Décimo segundo ato –- Azusa Kinose –- Sagitário
– Por Paola Tchébrikov
Eu era um gênio e nada além disso importava.
Conforme crescia, percebi que possuía uma capacidade de aprender e entender as coisas maior do que grande parte das pessoas ao meu redor. Aquilo era uma dádiva, mas, ao mesmo tempo, um problema.
Grande parte das vezes eu me interessava por tudo. Gostava de entender as coisas, estudar, e aquilo me levava a querer aprender e conhecer as coisas ao meu redor. Se pudesse, tudo.
Qualquer mínimo interesse se tornava uma chance de aprender mais coisas. Tanto interesse e necessidade me levava a um único caminho: o tédio.
Eu chegava a um ponto que, diante da monotonia, eu acabava perdendo o interesse nas coisas. Estudos, aulas, esportes, novidades, tudo. A cada coisa que eu me interessava, em duas eu perdia o interesse.
Tudo isso até eu ingressar no segundo grau. Mais especificamente eu entrar na Seigetsu. O que me arrastou para tal colégio foi a Cosmologia, mas o que me manteve lá foram os meus amigos. E o que me fez ter vontade de ficar, ter interesse no colégio, foi Yahisa Tsukiko, minha Senpai do arqueirismo. Eu relutei muito em entrar para tal clube, porém, foi só pisar lá que eu soube que havia encontrado o meu lugar.
Eu a vi, linda, resplandecente, acertando sua flecha no alvo. Acertando o meu coração. Meu mundo preto e branco ganhou cores. Seu sorriso encheu meu mundo de vida.
O que eu sentia quando estava com ela era tão gostoso e profundo que, a cada sorriso, a cada palavra ou gesto, parecia que ela estava me atraindo para si.
Ela era como o sol: brilhante e majestoso. Ela iluminava o ambiente, eu e todas as pessoas ao seu redor. Ela trouxe vida ao meu mundo, interesse pela vida e pelas coisas. Sou grato a ela por ser quem é. Por ser a única menina no colégio, mas ser o suficiente para mim.
Yahisa Tsukiko, você ilumina a minha vida.