cozinha, olhando bem estava uma bagunça, que eu fiz sozinho. Abri a porta e encontrei uma senhora por volta dos 50 anos de idade, baixinha, com um uniforme de empregada. Ela sorria gentilmente e seu cabelo estava preso em um coque.
Ouvi alguns passos um pouco atrás de mim, era a Lucy obviamente, mas o que me deixou surpreso foi à rapidez de que ela tomou banho e se arrumou geralmente as mulheres demoram horas só pra escolher a roupa. Voltei a minha atenção para a senhora e perguntei o que ela queria.
– Serviço de quarto! –Fiquei confuso, acho que foi a Luce que pediu já que estávamos precisando, mas eu não percebi quando isso aconteceu, devia estar no banho. Fiquei satisfeito já que estávamos de saída, quando voltássemos estaria tudo arrumado novamente.
– Ah claro, pode en... –Fui interrompido por uma mão que apertou os dois lados da minha bochecha, resultando um bico de peixe em minha boca. Só pelo cheiro deduzi quem era e me calei.
– Muito obrigada pela gentileza minha senhora, mas não estamos precisando! –Olhei somente pelos olhos já que estava com a cabeça imobilizada pela força que a loira me segurava, fiquei emburrado por que ela estava exagerando. O sorriso forçado que passava despercebido pela senhora que também não entendia o porquê da loira recusar seu trabalho fez-me questioná-la.
– Luxy nóix extamux prechisa... –Eu não imaginava o que ela faria, mas o resultado me deixou feliz de imediato, ela puxou meu rosto um pouco pra baixo ao encontro do seu, e então me deu um selinho. Tenho certeza que corei, senti meu rosto arder e cada vez ficava mais confuso, acho que se continuasse assim eu teria uma parada cardíaca. Oh meu senhor amado que se encontra no céu, muito obrigado por trazer esse anjo disfarçado de velhinha faxineira na frente da minha porta!
– Fique quieto meu amor! –Ela falou com naturalidade depois de me soltar, voltou a olhar à senhora e abriu mais uma vez um sorriso que parecia doce, mas na verdade falso. – A senhora não precisa se preocupar com nós, eu não permito bagunça, então está tudo arrumadinho!
– Pois bem, me desculpe atrapalhar o casal, irei me retirar. –Então ela saiu de lá e Luce fechou a porta saindo de perto de mim.
– O que... foi isso? –Perguntei ainda me sentindo um pouco atordoado com a situação e percebi que ela corou mesmo estando de costas.
– N-não pense q-que fiz isso por que quis! Você está ficando maluco? Seu idiota estamos com um cachorro aqui dentro, se nos pegarem vamos ser obrigados a nunca mais por o pé aqui. –Ela estava nervosa de fato, mas no momento que ela disse caiu a ficha. Senti meu orgulho ferido, mas ela tinha razão.
Olhei-a de cima a baixo e me senti hipnotizado, meus olhos não saiam de nenhum lugar do seu corpo, como a temperatura estava mais agradável ela vestia uma blusa preta com alguns detalhes em rosa com um casaco fechado por cima da cor branca. Ele tinha tipo uns gominhos para que esquentassem mais e era justo e mesmo assim ainda destacava as curvas que ela tinha e seu busto parecia ainda maior. Além disso, usava uma saia também branca um pouco curta com uma meia-calça fina da cor de sua pele e por fim seus pés estavam com uma bota simples preta com um pequeno salto.
– Vamos? –Finalmente ela se virou e eu pude ver seu belo rosto, com apenas um brilho labial. Ela já tinha beleza o suficiente para que não precisasse de maquiagem, deixando claro qualquer mulher com inveja. Seus cabelos lisos e dourados estavam soltos e impregnavam um cheiro viciante.
– Lu... ce. Você está...linda. –Ela corou um pouco e eu também, após perceber o que tinha falado. As palavras saíram da minha boca sem eu perceber.
– O-brigada. –Abaixou um pouco o olhar e passou pela porta, eu a segui e tranquei com a chave. – Natsu! Como iremos sair só nós dois?
– Como assim Luce? E só eu e você sairmos, sua doida.
