|
Tempo estimado de leitura: 48 minutos
16 |
Tinha de arranjar rapidamente um plano para tirar Sasuke daquele lugar antes que fosse tarde demais.
Comecei a preparar alguns tranquilizantes. Essa seria a primeira parte violar a segurança. Que certamente a esta altura estariam em alerta máximo, se bem que durante a noite são poucos cós guardas de vigia. Mesmo assim preparei tranquilizantes suficientes para combater um exército de ninjas.
Segunda parte encontrar um sítio para ficar. Iria precisar para quando tirasse Sasuke de lá. Saí de casa com uma mochila às costas, contendo algum material de primeiros socorros, alguma alimentação, umas roupas e dois cobertores.
Corria pela floresta circundante à vila. Até que encontrei uma parte mais densa da floresta e entrei por ela, que me levou a um espaço aberto com uma cachoeira. A parte detrás da cachoeira era perfeita. Continha um gruta daria para nos esconder por algumas horas. Passei de lado, junto às rochas evitando a cortina de água. Entrei na gruta e comecei a preparar o nosso esconderijo.
Regressei à vila para não levantar suspeitas e esperei que a noite caísse.
Era hora de pôr o plano em acção. Verifiquei a minha bolsa e vi que tinha tudo o que precisava.
Dirigi-me à prisão rapidamente. As ruas de Konoha estavam praticamente desertas. O que me facilitaria a fuga. Quando lá cheguei escondi-me estrategicamente onde pudesse ver o número de guardas que estariam de vigia.
Ataquei os dois que estavam na entrada. Que caíram logo como dois tordos abatidos. Na manha seguinte acordariam bem. Um pouco zonzos mas bem.
Segui pelo primeiro corredor onde tive que abater mais três guardas. Virei no corredor que levava à cela de Sasuke e me deparei com dois guardas junto à sua cela. Facilmente abati o primeiro, partindo logo para cima do segundo e deixando-o a dormir. Destranquei a cela. Sasuke virou novamente o seu rosto na direcção do barulho da porta. Estava outra vez com os olhos vendados.
Sasuke- Quem está ai?
Sakura- Sou eu. – Aproximei-me lentamente.
Sasuke- Sakura? – Surpreendido. – O que fazes aqui? Que horas são? – Ajoelhei-me à sua frente e destapei-lhe o rosto. Ele olhou-me com dificuldade.
Sakura- Vim tirar-te daqui como te havia prometido. – A cela estava ainda mais escura que da primeira vez, não tinha qualquer luz artificial, muito menos natural, uma vez que era noite.
Sasuke- E os guardas?
Sakura- Estão a dormir. – Sorri aproximando ainda mais.
Eu estava praticamente sobre ele. As minhas pernas estavam uma de cada lado das suas coxas, como da primeira vez.
Levantei ligeiramente o seu rosto e levei o meu de encontro ao dele beijando-o de seguida. Era um beijo cheio de urgência, desejo e sensualidade. A sua língua estava agora a brincar com a minha na minha boca. Estava completamente entregue a este beijo.
Encostei o meu corpo no dele e comecei a passear com as minhas mãos nas suas costas subindo para a sua nuca.
Paramos o beijo assim que ouvimos passos de uma pessoa no corredor.
Sasuke- Vai-te embora daqui.
Sakura- Não sem ti. – Pousei as minhas mãos, uma em cada lado do seu rosto encarando-o. – Eu não saio daqui sem ti. – Comecei a tentar solta-lo das algemas.
Sasuke- Desiste.
Sakura- Não, nunca. – Ele suspirou por ver que eu não desistia.
Os passos cada vez se aproximavam mais, agora em passo de corrida. Eu olhei para Sasuke e sorri o que o fez corar um pouco.
Saí de cima dele e encostei-me num canto escuro onde seria impossível verem-me sem que tivessem uma luz, ocultei o meu chacra para não sentirem a minha presença.
Sai- O que raio se passou aqui? – Disse assim que chegou junto dos guardas caídos. Eu gelei ao perceber que era ele. – O QUE SE PASSOU AQUI. – Gritou e entrou na cela de Sasuke. – Quem esteve aqui? – Perguntou-lhe.
Sasuke- Achas mesmo que te vou dizer! – Encarou-o
Sai- Eu posso acabar contigo neste preciso momento. Afinal vais morrer e vais, é só fazer as coisas acontecerem mais rápido. – Sasuke nada disse e continuou a olha-lo de forma desafiadora. – Foi ela não foi?
Sasuke- Não sei do que estás a falar!
Sai- A Sakura. Sabes que ela vai sofrer muito quando morres, mas não te preocupes porque eu consolo-a. – Senti nojo das palavras dele. Como pude namorar com alguém como ele?
Os meus pensamentos foram interrompidos quando vejo Sasuke a dar uma cabeçada no rosto de Sai. Levei a mão à boca admirada pela sua atitude.
Sai levantou-se com a mão sobre o nariz que estava a sangrar, dando logo um murro no rosto de Sasuke. Eu ia intervir mas Sasuke fez-me um sinal para que aguarda-se um pouco. Ele tinha razão tinha de esperar Sai baixar a guarda, o que não demorou a acontecer.
Sai- Quais são as tuas últimas palavras. – Disse pegando uma kunai e aproximando-se de Sasuke. Sasuke apenas olhou para o canto onde eu estava, esboçando um pequeno sorriso e voltou a encarar Sai.
Sasuke- Bons sonhos. – Dito isto eu ataquei Sai cravando o tranquilizante na sua clavícula. Ele não ofereceu resistência e desmaiou logo. Sasuke observava-me a pousar o corpo inanimado no chão. – Não devias ter feito nada disto. – Eu comecei a procurar as chaves das algemas nos bolsos de Sai até que as encontrei. – Sabes que a partir de agora…
Sakura- Sei. Mas não me faz diferença. Nada me prende aqui à vila. – Aproximei-me dele e abri as algemas. – Vamos. – Ajudei-o a levantar e ele gemeu devido às dores do seu corpo provocadas pelos ferimentos.
Passei o braço dele sobre os meus ombros e segurei a sua cintura com o meu braço. Começamos a caminhar para a saída da prisão, o caminho estava completamente livre.
Sasuke- Não podemos ir para tua casa. Nem pedir ajuda de ninguém.
Sakura- Não te preocupes, já temos um sítio para ficar. É temporário mas serve por algumas horas. – Ele tossiu e eu tive de o segurar mais firmemente. – Vamos temos de sair daqui e tratar dos teus ferimentos.
Sasuke- Eu estou bem. Não te preocupes. – Tentou andar sem o meu apoio.
Sakura- Sim, nota-se. – Voltei a segurá-lo.
Caminha-mos o mais escondidos possível, até que finalmente conseguimos abandonar a vila sem ser-mos notado. Senti-me aliviada por tudo estar a correr bem, já não faltava muito para estarmos no esconderijo que havia improvisado para nós.