Viva La Vida

  • Poya
  • Capitulos 8
  • Gêneros Amizade

Tempo estimado de leitura: 1 hora

    16
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Capítulo 02: Aquele ?recreio? que a gente não quer que acabe.

    Linguagem Imprópria, Violência

    Antes de tudo, queria agradecer ao Kirito96 que comentou e favoritou a fic! Por isso o capítulo está sendo dedicado a você! >.<

    Vou ser franca com os que leem, esse foi o capítulo mais chatinho que eu escrevi, mas será de grande importância para o desenrolar da história, ok?

    Boa leitura!

    Lucy POV on:

    As aulas mal haviam começado e antes que eu me desse conta, o sinal do intervalo já soava. Liberei as crianças para poderem brincar, expliquei que deveriam ficar perto do coordenador para que tudo ocorresse bem. Geralmente os alunos mais velhos implicam com os pequenos e isso acaba gerando muita confusão, mas pelo que eu pude ver eles me entenderam direitinho.

    Após ter certeza que estava tudo certo, fui em direção à sala dos professores, alguns já estavam indo embora por seu período de aula acabar, outros ficavam por opção, assim como eu, mas também tinham os funcionários que trabalhavam até as 18:00. Logo que entrei a algazarra de todos me contagiou. Todos faziam palhaçadas e soltavam altas risadas. E eu gostava disso!

    O que é comum entre qualquer pessoa são os “grupinhos” de amizades, eu tenho o meu. Não é como se eu isolasse os outros ou não goste de algumas pessoas, mas sempre tem aqueles que temos mais afinidade. Basicamente, quem não pode faltar no meu dia-a-dia, são Juvia, Levy, Erza, Jellal e Gray. O ruim é que eu sou a senhorita “alone” no meio de todos, então sempre quando saímos juntos, eu fico um pouco desconfortável.

    – Lu-chan, como está indo o primeiro dia? -Levy me perguntou empolgada, ela trabalhava na biblioteca da escola, se quiséssemos falar com ela lá dentro, pode ter certeza que teria de se meter em meio a diversas instantes de livros. Gajeel é seu namorado, mas ele não trabalha na escola, -nem serviria como professor já que é burro feito uma porta-, mas o mesmo trabalha em uma empresa metalúrgica, e é um dos melhores funcionários.

    – Melhor impossível, as crianças são uns doces. -Respondi com um sorriso sincero no rosto e a baixinha gargalhou alto, ela diz que sou maluca por dar aula para eles, já que precisa de muita paciência. E isso é uma coisa que definitivamente ela não tem.

    – Lucy-chan! Juvia sentiu sua falta! -De repende a outra azulada, mais alta, surge ao meu lado e me abraça fortemente. Assim como Levy, ela fica na biblioteca. O espaço é muito grande, então não tem como uma pessoa só dar conta.

    – Também senti Juvia! -Retribuí o abraço e depois fomos nos sentar em algumas cadeiras que estavam perto da mesa enorme que tinha no centro da sala. Pensei que todos já estavam lá dentro, mas acho que me enganei, já que praticamente um estouro chamou atenção de todos até a porta. E de lá surge um Gray.

    – Puta que pariu, por que eu tive que ser o regente da 8ª-A? Sou muito novo pra conhecer o inferno agora! -Entrou estressado e todos nós começamos a rir, é uma pena que alguns não têm a sorte de trabalhar com uma turma boa do início, até o fim do ano. Rapidamente o moreno se atirou de maneira folgada no sofá e tirou a blusa, já estávamos acostumados com sua mania, então nem nos importamos. Além de dar aula de matemática, ele é namorado na Juvia.

    Fiquei viajando em meus pensamentos e quando me dei conta, enxerguei uma sombra no canto da sala, prestei mais atenção e fiquei um pouquinho apavorada com a cena. Eles não aguentavam esperar um pouquinho não? Abri um sorrisinho sacana e gritei para que todos pudessem ouvir.

    – O casalzinho “Jerza” pode, por favor, parar de se engolir um pouquinho? -Eu sabia que a ruiva odiava quando eu juntava seu nome com o do namorado, em seguida ela se torna mais visível quando se aproxima de nós e vem bufando em minha direção. Com os lábios inchados e vermelhos. Provocações eram soltas uma atrás da outra por todos, e eu ria descontroladamente, percebi que Jellal tentou escapar e fingir que nada de mais aconteceu, enquanto bebia um copo de água longe de nós, mas não deu muito certo já que Erza jogou toda a culpa nele.

    Olhei para os lados e vi alguém que me deixou curiosa. Natsu estava sentado em uma cadeira olhando para todos e parecia excluído, logo o rosado pegou uma revista e ficou folheando. Comecei a reparar de maneira discreta no novo professor. Ele parecia um homem normal assim como meus outros colegas. Fiquei maravilhada quando vi os anéis que ele usava na mão direita e esquerda, eram lidos e de ouro legítimo. Peguei a mania de gostar de joias por causa da minha mãe, então sei muito sobre elas.

    Me senti intrigada quando notei que não eram simples anéis, pareciam alianças. Eu sabia que as mulheres viúvas tinham mania de usar as duas alianças, quando perdiam o marido, era muito difícil de ver um homem que fizesse a mesma coisa, mas quando alguém realmente ama, é como simbolizar o alto nível da união. O mais estranho é que Natsu parecia ser muito novo. Quando me dei conta, já estava indo na direção do mesmo.

