Koi no nazonazo (Os mistérios do amor)

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 4

    Desejo

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Spoiler

    Já havia se passado três meses desde que Yamcha se fora. Embora ele tivesse dado o prazo de dois meses para voltar, Bulma ainda não tinha se dado conta que o prazo tinha acabado, pois estava envolvida com diversos projetos para a melhoria da cápsula de gravidade e de outros equipamentos que ajudassem Vegeta a treinar. Por outro lado, não falava com Vegeta desde o acontecido no primeiro dia de ajustes na cápsula, exceto o extremamente necessário. Apesar de fazer de tudo para evitá-lo, não podia deixar de pensar naquele dia:

    FLASH BACK ON

    Depois do almoço que tiveram e de Vegeta concordar com os ajustes na Cápsula, Bulma começou o projeto naquela mesma tarde, pois tinha o intuito de começar logo no outro dia. Ela ainda dormia, quando ouviu a voz dele dentro do quarto:

    - Acorde logo, mulher! Comece o que você tem que fazer logo!

    Ela olhou ainda sonolenta o relógio que marcava cinco da manhã. Ela sentou na cama se cobrindo com o lençol. Ele estava ali vestindo uma bermuda de treino e sem camisa. Com uma voz enraivecida ela disparou:

    - Você não sabe que é falta de educação entrar na quarto de uma dama sem ser convidado?!

    - Ora mulher, não me amole! – disse ele – Comece logo a trabalhar na cápsula e não me faça perder tempo!

    - Vegeta, são cinco hora da manhã! – e deitando novamente virou-se para o outro lado. – só vou iniciar depois das nove.

    - Grrr! Maldição! – E puxando o lençol dela, disse - Você vai começar isso agor...

    Ele ficou estático de olhos arregalados, sem conseguir falar com a visão que teve. Ela vestia apenas uma minúscula calcinha vermelha e olhava pra ele com uma cara assustada e envergonhada.

    - Você ficou louco Vegeta?! – gritou ela em pânico. E levantando-se da cama, cobriu os seios com as mãos – Anda, me devolve esse lençol!

    - Ma... Mas... – Ele não conseguia raciocinar, nem ter ação alguma. O corpo dela era perfeito, sem nenhum tipo de marca, avantajado nas partes certas, o que despertou a excitação do sayajin.

    - Anda, Vegeta! – gritou ela.

    - Mas, o quê? – disse ele voltando à realidade – Grrr! Você é uma mulher muito vulgar pra dormir desse jeito!

    - Me dá logo esse lençol! – disse ela andando em direção a ele. Sem perceber uma peça de roupa no chão, acabou tropeçando e caindo em cima de Vegeta. A situação ficou mais embaraçosa ainda, visto que eles estavam face a face deitados no chão e ela em cima dele. Os dois puderam sentir o corpo um do outro. Estavam em um transe tão profundo que sequer tiveram a ideia de se separar. Ele podia sentir toda a maciez do corpo de Bulma, assim com os seios dela pressionados no seu corpo. E ela sentiu toda a rigidez do corpo dele de onde emanava um cheiro tão sedutor de virilidade que sentiu o corpo amolecer sobre ele. Assim alguns segundos se passaram. Ela só despertou do transe quando sentiu o membro do sayajin enrijecer pressionado a sua intimidade. – Vegeta, saia do meu quarto! – disse ela saindo de cima dele e sentando-se encolhida no chão.

    - Grrr! Maldição! – grunhiu ele saindo do quarto visivelmente embaraçado.

    FLASH BACK OFF

    Depois desse dia eles evitam se falar e até mesmo de se ver. Ela trabalhava nos projetos para ele durante o dia inteiro. Por outro lado ele treinava com afinco todos os dias para ficar mais forte. Durante o dia, os dois ficavam ocupados com suas atividades, mas durante a noite, não podiam evitar em pensar um no outro.

    Vegeta era o que estava mais perturbado com aquela situação. Mesmo sendo muito focado, não podia evitar pensar nela até mesmo durante os treinos. Ele se sentia um fraco por estar desejando aquela mulher. Sim, ele já admitira que sentia por ela um desejo sexual, mas não podia deixar transparecer isso. Não podia dar a ela uma arma que pudesse controlá-lo. Já bastava a humilhação de ela ter percebido a excitação dele. “Você é o príncipe dos sayajins, foi treinado para ser o melhor e mais forte guerreiro do universo! Essa terráquea estúpida não pode fazer você perder o controle!” pensava ele. Por isso depois do acontecido no quarto de Bulma, ele passou ignorá-la.

    Ela por outro lado, ficava cada vez mais incomodada com a indiferença dele. Embora tenha ficado muito constrangida, só conseguia pensar o quanto Vegeta deveria lhe odiar, por toda aquela situação. “Mas pensando bem, a culpa foi dele por entrar no meu quarto sem ser convidado” pensava ela. Pouco pensava em Yamcha nos últimos tempos, mas vez ou outra sentia uma pontada de culpa por pensar tanto em Vegeta.

    O casal Briefs tinha saído em uma viagem de negócios onde o Dr. Briefs aproveitaria para tirar suas merecidas férias, por isso casa estava calma. A maioria dos empregados tinham tirado férias também ficando apenas os tratadores dos animais que não tinham acesso à casa e Quimmy, a empregada robô, construída por Bulma aos 13 anos e que fazia as tarefas da casa, como limpar e cozinhar.

    Em um desses dias em que a culpa aparecia, Bulma deu uma pausa no trabalho no laboratório e foi até a cozinha beber água. Estava com a geladeira aberta quando olhou para o calendário e percebeu que já se passara um mês da data marcada para o retorno de Yamcha. “Hum... Que diabos aconteceu com o Yamcha?” pensou ela irritada. “Já sei vou ligar pra casa do mestre Kame pra saber se os rapazes sabem aonde ele está.” Ela foi ao telefone e discou o número já conhecido.

