Yo/
O capítulo de hoje está definitivamente (IN)TENSO! Sim, assim como diz o título o capítulo terá altas (ou não) revelações *O*...
Finalmente as provas acabaram e vou ver se atualizo também minhas outras fanfics nesse FDS T.T
Bom, como sempre, peço que se atentem aos detalhes, pois se perceberem, todos os capítulos da fanfic dependem uns dos outros para a compreensão...
A música que escolhi como tema é Buried Beneath - RED (deixarei como sempre postada nas notas)
Link: http://www.youtube.com/watch?v=jp5CpJM9dSs#t=169
Nota:
Konnichiwa - Boa tarde
Boa leitura
Por outro lado, a menina sequer parecia sentir algo quando estava na presença do rapaz, que não a timidez natural de sua personalidade. Na realidade, desde quando chegara ao vilarejo, a jovem sentia-se, mesmo que lentamente, cada vez mais cansada, como se apenas manter-se de olhos abertos por uma tarde toda fosse uma árdua tarefa.
(...)
O rapaz atordoado, assim que adentrou a cozinha colocou a bandeja de forma desajeitada sobre a pia e virou-se para a mesa atrás de si, apoiando os punhos à beira da mesma e manteve-se cabisbaixo.
De certa forma, a situação na qual esteve anteriormente o havia pegado desprevenido e a única solução que havia cogitado no calor do momento fora a fuga... Mas por quê?
Porque raios tivera aquela reação após a troca de olhares?
Porque simplesmente fugira?
Porque sentira o rosto queimar quando se notou a fitar aqueles enormes olhos verdes dela?
Porque sentia as batidas do coração descompassadas?
Afinal, porque aquelas palavras que ela dissera-lhe naquele momento lhe doeram tanto?
“— Garoto, não me entenda mal! Nós nos conhecemos há pouco tempo, portanto, sei que é natural que você ainda não goste de mim”...
Ela estava certa! Ela detinha toda a razão, pois mal se conheciam, então porque diabos deveriam um gostar do outro? Não deveriam as coisas funcionar dessa maneira... E segundo a lógica, não havia lógica alguma naqueles sentimentos que se abrigavam dentro do rapaz, em seu coração talvez? Não. Definitivamente não! Embora ali assim o clamasse, simplesmente ele não iria dar ouvido.
Portanto, para re-estabelecer a sua personalidade original, ou ao menos assim o era desde que perdera a memória, ele estava decidido a suprimir ao máximo todos aqueles sentimentos estranhos que em seu interior aos poucos se fortaleciam e nada melhor que a sua indiferença para lhe auxiliar daquele momento em diante.
De repente, a porta de madeira escura da cozinha foi aberta delicadamente e o rangido que fizera, assustara o rapaz que até a poucos segundos antes se mantinha pensativo, apoiado à mesa:
— S-Sasuke-kun? — indagou suavemente, a jovem de cabelos róseos revelando-se à soleira da porta.
— Sakura... — em uma incrível velocidade ele afastou-se da mesa, pondo-se à frente dela. — O-O que você está fazendo aqui? Deveria descansar! — indagou e advertiu posteriormente, impassível.
— Está tudo bem! Estou me sentindo melhor, aliás, você deve estar com fome, então... Eu vim preparar algo para almoçarmos! — completou adentrando o cômodo.
— Hum... Obrigado! — indiferente, ele passou por ela sem sequer fitá-la e deixou a cozinha, pondo-se a seguir pelo corredor.
— O que será que aconteceu? Ele está estranho... — ela pensou confusa e foi até a mesa, apanhar alguns dos alimentos que remanesciam do dia anterior para preparar algo.
Pelo corredor, o rapaz inexpressivo logo se aproximou da recepção e ao passar pela velha senhora sentada detrás do balcão, ainda entretida com o seu crochê, ele parou ao lado dela:
— Diga-me... Quem fez isso? — inquiriu friamente sem fitá-la.
— Isso o que, jovem rapaz? — ela respondeu com outra pergunta, sem desviar os olhos do que fazia.
— Não se faça de desentendida! — exigiu apático. — Eram hospedes, não? Foram “eles”, certo? — indagou enfadado.
