Koi no nazonazo (Os mistérios do amor)

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    Capítulo 2

    Ciúmes

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Spoiler

    Já havia se passado quase três meses desde que os namekuseijins tinham partido. Bulma e Yamcha continuavam juntos, mas brigavam bastante graças ao temperamento forte o ciúme da moça. Sempre que saíam, eles eram parados por alguma fã de Yamcha dos tempos do baseball, e isso sempre a deixava muito irritada. Garotas querendo autógrafos, tirar fotos, etc. E ele atendia todas. “Maldito Yamcha!” pensava ela nesses momentos. Certa vez, ao voltarem do cinema, discutiram mais uma vez.

    - Mas Bulma, como posso tratá-las mal? – defendeu-se ele.

    - Ah Yamcha, não aguento mais essas garotas te cercando o tempo todo! Afinal estamos juntos ou não?

    - É claro que estamos juntos, mas...

    - Mas o quê Yamcha? Você acha que vou ficar quieta enquanto o meu namorado dá atenção para outras garotas? Até parece que você não me conhece...

    - Claro que eu conheço. – disse ele puxando-a para si.

    - Ah me deixa! – disse ela afastando-se dele.

    Ela subiu as escadas pisando duro. “Quem essas garotas pensam que eu sou? Acha que eu vou entregar meu namorado de bandeja? Tá certo que ele é lindo, forte e gostoso, mas é meu. E o Yamcha aquele convencido? Dando mole pra essas assanhadas...” pensava ela se dirigindo para o seu quarto. Pouco depois Yamcha batia na porta do quarto dela.

    - Bulma, vamos conversar! – disse ele

    Ela suspirou. Estava irritada com ele, mas abriu a porta.

    - Bulma, você tem que me entender. Essas garotas são minhas fãs... Elas servem para aumentar a minha popularidade. E eu estou a fim de voltar a jogar.

    - Voltar a jogar?

    - É... Minhas economias já estão no fim e vou precisar ganhar dinheiro de alguma forma.

    - Ah, Yamcha, você pode trabalhar na empresa e...

    - Não Bulma – interrompeu ele. – Não me sentiria bem assim. Eu já moro aqui e não seria justo trabalhar para sua família também. Além disso, tenho que manter meu apartamento.

    - Tudo bem Yamcha. – convenceu-se ela – Mas seu não quero que você dê mole pra essas garotas hein? Pensa que me esqueci de como você estava todo assanhado pra aquela ex-namorada do Kuririn?

    - Ah Bulma... Aquela garota é que era muito assanhada. Eu só ficava sem jeito com ela.

    - Sei, Yamcha, sei... – disse ela desconfiada.

    - Bulma, você sabe que eu te amo...

    - Então Yamcha, é bom você me valorizar! Eu sou linda, inteligente, fina, e rica, qualquer homem ficaria aos meus pés.

    Ele escutava todo aquele discurso calado. Já estava acostumado com os ataques de narcisismo dela. É verdade que ela era mesmo tudo aquilo, além de gostosa é claro, mas tinha um gênio de matar e de fina não tinha nada.

    - Bulma, nós não tínhamos prometido não brigar mais? – indagou-a docemente.

    - Mas eu não tenho sangue de barata Yamcha! – bradou ela – e você fica aí todo derretido por essas garotas...

    - Vamos parar com isso. Eu prometo ser mais discreto com elas. Vem cá me dá um beijo...

    Ela não se moveu. Estava visivelmente irritada.

    - Tá bom Bulma. Vou esperar você se acalmar e depois conversamos – disse ele saindo do quarto.

    - Espera Yamcha!

    - O que foi? – disse ele voltando.

    - O que você acha de chamarmos o Mestre Kame, Kuririn, Oloong e Pual, pra almoçar conosco amanhã?

    - Acho uma ótima ideia. Quem sabe assim você não fica mais calma? Você está muito nervosinha...

    - Vá se danar Yamcha! – gritou ela atirando um abajur em direção dele que saiu antes de ser atingido pelo objeto.

    No dia seguinte, lá estavam Kuririn, Oloong e Pual que prontamente aceitaram o convite de Bulma para o almoço. Mestre Kame não foi porque segundo ele tinham chegado umas revistas novas de “artes marciais” que ele queria ler.

    - Ora, não acredito que o Mestre não veio por causa disso... – disse Bulma sabendo exatamente que “artes marciais” eram aquelas.

    - Pois é Bulma... – disse Kuririn – o tempo passa, mas o Mestre não muda.

    Assim, Yamcha, Kuririn, Oloong e Pual ficaram conversando no terraço da Corporação Cápsula enquanto Bulma fazia o churrasco.

    - Vou buscar o molho na cozinha rapazes, licencinha. – disse ela se retirando.

    - Então Yamcha, a Bulma falou porque ela chamou Vegeta pra ficar na aqui? – disse Oloong maliciosamente.

    - Vegeta ficou aqui? – espantou-se Yamcha – Não estou sabendo nada disso.

    - É Yamcha. Antes de você reviver com as Esferas do Dragão, Vegeta estava hospedado aqui. Quer dizer, mais ou menos, porque ele ficava o tempo todo na nave que o pai da Bulma construiu. – relatou Kuririn. – Quando ele soube que Goku estava vivo, roubou a nave e se mandou pelo espaço atrás dele. Pensei que Bulma tinha te contado...

    - Não, não me falou nada. Mas como você sabe de tudo isso Kuririn? Você também estava morto...

    - O Mestre, Oloong e Pual me contaram. Além disso, todos ficaram surpresos com a atitude da Bulma, afinal, Vegeta é um assassino!

