O homem e a morte.

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    Capítulo 2

    O homem, a mulher e a morte.

    Mutilação, Violência

    Lá estava o homem que disserá que destruiria aquele mundo desprezivel, jogado no chão, naquele vasto deserto onde seria apenas mais um que eu acabaria levanto. Lá estava eu, esperando para levar a alma dele, admito que nunca havia ansiado tanto para que não precisasse ter de carregar uma alma, aquele homem tinha um sonho estranho, mas era exatamente isso que fazia com que eu me intrigasse com ele. Já havia visto pessoas querendo dominar o mundo, pessoas querendo purifica-lo, mas nunca havia visto alguem que quisesse destrui-lo. Talvez aquilo fosse um sonho egoista de um homem que não possuia nada e queria destruir tudo que as outras pessoas possuiam, ou talvez ele partilhasse de um desejo mútuo de que aquele mundo acabasse mas enquanto as pessoas continuavam a viver miseravelmente por falta de coragem de realizar aquele desejo, ele o realizava.

    Enquanto eu esperava aquele inevitavel fim, o homem sorria, ele lutava para sobreviver mas no final nos dois sabiamos qual seria o final, mas ele ainda sorria pois sabia que mesmo que morresse aquele ainda seria um de seus desejos a se realizar. Enquanto o tempo passava aos pouco eu sentia sua vida se acabando, logo chegaria a hora de eu fazer meu trabalho, mas então surgiu daquele vasto deserto uma mulher, alta de cabelos esverdiados e olhos tão inocentes que me lembrava como até em um mundo tão cruel como aquele, podia ainda assim, existir bondade.

    Ao ver todos aqueles corpos a mulher correu em direção a eles, verificando um a um para ver se havia sobreviventes. O homem ali paralizado, a olhou com seus olhos quase fechados e com um leve sorriso e uma voz fraca murmurou: "então você finalmente veio me buscar..." e então desmaiou. Eu observavá aquela cena,  o homem que só via desprezo naquele mundo, a mulher que via bondade em tudo, me perguntavá o porque de ela, uma mulher tão bela e pura ser comparada a mim. A mulher então chegou até ele, imadiatamente ela o reconheceu, aquela espada e roupa era exatamente como a contada de vilarejo em vilarejo, o homem que era proclamado como a propria morte. Mesmo sabendo das coisas que aquele homem havia feito e estar em volta de mais um desses fatos ela rapidamente o envolveu em bandagens assim parando seu sangramento e implorava para que ele não morresse. Não entendia a ação dela, porque salvar um homem que carregava a destruição por onde passava, ingenuidade talvez? Ou talvez fosse instinto de querer salvar as pessoas pois acreditava haver bondade em todos... Isso nunca saberei, não possuo privilégios de tais emoções, mas a unica coisa que sabia era de que aquele homem não me encontraria, não naquela ocasião em questão.

    Enquanto os dois ficavam lá imoveis, a mulher de olhos tão puros e o homem possuidor de um olhar tão depreciador. Dei as costas para os dois e então vaguei solitario novamente por aquele deserto, eu tinha trabalho a fazer e no fundo sabia que aquela mulher, conseguiria mudar seu coração, e como se fosse um ultimo adeus desejei que não o encontrasse novamente.

    Desde então anos se passaram, não sei exatamente quantos, a muito tempo eu não me importo mais com o tempo mas isso não vem ao caso, a calmaria havia sido reinstalada, já não havia mais tanto trabalho quanto naquele tempo, eu me perguntava onde estaria o homem  que desafiará o céu e a terra. Estava voltando a me acostumar com aquele calma mas então o rei do maior imperio que havia decidio que seria o rei do mundo e então mandou que seu exercito destruisse todos os vilarejos que encontrassem, e lá estava eu novamente, buscando almas aos montes, verdadeiras chacinas voltaram a acontecer, vilarejos eram destruidos em questão de dias para realizar o desejo egoista de um homem. 

    Foi em uma dessas chacinas que reencontrei aquele homem com quem tanto havia me familiarizado, novamente suas roupas estavam cobertas por sangue, havia uma mulher em seus braços, imediatamente a reconheci, era aquela linda mulher com quem havia me deparado da ultima vez que o vi, pela primeira vez aquele homem estavá chorando e gritava, seus gritos de ódio e desespero, eu havia ido até lá para levar aquela mulher, olhei aqueles olhos, continuavam tão puros e amaveis, estiquei a mão á ela, ja não fazia mais parte daquele mundo.  Lá estava eu novamente junto do homem conhecido por carregar a morte, ele segurava firma a mulher que amava em seus braços enquanto suas lagrimas escorriam, ele sabia que eu havia a levado, mas se recusava a aceitar. Eu estava diante do homem que desprezou o mundo e a tudo, ele chorava  e em minhas mãos estava a mulher que viu amor naquele mundo desprezivel e conseguiu mudar até mesmo o homem que carregava meu nome. Foi então que me lembrei, quão cruel pode ser a vida.

    Apos deitar o corpo morto da mulher que lhe deu esperanças ele se levantou, aquele olhar vazio e odioso estava lá novamente, pegou sua espada e correu como um predador, massacrando um por um  dos que estavam em seu caminho, mas ele estava totalmente diferente, seu olhar antes vazio de quem sentia pena de todos que estava matanto tomou lugar para um olhar sanguinário e seus golpes certeiros no coração tomou lugar a diversos cortes e multilações. Aquele não era mais o homem que matava por piedade, ele se tornou alguem que matava por ódio. Naquela dia choveu sangue, e em meio a aquela chuva de sangue o sorriso da morte pairou em seu rosto, um sorriso insano, o homem que destruiria aquele mundo cruel e desprezivel estava de volta e novamente eu tinha uma companhia.


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