Desculpem não ter postado a semana passada, tive alguns problemas e o capítulo ficou um pouco maior do que estava à espera.
Num certo dia de Verão, na cidade de Edo, no Yorozuya, o típico quarteto já não aguentava mais o calor.
“Quente. Está quente demais.” Lamuriou Kagura abanando-se com um leque com um Justaway desenhado.
“Maldito calor, vai embora e eu te darei 300 Yens.” Falou Gintoki deitado no sofá tentando-se refrescar com a sua Jump.
“Este clima é mais quente que as chamas do meu coração.” Queixou-se Mizuki debruçada sobre a janela, tentando encontrar uma brisa fresca, mas sem sucesso.
“Realmente está muito quente.”
“Já percebi isso! Não precisam continuar a dizer que está calor! Além disso, foram vocês que partiram o ventilador!” Gritou Shinpachi. “Espera aí, não há algo errado?”
“Que queres dizer, Patsuan?” Questionou Gintoki.
“Nós somos apenas 4, mas há pouco, ouve 5 falas, uma delas não identificada.” Explicou o Tsukkomi.
“Agora que dizes é verdade.” Reparou Mizuki.
“N-não p-pode s-ser um fa-fa-fantasma, pode?” Indagou o albino alarmado.
“Porque é que um fantasma diria que está muito quente?” Perguntou Shinpachi.
“Deve estar habituado ao frio do abismo das almas e não aguenta este calor.” Supôs Mizuki como se uma resposta bastante lógica.
Então de repente, a porta do quarto de Gintoki abriu-se rapidamente, espantando o quarteto, especialmente quando de lá saiu Pirako.
“Oi pessoal, como vão?” Cumprimentou a hitokiri enquanto lambia um picolé de morango.
“Não venhas com um “como vão?”! O que raio fazes aqui?” Perguntou Gintoki com uma veia pulsando enquanto segurava Pirako pelo cabelo.
“Você realmente não mudou nada, Aniki.” Falou Pirako animada. “Quando eu entrei, estavam todos de roda de um ventilador e não me notaram, portanto fui fazer um cochilo no teu quarto.”
“Aniki?” Murmurou Mizuki chocada (N/a: Aniki tanto pode ser usado para se referir ao líder de um gangue como também a um irmão mais velho). “Onii-chan, nunca me falaste que tinhas outra irmãzinha para além de mim. Então a nossa relação não significava nada para ti. Tu deixas que qualquer garota te trate como um irmão mais velho. Eu realmente te julguei mal, os meus sentimentos não passaram de um brinquedo nas tuas mãos. Aposto que já deves ter tido imensas irmãzinhas e para ti sou apenas mais uma. Muito bem, eu também não preciso de ti, irei-me embora agora mesmo.”
Pós ter terminado o seu discurso exageradamente dramático, Mizuki pegou num lençol verde cheio de coisas, colocou-o às costas e foi em direção à porta.
“Adeus, Onii-chan. Que vocês sejam felizes juntos como irmãos.” Despediu-se ela com lágrimas demasiado dramáticas.
“Estás entendendo tudo errado!” Gritou Gintoki irritado.
“Isso mesmo, eu não sou a irmãzinha do Aniki.” Explicou Pirako. “Sou mais como uma futura esposa.”
“Nesse caso, está tudo bem.” Falou Mizuki agora sentada no sofá como se nada tivesse acontecido. “Podias ter-me dito antes que já tinhas uma noiva, Onii-chan. Tenho de contar à Tsukki as novidades.”
“Stop, stop! Parem já com isso!” Gritou o albino. “Ela não é nem minha irmã nem minha noiva! É apenas uma pirralha que já nos trouxe imensos problemas.”
“É verdade, estava apenas brincando. Eu sou apenas mais um membro da família Yorozuya, o meu nome é Chin Pirako.”
“Já te disse que nós não somos nenhuma família Yakuza!” Repreendeu o samurai de permanente golpeando a cabeça de Pirako.