    - Estão falando do Vegeta? – disse Bulma voltando.

    - Não, Bulma, não! – disse Kuririn disfarçando.

    De repente eles ouviram um estrondo vindo do lado leste da Corporação Cápsula. Ficaram todos surpresos ao descobrirem que Vegeta havia voltado.

    ***

    “Ai meu Kami, que semana foi essa?” pensava Bulma velando a inconsciência de Vegeta. Já havia se passado uma semana que ele chegara à Terra. “Primeiro Vegeta volta do espaço. Depois Frezza aparece na Terra, então aquele jovem misterioso o derrota e diz que vem do futuro e que há uma ameaça daqui a três anos. Agora esse lunático me apronta uma dessas. Que bom que ele não morreu...” Ela olhava fixamente pra ele. “Ele assim dormindo nem parece tão perigoso. Hum... Na verdade ele parece incrivelmente sexy... Que corpo...” pensava ela. “Ai para com isso Bulma! Você está com o Yamcha, agora é de vez!” Ela estava ora perdida em pensamentos maliciosos ora se recriminando por tê-los. E por cansaço de todo o trabalho que teve com o saiyajin, acabou adormecendo na cadeira.

    Vegeta despertava lentamente. Passara três dias inconsciente por conta da explosão que provocou na nave. A cabeça estava pesada e dolorida, os ferimentos ainda não tinham cicatrizado por completo. “Maldição, aquela droga de nave acabou explodindo.” Ele virou e percebeu que Bulma estava dormindo na cadeira ao lado. “Que diabos ela está fazendo?” Ele se levantou com dificuldade. Lembrou-se do dia em que chegara à Terra. Percebendo a silhueta dele pelo box do banheiro, ela ficou olhando-o despudoradamente. Ele percebia o KI malicioso da terráquea. “Que mulher mais vulgar!” pensava ele.  “Não posso ficar aqui. Tenho que treinar pra superar Kakaroto e aquele moleque que também pode se transformar em super saiyajin. De onde aquele fedelho saiu?” pensava ele. Ele saiu da enfermaria andando com dificuldades. A nave estava destruída, como iria treinar? Quando chegou ao jardim, teve uma grande surpresa: uma nave idêntica estava ali, novinha. Ele entrou e percebeu que ela não era tão idêntica assim. Faltava o dormitório e o banheiro que a anterior tinha. Mas não fazia mal, pelo menos esta poderia aumentar a gravidade em 500 vezes. Sem pensar em mais nada começou a treinar em uma gravidade aumentada em 400 vezes.

    ***

    Depois de saber que Bulma brigou com Vegeta mais uma vez por este insistir em treinar machucado, Yamcha foi tirar satisfações com ela. Já não aguentava mais ver a namorada dar tanta atenção ao homem que foi responsável pela sua morte e a de seus amigos. Ele mesmo não conseguia compreender como ela se prestara a esse papel.

    - Mas Bulma, eu te disse que esse saiyajin só iria trazer problemas, não sei o porquê de você insistir em hospedá-lo aqui! – disse Yamcha irritado.

    - Ora Yamcha... Vegeta é muito forte e pode até ser que chegue a superar o Goku. Ele pode muito bem nos ajudar a derrotar os androides.

    - E porque você acha que ele iria ajudar? Você esqueceu que o objetivo dele é vencer o Goku?

    - Hum... Pode ser... Mas por isso mesmo ele não permitiria que outro fizesse isso no lugar dele. – disse ela dando uma piscadinha.

    - Ah Bulma, você é quem sabe... Agora cuidado.  Você fica aí, paparicando e sendo empregadinha dele.

    - Empregadinha, eu? Você ficou louco Yamcha?

    - E só ver o jeito que você olha pra ele. Poderia até pensar que... – ele olhava fixamente pra ela - É melhor eu nem pensar uma coisa dessas... – disse ele fechando os olhos e abanando a cabeça a fim de espantar o pensamento tolo que teve. - Mas mudando de assunto: Vou fazer uma viagem pra treinar.

    - O quê? E eu? Acabamos de reatar! – falou ela com um tom de desespero.

    - Eu sei Bulma, mas o fato é que eu preciso treinar.

    - Se você quiser eu posso construir uma máquina de gravidade pra você e...

    - Não Bulma - disse ele lembrando-se do incidente com a nave. – É melhor eu treinar no meu ritmo.

    - Olha aqui Yamcha. Desde que começamos a nossa relação você me larga para treinar. Quando é que isso vai terminar?

    - Bulma, não esqueça que temos uma ameaça séria agora. Eu não posso ficar sem fazer nada.

    - E você acha que eu esqueço isso Yamcha? Lembro desses androides todos os dias. Como você acha que uma garota linda e inteligente como eu pode se sentir em saber que seu futuro maravilhoso está sendo ameaçado? Apesar de ser jovem e linda, não tenho mais idade de ficar esperando o namoradinho eternamente.

    - Namoradinho? É isso o que eu sou? Um namoradinho?

    - É assim que você se comporta! – disse ela irritada - Olha aqui, não estou exigindo casamento nem nada disso, até porque eu não quero. Mas se queremos ficar juntos como um casal, temos que mudar isso, ou não?

    - Eu sei Bulma, mas eu realmente preciso treinar. E ficando aqui eu não vou conseguir nenhum resultado.

    - Tudo bem Yamcha. Mas essa vai se a última vez que eu vou ficar só, está entendendo?

    - Vamos fazer o seguinte: eu vou treinar e você me espera aqui. – ele procurava ser mais cordial possível - Em dois meses eu retorno e conversaremos com mais calma, o que você acha?

    - Que remédio? - disse ela aborrecida.


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