Yoo pessoinhas! Fiz meu cadastro hoje mesmo no site e resolvi postar minhas fic's aqui >.< Se tiverem progredindo assim como nos outros sites, seguirei com a postagem, se não vou excluir. Bem, espero que vocês curtam bastante e deixem comentários para eu saber se querem que eu continue, já tenho alguns capítulos prontos ok?
Por aqui é isso, tenham uma ótima leitura!
Capítulo 1: Vida nova, amizades novas.
Natsu POV on:
Quatro horas da manhã e eu aqui ainda virando de um lado para o outro na cama, parecendo um peixe fora da água. Deve ser pelo fato de ter me mudado no dia anterior, acho que todas as pessoas são acostumadas com seu canto, e se for para um lugar novo, obviamente demora a se habitar. O problema é que hoje eu começo a trabalhar em uma nova escola e preciso deixar tudo organizado no meu novo e pequeno apartamento.
Viro-me novamente para o lado esquerdo, um porta-retratos com uma foto de uma mulher de curtos cabelos brancos e olhos azuis me faz suspirar, vestida de noiva e com um sorriso radiante me lembra de um dos melhores dias da minha vida. É uma pena que às vezes temos de enfrentar situações difíceis, e no meu caso, se encaixa o fato dessa mulher não estar mais ao meu lado.
A porta de madeira, que não fica tão longe da cama, estava encostada, notei que ela estava sendo lentamente aberta e logo fazendo um rangido desagradável, não havia motivos de temer por pensar ser um fantasma, ou até mesmo um ladrão, já que mais uma pessoa mora comigo. Uma criança para ser mais específico.
– Papai... Não conshigo doimir. –Finalmente vejo a figura de um pequeno, muita gente fala que ele é minha foto cópia e eles têm toda a razão. Com um pijama azul, e pequenos aviãozinhos estampados, um ursinho velho e chupeta na boca, meu filho de apenas um ano e oito meses aparece com cara de sono. Suspirei mais uma vez e levantei-me da cama.
– Tudo bem, vem aqui. Mas só hoje! –Peguei o chibi em meus braços e o deitei junto de mim, não o culpo por isso, já que é ainda mais difícil para uma criança de sua idade encarar a situação. Graças a Deus ele é bem criado, nunca fez birra e sempre entendeu o que deve ou não fazer. Foi duro ter que estar fazendo tudo isso sozinho, mas até agora, está dando certo. E valendo a pena, com certeza. - Agora você vai dormir ok?
Dei um beijo em sua testa e o mesmo sorriu em resposta, em seguida fechei os olhos. Acho que o sono não vinha por que não sabia se ele estava bem, mas tê-lo em meus braços me deixava tranquilo, e o cansaço acompanhou, já que adormeci direto.
–--☆---
– Papai acoida! –Abri os olhos e os senti ainda pesados, escutei o irritante som do despertador tocando e me indignei por pelo menos não ter tentado dormir mais cedo, não entendo como o rosadinho em cima de mim tem tanta energia a essa hora da manhã.
– Ok Nathan, sai de cima do papai, por favor. –Pedi e o pequeno saiu, sentou-se na ponta da cama e esticou um dos pés até a ponta chegar ao chão e logo sem dificuldades nenhuma foi correndo pra fora do quarto, com um sorriso gigantesco no rosto e rindo alto. - Cuidado para não se machucar! –Gritei pra ele sem obter respostas, fui em direção ao banheiro e bufei.
Além de a peça ser pequena, a imagem do espelho não me agradava nenhum pouco, meu rosto tinha olheiras horrendas e profundas. As mulheres possuem mais vantagens por que existe maquiagem, mas meu caso não é esse. Não tinha muito a fazer a não ser tomar banho e ingerir um pouco de café bem forte.
Termino de fazer minha higienização no tempo necessário, um dos motivos era por ter Nathan em casa, todos sabem que quem tem criança precisa sempre estar de olho. E o outro ponto, muito importante, mas que eu gostaria de não ser incluso, são os problemas financeiros, preciso sempre estar gastando o mínimo possível, por mais que eu tenha um emprego instável.
Voltei para o quarto e me vesti. Já se passava das oito e eu precisava fazer o café da manhã para meu filho. Não era nada trabalhoso já que ele não conseguia comer essa hora, apenas gostava de tomar leite morno. Estiquei o lençol da cama e observei a foto de Lisanna no criado mudo, resolvi deixá-lo guardado dentro da gaveta do móvel simples, ela faleceu quando deu a luz a Nathan, por isso acho melhor ele ainda não saber que a mãe já se foi.
Direcionei-me para a cozinha e encontrei o pequeno sentado, com alguns brinquedos, no chão da sala. O apartamento tinha, dois quartos, um banheiro e uma sala juntamente com a cozinha, os cômodos não eram grandes, mas era possível viver dentro. Notei que Nathan falava com seus brinquedos e eu comecei a rir baixinho.