“Oh. Oi, há quanto tempo Man Birabirako.” Cumprimentou Kagura deitada no outro sofá, ao que parece estava com tanto calor que nem tinha notado a outra ruiva.
“Prazer em conhecer-te, Birabirabirako-chan. O meu nome é Mizuki.”
“Espero que não nos causes mais problemas, Birabirabirabirako.” Falou Gintoki.
“Parem de adicionar “biras”, isso já nem parece um nome! Além disso não podem esperar que os leitores ainda se lembrem dessa piada!” Queixou-se o Tsukkomi megane.
“Não te precisas enervar, Megane-kun –bira. Eles estão apenas a agir como sempre –bira.” Falou Pirako animada.
“E porque agora está terminando as tuas frases com “bira”?” Reclamou Shinpachi irritado.
“E o que fazes, Pirako-chan?” Perguntou Mizuki curiosa.
“Eu gosto de espalhar belas flores vermelhas por onde eu passo.” Respondeu Pirako sorrindo como sempre.
“Entendo, então ou és uma florista ou uma hitokiri.” Concluiu Mizuki.
“Que tipo de raciocínio ela usou para chegar a essa conclusão?” Indagou Shinpachi com uma gota de suor atrás da cabeça.
“Acertaste, sou uma hitokiri.” Respondeu Pirako animada. “As pessoas se tornam em flores tão belas quando são mortas, que eu não consigo resistir em mata-las.”
“Compreendo, mas deve ser difícil lidar com as nódoas desse trabalho.” Comentou Mizuki.
“Sim, é mesmo difícil tirar as nódoas e o cheiro a sangue das nossas roupas, acabamos sempre por ter de nós livrar delas juntamente com a arma do crime para não sermos apanhados.” Explicou a Yakuza.
“Fascinante.” Falou Mizuki impressionada.
“Está conversa atingiu um nível perturbador com demasiada normalidade.” Pensou o Megane com outra gota de suor atrás da sua cabeça. “Mas talvez seja melhor eu não dizer nada.”
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Nesse momento, no bar de Otose, havia apenas um cliente no balcão.
“Eles só sabem causar confusão.” Comentou Otose olhando para o teto. “Mas realmente não esperava ver-te por aqui, Jirochou.”
“Parece que por mais que tente, não me consigo afastar desta cidade.” Respondeu a antigo imperador pousando o seu copo. “Mas parece que vim em boa hora, ultimamente os Yakuza têm andando a causar demasiada confusão, precisam que alguém os volte a colocar na linha.”
“Realmente só consegues pensar nisso, se nos queres visitar, apenas diz isso.” Falou Otose apagando o seu cigarro.
“Mas o que realmente me surpreendeu quando voltei foi reencontrar o herói da 1ª geração da guerra Jouishishi mais perigoso e destrutivo que já conheci.” Falou Jirochou olhando para traz e vendo Tokegawa a dormir num dos sofás.
“Devo tomar isso como um elogio?” Questionou o velho samurai Amanto acordando do seu habitual cochilo, coisa que era rara de se ver. “Mas realmente envelheceste bastante, Jirochou-kun. Quase nem te reconheci.”
“Pelo contrário, você mal mudou em 20 anos, mas acho que isso é de se esperar de um Taiyo.” Reparou o ex-Jouishishi humano. “Realmente me surpreendi quando vi que um Amanto estava a lutar do nosso lado.”
“Sim, eu lembro-me. Tu e o Tatsugoro-kun me desafiaram para um duelo porque não confiavam em mim.”
“Mas arrependemos-nos logo, quando perde-mos 5 segundos depois de a luta ter começado e se bem me lembro estavas a pegar leve.”
“O que foi, Jirochou-kun? Queres tentar uma desforra?” Indagou Tokegawa sentando-se devidamente no sofá e levando a sua mão à sua espada que jazia na mesa, enquanto lançava um olhar desafiante ao Yakuza.
