Uma Surpresa de 1ª Classe

  • Poya
  • Capitulos 24
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 4 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Capítulo 4: Por favor Natsuuuuuuu...

    Álcool, Drogas, Nudez, Sexo

    Nada a declarar, apenas tenham uma ótima leitura :3

    Autora POV on:

    The New York Place, 22:36, quarto nº 14.

    Dois indivíduos se encontravam na mesa da pequena cozinha jantando, estavam extremamente concentrados na pizza que tinham pedido há poucos minutos atrás, pelo menos era o que parecia. A loira estava totalmente brava e era possível enxergar isso apenas por sua postura. Já o rosado estava com receio pelas ameaças e a série de “socos” fracos que recebeu de Lucy, não duvidava que a qualquer momento ela pudesse voar literalmente em seu pescoço e arrancá-lo com suas próprias mãos.

    – Lucy você vai continuar assim até quando? Eu já te pedi desculpas e eu não fiz nada que fosse muito grave. –O rosado disse as palavras calmamente para que pudesse pelo menos ter um pouco de contato com a moça.

    – Cala a boca e come a pizza, não me responsabilizo por danos caso meu garfo salte da minha mão até seu olho.

    Vendo que não tinha jeito de criar uma conversa civilizada ele tentou partir para as provocações, rezando para que surtissem o efeito que ele queria.

    – Hm, então você me acha bonito né loira? –O sorrisinho de canto não podia faltar no rosto dele, o que não passou despercebido por Lucy, a mesma levantou a cabeça bruscamente em sua direção indignada pelo que ouviu e seu rosto estava totalmente corado.

    – N-não pense q-que eu falei aquilo por que quis, você sabe muito bem que minha resposta tecnicamente não foi essa!

    – Ah, eu devo estar ficando maluco e imaginando coisas então, certo? –À medida que ele falava de modo travesso, ele se aproximava cada vez mais da cadeira da loira, se sentiu aliviado por ter ocorrido tudo do jeito que pensou, mas era lógico que a garota não reagiria desse modo por muito tempo.

    –Ah qual é Natsu, você vem me perguntar esse tipo de coisa totalmente convencido não é? Mas falar que viu uma barata em um Hotel de luxo é a desculpa mais esfarrapada que eu já vi na vida. –O que ela disse era verdade, até por que se tivesse mesmo uma barata ela iria ser a primeira, a saber, já que tinha fobia pelo inseto.

    Quando ele escutou o que ela disse certamente se deu por vencido, mas ele não tinha culpa. Dividir o estabelecimento com uma mulher tão bonita em todos os requisitos não era fácil, sendo que ele estava se controlando. Enquanto ele se mergulhava em seus pensamentos a loira se levantou da cadeira e o despertou com sua fala.

    – A louça e toda sua.

    – Mas Luce... Você sujou também! –Ela simplesmente o ignorou e foi dormir, ao deitar na cama apagou direto.

    [...]

    The New York Place, 11:20, Quarto nº 14.

    Lucy POV on:

    Acordei com meu celular tocando devia ser a dona Erza, mas fui impedida de levantar já que braços me apertaram na região de minha cintura, sentia um calor desgraçado, mas que ao mesmo tempo era muito aconchegante. Virei-me já sabendo quem era e estava furiosa, será que ele é uma das antas que sobrou da arca de Noé? Se ele está pedindo pra morrer eu concedo seu desejo.

    – Na-tsu. –Fiquei brava novamente com aquele desgraçado. –O-que-você-faz-aqui?

    – Cala a boca Luigi, eu quero dormir. –Depois disso ele ainda joga o braço pesado na minha cara.

    – Vai tomar no meio desse seu cú e levanta da minha cama. –Sem paciência, dei um chute em sua costela o fazendo sair da cama caindo direto no chão. Pego meu celular e vejo duas chamadas perdidas e mais uma mensagem. Bufei.