– Está com fome filhote?
– Não papai! –Respondeu animado.
– Mas você tem que se alimentar certo?
– Xim! Pra ficar foitinho! – Levantou os pequenos braços para o alto e sorriu pra mim, graças a Deus que sua felicidade sempre me contagia, fora que é incrível o modo de como as crianças são tão inocentes.
Rapidamente esquentei um pouco de leite e coloquei em sua mamadeira, entreguei na mão do pequeno após provar uma gota em minha mão para ter certeza que a temperatura estava boa. Nathan diz que já é grande o suficiente para tomar sozinho, e ele tem razão, mas ainda não quer trocar para uma caneca. Ele sentou na cadeira com um pouco de dificuldade enquanto eu terminava de fazer café, logo me juntei a ele e enchi uma xícara fazendo também um sanduíche.
– Tem certeza que não quer ao menos provar filho? É gostoso! –Eu entendo que o pequeno sinta dores de barriga, mas um dia ele vai ter que comer antes de sair pra escola ou trabalho, não quero que ele fique fraco e desmaie por aí.
– Não papai! –Balançou a cabeça para os lados negando, voltou a por a mamadeira na boca e acabou de vez com conteúdo. - Cabô! –Enquanto deixava a mamadeira na mesa, sorriu largo, e eu fiz o mesmo.
Depois de satisfeito, tirei da mesa os utensílios para lavá-los, sequei, guardei e levei o rosadinho para o banheiro escovar os dentes. Ajudei-o contra sua vontade e logo escovei os meus, liberei o pequeno para brincar e fui arrumar o resto das coisas que ainda permaneciam encaixotadas. Contratei uma babá para cuidar dele enquanto estou em meu período de trabalho, felizmente eu darei aula somente às tardes. Minha área de especialização é Educação Física e serei responsável somente ao Ensino Médio, por isso durante a manhã, eu estou livre.
Fui ao quarto de Nathan e comecei a organizar o cômodo praticamente vazio e sem que percebesse as horas passaram voando.
–--☆---
– Papai... Eu aicho que... –Terminamos de almoçar e eu estava lavando os pratos, já pronto para ir à escola, de repente Nathan fala comigo e eu presto atenção, mas sua voz foi diminuindo aos poucos até que parasse de falar e ficasse olhando para baixo.
– O que foi pequeno? –Me abaixei em sua frente colocando o pano de pratos em meu ombro direito, percebi as lágrimas acumuladas no canto de seus olhos e fiquei preocupado. Afaguei seus cabelos e com sua mãosinha ele me mostrou o problema, apontando para as calças. - Nathan, o que eu disse pra você? Quando quiser usar o banheiro me avise se não você vai molhar as calças!
– Dispulpa Papai... –Levantou o olhar até meu rosto e eu suspirei, não podia demorar se não acabaria por chegar atrasado, mas também não podia deixá-lo desse jeito. Peguei sua mão e o levei em direção ao banheiro mais uma vez, dei um banho rápido e joguei as roupas para lavar. Ele já vai fazer dois anos então já é hora de tirar as fraldas.
– Tudo bem pequeno, não precisa chorar, mas a próxima vez peça ok? –Terminei de vesti-lo e ele logo me abraçou. - Você não é um homenzinho?
– Hai! Eu já shou um homem gande! –Ri de leve e o peguei no colo até a sala, poucos segundos depois a campainha tocou e eu deduzi ser a babá.
– Então pequeno você já sabe, o papai vai trabalhar e você vai ficar com a babá. De noite eu volto, está bem? –O orientei antes de tudo e o mesmo apenas assentiu. Abri a porta e dei de cara com uma mulher de cabelos rosa, bem claros, e olhos azuis.
– Ah... Você deve ser a Virgo certo?
– Sim senhor, estou aqui para cuidar de seu filho. –Ela me parecia ser bem formal, só espero que meu filho não fique emburrado por isso. Pensando nele, o pequeno apareceu na porta me empurrando de leve nas pernas para que abrisse espaço, percebi que ficou envergonhado ao ver a mulher, pois se escondeu atrás de mim, mas quando ela o viu, se abaixou em sua direção e abriu um sorriso simpático.
– Yo pequeno, como você se chama? –Pareceu outra pessoa, que rapidamente conquistou o garoto. Infelizmente tinha pouco tempo então a deixei entrar e me despedi.
– Se comporte viu? –Abracei o rosado e rumei para a saída do prédio, teria que pegar um ônibus por não ter um carro. E assim seria por todos os dias.
–--☆---
Lucy POV on:
Meio dia e vinte, e eu ainda estou aqui em casa me certificando se está tudo na bolsa. Respirei fundo e sorri animada, finalmente vou voltar para a escola e dar aula para meus amores que ainda nem conheço. As férias pra mim foram um sufoco, eu realmente gosto do que faço e um período que era pra ser sagrado, se torna horrível em minha opinião.