    - Alô! – gritou ela - Kuririn?!

    - Olá Bulma. – disse ele assustado pelo som estridente da voz dela. Embora já conhecesse Bulma há bastante tempo, às vezes o gênio dela ainda assustava. – Algum problema?

    - Não Kuririn... Quer dizer: você sabe alguma coisa do Yamcha?

    - O Yamcha? Como assim? Ele não está com você?

    - Comigo? Se estivesse eu não estaria procurando por ele não é Kuririn... – ironizou ela.

    - Bom Bulma, é que há mais ou menos um mês ele passou por aqui dizendo que tinha voltado de um treinamento no deserto e que voltaria à cidade.

    - Ah é? – disse ela com uma maldade na voz – Esse Yamcha me paga! – disse ela com raiva.

    - Espera um pouco, se ele ainda não foi na sua casa pode ser que ele não tenha voltado pra cidade – Kuririn tentava amenizar a situação. – Ou talvez tenha acontecido alguma coisa...

    - Tem razão Kuririn, o Yamcha pode estar doente!

    - Doente? Não cre...

    - Hoje mesmo vou até o apartamento dele! – decidiu ela interrompendo a fala de Kuririn.

    - Mas Bul...

    (Tu tu tu tu tu tu tu...)

    Bulma desligara o telefone.

    - O que houve Kuririn? – perguntou Mestre Kame ao discípulo.

    - O Yamcha está muito encrencado...

    Na Cidade do Oeste, Bulma estava decidida a ir ao apartamento de Yamcha e finalmente retomar a relação. Precisava tirar Vegeta da cabeça urgentemente. Não sabia se encontraria o guerreiro que foi seu namorado por quase toda a vida, mas decidiu arriscar. Tomou um banho demorado de banheira com essências perfumadas e cremes cheirosos. Já tinha tirado o permanente que destruiu o cabelo dela e estava com ele liso e comprido, como na época em que ressuscitaram Yamcha. Ele gostava dela assim. Escolheu um vestido branco solto de alças fininhas e curto, como quase todas as roupas dela. Decidiu que não usaria sutiã, pois o tecido embora fosse fino, velava bem o colo dela. Pôs um cinto fininho para marcar a cintura e arrematou a produção com um par de saltos muito altos e finíssimos e a bolsa tipo carteira com alças compridas. Estava descendo a escada quando se deparou com Vegeta que subia. Ele não pode deixar de notar o quanto ela estava desejável. Percebendo que não poderia ignorá-la disparou:

    - Aonde você vai vestida assim, como uma qualquer?

    - Não é da sua conta Vegeta! – e para provocá-lo completou: - Por quê? Está com ciúmes?

    - O que? Ciúmes de você? Você deve ser mais imbecil do que eu pensava mesmo... – disse ele com desdém – Só perguntei por que você vai perder tempo saindo assim por aí e não vai consertar os robôs.

    - Como assim? Consertei todos ontem!

    - Pois já não servem mais – disse ele apontando para a pilha de sucatas no meio da sala. – Preciso de mais destes.

    Ela olhava incrédula para a pilha de robôs que ela havia consertado no dia anterior.

    - Vegeta, você tem que tomar mais cuidado, eu não sou sua escrava para viver em função de consertar as suas coisas! – disse ela aborrecida. – pois amanhã você vai treinar sem eles, por que estou de saída! – disse ela dando as costas pra ele e caminhando em direção à saída.

    - Grrr... Mulherzinha insolente, não pense que você vai desobedecer minhas ordens desse jeito!

    - E você vai fazer o que? – disse ela parando e olhando pra ele. - Me matar?

    - Foi você que pediu...

    Em um piscar de olhos ele pressionou o corpo dela conta a parede enquanto mantinha as mãos no pescoço dela. Os olhos de Bulma ficaram arregalados, revelando o susto dela com a possibilidade de ser morta por Vegeta. Embora estivesse com muita raiva pela petulância dela, ele não empregava força para machucá-la, mas somente para imobilizá-la. A proximidade com a terráquea despertava nele aquele maldito desejo que sentia por ela. Lembrava de quando ela esteve quase nua sobre o corpo dele no incidente do quarto. Ela por outro lado, sentia aquele calor que emanava do corpo dele, tão sexy e atraente. Sabia que estava prestes a ser morta por ele, mas não podia deixar de se sentir atraída pelo sayajin misterioso. Ela o desejava.  Sentiu os seios ficarem entumecidos pelo contato com o corpo dele. Conformando-se com sua morte, fechou os olhos esperando que ele a enforcasse com as mãos. Sentindo que seu membro reagiria à visão dela totalmente entregue a ele, ele se afastou dela e disse:

    - Vá embora!

    - Mas o que?

    - Vá embora, antes que eu me arrependa...

    - Se arrependa do que Vegeta? – Imaginando que ele sentira a mesma coisa por ela.

    - Me arrependa de não te matar!

    Ela pegou a bolsa que ficara caída no chão e saiu sem dizer nada.

    Ele ficou parado no meio da sala por alguns minutos tentando compreender o que tinha acontecido ali. Quando conseguiu colocar suas sensações em ordem, foi tomar um banho e depois jantar. Quimmy se encarregava de deixar tudo, inclusive das refeições da casa. Embora ela fosse responsável por tudo, Vegeta nunca chegou a vê-la. Quando chegava já estava tudo pronto. Depois de jantar foi para o quarto tentar dormir. Mas quem disse que conseguia? A lembrança da garota de cabelos azuis não deixava.


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