— Sim e sim! Pronto, pergunta respondida, agora se me der licença, estou ocupada fazendo... — foi interrompida.
— Esse lugar deteriorou em muito pouco tempo! Você disse que não havia hospedes há mais de dois anos... Então “essas” são aquelas pessoas? — questionou sugestivo.
— Oh, agora que você disse isso eu me lembrei... Sabia que o seu rosto não me era estranho! Você está mais alto e não está mais ao lado do homem mascarado como daquela vez! — comentou impassível.
— Vejo que possui boa memória... Conte-me então o que houve com esse lugar? — pediu indiferente.
— Jovem... Existem coisas que eu sei e existem coisas que eu posso contar! — confessou com ironia.
— Pois bem, conte-me o que você pode de forma que eu possa deduzir o que você sabe! — sugeriu seriamente.
— Que rapaz ardiloso... Porém, contar-lhe-ei apenas o que posso e nada mais! — impôs áspera.
— Bom, já é alguma coisa... — murmurou contentado com a decisão da velha senhora. — Então vamos, o que você pode me contar? — perguntou enfadado.
— Bem, vejamos... Creio que tenha sido uma péssima ideia deixar aquela menina sozinha! — contou com pesado sarcasmo no olhar.
— O que você quer dizer com isso? — indagou apreensivo e engoliu a seco.
— Veja por si só rapaz, olhe a sua volta! — a velha soltou o crochê e abriu os braços apontando para todos os lados do ambiente, pondo-se a rir pavorosamente.
— A minha volta? — ele olhou ao redor e assim que seus olhos negros direcionaram-se para o corredor, ele observou que todas as portas dos quartos daquela pousada fechadas até alguns minutos atrás, encontravam-se abertas naquele instante, exceto o quarto em que ele e a garota estavam hospedados. — Você? O que você... ? — inquiriu assustado, olhando para a velha e rapidamente seguiu até a porta do quarto mais próximo de si, notando que o mesmo estava vazio.
— Eu? Eu não fiz nada, rapaz! Ontem à noite você me viu aqui, não? — questionou com ironia. — Desde então estive ocupada com o meu crochê e não sai daqui, ainda... — confessou voltando a olhar para o que fazia.
— Mas o que... — o garoto sentiu algo gelado pingar sobre sua testa e passou o dedo indicador para limpar, pondo-se a observar posteriormente o líquido vermelho escuro pegajoso grudado em seu dedo e lentamente direcionou os seus olhos para o teto, arregalando-os instantaneamente.
— Ah, é mesmo... Há outra coisa que posso lhe contar! — a velha lembrou-se, pondo-se a olhar para a cara de espanto do jovem que passou a encará-la diretamente em seus olhos. — Vocês não deveriam passar mais nenhuma noite aqui, afinal... “Eles” adoram pessoas como ela! — sussurrou a última frase e esboçou um falso sorriso.
— Sakura? — ele ouviu um grande estrondo vindo da direção da cozinha. — Droga... — deu meia volta e pôs-se a correr em direção ao cômodo em que se encontrava a menina.
Aquela situação estranha na qual o jovem se encontrava, com certeza era um aviso para que ele e a garota de cabelos róseos deixassem o quanto antes aquele vilarejo deteriorado, que um dia fora um lugar vivaz.
(...)
Embora estivesse no fim, aquela manhã de inverno mostrava-se extremamente longa para o homem de cabelos castanhos alaranjados, sentado sobre o leito pouco confortável daquele enorme quarto de hospital:
— Disseram-me que lhe darão alta ainda hoje! — contou o homem ruivo, recostado à janela.
— Sim... Não aguento mais esse cheiro nojento de remédios e gente doente! — confessou irritado. — Aquele moleque desgraçado, quando eu puser as minhas mãos encima dele... — começou enraivecido, mas logo olhou para a sua mão que faltava um dedo, respirou fundo e se acalmou. — Bom, como estão indo suas pesquisas, Nagato? — questionou áspero. — Algum progresso? — sugeriu impaciente.
— Ah, sim! Eu encontrei um livro interessantíssimo na velha biblioteca da cidade... — argumentou inexpressivo. — Já estou fazendo alguns experimentos e se tudo correr bem, eu acredito que em breve, chegar até a “eles” será possível! — anunciou com determinação no olhar.
