Viva La Vida

  • Poya
  • Capitulos 8
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    16
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Capítulo 04: Especial - Coelho cor de rosa!

    Linguagem Imprópria, Violência

    Etão, como diz o título, eu fiz um especial de páscoa -tanto nessa quanto a outra fic, mas na outra foi no 22º cap.

    Queria desejar boas vindas a Sisi-sama que favoritou a fic -e também eu como autora *0*- e também a Nisah que comentou capítulo passado. Muito obrigada fofinhas :3

    Boa leitura o/

    Autora POV on:

    – Vamos logo Natsu! Se as pessoas nos verem estamos perdidos.

    – Mas Luce... Assim é mais fácil.

    – Não importa, termine de uma vez! -Se instalou alguns segundos de silêncio pelo local, se fosse desconsiderado o barulho de roupas sendo espalhadas pelo pequeno espaço que os dois se encontravam. - Ai! Vai com calma...

    – Não me olha assim! - O rosado murmurou desconfortável e um pouco corado por ter que ficar sem blusa em frente à loira. A garota bufou e então se virou de costa para que conseguisse deixá-lo mais a vontade. Cada um fazia sua parte, se controlando para que não fizesse muito barulho e não atrair curiosos até a porta dos materiais de limpeza, que havia no corredor próximo as salas de aluas. Afinal, seria vergonhoso de mais caso alguém visse a situação em que os dois se encontravam. - Acho que terminei...

    – Já?

    – Sim, foi você que disse que eu teria de ser rápido. - Lucy parecia um pouco arrependida, já que estava se divertindo, mesmo assim tratou de arrumar logo seus fios loiros bagunçados e desamarrotar rapidamente a blusinha branca enquanto puxava sua saia mais para baixo, deixando-a menos curta.

    Abriu a porta vagarosamente e com cuidado, olhando em todos os cantos para ter certeza que ninguém estava passando por ali, suspirou e finalmente saiu do local com as batidas descompassadas em seu peito. A tentativa de ser discreta no momento, nem passou por sua cabeça, já que Natsu não tinha nenhuma noção do que era isso. Mas o rosado não tinha culpa, já que ela havia o pedido para fazer aquilo.

    – Luce... Eu não quero sair. -O rapaz se pronunciou com um fio de voz, a peça em que estavam antes, além de ser muito pequena, era extremamente escura, a lâmpada pendurada por um fio elétrico, transmitia pouca luminosidade, fazendo com que Lucy não conseguisse enxerga-lo muito bem.

    – Eu... Nunca vou me esquecer desse dia! -A loira ria descontroladamente, agora, sem se preocupar se chamaria atenção. Não era possível ver o rosto do rosado, mas ela sabia que ele estava furioso. - Deixa de ser fresco, ninguém vai te ver. -Enfim ele saiu rendido, seguindo a loira que caminhava calmamente pelos corredores, sem deixar um sorriso sair de seus lábios.

    – Não se esqueça de que você ficará me devendo uma. -Natsu murmurou indignado enquanto se lembrava do pedido da professora, nem tão queridinha, em sua opinião.

    Flash Back on:

    – Por favor, Natsu! -Lucy parecia implorar para o rosado, mas o mesmo não mostrava nenhuma expressão de interesse em seu rosto. O pedido de sua amiga era estranho, mas ele deixava passar por causa da época em que estavam. A loira já havia feito diversas propostas, mas todas elas foram descartadas pelo rapaz.

    – Eu já disse que não. -A loira fechou a cara e logo um bico surgiu em seus lábios, cruzou os braços e uma feição pensativa surgiu em seu rosto, mas infelizmente nenhuma ideia nova surgiu em sua mente. -Pede para outro. -Falou simplesmente enquanto esticava os braços, se espreguiçando.

    – Mas tem que ser você...

    – Por quê? -Lucy murmurou algumas palavras inaudíveis enquanto olhava para o chão por sentir seu rosto um pouco ruborizado. Natsu suspirou e por fim resolveu ajudá-la, seria constrangedor, mas ele gostava de vê-la feliz e sorridente. - Me dê dois bons motivos... -Rapidamente a garota levantou seu rosto e ele pode ver sua empolgação. Seus olhos brilhavam e ela batia palminhas, não se importava caso alguém falasse mal de sua personalidade infantil.

    – Pelas crianças! -Segurou firmemente as mãos do rosado em sua frente, enquanto se aproximava mais. Seu ponto fraco era os baixinhos, e disso ela parecia saber. Natsu virou seu rosto para o lado esquerdo, tentando se manter firme para que ela não conseguisse afirmar algo que a forçasse fazer o que ela pedia. - Por mim... -Pediu com uma voz manhosa enquanto fazia cara de pidona, o rosado corou e sentiu seus batimentos cardíacos acelerarem. Reprendeu alguns pensamentos e suspirou já sabendo a resposta. Ela tinha, de fato, lhe apontado dois bons motivos.

