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As ruas de Konoha agora já estavam bem movimentadas, mas mesmo assim eu corria pelo meio dos habitantes. Queria chegar o mais rápido possível a minha casa.
Quando entrei em casa bati a porta furiosamente. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu soluçava. Já não me importava em chorar, tinha de deitar tudo para fora.
Dirigi-me para o meu quarto, e atirei-me para cima da cama. Na minha mente só passavam imagens de Sasuke. Quando éramos o time 7. O dia em que ele abandonou Konoha e me deixou estendida naquele banco frio. As vezes em que nos encontramos, e ele quase me matou. A mim e ao Naruto.
E agora? Agora ele estava preso naquela cela escura e maltratado.
A minha cabeça estava uma confusão. Eu ainda o amava, isso era certo. E ele o que sentiria por mim? Porque correspondeu aos meus beijos? Será que me amava? Balancei a cabeça tentando esquecer esses pensamentos. O importante agora era arranjar uma forma de o tirar daquele lugar. Custasse o que custasse, eu tinha de o tirar dali.
Acabei por adormecer de tão cansada que estava.
Acordei assustada, com alguém a bater violentamente à porta de minha casa. Quando lá chegasse ia-se haver comigo, qual é a ideia? Deitar a porta a baixo talvez.
Levantei-me ainda a cambalear pelo sono e fui andando até a porta. Quando a abri assustei-me com o que vi. Era Sai. Ele nada disse e entrou logo.
Sakura- Eu não te mandei entrar! – Encarei-o.
Sai- Deixa-te de coisas. Onde é que estives-te hoje de manhã cedo? – Primeira opção seria inventar uma desculpa.
Sakura- Não tens nada a ver com isso. – Ele olhou-me furiosamente.
Sai- Não brinques comigo Sakura. Eu fiz-te uma pergunta simples para a qual quero uma resposta. – Aproximou-se fazendo-me recuar até à porta que já estava fechada. – Vejo que precisas de uma ajudinha. Onde estão os processos que foste buscar hoje de manhã? – Gelei ao ouvir a sua voz. Estava sombria e cheia de raiva. – Ou será que não foste buscar papeis nenhuns e foste vê-lo. Mesmo depois de eu ter proibido todas as visitas.
Sakura- Já te disse, não tens nada a ver com o que eu faço. – Tentei afastar-me mas ele prensou-me contra a porta.
Sai- Tu gostas mesmo de sofrer por ele. – Disse sedutoramente ao mesmo tempo que passava a mão pelo meu pescoço e o acabou por beijar.
Aquele toque fez-me estremecer e arrepiar. Ele percebeu e continuou a descer a mão até à minha cintura. A sua boca logo se colou na minha. Beijando-me com urgência e desejo. A mão dele estava agora dentro da minha camisola, procurando pelos meus seios. Eu estava completamente submissa aos seus toques e carícias. Tinha de ter força para o fazer parar.
Sakura- Sai, pára. – Pedi entre um gemido quando ele apertou um dos meus mamilos.
Sai- Porquê? – Ele foi-me levando até ao sofá onde me deitou e se deitou sobre mim. - Eu sei que tu queres isto tanto quanto eu. – Tornou a beijar-me não me dando tempo de responder.
As suas mãos tentavam a custo tirar a minha camisola. Sentia a sua excitação, o seu membro completamente duro e volumoso prensado contra o meu ventre.
Isso assustou-me um pouco, não era ele quem eu amava. Não era ele quem eu desejava e queria sentir dentro de mim. Na minha cabeça só ecoava um nome. O nome de Sasuke e o beijo que trocamos na prisão.
Sakura- Pára. – Tornei a pedir, mas ele continuou. Foi a gota de água quando senti que ele estava a tentar despir o meu calção e a saia. Concentrei um pouco de chacra nas minhas mãos e empurrei-o ao mesmo tempo que lhe dei uma joelhada entre as pernas. – Nunca mais me tocas. – Saltei para trás do sofá e ajeitei a minha roupa.
Ele continuava ajoelhado no chão um pouco encolhido. Quando me olhou furioso.
Sai- Porque insistes naquele desgraçado. O que ele tem de especial? – A sua voz revelava nojo ao falar de Sasuke. – Achas que ele esperou por ti, como tu esperas-te por ele? - Falou sarcasticamente.
Sakura- Cala-te Sai.
Sai- Quantas mulheres já terão passado pela cama dele?! - A voz dele soava divertida. O que só fazia aumentar o meu sofrimento.
Sakura- Não estou nem aí se o Sasuke já teve outras mulheres. – Encarei-o ferozmente.
Em ponto era verdade. Eu e ele nunca tivemos nada por isso não lhe podia cobrar nada. Alem disso Sasuke sempre havia deixado bem claro que não queria nada comigo. Isso até hoje de manhã em que ele correspondeu ao meu beijo, e quase que posso jurar que ele me desejava como eu a ele.
Mas também é claro a possibilidade de ele ter tido outras deixava-me um pouco triste pois queria que a minha primeira vez fosse com ele e que também fosse a sua primeira vez. Queria que fosse tão especial para ele como seria para mim.
Sakura- É uma opção minha se quero que a minha primeira vez seja com ele. – Sai, riu maliciosamente. Uma risada que me assustou
Sai- Pena que isso não vá acontecer! – Eu o olhei confusa.
Sakura- O que queres dizer com isso?
Sai- Sakura, Sakura. – Aproximou-se de mim. – O Sasuke depois de amanhã será executado. Ele foi condenado à morte. – Tocou-me no rosto.
Sakura- NÃO. – Olhei-o nos olhos à procura de qualquer evidência que me disse que ele estava a mentir. Não a encontrei.
Sai- E uma coisa podes ter a certeza. Eu vou estar na primeira fila para ver aquele desgraçado cair.
Saiu porta fora deixando-me para traz aterrorizada com a ideia de Sasuke ser executado. Isto não podia estar a acontecer. Tinha de ser de um pesadelo do qual eu vou acordar rapidamente.