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Deitado, vislumbrando vagamente pela janela
como se o céu fosse me acolher
em meio aos sonhos, devaneios;
Quando sua dor
é maior do que a vontade de superá-la,
pode consumir você.
Este vento suave,
que insiste em me chamar,
Que parece, com nada se importar
Só por um instante,
gostaria que isso pudesse te tocar.
O que escondo de você,
Não te expõe ao perigo;
Nem sozinha, nem comigo
O que escondo de você,
Te salva ou enlouquece
E de forma alguma se esquece.
Se queria você pra mim,
Haveria de ser assim;
Deixar-me cair
nas armadilhas que o destino tece
Não me aborrece...
Não me entristece...
Como gostaria,
Que tudo fosse como eu queria
No céu habitaria,
E com os anjos mergulharia;
Em meio as nuvens, brancas,
Como as asas que teria.
E o vento, de lento
Já não seguir-me-ia.
Mas se assim fosse,
E nada pudesse me abalar,
Ainda haveria um vazio,
Do qual não poderia escapar.
De nada ia valer,
Se não pudesse te tocar
E o brilho de seus olhos,
Tão intensos me alcançar;
Sentir o teu perfume, que me põe à suspirar;
Mechas negras,
De seus cabelos, acariciar.
Viver em um mundo, sem o teu amor
Sobreviver, sem teu calor...