“Não parece má ideia. Com a minha idade preciso fazer exercício para os meus ossos não enferrujarem.” Respondeu Jirochou devolvendo-lhe o olhar e saindo do banco onde estava sentado, levando a sua mão ao punho da sua katana, enquanto o Taiyo se levantava do sofá e se preparava para desembainhar a sua espada.
“Espero bem que não destruam o meu bar! Se vão lutar, façam-no lá fora!” Repreendeu Otose acabando com o tenso clima formado pelos dois ex-Jouishishis.
“Ei velha, queria saber o que raio faz esta aqui!” Falou Gintoki entrando no bar, segurando Pirako pelo cabelo, enquanto esta ria.
“Há muito que não te via, moleque.” Cumprimentou Jirochou.
“Oh, então o velhote também está aqui.” Reparou o albino soltando a animada hitokiri. “Por acaso estão aqui para tomar a cidade de novo?”
“Já me deixei disso, estamos apenas de passagem.” Respondeu o antigo imperador do Distrito Kabuki. “Mas ainda bem que estás aqui, tenho um trabalho para ti.”
“Cual é?” Perguntou Gintoki curioso.
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“Piscina! Piscina! Piscina! Piscina! Piscina!” Cantarolavam Pirako e Kagura, enquanto entravam na piscina pública com o resto do Yorozuya.
“Não esperava que o Jirochou-san fosse pedir-nos para levarmos a Pirako-san por primeira vez a uma piscina pública.” Falou Shinpachi.
“Ele disse que estava muito ocupado e que a pirralha já não aguentava mais. Ainda bem que nos estão a pagar por isto, só temos de ver se ela não mata ninguém.” Explicou Gintoki.
“Incrível, como eu sempre fui uma garota de aldeia nunca tinha vindo a uma piscina também. Aquilo é um escorrega de água?!” Mizuki disse animada e com os olhos a brilhar.
“Também há algo que eu gostaria de saber.” Falou Kagura parando a sua animação.
“O que foi, Kagura-chan?” Perguntou o Megane.
“Porque raio ele também veio connosco?” Gritou a Yato irritada apontando para Mamoru que se escondia atrás de uma planta a alguns metros deles.
“E-eu n-não vim po-porque quis! O S-Sensei o-obrigou-me! Disse-me q-que seria u-um b-b-bom t-treino p-para e-eliminar as minhas fra-fraquezas!” Respondeu Mamoru corando e desviando o olhar.
“Pronto, não comecem a discutir de novo.” Falou Mizuki calmamente. “Acho que está na hora de nos trocarmos. Vamos?”
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Alguns minutos depois, as garotas já estavam trocadas e à espera dos rapazes no ponto de encontro.
“Eles estão demorando.” Reparou Kagura que estava usando o seu maiô vermelho.
“Eu quero ir para a piscina logo!” Falou Pirako impaciente, usando um bikini branco com desenhos de flores vermelhas.
“Será que aconteceu algum problema?” Indagou Mizuki preocupada, que usava um bikini verde com alguns detalhes amarelos, enquanto pensava. “Será que eles se estão a divertir entre eles no balneário?”
“Não sei no que ela está a pensar, mas acho que esta situação pede por um Tsukkomi.” Comentou Kagura enquanto observava Mizuki a ser rodeada por uma aura rosa e a babar-se um pouco.
“Vem de uma vez!” Resmungou Gintoki, enquanto ele e Shinpachi puxavam os braços de Mamoru, que oferecia bastante resistência.
“Não! Mudei de ideias! O meu coração não está pronto para eu me meter numa piscina cheia de garotas!” Gritou Mamoru soltando algumas lágrimas.
“Vamos, Mamoru-san! Não resista!” Pediu o Megane enquanto tentava inutilmente sobrepor a sua força à do tímido Taiyo.
“Finalmente chegaram, estávamos esperando vocês.” Reclamou Kagura.
Assim que Mamoru reparou nas três garotas nas suas roupas de banho, ficou extremamente vermelho e gritou, soltando-se dos dois e começando a correr na direção contrária. “Isto é demasiado para mim!”