    – Yo! -Consegui sua atenção, ele olhou para meu rosto e fechou a revista de variedade, ficamos nos olhando por alguns segundos e nenhum assunto surgia. Mesmo que várias conversas eram ouvidas em volume alto, era como nós estivéssemos em um silêncio mortal. - Ah... Você está gostando de trabalhar aqui? -Procurei puxar conversa de uma vez e resolvi deixar minhas dúvidas pelas supostas alianças desaparecerem com o tempo, afinal, eu não sairia perguntando pra ele se era casado.

    – Foi tranquilo, por enquanto só dei aula para os segundos anos, não foi nada de mais. -Percebi que ele ficou meio tímido e eu me senti envergonhada quanto a isso, é bem mais difícil de conversar com pessoas assim. - Você da aula de que matéria?

    – Eu sou professora da Educação Infantil. -Respondi sorridente e senti que o rosado ficou empolgado.

    – Você gosta de crianças? -Era realmente uma pergunta que não precisava ser feita, mas respondi com muito gosto.

    – Claro! Assim como no ano passado, a minha nova turma é perfeita! -Se eu estivesse falando com a Levy no momento, com certeza ela me xingaria, mas o modo de como os pequenos são fofinhos e queridos me deixam maravilhada. Natsu parecia se interessar pelo que eu falava, deduzi que ele tinha alguma experiência. - Você gosta de crianças também?

    – Lógico que sim, às vezes elas podem te irritar, mas isso não muda o carinho que eu sinto por elas. -Fiquei encantada com suas palavras, por mais simples que pareciam, eu nunca havia encontrado algum homem que pensasse da mesma forma que eu. Despertei-me de meus pensamentos quando escutei novamente o rosado falar. - Ah... Por que aquele cara ta pelado?

    Coloquei meu olhar sobre a direção que o mesmo apontava e enxerguei Gray que estava totalmente nu. Parecia nem ter notado que as vestes tinham sumido, Juvia estava logo atrás do mesmo suspirando descontroladamente. O resto das pessoas, apenas ignorava o fato do nudista, assim como eu, mas Natsu parecia incomodado e assustado com a situação. Ri de leve e chamei atenção do moreno.

    – Gray, vai procurar as suas roupas, ninguém quer ver seu passarinho de fora!

    – Juvia não acha que seja um passarinho, Juvia acha que se parece mais com uma gaivota! -A azulada afirmou um pouco corada sem despistar seu olhar do local mencionado, um silêncio constrangedor se alastrou e logo todos pareciam desconfortáveis pelo comentário desnecessário. Além de a azulada ter uma mania estranha de falar em terceira pessoa, ela era uma pervertida descarada, assim como Gray... Par perfeito, não é?

    Ignorei meus pensamentos e voltei a conversar com Natsu por mais alguns minutos, ríamos de assuntos aleatórios e nos divertíamos com os outros ao longo do tempo. Visualizei o relógio e logo escutei o sinal soar, muita gente suspirava e resmungava por ter que voltar para as salas de aulas, eu apenas me acomodei ainda mais na cadeira em que estava e fitei o rosado ao meu lado.

    – Você vai dar aula ainda? -Notei em seu olhar dúvida, logo ele mexeu em seus cabelos desviando o olhar, soltei um risinho e compreendi que ele não sabia seus horários ainda. Pergunto-me como o Sr. Makarov não entregou a tabelinha com as turmas que o rosado teria que dar aula.

    Levei-o até o quadro de tecido verde que tínhamos na sala, era uma maneira de nós nos organizarmos em conjunto, assim nunca ficamos perdidos e sempre nos ajudamos. Colocamos diversos avisos, lembretes, dicas, mensagens positivas para passar o dia, e o mais importante, os horários que cada professor daria aula para cada turma. Eu agradeço a vantagem de ser professora fixa, tenho certeza que me enrolaria por ter mais de uma turma para ensinar.

    O rosado retirou os alfinetes que prendiam o pequeno papel no mural e ficou olhando-o por alguns minutos, logo após colocou-o vagarosamente no mesmo lugar.

    – Parece que por hoje já estou livre! -Ele sorriu e eu fiz o mesmo, notei que apenas Levy Juvia e Erza estavam na sala, porém mais longe de onde nos encontrávamos.

    – Que bom, assim eu posso te mostrar a escola. -Respondi empolgada e ele parecia não me entender. -Algum problema?

    – E os pequenos? - Como eu podia ser tão burra? Não sei, mas eu não estava incomoda quanto a isso, expliquei a ele que na primeira semana meus alunos tinham aula apenas até as 15:00 da tarde, já que precisam de um momento para adaptação. Existem diferenças entre as crianças por causa da escola, alguns choram por não querer ficar longe dos pais, outros ficam emburrados por não quererem sair da escola e esperar até o outro dia para encontrar o novo amiguinho, e por último, aqueles que, infelizmente, desde os cinco anos são acompanhados pela preguiça. E ela fica grudada na criança até completar o Ensino Médio...

    – Então... Podemos fazer alguma coisa pela escola até as 18:00.

    – Acho que hoje não daria certo... Me desculpe, mas quanto mais cedo eu chegar em casa é melhor... Até amanhã Lucy! -Natsu se despediu e me deixou sem entender o motivo, apenas acenei e o deixei sair, normalmente eu perguntaria por que já que sou extremamente curiosa, mas eu sinto que tem várias coisas que o rosado parece esconder. Se ele não quer falar, acho melhor não forçá-lo.

    Balancei a cabeça para os lados quando percebi que estava olhando para os azulejos amarelados da parede. Eu sou muito pensativa... Olhei em direção das meninas, que estavam embolotadas no mesmo canto de antes, só que dessa vez, sorrisos maliciosos estampavam seus rostos. Cochicharam um pouco entre si e logo vinham em minha direção lentamente. Ah não, por favor, Deus... Não me diga que elas farão aquelas perguntas...


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