— Hum... Acho bom que dê mesmo certo, pois estou pagando muito caro por isso! — proferiu exasperado.
— Fique tranquilo! Será um bom investimento, aliás, eu tenho tudo sob o meu controle... — salientou confiante e desencostou-se da janela, caminhando até perto do leito. — Já vou indo, Yahiko-san! Qualquer coisa, não hesite em entrar em contato comigo! — avisou dando de costas e seguindo rumo à porta.
— Você vai trazer a florzinha de volta para mim, né? — o homem indagou com o olhar abatido.
— Sim! Com certeza eu a trarei de volta para você! — levou a mão à maçaneta e deixou aquela sala.
— Eu te amo tanto florzinha, porque você fez isso comigo? — murmurou inconformado e suspirou pesadamente. — Aquele pirralho não irá roubá-la de mim! — decidiu com convicção.
O homem de cabelos vermelhos que seguia pelo enorme corredor do hospital, logo deixou o local, adentrou o seu veículo e seguiu para a casa em que estava morando naquela cidade.
Assim que chegou, caminhou diretamente para o seu quarto, foi até a escrivaninha e apanhou o velho livro cor de chumbo, colocando-o dentro de uma bolsa que estava sobre uma pilha de papeis ao lado.
Munido daquele antigo livro de poesias, o homem retirou um pequeno pedaço de papel que continha um endereço, de dentro do bolso de seu casaco.
— Tazuna-san, é?! — murmurou visualizando o nome do dono daquele endereço que havia conseguido na antiga biblioteca e esboçou um leve sorriso. — É... Posso sentir que irei descobrir coisas interessantes! — comentou orgulhoso de si próprio.
Agilmente ele deixou a casa e adentrou o automóvel outra vez, pondo-se a dirigir na direção do endereço daquela pessoa que possivelmente detinha as informações que ele necessitava para dar continuidade aos seus planos.
Quase vinte minutos depois, o homem chegou ao seu destino. Era uma pequena e velha casa em um bairro aos arredores da cidade. Havia um menino de aparência humilde com uma pá em mãos, retirando um pouco da neve que cobria a passarela que atravessava o quintal da residência:
— Konnichiwa! — o homem ruivo saudou o garoto, saindo de dentro de seu carro e aproximou-se do mais novo.
— Quem é você? — questionou franzindo o cenho, ríspido.
— Bom... — olhou para o papel e conferiu o nome. — Estou procurando um homem chamado Tazuna! — informou calmamente. — Ele se encontra? — indagou curioso.
— Não tem ninguém aqui com esse nome! Vá embora! — exigiu prosseguindo a escavar a neve.
— Hum... Você ao menos conhece essa pessoa? Porque me deram esse endereço e eu preciso mesmo falar com esse homem... É um assunto importantíssimo! — ressaltou apreensivo.
— Importante? — questionou surpreso e antes que falasse algo, um velho senhor surgiu à porta da casa.
— Inari, com quem você está conversando? — perguntou exasperado, aproximando-se dos outros dois.
— Vovô, eu já falei para o senhor não vir aqui fora! Ainda não melhorou do resfriado... — advertiu irritado e jogou a pá em um canto qualquer, seguindo até o mais velho.
— O senhor seria o Tazuna? — o ruivo aproveitou a oportunidade que tivera e perguntou diretamente ao velho.
— Eu já disse que não mora ninguém aqui com esse nome! — repetiu o rapaz furioso e passou a empurrar o avô para dentro da casa. — Vamos vovô, esse homem já está de saída! — olhou pelo canto dos olhos e notou que o homem de cabelos vermelhos passou a caminhar na direção dos dois.
— O senhor deve ser o Tazuna-san, certo? Por favor, eu preciso muito falar com o senhor... É algo que só o senhor pode me dizer! — insistiu tentando persuadir o mais velho, mas logo o rapaz adentrou a casa junto de seu avô. — É sobre “aqueles” que vivem do outro lado da floresta... — jogou sua última carta antes que lhe batessem a porta na cara.
— “Eles”? — o senhor passou a encará-lo, espantado.
— Sim! O senhor sendo o mais antigo morador dessa cidade, deve saber sobre “eles”, certo? Até porque eu soube que o senhor pode vê-los... — foi interrompido.
