Então depois de o que?quase um ano eu voltei.
Bem sinceramente fiquei muito desanimada por postar aqui(motivos que não irei revelar) mas...resolvi voltar, esta fanfic é postada no Nyah!fanfiction e já tem 13 capítulo então...se alguém ainda lê postarei o próximo amanhã
Boa leitura
– Vá pro inferno, garota. – eu disse, tomando mais um gole de absinto.
– Calma, rosadinha. – a garota loira disse, pegando uma bebida sensualmente.
– O que você quer aqui? – perguntei, enchendo meu copo.
– Apenas fiquei curiosa, você não é do tipo que vem aqui. – respondeu, olhando-me.
– Não eu nunca vim aqui. – comentei com uma voz baixa.
– Então está fazendo o quê aqui, rosadinha? – perguntou, interessada.
– Apenas estou tentando esquecer meu passado. – tento segurar uma lágrima.
– O que tem seu passado, rosada?
– Meu noivo me roubou, me deixou nem nada. – disse, chorando livremente.
– É, rosada, a vida não tá boa pra ninguém – ela comentou com um sorriso triste.
– O que aconteceu com você Ino? – perguntei a ela que acabou dando outro sorriso triste e logo mudou de assunto.
–Então qual seu nome, rosadinha?
– Sakura. – respondi rapidamente fazendo ela abri um sorriso.
– Então, Sakura, sua historia é realmente triste, mais você vai mesmo deixar isso lhe abalar?
– Vou, eu nem queria está viva. – disse, tomando mais um gole de absinto.
– Derrotista. – Ino falou, séria.
– Do que você me chamou?
– Der-ro-tis-ta. – soletrou, bem devagar.
– Você não tem o direito de me chamar assim.
– Sim, tenho, pois você é fraca.
– Quem é você para me chamar assim? – eu perguntei, já me levantando com raiva.
– Você tá chorando só porque seu noivo lhe abandonou, sabe qual é a minha história?
– Não sei nem quero saber. – respondi e saí bêbada de lá.
Eu não precisava de ninguém me julgando. Fui para o meio da pista de dança quando começou a tocar uma música da banda Black Veil Brides. God Bless You. Esqueci meus problemas e deixei a música dominar meu corpo. Depois de segundos eu era levada pelo ritmo contagiante da guitarra, mas logo senti alguém bater contra mim. Virei-me e dei de frente com um rapaz extremamente alto; seu cabelo grande e preto, igual aos seus olhos. Poderia comparar com um ônix.
– Sozinha, gatinha? – ele me perguntou com uma voz extremamente sexy.
– Sim. – respondi, dando um meio sorriso.
Dei as costas para ele e comecei a dançar; senti a sua mão forte na minha cintura acompanhando meus movimentos. Em certa parte da dança ele me puxou contra seu corpo e senti seu membro ereto bater em minha bunda. Um arrepio subiu pelo meu corpo, principalmente quando ele colocou sua boca em meu pescoço. Senti um calor estranho no meu ventre; fechei meus olhos e esqueci pela primeira vez de tudo que aconteceu comigo.
Logo quando a música acabou minha consciência voltou, e com ela meu bom senso. Me afastei do rapaz, pedindo desculpas, e saí do bar correndo, sem saber para onde ir. Apenas queria me afastar daquele local. Quando parei de correr, percebi que estava em um local totalmente diferente e sombrio; o medo tomou conta de mim. Comecei a caminhar, mas como estava bêbada, acabei por várias vezes tropeçando.
Escutei o som de risadas: algo me disse para me afastar dali, mas eu não consegui me levantar de modo algum. Comecei a me arrastar, quando escutei o som de vozes mais perto de mim; até sentir alguém me puxando pelo cabelo.
– Calma rosadinha, vamos brincar. – disse um cara de cabelos preto, terrivelmente bêbado.
– Me solta, por favor. – lhe falei, empurrando-o sem sucesso.