“O que aconteceu com ele?” Indagou Pirako rindo. “É bem estranho.”
“Não é óbvio? Ele ficou com medo daqueles peitões.” Respondeu a jovem Yato apontando com o polegar para Mizuki.
“São mesmo grandes.” Comentou a hitokiri encarando fixamente o busto da samurai.
“Não é? Eu pergunto-me o que ela terá comido para os deixar assim tão grandes.” Falou Kagura também começando a encara-la.
“Parem com isso!” Gritou Mizuki corada, cobrindo-se com os braços. “Eles não são assim tão grandes.”
“Não devia-mos ir atrás dele, Gin-san?” Perguntou Shinpachi preocupado.
“Acho que é melhor ignora-lo, também não é o nosso trabalho cuidar dele.” Respondeu Gintoki cutucando o nariz.
“Então eu vou para o escorrega de água.” Falou Pirako animadamente.
“Alguém devia ir com ela, para evitar problemas.” Propôs o samurai megane.
“Então vou eu, sempre quis andar num…” Mizuki parou de falar, quando reparou num certo alguém, no seu campo de visão. “Toshi-kun! Oi, estou aqui!”
“O que o quarteto Yorozuya está fazendo aqui, hoje?” Perguntou Kondo amigavelmente, aproximando-se do grupo, juntamente com Hijikata.
“Estamos trabalhando.” Respondeu Gintoki com uma expressão entediada. “Temos de cuidar desta pirralha… Eh? Para onde é que foi?”
“Correu em direção ao escorrega.” Respondeu Kagura apontando para o gigantesco escorrega de água.
“Shinpachi, vai atrás dela.” Ordenou o samurai de permanente natural.
“Porquê eu?” Questionou o Tsukkomi.
“É o trabalho de um Tsukkomi tentar impedir os personagens loucos.” Respondeu o albino.
“Tudo bem, vou ver se ela não se mete em problemas.” Falou Shinpachi desistindo de argumentar com o albino.
“É raro não ver o Sádico com vocês, ele está fugindo ao trabalho?” Perguntou Kagura.
“Pelo contrário, na verdade nos estamos aqui para proteger alguém de extrema importância para o Bakufu e neste momento está com o Sougo.” Respondeu Hijikata acendendo um cigarro.
“Não me digam que o Shogun decidiu voltar à piscina!” Exclamou Gintoki espantado.
“Foi perto, mas não. Olha, lá vem eles.” Falou o comandante Gorila.
“Oi, Kagura-chan, não esperava encontrar-te aqui.” Cumprimentou Soyo-hime com um sorvete nas mãos, acompanhada por Sougo que também trazia consigo um sorvete.
“Digo o mesmo, China.” Falou o sádico, enquanto comia o seu sorvete.
“Isso parece bom. Me dá um pouco, Sádico.” Pediu Kagura encarando o sorvete do capitão da 1ª divisão do Shinsengumi.
“Claro.” Respondeu Sougo, depois com a sua boca pegou um pouco de sorvete e disse com a boca aberta. “Rápido, China. Vem pegar antes que derreta.
Kagura corou imediatamente e protestou. “Porque raio eu faria uma coisa tão vergonhosa como essa? Além disso está aqui muita gente.”
“Então quer dizer que se estivéssemos sozinhos tu farias?” Supôs Sougo engolindo o sorvete.
“Nossa, a Kagura-chan é mais ousada do que eu pensei.” Comentou Soyo.
“Não foi isso o que eu quis dizer!” Reclamou Kagura ainda mais corada.
“Agora é melhor saírem daqui. Sempre que nos encontramos com vocês, acabamos em problemas.” Falou Hijikata encarando Gintoki.
“Do que estás a falar, Mayora? São vocês os que nos causam problemas, naquela vez nas montanhas causaram uma confusão tão grande que até durou 2 episódios.” Reclamou Gintoki.