    – Tudo bem...

    – Ah Natsu! Muito obrigada! -Saltitou do chão algumas vezes e por fim esticou os braços envolvendo-os, em seguida, ao pescoço do rosado. Natsu ficava cada vez mais apreensivo com as ações da colega de trabalho, mas logo ela o largou e começou a fazer uma lista do que ele deveria fazer.

    – Vamos logo, você vai ficar aí parada? -Chamou à atenção de Lucy que pareceu despertar, eles tinham pouco tempo. - Se você ficar falando sozinha eu vou acabar mudando de ideia... -Sorriu travesso indicando que não ouvira a loira, a mesma ficou irritada, mas se conteve por entender que aquele não era o momento.

    – Ok, a roupa de coelho está no depósito dos materiais de limpeza.

    Flash Back off.

    “Então foi assim que tudo acabou?” O rosado se perguntava enquanto caminhava até o local da sala da educação infantil. Pelo que conseguia ver, aos buraquinhos pequenos do olho do coelho na fantasia, a loira tinha decorado todo o chão com patinhas, mas o estranho é que essas pequenas pintinhas brancas, estavam se espalhando para lugares diferentes, não seguiam um único caminho.

    “Pelo menos o laço combina com a cor de seu cabelo.” A zombação feita por Lucy há poucos minutos atrás, ecoou novamente em sua cabeça, enquanto olhava detalhadamente para o que vestia. Seus ouvidos captaram a voz doce da moça e logo ele começou a prestar atenção, a loira o explicava qual dinâmica faria para entregar os doces às crianças. Pelo que tinha entendido os pequenos não fariam nada mais do que se divertirem no dia que antessedia a Sexta-feira Santa.

    Terminando de explicar todas as dúvidas que Natsu tinha, eles começaram a preparar o que faltava, não demoraria muito tempo para que as crianças chegassem. No momento o rosado torcia em seu pensamento, para que ninguém descobrisse que ele era o coelho.

    Natsu POV on:

    Se eu soubesse que o Ensino Médio e as turmas de 6º a 9º ano, não teriam aula hoje, ficaria em casa obviamente. Na verdade eu sabia que eles emendariam mais um dia para o feriado, já que eu vi no início da semana o quadro de avisos na sala dos professores, mas como eu sou retardado, acabei esquecendo. Seria bom aproveitar um dia inteiro de folga com meu filho.

    Tirei esses pensamentos da cabeça quando notei que estava brincando com uma pequena folha da planta que eu estava escondido logo atrás. Sim, um absurdo. Além de estar vestindo uma fantasia ridícula de coelha, eu tinha que ficar atrás de uma folhagem esperando Lucy trazer sua turminha para o pátio da escola. Felizmente escutei uma musiquinha qualquer sendo cantarolada por várias crianças, A loira guiava os pequenos até a pracinha, era lá que eles começariam a “caça ao coelho”.

    – Então meus amores, vocês precisam trabalhar em grupo agora. Quem quer achar o coelhinho da páscoa? -Escutava Lucy falar, por mais que estivesse um pouco longe dela.

    Os baixinhos logo responderam em conjunto afirmando uma resposta. Sorri ao ver que todos eles estavam com seus rostinhos pintados, com bigodes e um coração na ponta do nariz. Na cabeça de cada um, havia um par de orelhas brancas, feitas por eles mesmos.

    – Então, um passarinho verde me contou que o Sr. Coelho deixou cair algumas cenouras, sem querer por aí... -Lucy falava com as crianças que pareciam se empolgar com cada palavra que ela dizia. - Se vocês encontrarem essas cenouras, quer dizer que estão cada vez mais perto do coelho, certo?

    Mais uma vez os pequenos concordaram com a loira, informando que tinham entendido tudo o que ela havia explicado. Logo ela mostrou as patinhas feitas com tinta temporária no chão, enquanto fazia uma expressão surpresa no rosto para que eles ficassem ainda mais empolgados. Sem mais delongas, ela liberou as crianças para que pudessem me encontrar.

    – Profe! Achamos uma! -Uma das meninas que estava no meio da rodinha de crianças gritou para Lucy após mostrar uma cenoura em suas mãos, fiquei surpreso com a agilidade dos baixinhos. A loira chegou mais próxima a eles com um sorriso no rosto e pegou o alimento das mãos da menina.

