Digimon Frontier - As Novas Aventuras II

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    Capítulo 30

    Vendo Com Outros Olhos - Parte II

    Bem como sabem - quem leu o capítulo anterior -, os digiescolhidos Koichi e Kouji tem de lutar contra Raidramon, e aí?

    Koichi e Kouji haviam se transformado, ou melhor, digievoluído com a ajuda dos seus digiespíritos lendários.

    Raidramon queria lutar com eles, queria enfrentá-los. Mas o que os digiescolhidos sabiam sobre ele? Ele era apenas mais um digimon ao qual ganhou a armor da amizade, e assim, tornou-se o tal digimon com um escudo escuro.

    O trio estava rodeado por cavernas, parecia uma imensa arena que acabara de ser montada pelo próprio movimento das cavernas.

    A principal pergunta era: “Por que Raidramon queria lutar?”. Seria somente por ser o protetor da caverna que sabe toda a história dos digiescolhidos lendários e os outros? Muito mais estranho seria ele ser o protetor, já que muitos digimons então querendo desvendar os segredos dessa caverna a milhares de anos, e nunca haviam descoberto alguém que dissesse encontrar um digimon antes de dar de cara com a caverna, mas também ninguém soubera muito sobre quem havia chegado ao tal local lendário.

    – Vamos! – gritou o digimon armor, esperando ser atacado primeiro. – Quero saber do que vocês são capazes.

    Lobomon e Loweemon não deram sequer um movimento. Eles não queriam atacar, não agora, não nesse momento. O que os dois planejavam? Eles não tinham planos, mas tinham de pensar em algo, e o mais rápido possível.

    Telepaticamente, os dois conseguiram se comunicar, mas como? Isso era por causa dos ‘ancidents guerreiros lendários’. Eles haviam aprendido a se comunicar telepaticamente para as lutas que tiveram contra os digimons que estavam do lado obscuro de Lucemon, e do próprio anjo caído.

    “Qual é o seu plano?”, perguntou Loweemon usando a telepatia.

    “Deixemos ele atacar primeiro, e assim, veremos o que faremos.”, respondeu Lobomon.

    “Eu ainda acredito que posso ser o escudo.”

    “No que você está pensando, mano?”, perguntou Lobomon.

    “Pensando? Na verdade eu estou solucionando. Meu escudo é mais forte que o seu, e se eu puder nos proteger, você só precisará se preocupar em atacá-lo.”

    “Agora sim eu entendi aonde você quer chegar.”

    “Então? Ataquemos primeiro? Pois, pelo jeito, isso é o que ele quer. Se não iniciarmos, não sairemos daqui tão cedo, e temos que encontrar essa caverna o mais rápido possível.”

    “Você pode me dar cobertura?”

    “Totalmente, mano.”

    Dois de um lado e um do lado oposto. Os pensamentos dos dois guerreiros lendários  estavam interligados. Eles podiam usar isso para ganhar aquela luta

    Repentinamente os dois guerreiros começaram a correr em direção ao adversário. Loweemon estava na frente, e atrás dele encontrava-se Lobomon preparando seus sabres de luz.

    – Barreira Sombria! – disse Loweemon usando seu escudo escuro com dourado.

    “Eles vão fazer o que eu imaginei que fariam, mas será que eles olharam com os outros olhos?”

    Raidramon não se moveu. Estava parado, ele esperava os seguintes moviventos dos seus adversários.

    Ao estar muito mais próximo do digimon de armadura, Lobomon saltou sobre Loweemon, e apontou seu sabre para o alto, e depois para o inimigo.

    – Sabre de Luz! – gritou antes de atingir o digimon.

    Velozmente Raidramon mordeu os sabres de Lobomon, que diminuiu a luz de suas armas e deu um salto mortal, voltando para trás de seu escudeiro, Loweemon.

    – Acho que agora sou eu... – disse Raidramon se preparando para atacar. Estava se concentrando, na verdade a concentração era para seu ataque, ao qual precisara concentrar suas energias e forças para seu chifre. Ele saltou e lançou seu ataque. – Lâmina Relâmpago!!!

    Do chifre de Raidramon surgiu um raio demasiadamente poderoso, ao qual estava indo na direção dos dois digiescolhidos, seriam eles capazes de se defender de tal poderosa força de ataque?

    – Fique atrás de mim! – exclamou Loweemon.

    – Você vai aguentar?

    Screash-Boom!!! Foi o som emitido assim que o relâmpago bateu no escudo de Loweemon.

    Fumaça, poeira, neblina. Tudo para que a visão não fosse bem sucedida fora o que o digimon com armadura havia conseguido. Agora ele esperava imóvel, esperava o próximo passo dos seus adversários.

    O que ele estava planejando? Será que ele não sabia ver com os próprios olhos que os digiescolhidos lendários só queriam respostas para salvar o Digimundo? Seria ele tão malvado assim ou sua força de vontade para proteger essa caverna era tão imensa?

    A neblina de poeira se fora com o sopro do vento. Loweemon se encontrava caído no chão, seu escudo em uma das mãos, mas não conseguia se mover. Lobomon o viu parado, sem nenhum movimento.

    – Mano!!! – gritou correndo em direção ao irmão jogado no chão. Assim que se aproximou pode sentir a respiração fraca dele. – Você está bem?

     – E-eu... es... tou... – disse com poucas forças que tinha. Estava voltando a sua forma humana.

    – Você ficará bem, prometo.

    Lobomon estava relembrando do momento em que na primeira vez que vira o irmão, ele havia ido para o Digimundo em forma de espírito, mas agora era diferente, mas por que as lembranças das cenas passadas vinham a sua mente?

    – Veja o que aconteceu. – disse Raidramon sem demonstrar um sentimento sequer. – Espero que ele melhore.

    – Você espera que ele melhore? – perguntou Lobomon segurando o irmão nos seus braços. – Foi você quem fizera isso.

    – Não foi ele. – disse Koichi com os olhos entreabertos. – Fomos nós.

    – O que você está falando, mano? Você só pode estar delirando.

    – Ele não está delirando, ele está vendo. – respondeu o digimon se aproximando dos dois.

    Lobomon pôs o irmão no solo. Assim Koichi pôs-se a falar o que ele estava vendo. Era como se ele estivesse com novos olhos, ou talvez, um novo olhar.

    – Será que você não percebeu, mano? – perguntou Koichi. – É ele quem estamos procurando. Ele é a caverna.

    Então Raidramon era a caverna, mas ele era um digimon, como poderia ele ser uma caverna?

    Agora que os dois haviam descoberto e contido o que estavam atrás, faltava, no momento, descobrir o que precisavam saber sobre a história dos digiescolhidos.


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