“Foram vocês que destruíram o helicóptero onde ia o Shogun e depois o usaram como uma prancha de snowboard!” Relembrou o vice-comandante do Shinsengumi furioso.
“Não tive culpa, naquele momento o Shogun parecia mesmo uma prancha e foi o Soichiro-kun que provocou a Kagura.” Respondeu o albino.
“Isso não serve de justificação!” Reclamou Hijikata.
“Como sempre, o Toshi-kun está demasiado focado no Onii-chan para me notar.” Pensou Mizuki fazendo uma expressão de pena, que foi percebida por um certo Gorila.
“Hei, Yorozuya.” Falou Kondo pousando a sua mão no ombro do samurai. “Ouvi dizer que há uma pastelaria nesta piscina que faz um ótimo rodízio de Parfaits. Vem, eu pago.”
“Estás bem generoso, Gorila. Acho que vou aceitar a tua oferta.” Respondeu Gintoki seguindo o comandante do Shinsengumi.
“Agora é consigo, Mizuki-san. Fique a sós com o Toshi, que eu ficarei ocupando o Yorozuya.” Falou Kondo através dos seus pensamentos.
“Muito obrigado, Gorila-san!” Agradeceu Mizuki na sua mente.
“Podia ao menos chamar-me pelo meu nome depois desta cena legal.” Pensou Kondo com algumas lágrimas, enquanto se afastava com Gintoki.
“Aquele ali não é o Aki-kun?” Indagou Soyo-hime apontando para um garoto de cabelo roxo que encarava fixamente a parte funda da piscina.
“Parece ser ele, mas o que está a fazer?” Perguntou Kagura.
“Vamos lá ver.” Disse Sougo indo na direção do assassino, juntamente com Kagura e Soyo.
“Não te esqueças do teu trabalho, Sougo.” Falou Hijikata. “Espero que isto não acabe em problemas.”
“Toshi-kun…” Hijikata ouviu, vindo de trás de si e virou-se.
Quando o fez, ficou completamente chocado com a visão de Mizuki deitada por cima de uma toalha, com a parte de cima do seu bikini desapertada e baloiçando na sua mão um frasco de protetor solar.
“Podias passar protetor pelas minhas costas, por favor.” Pediu Mizuki de uma forma sensual. “Encontrei um com aroma a maionese.”
Hijikata ficou completamente sem reação e deixou cair o cigarro da sua boca.
“Funcionou! Como esperado da minha técnica de sedução, apenas o Onii-chan consegue resistir a ela.” Pensou Mizuki com um ar confiante.
“Bem… Eu tenho que trabalhar, pode ficar para depois.” Respondeu Hijikata cobrindo o nariz com a sua mão.
“Não, ele vai-se embora. Pensa em algo, Mizuki, pensa, pensa, pensa!... Já sei!” Pensou Mizuki. “Entendo, talvez eu devesse pedir ao Onii-chan, ele deve ser melhor do que tu de qualquer forma.”
“Podes dar-me o protetor?” Perguntou Hijikata, um pouco corado e desviando o olhar, enquanto se sentava ao lado da samurai.
“Claro.” Respondeu Mizuki sorrindo.
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Nesse momento, na borda da piscina mais funda, Aki permanecia encarando a água, sem se mover um único centímetro.
“Vamos, eu sei que consigo. Eu sou o fantástico Sarutobi Aki, isto não é nada para mim, já enfrentei coisas muito piores nos meus anos de treinamento.” Murmurou para si mesmo, enquanto tentava se concentrar.
“Por acaso não sabes nadar?” Perguntou Sougo aparecendo de repente e surpreendendo o ninja.
“Não me surpreendas assim, Okita.” Falou Aki acalmando-se. “É claro que sei… Seria ridículo não saber nadar com a minha idade.”
“Ok, então porque não nadas um pouco?” Falou o sádico chutando o assassino para a piscina.
Durante algum tempo não ouve resposta do mesmo, e as garotas chegaram.
“Parece que afundou.” Comentou Sougo.