— Você não vai querer saber sobre eles meu caro... Eu não mexo mais com essas coisas! — contou apático e seu neto levou a mão à maçaneta para fechar a porta.
— Espere... — segurou a porta, impedindo-a de ser fechada. — Por favor, eu preciso muito saber... Eu imploro, aliás, eu posso pagá-lo muito bem por isso! — advertiu desesperado.
— Você já ouviu o velho dizer que não, então cai fora! — alertou o jovem enervado.
— Espere Inari! — o senhor se manifestou. — Se você está implorando dessa forma, deve ter um bom motivo para isso... Por mais que eu não queira falar sobre isso, não posso negar ajuda a quem precisa! — argumentou dando passagem para o ruivo adentrar a casa. — Entre... — gesticulou enfadado.
— Muito obrigado, Tazuna-san... Desculpe pela intromissão! — ele entrou e caminhou até a pequena sala.
— Inari, vá terminar o que estava fazendo lá fora! — o senhor pediu ao neto.
— Tudo bem, vovô! Qualquer coisa é só me gritar... — anunciou lançando um olhar desconfiado para o ruivo e saiu da casa.
— O senhor tem um bom neto! — sorriu simpaticamente.
— Ah, sim... Inari é um bom menino! — concordou sentando-se sobre uma velha poltrona bege e apontou o dedo para o sofá. — Sente-se aí! — pediu e tossiu duas vezes seguida.
— Obrigado! — sentou-se no lugar que o mais velho indicara.
— Qual o seu nome? — inquiriu em um tom de voz pacífico.
— Nagato... Uzumaki Nagato! — revelou prontamente.
— Pois bem, Nagato-kun... O que exatamente você deseja saber sobre “eles”? — interrogou seriamente.
— Bom... — o homem retirou delicadamente o livro de poesias de dentro da bolsa que mantinha colada ao corpo. — O senhor por acaso conhece o autor deste livro? — entregou o objeto nas mãos do mais velho.
— Hum... Deixe-me ver! — pegou o livro e apanhou os óculos sobre a pequena mesa ao lado, ajustando-os aos olhos. — Essa caligrafia... Estes são aqueles poemas dela? — arregalou os olhos e folheou algumas páginas. — Sim, conheço o autor deste livro... — confessou apático e devolveu o objeto ao ruivo.
— Pois então, quem é? — questionou atento.
— Antes você mencionou algo sobre eu ser o mais antigo morador dessa cidade, não? — lembrou calmamente.
— Sim, segundo o que eu soube o senhor foi praticamente o primeiro morador dessa cidade... — foi interrompido.
— Errado, meu jovem! De fato eu fui um dos primeiros, mas o primeiro morador não se estabeleceu na cidade propriamente... Na realidade, ele estabeleceu-se junto de sua família em uma casa isolada no campo, bem afastada daqui! — contou inexpressivo.
— Hum... Mas conte-me, quem escreveu este livro? — insistiu naquela pergunta, entusiasmado.
— Há quase sessenta anos atrás, quando eu ainda era garoto, minha família mudou-se para cá! Naquele tempo, aquela família poderosa já havia se estabelecido no campo... — o velho começou a contar a história, ignorando a pergunta do homem.
— É mesmo, é? — riu um pouco sem graça, vendo-se obrigado a ouvir toda aquela história pré-histórica do senhor. — Velhos e suas manias de contar extensas histórias sobre suas vidas... — suspirou profundamente abatido.
— Eram muito ricos... Porém, eu soube que devido aos perigos da cidade grande, eles decidiram por se mudarem para aquela casa modesta em meio ao campo, para criarem sua filha única... — comentou empolgado.
— Hum... E o que tem a ver tudo isso com o autor deste livro? — questionou impaciente.
— A filha única desta família possuía uma habilidade estranha... Alguns rumores diziam que ela podia ver coisas que não existiam e que vivia falando sozinha! E naquele tempo, todos morriam de medo de se aproximarem da casa onde ela vivia e então, os pais resolveram mandá-la para um internato fora da cidade, por algum tempo até que as pessoas se esquecessem daquela história... — foi interrompido pelo homem.