– Doida é sua bunda, eu to falando de ontem, quando nós passamos na recepção e você teve a brilhante idéia de dizer que temos um bebê, que pai ou mãe deixaria uma criança sozinha trancada sem ninguém enquanto sai?
– Não se preocupe, eu frequento esse hotel desde pequeno, e os funcionários revezam o trabalho, eles comparecem somente uma vez por semana para cumprirem seu cargo. –Ela me olhou confusa, mas depois resmungou um “hm” e fomos em direção ao elevador. Esse não é um Hotel que permite a entrada de qualquer um, só que ela ainda não sabe que eu sou um dos poucos Dragneel’s que restaram até hoje.
–-- X ♥ X ---
– Natsu! Não vamos comer sorvete! Pode ter esquentado um pouco, mas ainda estamos no inverno e faz 6º graus na rua.
– Ah Luce deixa de ser boba, é só hoje. –Arrastei a loira para uma cafeteria que tinha no centro da cidade, era semelhante aquela que fomos encontrar Erza e Jellal. Me pergunto o que aquele safado anda fazendo agora, bom é melhor eu nem ficar pensando muito nisso, provavelmente estão se agarrando por aí.
Sentamos em uma mesa e logo uma maid venho nos atender, eu não fiquei olhando pra ela com segundas intenções como costumava, ela era bonita em todos os requisitos, mas quem tinha a Luce como companhia não precisava de mais ninguém.
A moça perguntou nossos pedidos e eu consegui convencer Luce a tomar sorvete, então fomos levados a um local onde só tinha sorvete de todos os sabores e vários acompanhamentos que podíamos imaginar. De fato meus olhos começaram a brilhar e eu fui correndo pegar um potinho – O maior, claro – sem se importar com o as pessoas em minha volta.
Não demoramos muito e voltamos para nossa mesa, Luce tinha um pequeno pote nas mãos, mas somente o encarava. Tinha três pequenas porções de sabor chocolate, morango e baunilha. Não havia se quer cobertura, fiquei incrédulo comparando o potinho dela com o meu. Eu nem sabia de que sabores exatos eu tinha servido, já que havia um arco-íris em forma de bolinhas esmagadas tentando competir espaço, devorava como um animal sem nenhuma preocupação.
–Luchy, vuxê nun vai comer? –Falava de boca cheia enquanto encarava ela, quando colocou seus olhos em mim, fez uma cara estranha e um gesto com suas mãos em seu rosto, como se tivesse o limpando.
– Você parece uma criança Natsu, já está todo lambuzado. –Finalmente ela pegou a colher de plástico da cor vermelha e levou até a boca que me seduzia, fez uma cara fofa e se arrepiou toda. - Gelado!
Quando terminamos eu fui pagar enquanto ela me esperava lá fora, alguns minutos depois ficamos caminhando pela rua, já era quase a hora do almoço mas não sentíamos fome. Notei que a loira não estava mais caminhando calmamente ao meu lado, mas não me preocupei por que sei que ela não faria nenhuma loucura, mas então eu senti algo gelado me acertando na nuca me deixando furioso imediatamente, me virei e vi Luce rindo de mim, fui atingido por uma bola de neve.
– Ora sua... –Falei divertido me abaixando ao chão para fazer uma bolinha também, começamos uma guerrinha e ficamos brincando igual dois retardados. Algumas pessoas nos olhavam estranho, outras riam e os idosos ficavam nos admirando lembrando-se de sua juventude. Estávamos em um parque e tinha muitas crianças fazendo a mesma coisa que nós, mas não nos importávamos por sermos adultos cometendo atos infantis.
Luce corria olhando pra mim enquanto eu estava atrás tentando acertá-la, ria como uma criança e eu o acompanhava, só que o meu sorriso logo desapareceu e um desespero enorme me preencheu por completo. Lucy estava indo na direção da rua onde passava um caminhão a poucos metros dela.
Foi como uma câmera lenta, finalmente ela se virou pra frente assustada pelo som da buzina, seus cabelos loiros balançavam ao vento parecendo fazer uma dança, e então parou bruscamente esperando o impacto forte em seu corpo.
– LUCY!