“Como uma pedra.” Concordou Kagura.
“Bem fundo… Espera, não vamos ajuda-lo?” Questionou Soyo preocupada.
“Não há necessidade, ele está bem ali, não vez?” Falou Sougo apontando para o corpo inconsciente de Aki que acabara de chegar à superfície e agora estava a boiar.
Depois de o terem tirado da piscina, ele continuava inconsciente e com os olhos em espiral.
“Parece que ele não acorda.” Comentou Kagura.
“Deve ter engolido demasiada água.” Falou Sougo. “Ele é mesmo muito irresponsável. Pular para uma piscina sem saber nadar, o que é que ele tinha na cabeça?”
“Não foste tu que o atiraste?” Recordou a jovem Yato.
“Bem, podíamos t-tentar respiração boca-a-boca.” Propôs Soyo timidamente e corando.
“Ok, eu trato disso.” Falou Kagura.
“Eh?” Indagaram Sougo e Soyo espantados.
Então Kagura juntou as mãos na forma de um punho e bateu com imensa força no peito do ninja, fazendo com que o mesmo se tornasse num chafariz de água.
“Pensei que fosse morrer.” Falou Aki voltando a estar consciente.
“Para a próxima não vás para a piscina funda, sem saber nadar.” Avisou Sougo.
“Tu é que me atiraste, seu maldito!” Gritou Aki furioso.
“Hã? Não te consigo ouvir, chega mais perto.” Pediu o capitão do Shinsengumi, dentro da piscina.
“Isso não é justo!” Reclamou o assassino.
“Bem, eu também vou nadar. Soyo-chan, cuida dele.” Falou Kagura piscando o olho e sorrindo, fazendo com que a princesa corasse devido à situação.
“Voltei a ser abandonado por eles.” Murmurou Aki sendo esmagado pela sua depressão. “Maldita seja a minha incapacidade de nadar.”
“Mas é estranho não saberes nadar, pensei que fosses um ninja extremamente bem treinado.” Falou Soyo, tentando distrair o jovem assassino dos seus pensamentos negativos.
“Desde que me lembro, que sou treinado para ser um assassino de elite, nunca aprendi algo que fosse desnecessário para as minhas missões, e como nunca precisei saber nadar, não aprendi.”
“Assim até parece que não tiveste infância.” Comentou Soyo-hime. “Mas não te preocupes, eu posso ensinar-te.”
A aura pesada que rodeava Aki, de repente se tornou leve e rosa, emanando felicidade por todos os lados, depois o ninja juntou as suas mãos com as de Soyo e disse com algumas lágrimas. “Muito obrigado, Soyo-chan! És sempre tão bondosa e gentil comigo! Sinceramente não sei como retribuir tudo isso.”
“Não precisas fazer nada. Estás sempre disposto a ajudar-me, desta vez queria fazer algo por ti.” Respondeu a princesa ficando mais corada devido à proximidade dos dois.
“Graças a ti, poderei aproximar-me da Kagura-chan.” Agradeceu Aki limpando as suas lágrimas de felicidade.
“Ele tinha mesmo de dizer essa parte final, não tinha?” Pensou Soyo tentando sorrir e com uma gota de suor atrás da cabeça.
Alguns minutos depois, na piscina menos funda, Soyo ensinava Aki a nadar, segurando-lhe as mãos, enquanto ele batia os pés.
“Acho que a Soyo-chan gosta do stalker.” Comentou Kagura na piscina funda, enquanto jogava juntamente com Sougo, com uma bola de praia.
“Isso não será um problema?” Indagou Sougo lançando a bola.
“Do que estás a falar? Assim podemos-nos livrar dele.” Respondeu Kagura rebatendo a bola.
“Pensa bem.” Falou Sougo devolvendo a bola. “Com o que já sofreu, é praticamente impossível que o Shogun deixe um descendente, portanto a princesa vai acabar por ter de assumir o cargo dele.”
“E qual é o problema disso?” Questionou a ruiva atirando a bola.
