Vendo Com Outros Olhos - Parte I

Kouji e Koichi caminhavam sem parar por aquele local cheio de cavernas. O que eles poderiam encontrar por lá? Bem, eles poderiam encontrar as respostas para sua história lendária. Entender o que acontecerá com eles e os novos digiescolhidos.

Já faziam horas pela quais estavam andando. Mas, mesmo assim, eles continuaram a caminhar, sem ceder um momento sequer. O digivice de Kouji ainda mostrava onde é que eles encontraria a caverna escondida.

– Acho que estamos mais próximos agora.

– Como você sabe disso?

– Meu digivice está com um brilho diferente e, creio eu, que esse brilho é por que estamos bem próximos da caverna certa.

– Então vamos continuar.

A caminhada, ao qual eles estavam fazendo há mais de três horas, estava bem próxima de acabar. A caverna se aproximava deles e eles da caverna. Não era eles quem estavam atrás da caverna, e sim, a caverna atrás deles.

O sinal luminoso apagou. O que seria aquilo e por que? Será que eles encontraram o que procuravam ou foram encontrados?

Um brilho diferente surgiu no céu azul. O que seria aquilo?

– O que vocês querem aqui? – perguntou o digimon que caia do céu.

Os dois irmãos olharam para cima, viram o que estava caindo sobre eles. Os dois escaparam se jogando para o lado, enquanto o digimon caiu brutalmente no local onde os dois se encontravam segundos atrás.

– O que vocês querem e fazem por aqui? – disse o digimon quadrúpede e azulado, porém sua armadura era negra, pois ele era um digiarmor.

– Estamos atrás de uma coisa. – respondeu Kouji.

– E o que seria essa coisa? Estão atrás da caverna, não é? Atrás de encontrar a verdadeira história?

– É isso mesmo. – respondeu Koichi.

– Pra quê? O que vocês ganharão com isso? Vocês são pessoas que querem a maldade no Digimundo? São vocês os digiescolhidos ao qual querem construir um Novo Digimundo novamente.

– Talvez sejamos, mas o que lhe dá a permissão de fazer as perguntas por aqui? – perguntou Kouji.

– Kouji... – cochichou o irmão.

Kouji virou o rosto para o irmão e disse que sabia o que estava fazendo.

– O que nos prova que você não seja um dos digimons que estão atrás da obscuridade do Digimundo? Será que só você pode fazer as perguntas ou nós também podemos?

– Hum... vejo que estou frente a frente com duas crianças digiescolhidas lendárias, não? – riu. – Acredito que são vocês os verdadeiros donos dos problemas por aqui.

– Como assim? – perguntou Koichi.

– Como assim? Será que vocês não percebem que a vinda de vocês para cá só trouxe morte? Vocês batalharam e enfrentaram o mal, mas ao mesmo tempo sacrificaram digimons para isso. Será que esses digimons deveriam ser sacrificados para que humanos como vocês tivessem de lutar contra outros humanos, que vieram por que vocês vieram.

– O que você diz só são palavras falsas. Foi Ophanimon que nos pediu ajuda e fizemos de tudo para salvar o Digimundo, e o fizemos. Mas fomos trazidos de novamente para cá por Bokomon. Ele disse que somente nós podemos resolver isso. E se realmente for verdade, não será agora, depois de tantos sacrifícios de nossos amigos para que ganhemos essa guerra, que alguém como você nos fará desistir.

– Falou bonito, mas será que luta também do mesmo jeito que fala.

– Não iremos lutar. – respondeu Koichi. – Não viemos aqui para isso.

– Então me digam. Para o que é que vocês vieram?

– Viemos em busca de uma coisa, e só ela é o que queremos. – respondeu novamente Koichi.

– Mas vocês acreditam que encontrarão a caverna sozinhos? Será que vocês não percebem ou o quê? Não será por causa de seu digivice ter a luz que você encontrará o local certo. Não pensei que isso que vocês tem é o verdadeiro caminho a pegar, pois, se fosse assim, muitos digimons saberia sobre tudo do Digimundo.

Aquele misterioso digimon e suas palavras. Mas o que na verdade ele queria tirar das duas crianças humanas digiescolhidas lendárias? Por que tantas coisas que pareciam serem meias sem sentidos? Como é que ele sabia de todos os sacrifícios, de tudo que havia ocorrido, de exatamente tudo.

– Sinto por estarem no meu território, sinto por ter de fazer meu trabalho de enfrentar aqueles que querem encontrar algo que não se deve ser encontrados por eles, não nesse momento.

– Então você deve ser o escudeiro, não é? – disse Kouji concluindo. – Você está aqui para lutar.

– Faz todo o sentido o que você disse irmão. – falou Koichi sorrindo. – Claro que deveria haver algum digimon para proteger a caverna de algum ser que estivesse por perto.

– Então vamos começar. – disse o digimon armor. – Mas antes, deixe-me apresentar, sou Raidramon.

– Prazer, Kouji! – disse pegando o digivice.

– E eu, Koichi!

– Então digievoluam! – disse Raidramon. – Não quero ganhar tão facilmente.

Os dois digiescolhidos lendários, pegaram seus digivices, ergueram e disseram juntos:

– Digiespírito... Evolução!!!

Seus corpos brilhavam, as formas de digiespírito e humano estavam se conectando, e um digimon surgindo.

– Lobomon!

– Loweemon!

Uma nova luta iria começar? Uma nova luta iria começar.