    – Que bom, quer dizer que vocês estão chegando perto. -Eles assentiram mais uma vez e então voltaram a seguir o caminho das patinhas no chão, o local em que encontraram a primeira cenoura foi de baixo de alguns bancos que havia em baixo de uma árvore grande. Correram ansiosos com a esperança de achar mais uma até que pararam de repente. Eles tinham chegado ao local onde Lucy havia parado de pintar as patinhas.

    – Será que o Sr. Coelho tirou uma soneca por aqui? -Escutei um menino falar, ri baixinho com sua hipótese e logo seus colegas pensaram que ele estava mesmo certo. Correram então até onde Lucy estava e ela logo disse que poderia ter outro caminho, procuraram por algum tempo desconfiados, até que encontraram mais patinhas.

    Senti minhas pernas protestarem por segurar meu peso da forma que estava. À planta era baixa, por isso eu tinha que me manter abaixado. Felizmente os baixinhos logo encontraram a última das diversas cenouras que eu e Lucy escondemos, e então, me achariam rapidamente.

    – Acho que eu vi uma orelha! -Um deles gritou apontando em minha direção, os pequenos tinham seus olhinhos brilhosos e logo vieram correndo até onde eu estava.

    – Achamos! -Uma menina, de cabelos castanhos e olhos esverdeados, exclamou enquanto me puxava pela mão sorrindo largo, quando fiquei de pé todos os baixinhos fizeram uma rodinha e me abraçaram, fiquem sem saber o que fazer direito e parecia que Lucy tinha percebido. A loira chamou-os e eu tive que ir atrás, me mexendo como um idiota.

    Lucy havia dito que quando pessoas vestiam fantasias para alegrar as crianças, deveriam interpretar o personagem, como se fosse um desenho animado. A minha sorte é que esse troço não deixa ninguém ver meu rosto, por que eu não estou nada à vontade com a minha situação. Por fim, foi mais rápido do que eu imaginava.

    Entreguei para cada criança uma cestinha feita de E.V.A. Lucy havia feito cada uma delas com o formato de um rosto de coelho, para as meninas era rosa e para os garotos, era azul. A turma toda fazia diversas perguntas que eu não sabia responder. Como o porquê de ser uma coelha ao invés de um coelho, ou se eu morava no Polo Norte, com o Papai Noel. Minha sorte é que eu realmente não podia falar, já que segundo a loira, o coelho fala “coelhês”.

    Depois de alguns minutos eu pude me despedir de todos os baixinhos e sair de uma vez da fantasia. Sentia-me totalmente suado, fora que a roupa era um pouco apertada. Uma das crianças chorou por que acreditava que nunca mais veria o coelho, tive que ajudar Lucy a acalmar o pequeno para que finalmente conseguisse colocar minhas roupas normais. Isso foi o que me tomou mais tempo, mas logo três garotos convidaram o menino chorão para brincar.

    Fui até o banheiro masculino com minhas roupas em mãos, não tinham muitos funcionários trabalhando por hoje, sabia que Erza estava na escola, pois passei por ela na entrada. Juvia e Levy talvez estivessem na biblioteca, Jellal e Gray estavam de folga. Entrei no local onde a porta havia uma plaquinha que indicava que o banheiro era do sexo masculino, quando me encarei no espelho, ri da minha própria imagem, acho que nunca estive tão ridículo em toda minha vida. Mas realmente não era possível saber quem estava usando a roupa de coelha.

    Tirei rapidamente a fantasia e logo pus a roupa que estava usando antes, uma blusa polo azul escuro e uma calça jeans preta. Calcei os tênis e arrumei o cabelo que tinha alguns fios molhados de suor. Pensei no que faria agora, poderia ir para a casa, mas decidi ficar fazendo companhia para Lucy, que apenas observava as crianças brincarem.

    Dobrei a roupa de coelha e deixei na sala dos professores, tomando cuidado para que ninguém me visse. Caminhei até o pátio novamente e me deparei com Lucy brincando de pega-pega com os baixinhos, ela tinha um sorriso doce e sincero no rosto, assim como todas as crianças em sua volta.

    De repente ela conseguiu pegar um menino, mas ela não só o encostou fazendo com que ele tivesse de ser o novo pegador. A loira segurou-o nos braços e logo o levantou em seu colo, fez cosquinha por todo seu corpo, o menino se divertia e seus colegas riam alto da cena. A imagem de Nathan veio em minha mente em seguida, assim como esse menino, ele brincava com Lucy e os dois pareciam se divertir imensamente.

    Sorri enquanto me escorava no tronco de uma árvore. Quem sabe talvez... Um dia?


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