    “Por que não me atendeu sua loira fdp? Só vou deixar passar pq vc ta dividindo o apartamento com um gostosinho e no mínimo vcs se divertiram muito durante a noite ( ͡° ͜ʖ ͡°)

    Espero que esteja pronta até 12:30 e que vá até aquela cafeteria que tem perto do shopping u-u

    De: Erza bff”

    Indignada com a mensagem, fui ver à hora e vi que ainda tinha bastante tempo pra começar a me arrumar, mas se não me organizasse antes sabia que iria me enrolar. Fiz minha higiene matinal e fui colocar minha roupa, quando saí da suíte quase morri congelada, estava fazendo muito frio que no mínimo estava nevando lá fora. Coloquei duas blusas, um blusão de lã e meu casaco quentinho de cor branca. Nas pernas tive de colocar uma meia-calça e um jeans com uma bota de cano curto marrom. Depois de pronta, fui pra sala e encontro Natsu já vestido com roupas normais olhando TV, não sei como ele não sente frio, estamos no inverno e ele está com uma calça jeans, uma blusa de manga curta preta e um cachecol.

    Fui direto pra porta sem ao menos olhar pra cara daquele babaca, não entendo como alguém consegue ser tão irritante. Acho que ele não me viu atrás do sofá, mas infelizmente quando fui encostar a mão na maçaneta da porta parece que ele notou minha presença.

    –Onde você pensa que vai loira? –Eu ouvi bem? Era só o que me faltava, acordar com aquele imbecil já me dava nos nervos e agora além de escutar a voz do desgraçado, ele fala como se fosse meu pai. E nem meu pai me trata assim.

    – Só vou dizer uma coisa, reformule sua frase se quer que eu te responda.

    – Ah me desculpe, mas será que eu posso saber aonde vossa senhoria vai? –Era óbvio o tom de ironia que ele tinha ao falar as palavras, eu estava me controlando para não jogar alguma coisa na cabeça dele por que iria ver minha linda e amada amiguinha que eu acho que nunca amei tanto na minha vida. Acho que ficar de vela não seria tão ruim, se eu pedir pra ficar com eles no Hotel minhas férias seria com certeza muito melhores.

    – Natsu, eu acho que não te devo nenhuma satisfação. –Escutei ele bufar.

    – Luce eu estou falando sério, por mais que isso pareça estranho, é pra sua segurança. Já pensou se um pervertido te pega na rua?

    – Você fala como se eu não tivesse convivendo com um. -Ele suspirou e eu me encostei-me à porta, depois disso ele se levantou do sofá e foi para o quarto.

    – Espere um minuto então. –Escutei-o gritar, bufei. Não demorou muito pra ele sair de lá com um casaco. –Vamos?

    [...]

    Natsu POV on:

    Por mais incrível que pareça, o caminho até o tal lugar marcado foi tranquilo. Eu já sabia que ela iria sair pra encontrar com sua amiga, mas de forma alguma deixaria ir sozinha, o que eu pesava é que alguns pervertidos certamente iriam tentar alguma coisa com ela e era muito evidente que eu estava certo já que mesmo acompanhada de mim ela atraiu muitos olhares. Isso com certeza me irritou muito. Se eu estou tentando pegar não posso de forma alguma me distrair.

    Chegamos a um café e ela foi direto em uma mesa que tinha uma ruiva sentada, e essa também foi abençoada meu Deus. Se eu não soubesse pela loira o motivo de ela vir ver sua amiga (no caso stalkear o namorado dela pra saber se é uma boa pessoa) eu juro que tentava pegar as duas ao mesmo tempo.

    – Yo Ruiva!

    – Até que enfim sua desgraçada, por que demorou tanto? –Depois de ela fazer a pergunta Luce se sentou de frente pra ela, era uma mesa onde tinha lugar para quatro pessoas, então eu me sentei ao lado da loira. Depois que ela me viu percebi a cara de maliciosidade que ela fez. Segurei-me pra não rir, já até imagino o que ela vai falar. –Nem precisa falar, acho que já sei o motivo.

    – Erza não se atreva! –A amiga sorriu travessa e olhou diretamente pra mim, ignorando a loira.

    – Então, qual seu nome e como você conseguiu pegar a Lucy? –Ela foi direta e eu olhei pro lado e percebi que minha “colega de quarto” estava entrando em combustão, provavelmente de raiva e vergonha.

    – Me chamo Natsu, e acredite, por mais que ela pareça difícil, foi ela que me pegou. –Era óbvio que eu e Erza estávamos em um joguinho, depois que eu disse isso ela gargalhou alto deixando Lucy ainda mais raivosa, e eu resolvi colocar mais lenha na fogueira. – Não sei se você sabe, mas no começo ela parecia muito tímida, mas foi com ela que eu aprendi que as tímidas são as mais safadas. –Depois do que falei me dei à liberdade de rir junto com a ruiva, mas então a senhorita escandalosa se levantou e bateu as mãos na mesa e começou a berrar.

