Saudade

POV: Taiga

Tudo girava na minha cabeça, eu já não aguentava mais ficar em pé, então em menos de segundos desabei...

Ao acordar estou em meu apartamento, eu não lembrava de nada do dia anterior, nem como havia chegado aqui, eu só lembrava do meu sonho, um espelho,e no espelho passavam imagens da Meiko Honma ou (Menma como a chamo) minha melhor amiga e então o espelho racha, aparece uma anja, depois cacos de vidro caindo em um chão e se despedaçando ainda mais.

Me levanto e vou para a cozinha do meu apartamento, lá vejo Menma comendo, ela estava chorando muito, caminho até ela e tento tocá-la, mas ela sai de lá, como se não me visse, aquilo me machucava muito.

Depois com mais calma, visto meu uniforme e vou para escola, no caminho me paro em frente a um parque em que eu costumava ficar com Menma.

– Lembra quando você estava deitada no meu colo nesse parque Menma? - Pergunto como se ela estivesse ao meu lado para responder. - Comíamos picolé e nos divertíamos.

Depois de passar pelo parque desisto de ir para a escola, e fico vagando pela rua, só ao anoitecer decido ir para casa, no caminho vejo Menma, ela corria em minha direção, mas acaba passando por mim, eu não conseguia entender oque estava acontecendo, aquilo estava me machucando, eu só queria poder falar com a Menma.

– Acho que você me odeia Menma - Digo enquanto olho para lua e vejo os raios no céu escuro.

Volto para meu apartamento, ao chegar lá as lembranças me vêm a cabeça, eu pintando as unhas dela, mas do que adianta essas lembranças se estou longe dela? Me deito na cama e durmo, para tentar esquecer tudo.

No outro dia acordo, começo a chorar, me viro na cama, mais lembranças, eu e Menma juntas, sorrindo, eu desenhando ela em um quadro, todas aquelas lembranças me abriam uma ferida enorme no peito.

Eu me levanto e vou em direção a um espelho que havia no meu quarto, ao olhar para ele vejo a imagem de uma antiga Taiga e depois não vejo nada, sem reflexos, se uma nova Taiga. Saio para me distrair, mas em nada ajuda, eu parecia não existir, as lagrimas voltavam, me deparo com a hora, me troco e vou para a escola, chegando lá avisto a Sumire Kanō, vou até ela.

– Sumire tud... - acabo sendo ignorada por ela.

O que eu havia feito? Todos na escola, onde eu vivia, todos, me odiavam, até Menma a pessoa que eu mais amava, minha melhor amiga. Saio correndo da sala e vou para meu apartamento.

Ao chegar nele, pego uma foto aonde estou coma Menma, as lagrimas saem sem eu perceber. Mais lemranças aparecem, eu e ela sedivertindo, eu não queria perder aquilo, não queria perder ela. Olho para o lado e vejo os cabelos brancos de Menma, a porta aberta, me levanto e corro atrás dela, a sigo de longe.

Tudo na minha cabeça fica estranho, mais memórias e lembranças vinham, de quando eramos a crianças e estávamos em uma ponte até a adolescência, depois uma mata, nela o céu era vermelho e as arvores escuras, aquele lugar me dava medo, um medo estranho.

Menma se para em frente a um tumulo, e quando vou ver de que é, me assusto, aquilo não poderia ser verdade, era minha foto no tumulo, era meu tumulo, ela rezava para mim.

Tudo começou a fazer sentido e eu me recordava de tudo, um homem descontroladohavia tentado matar a Menma e eu me parei na frente dela para protege-la.

– Não Taiga- Gritou Menma, sabendo que era tarde demais. - Taiga- chan.

Depois fiquei em coma, mas acabei não resistindo, eu morri, quando enfim descobri tudo, as recordações e memórias passaram rápidas naquele instante em minha cabeça, meu corpo começou a brilhar e eu a chorar. Menma olhou para trás e correu até mim, me abraçando, ela me viu, aquilo era tudo oque importava naquele instante.

– Taiga eu.. - Menma tentou dizer, mas naquele instante algo me puxou para trás e de volta para o espelho. -Não, Taiga...

Mãos me puxavam e me levavam para longe dela, e conseguiram, eu havia a encontrado e logo em seguida a perdido, as mãos me levaram, o lugar onde eu estava era escuro e com borboletas, minhas lembranças apareciam em volta daquele lugar e eu tentava alcançar elas, então paro de correr e logo após isso uma borboleta pousa em minha mão, o espelho se quebra por fim, pego um dos cacos.

– Para que viver aqui se não terei ela? - Pergunto para mim mesma - Esse mundo escuro não precisa de mim.

Levanto o caco na minha direção, mas uma mão me segura, eu conhecia aquela mão, era a mão dela.

– Eu te amo Taiga - disse ela por fim.