— Tazuna-san, o senhor poderia, por favor, me dizer de uma vez por todas, sem rodeios, quem foi que escreveu este maldito livro? — indagou irritado.
— Foi ela! Antes de partir para o internato, a filha única daquela família deixou este livro na biblioteca... Eu me lembro como se fosse ontem, era um dia chuvoso e eu estava lá quando ela adentrou a biblioteca e escondeu o livro entre os outros em uma das prateleiras... — terminou, fitando o nada.
— E qual era o nome dela? — perguntou animado com o rumo da conversa.
— Seu nome, hein? Ela era de uma família muito rica e eu, um pobre rapaz filho de artesãos! Eu nunca soube o seu nome, mas... O sobrenome de sua família era muito bem conhecido por todo o Japão naquela época... — argumentou pensativo. — Ela foi a mais bela jovem que conheci em toda a vida... A jovem Haruno! Esse era o sobrenome de sua família, a poderosa família Haruno! — finalmente ele revelou.
— H-HARUNO? — arregalou os olhos, transtornado com aquela revelação.
— Sim! Lembro-me perfeitamente de seu sobrenome, aliás, ouvi alguns rumores de que ela faleceu no outono deste ano! — acrescentou um pouco abatido.
— Céus... A mãe do Yahiko-san! — pensou perplexo. — Sim, ela realmente faleceu... — contou recuperando-se daquele golpe. — Mas conte-me, o que você sabe sobre “eles”? — questionou mudando o rumo daquela conversa.
— Tudo o que sei foi o que li neste mesmo livro que você tem em mãos! — respondeu diretamente.
— Como assim? — indagou confuso.
— Na época que a jovem Haruno deixou este livro na biblioteca, eu esperei até que ela fosse embora e por curiosidade, peguei este livro de poesia e pus-me a lê-lo... Os primeiros poemas foram tão interessantes que acabei levando o livro para casa, para terminar a leitura! — confessou apreensivo. — Certo dia, eu percebi que havia mensagens subliminares nestes poemas... A curiosidade falou mais alto e eu decidi investigar, e juro por Deus! Eu acabei descobrindo coisas que eu definitivamente não queria descobrir, eu vi coisas que eu não queria ver... Se é que você me entende! — desabafou aflito.
— E o que você descobriu... O que você viu e como conseguiu ver? — interrogou interessado.
— Bom, eu não posso revelar muito para você meu jovem, mas a verdade é que... — o velho senhor começou a perder o fôlego e a se debater sobre a poltrona repentinamente.
— T-Tazuna-san? — foi até o senhor para lhe ajudar e o mais velho puxou sua cabeça para perto de si.
— S-Se realmente q-quiseres seguir a-adiante com isso l-leia e d-decifre o p-poema décimo q-quinto, lá está a p-pista que te l-levará a v-verdade s-sobre “eles” em sua mais p-pura forma... — gaguejou o sussurro e empurrou o ruivo, continuando a se contorcer.
— Vovô... — o rapaz adentrou a casa e correu até o mais velho. — O que você fez? — questionou furioso ao homem, pondo-se a ajudar o idoso.
— Eu não fiz nada... Eu... — foi interrompido.
— Vá embora! — ordenou, empurrando o homem para fora da casa.
— S-Sinto muito... Aqui está o dinheiro! — retirou rapidamente a carteira do bolso de seu casaco e antes que conseguisse apanhar a quantia generosa o garoto bateu-lhe a porta na cara.
— Não precisamos do seu dinheiro! Suma daqui! — rugiu por detrás da porta fechada.
— T-Tudo bem, obrigado pelas informações! — agradeceu e pôs-se a caminhar na direção de seu carro estacionado por ali perto. — Poema décimo quinto, é? — esboçou um grande sorriso e logo chegou ao veículo, adentrando-o rapidamente.
Colocou a bolsa que continha o livro de poesias sobre o banco do passageiro e deu a partida no carro, pondo-se a dirigir em direção ao hospital, pois, naquele instante a pessoa que mais poderia lhe ajudar era justamente aquele que financiava suas pesquisas naquela cidade. Além disso, estava extremamente ansioso para ler o poema que o velho senhor lhe indicara e enfim, descobrir qual era a pista que o guiaria a partir dali e definitivamente, ele sentia que estava a um passo da verdade.