    – Natsu, cala a sua boca e não fale mais besteiras, se não eu juro que corto seu membro fora aqui mesmo e dou pra qualquer Drag Queen que tiver lá na esquina. Erza vai tomar no meio do seu cú arrombado e para de fazer esse idiota pervertido falar merda na frente das pessoas.

    – Credo Luce, você fala tanto que vai arrancar minhas partes fora que eu acho que você está com vontade de ver mesmo. –Disse emburrado e fazendo bico, a ruiva demonstrou reação indiferente sobre o que Lucy disse, mas ela ficou nos encarando por algum tempo.

    – Já podem casar até as brigas vocês já tem.

    – Erza só não te bato por que sei que você é o demônio em pessoa. –Depois que Lucy falou isso eu até fiquei curioso, mas me levantei da cadeira e fui rumando ao banheiro até escutar aquela voz escandalosa de novo. – Ei, aonde você vai?

    – Calma querida eu só vou ao banheiro, não vou te abandonar. –Eu disse com sarcasmo, não me importava com o que ela faria mesmo.

    Quando andei mais um pouco, percebi que tinha um monte de pessoas uma atrás da outra em fila, mas não sabia o que estava acontecendo. Foi então que eu vi uma cabeleira azul e eu fiquei desconfiado de quem seria. Cheguei mais perto e vi a tatuagem no rosto da cor vermelha, que o babaca fez quando fizemos uma aposta quando mais jovens. Sim, eu o conhecia, mas havia perdido o contato com ele há muito tempo.

    – Não acredito Jelly o que você ta fazendo aqui. –Quando o chamei pelo o “apelido” carinhoso ele se virou com um sorrisinho de canto como sempre, acho que ele não se esqueceu de mim.

    – To numa fila desgraçada atrás de um bolo de morango pra minha namorada seu gaysão.

    – Hmmm seu safadão, estão em um encontro então?

    – Na verdade não, já que hoje ela vai me apresentar uma amiga que parece que quer muito me conhecer.

    – Vish, to numa situação parecida.

    – Ah mentira, você arranjou uma namorada cara?

    – Óbvio que não retardado, eu não sou daqueles que pretendem algo sério. Só estou acompanhando minha colega de quarto. –Ele me olhou com uma cara estranha, mas depois suspirou e virou-se pra frente já que chegou sua vez de ser atendido.

    – Colega de quarto, Sei. –Pegou o doce e saiu da fila. – Então vou indo, algum dia a gente se encontra de novo, beleza?

    – Ah claro. –Saí de lá também e fui pra minha mesa, o estranho é que parecia que estava seguindo Jellal, então fiquei surpreso quando ele sentou na mesma mesa que eu estava, e entregou o bolo pra ruiva. Depois ele cumprimentou Lucy e viu que eu estava parado olhando a cena.

    – Natsu, o que você quer aqui? –Ele me perguntou sério e eu fiquei apavorado, então a ruiva o explicou o motivo e eu abri um sorriso enorme e totalmente malicioso pra depois sentar ao lado da loira.

    – Esse é meu garoto! Aprendeu certinho, mas você não acha que é muita areia pro seu caminhão?

    E assim seguiu por umas duas horas de conversa, ficamos nós quatro nos zoando. Eu e a ruiva nos tornamos amigos, assim como Jellal e Lucy. Depois eu e a loira resolvemos ir embora já que o casal estava ficando muito meloso, e ficar de vela não é uma coisa que eu goste. Pelo que parece ela também não gostava.

    Estávamos quase chegando ao Hotel quando eu vi que Lucy se abaixou no chão em uma pequena distância de mim e me chamou.

    – Natsu, olha isso! -Percebi que ela estava com os olhos brilhando, cheguei perto dela e vi em seus braços um cachorrinho branco, filhote. – Ah, não posso deixar ele aqui no frio! –E então ela se levantou com o cachorro no colo me olhando com cara de pidona, eu até fiquei surpreso, não sabia que mesmo com aquelas ameaças ela podia ser uma pessoa dócil.

    – Luce, não. Nem pense nisso! Você sabe que o Hotel não permite entrada de animais.

    – Por favor, Natsuuu... –A carinha que ela fez era irresistível, eu não acredito que vou ceder. Suspirei pesado.

    – Tudo bem, vamos dar um jeito.

    Deus, o que eu faço?


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