– Calma garotinha. – disse outro homem loiro, segurando meus braços.
– Que pernas lindas você tem rosada. – falou um ruivo, segurando minhas pernas.
– Me solta. – comecei a chorar.
– Calma pequena, a gente vai ser rápido. – o moreno abriu o zíper de sua calça.
– Socorro! – gritei, desesperadamente.
– Cala a boca, sua puta! – gritou o moreno, dando um tapa na minha cara.
– Vá pro inferno, seu viado! – respondi, alterada.
– Vá se foder, sua puta. – Ele me deu um murro, fazendo-me cair na inconsciência.
(***)
Abri meus olhos e vi um teto branco; tudo voltou a minha memória. Sentei-me rapidamente na cama, fazendo a minha cabeça girar. Logo percebo que não estava mais em um beco escuro, e sim, em um quarto bastante extravagante. Vi uma loira entrar no quarto com uma bandeja de comida.
– Bom dia, rosadinha. – ela disse, colocando a bandeja na minha frente.
– Rosadinha é sua avó. – resmunguei.
– Nossa, é bravinha demais. – a loira comenta, rindo.
– Quem é você? – perguntei, olhando intrigada para ela.
– Sou a Ino. Você me conheceu ontem. – respondeu, séria.
Eu havia a conhecido ela no dia anterior? Tentei forçar um pouco a memória. Logo, todos os fatos da noite anterior vieram-me rapidamente: Sasori, a bebedeira, a Ino, o moreno sedutor e os caras que tentaram me... Estuprar.
– Onde você me achou, Ino? – eu estava com medo da resposta.
– Se você quer saber se aqueles canalhas te estupraram, a resposta é não. Eu e meu amigo chegamos a tempo de lhe salvar.
– Obrigada, Ino. – agradeci, envergonhada.
– Sakura, ontem você me disse que seu noivo lhe roubou. – ela comentou, indo até a janela.
– Sim.
– Você acha isso doloroso e sem saída? – perguntou, com uma voz sombria.
– Acho. Eu não quero mais viver; não tenho mais nada para lutar.
– Sakura, você não sabe o que é dor.
– Como não sei? – perguntei, dando um sorriso amargo.
– Vou lhe contar uma história. Um belo dia, havia uma garotinha que só tinha a mãe e seu padrasto,por mais que ela não gostasse muito dele. Um dia sua mãe morreu, e a deixou com aquele homem; e ele, sabendo que essa garotinha não tinha ninguém para defendê-la, acabou fazendo tudo que pode, até que um dia a garota não aguentou mais os abusos e fugiu de casa. – Ino tinha uma voz chorosa.
– A garotinha era você? – perguntei, já sabendo a resposta.
– Sabe o que é sentir nojo de si mesma? Isso sim é dor; não reclame da vida.
– Ino, me desculpe.
– Sakura, eu admito: fiquei muito admirada com sua beleza.
– Minha beleza?
– É uma beleza exótica. Você diz que não tem pra onde ir, estou correta?
– Sim. – digo, desconfiada. - Está.
– Então eu posso lhe dar um recomeço. – disse, finalmente se virando para mim.
– Como assim?
– Você pode virar uma acompanhante de luxo. – Ino respondeu, séria.
– Uma prostituta? – disse, levantando-me.
– É, já que você prefere assim... Seria um recomeço.
– Não, nunca.
– Nunca diga nunca, rosada. Darei um dia pra você pensar.
– Eu não quero. – saí de sua casa.
Eu não poderia ser uma prostituta: era fora dos meus conceitos. Mas, olhando bem, eu não tinha quase nenhuma alternativa. Eu não poderia aceitar aquela proposta louca, poderia? Andei um bom tempo, pensando na proposta de Ino. Suspirei. Eu não sofri a metade do que Ino sofreu; isso eu tenho que admitir. Mas eu não poderia me tornar uma prostituta. Nunca!"