“O que aconteceria se aqueles dois, um dia, casassem?” Interrogou Sougo voltando a servir a bola.
“Ele viraria Shogun! Isso é assustador.” Comentou Kagura espantada, falhando a bola.
“Mas enquanto isso não acontecer, até que é bom, ela o manter ocupado. Assim posso fazer coisas como esta, sem ter alguém incomodando.” Falou o policial sádico aproximando-se de Kagura, segurando-lhe a cintura e aproximando lentamente a sua face à dela, que começava a corar bastante.
Mas de repente, algo a nadar a uma velocidade formidável passou por meio deles, separando-os.
“Hey! Quem é que foi?” Perguntou Kagura irritada.
“Não posso permitir que façam uma coisa dessas num local público como este, especialmente com a Kagura-chan.” Falou Aki firmemente.
“Pensei que não soubesses nadar.” Comentou Sougo.
“Não é à toa que me chamam de prodígio, consigo aprender qualquer coisa que me ensinem, em poucos minutos.” Respondeu o ninja orgulhoso. “E não irei permitir que faças esse tipo de coisas indecentes com a Kagura-chan!”
“E o que vais fazer, macaco?” Indagou Sougo com uma expressão provocativa.
“O primeiro a dar 20 voltas à maior piscina vence!” Explicou Aki determinado.
“Não estou interessado.” Respondeu o capitão a 1ª divisão entediado.
“Oh, entendo. Estás com medo de perder para um amador como eu, realmente és ridículo.” Falou o jovem Sarutobi lançando um olhar desafiante.
“Vais-te arrepender disso, quando eu vencer.” Respondeu Sougo, enquanto, entre os olhares dos dois rivais, havia faíscas.
“Parece que vão começar outra vez.” Suspirou Kagura sentando-se na borda da piscina, onde por acaso também estava Soyo-hime.
“Os dois são bem animados, não são?” Comentou Soyo.
“São é uma dupla de idiotas. Estou com fome, queres ir comer alguma coisa?” Perguntou Kagura.
“Claro.” Respondeu a sua amiga.
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Nesse momento, Mamoru tinha parado de correr e finalmente encontrado o balneário.
“Agora é melhor eu ir-me embora daqui.” Murmurou o Taiyo entrando no balneário.
Mas o pobre não reparou tinha entrado no lado feminino, onde por acaso estava um grupo de garotas se trocando, fazendo com que ele ficasse petrificado.
“Kya, um pervertido!” Gritaram as garotas atirando-lhe escovas, frascos de champô, Justaways e outras coisas do género.
“D-desculpem.” Murmurou Mamoru desmaiando com uma gota de sangue a sair pelo nariz.
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Enquanto isso, na fila para o escorrega de água.
“Desculpe menina, mas não pode passar à frente da fila.” Informou Yamazaki que ao que parece estava tratando da segurança do local.
“Mas ainda falta muita gente.” Reclamou Pirako. “Não podia simplesmente matar toda a gente para poder andar?”
“Isso ia torna-la numa criminosa.” Respondeu Yamazaki com uma gota de suor atrás da cabeça.
“Mas eu já sou uma Yakuza e uma hitokiri, isso já não me torna numa criminosa?” Falou Pirako pensativa.
“Droga, cheguei tarde de mais.” Pensou Shinpachi escondido atrás de uma das plantas de decoração. “Talvez eu devesse simplesmente ir embora.”
“Shinpachi-kun! Ela é sua amiga, não é?” Perguntou Yamazaki reparando no Tsukkomi Megane escondido.
“Lamento muito, Yamazaki-san! Nunca a vi na minha vida!” Respondeu Shinpachi começando a correr na direção contrária.
“Espere, Shinpachi-kun! Não fuja! Ela é sua amiga, não é?”
“Então, posso mata-los?” Perguntou Pirako segurando uma faca que retirou sabe-se lá donde.
“Não, não pode!” Gritou Yamazaki sem saber o que fazer.