Nono ato –- Aozora Hayato –- Virgem
– Por Paola Tchébrikov
Eu nunca imaginei que um dia encontraria alguém como ela.
Para mim as pessoas – principalmente as garotas – eram todas indiferentes aos sentimentos das outras pessoas, preocupando-se apenas consigo mesmas. Pensava que todos eram como meus pais, contanto que você pudesse dar algo a eles, então você seria aceito.
Mas eu estava enganado, ela mostrou que eu estava.
Com seu sorriso gentil e sua preocupação com os outros, ela destruiu tudo em que eu acreditava e me deixou indefeso. Sem escolha, fui obrigado a observar tudo ao meu redor e ter novas visões sobre o mundo, sobre as pessoas e seus modos de viver.
Quando nos encontramos na sala do Conselho Estudantil, esperando pelo Presidente, incertos sobre o que tudo aquilo significava, foi a primeira vez que eu vi um sorriso verdadeiro ser direcionado a mim.
Ela não se importava com o meu sobrenome, minha família, aparência ou minha reação a ela. Simplesmente entrou na minha vida sem pedir permissão, alegando silenciosamente que eu precisava de mais pessoas comigo.
Eu mudei, e a principal causa dessa mudança foi ela.
Vê-la esforçar-se tanto me fez querer esforçar-me também, fez eu querer ser alguém melhor do que eu era, alguém capaz de confiar e amar. E foi para ela e por ela que eu fui capaz de melhorar.
Não havia momentos tristes ou lágrimas de tristeza que não fossem passageiras quando o assunto era ela. O que eu devia fazer para que seu sorriso e suas lágrimas expressassem felicidade? Eu não sei, mas farei o que estiver ao meu alcance para que ela seja feliz.
Eu penso, algumas vezes, que só soube o que era viver de verdade depois de conhecê-la. Eu não sei o que teria acontecido comigo se não fosse ela para iluminar minha vida. Tê-la ali, presente no meu dia a dia, ensinou-me o que é dividir momentos felizes e tristes com pessoas que se importam conosco.
Eu mudei não só por mim, mas também por ela. Para ser alguém com quem ela pudesse contar.
Yahisa Tsukiko, você é a maior e melhor coisa que me aconteceu.