Confesso que almocei mal, comi um sanduíche e só. Não tenho culpa por estar muito empolgada e sei que nada será um problema, já que posso me restabelecer no intervalo. Por precaução, pego uma maçã. A escola não fica muito longe por isso posso ir a pé, mas como começo a uma da tarde, percebo que se ficar mais tempo me enrolando eu irei me atrasar.
Feliz como nunca, pego a chave de casa e tranco a porta após sair. Coloco-a na bolsa e faço o caminho até meu destino. O percurso como sempre foi tranquilo, observei muitas crianças e seus pais levando-as para o primeiro dia de aula, obviamente a tarde é preenchida pelos alunos de pré á quinto ano. Quando me dou por conta consigo enxergar o letreiro “Fairy Tail School” na entrada, o porteiro me cumprimenta assim como todos os outros funcionários. Não demorou muito tempo e eu encontrei Erza.
– Yo Erza! Como foram suas férias? –Notei que a mesma se assustou já que deu um pulo ao escutar minha voz, a pobre ruiva já estava atolada de trabalho e se concentrava em vários papeis diferentes, sua mesa estava uma bagunça total.
– Cala a boca Lucy. Não vê que eu estou ocupada? –Arrumou seus óculos de leitura após rapidamente olhar meu rosto. Soltei uma risada fraca e me fiz de ofendida.
– Nossa Erza-chan, é assim que você trata suas amigas? –A ruiva bufou e levantou o semblante sério em minha direção, mas logo um sorriso falso surgiu em seus lábios.
– Desculpe querida amiga do meu coraçãozinho, mas eu estou extremamente ocupada agora. Realmente não foi a intenção te magoar. –Qualquer um que visse percebia a ironia em seu tom de voz, comecei a rir e ela quase me bateu. Percebi que vários pais vinham em nossa direção, com certeza pra falar com a dona Erza, já que ele fica na recepção. - Lucy querida, leva essas folhas pra mim na secretaria? Muito obrigada, de nada. –Acumulou as folhas uma em cima da outra e me entregou, fiquei indignada por que eu não podia fazer isso, como eu iria dar aula?
– Mas Erza... Como eu vou...
– Posso ajudar senhor? –Eu fui ignorada?! Jesus me ajude, o sinal vai bater daqui a 10 minutos e eu preciso ir ao 4 andar!
Como eu tenho amor a minha querida vida, fui correndo, mentira, só a passos largos mesmo. Se me verem correndo, vão pensar que eu sou louca! Dei uma olhada nos papeis em minhas mãos para distrair meu nervosismo, a maioria era sobre os alunos novos, mas o que mais me chamou atenção foi o primeiro, tem um professor novo esse ano! Não é por nada, mas eu gosto de fazer amizades, as pessoas dizem que sou simpática, mas eu só retribuo o modo que me tratam. De repente, senti que me choquei com algo duro e caí no chão, arregalei os olhos e fiquei ainda mais desesperada quando vi uma chuva de papel.
– Ah não!
– Nossa, me desculpe! –Escutei uma voz desconhecida e logo virei meu rosto em direção ao som, eu havia tombado com um rapaz, muito bonito por sinal. Depois de alguns segundos me liguei no que estava fazendo, fiquei calada apenas observando ele juntar rapidamente os papéis de maneira desajeitada.
– Não se preocupe com isso! Pode deixar que eu arrumo! –Infelizmente qualquer um poderia ver como estava envergonhada, peguei as folhas com a mão direita, com a esquerda, segurei suas mãos e nossos olhares se cruzaram. Seus olhos eram muito chamativos e profundos, fora todas as feições perfeitas de seu rosto, que se assemelhavam aquelas esculturas gregas que foram esculpidas cuidadosamente. Para completar, seus cabelos tinham um tom rosado exótico, o que o deixava ainda mais belo.
– Deixa de ser boba, fui eu quem fez você cair. –Quebrou o silêncio entre nós e se levantou, rapidamente estendeu a mão em minha direção abrindo um sorriso largo. Senti minhas bochechas corarem um pouco, mas mesmo assim aceitei sua ajuda.
– Você está perdido? –Resolvi retribuir, nunca tinha o visto antes por aqui, poderia ser apenas o pai de alguém que precisa de alguma informação. Percebi que o rosado ficou sem graça e passou a mão na nuca com as bochechas um pouco vermelhas.
– É... Na verdade eu sou novo professor, me falaram que eu teria que aparecer na secretaria. Mas eu não sei onde fica. -Soltei um risinho e segurei seu pulso esquerdo, guiando-o onde queria.
– Eu te levo lá, preciso entregar esses papeis. –Sorri abertamente e ele fez o mesmo enquanto subíamos as escadas. - Me chamo Lucy!
– Natsu!