Quieto

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 1
  • Gêneros Angst

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    ? porque faz parte de sua essência ?

    Heterossexualidade, Spoiler

    O autor deste texto, Paola Tchébrikov, diante de seus direitos impressos na lei brasileira, Lei 9.610/98, proíbe a divulgação de seu trabalho por terceiros, com ou sem permissão. Qualquer tentativa será previamente relatada ao dono do site, e o autor, punido. Sobre universos usados, marcas de roupas, comidas etc, dá-se os créditos aos seus devidos criadores. O texto está adaptado ao Novo Acordo Ortográfico. Qualquer erro pode e deve ser relatado ao autor.

    Quieto

    … porque faz parte de sua essência …

    – Por Paola Tchébrikov

    Por que diabos eles tinham que ser tão diferentes?

    Sakamaki Shuu, com belos e hipnotizantes olhos azul celeste e cabelo loiro, era o tipo de rapaz que não passa despercebido. Quieto demais, bonito demais, cruel demais.

    O rapaz estava sempre com fones de ouvido, ouvindo sabe-se lá o quê. Aquele ar de indiferença em volta dele fazia-o parecer estar dentro de uma bolha, onde ninguém entrava.

    Ele dissera que o sangue de Yui era quente quando o bebeu, também dissera para ela afasta-se dele ao vencer o desafio proposto por Ayato. Shuu era estranho.

    Ele era tão… normal. Parecia apenas um adolescente preguiçoso e indiferente ao mundo, incapaz de fazer algo além de preocupar-se consigo mesmo.

    Mas ele não era normal, claro. Era o filho mais velho dos Sakamaki’s.

    Ele via os humanos como meros recipientes de sangue.

    Via Yui unicamente como uma refeição ambulante.

    Não que ela não fosse uma inútil, boba e fraca, mas ela era uma garota humana.

    Uma garota humana mandada pela igreja para ser a noiva deles, para fazer parte do sacrifício e para acalmar aquela família de vampiros.

    Mas isso não era da conta dele, afinal. Aquela garota podia ser uma virgem criada pela igreja ou uma prostituta interesseira como a mãe dos trigêmeos Kanato, Raito e Ayato. Para Shuu ela era apenas um fardo que acreditava ser passageiro na sua vida e na sua família.

    Não que prezasse por sua família ou qualquer coisa do tipo, afinal, eles eram todos vampiros independentes, cruéis e indiferentes. Eram seres noturnos solitários e cientes de sua imortalidade, enfrentando dia após dia o tédio de se ver o mundo passar e você continuar o mesmo.

    Yui era apenas algo passageiro em suas vidas. Um dia ela se casaria, teria filhos e envelheceria, voltando logo ao pó de onde se originara – e talvez de onde nunca devia ter saído.

    Mas ele não. Shuu viveria para ver guerras, revoluções, tecnologias novas, descobertas inovadoras e, principalmente, para ver a humanidade afundar-se em seus próprios erros, procurando desesperadamente reerguer-se e vencer suas dificuldades.

    Aquilo era tão ridículo quanto acreditar no amor ou na felicidade.

    Só o que importava era viver e seguir em frente. Aprendera com os pais que nada mais adiantava senão deixar as coisas fluírem. Para os vampiros o passado, o presente e o futuro era a mesma coisa: tédio, sangue humano e imortalidade.

    Aquilo era tão clichê.

    Tsukiyo no shijima wo kirisaki

    Oikakereba oikakeru hodo kanjita kakushin

    Masaka no famu fataru (Fatal Fame)

    Madowasareta wana ni wakitateba

    Kumifuseta tenohira ni

    Kirameita gin no kurosu wa

    Shigyaku no kiwami sa

    (Mr.SADISTIC NIGHT – Hikaru Midorikawa & Kousuke Toriumi)


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