Gintama!

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    Capítulos:

    Capítulo 25

    Guarda-costas é um trabalho perigoso

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Como prometi, aqui está o capítulo postado mais cedo.

    “Porque é que temos de adiar a nossa ida ao parque de diversões?” Perguntou Kagura irritada.

    “Já te disse, China. A princesa precisa de um guarda-costas pessoal e eu era o único disponível. E é claro que não podia-mos perder esta missão para o Mimawarigumi.” Respondeu Sougo. Tanto ele como Kagura estavam no pátio do castelo de Edo, acompanhados pela Soyo-hime.

    “Peço desculpa, Kagura-chan. Mas isto foi ideia do meu irmão.”

    “Não te precisas desculpar, Soyo-chan. Mas eu queria tanto andar na montanha-russa e comer algodão-doce!” Lamentou-se a Yato.

    “Bem, acho que sei de alguém que me podia substituir.” Falou o capitão da 1ª divisão do Shinsengumi.

    “Quem?” Perguntou Soyo curiosa.

    “Alguém que faz qualquer coisa que a China Girl mandar.” Respondeu o sádico.

    “Espera, não podes estar a falar dele. Não acho seguro deixar aquele tipo de pessoa proteger a Soyo-chan.” Comentou Kagura com um ar enojado.

    “Não temos muitas opções, parece que vamos mesmo ter de adiar a mossa saída.”

    “Ok, vamos usá-lo.” Falou a jovem Yato atirando o seu guarda-chuva para uma árvore próxima, de onde caiu um certo stalker com esse mesmo guarda-chuva preso na cabeça.

    “Precisas de alguma coisa, Kagura-chan?” Indagou Aki soltando o guarda-chuva da sua cabeça, dando inicio a um pequeno chafariz de sangue no topo da mesma. “Eu estarei pronto para te realizar qualquer favor.”

    “Quem é este, Kagura-chan?” Sussurrou Soyo-hime desconfiada, ao ouvido de Kagura.

    “É aquele stalker de que te falei.” Sussurrou Kagura de volta.

    “Aquele que não passa de um macaco pervertido e inútil?”

    “Esse mesmo.”

    “Vou tentar aguentar por ti e pelo Okita-san.”

    “Valeu, vou tentar não demorar muito.

    “Por alguma razão, sinto que a minha autoestima está a ficar cada vez mais baixa.” Comentou Aki, um pouco deprimido.

    “Ouve bem, macaco.” Falou Sougo aproximando-se do seu rival. “Vais proteger a princesa até nós voltarmos, não causes nenhum problema.”

    “Ouve e obedece a tudo o que a Soyo-chan disser.” Completou a ruiva.

    “Não se preocupem, irei cumprir com o meu dever.” Respondeu Aki animado.

    “Porque será que parece que eles estão a deixar o filho deles comigo, enquanto se vão divertir?” Perguntou-se Soyo-hime com uma gota de suor atrás da cabeça.

    “Bem, adeus, Soyo-chan. Desejo-te boa sorte.” Falou Kagura saindo acompanhada por Sougo.

    “Obrigado e igualmente.” Despediu-se a princesa.

    “Espero que tenham um péssimo encontro e que isso cause a vossa separação!” Falou Aki num tom infantil.

    “Não digas isso, aqueles dois ficam perfeitos juntos.”

    “Perdoe a minha insolência.” Falou o assassino ajoelhando-se perto da princesa de Edo e com uma expressão séria e madura no rosto. “O meu nome é Sarutobi Aki, o melhor assassino de Edo. A pedido da Kagura-chan, até ao fim deste dia, eu irei cumprir todas as suas ordens e desejos, mesmo que isso signifique a minha morte. Enquanto estiver ao seu lado você estará sempre segura, Soyo-hime-sama.”

    “Quando a Kagura-chan não está, a personalidade dele muda um pouco.” Pensou Soyo. “Não precisas ser tão formal comigo, Soyo-chan basta.”

    “Eu não posso chamar alguém de tal importância e estatuto social desse modo.” Respondeu Aki surpreso e um pouco corado, pois a única pessoa por quem ele chamava dessa forma era a sua adorada Kagura.

    “É uma ordem.” Falou Soyo-hime com um sorriso amigável.

    “Muito bem, So-Soyo-chan.” Respondeu o ninja um pouco constrangido.

    “Ele não se parece nada com o tipo de pessoa que a Kagura-chan me falou, ele até parece um pouco divertido.” Pensou a princesa.

    “Há mais alguma coisa que queira que eu faça, Soyo-chan.” Perguntou o seu servo.

    “Por agora, não.” Respondeu Soyo pensativa. “Já estou com um pouco de fome, vou pedir a uma das cozinheiras que nos prepare um lanche.”

    “Espere, Soyo-chan.” Falou Aki. “Deixe isso comigo.”

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    Alguns minutos mais tarde, num dos quartos do castelo, Soyo esperava como Aki lhe tinha pedido.

    “O lanche já está pronto, Soyo-chan! Hoje teremos Mochi.” Anunciou Aki entrando no quarto, usando um avental e transportando uma travessa com monte de Mochis coloridos. “Pode comer os que quiser. Caso queira, também posso fazer chá.”

    “Não é preciso.”

    Então Aki pousou a travessa na mesa e sentou-se de joelhos no lado oposto ao onde estava Soyo-hime. Esta pegou num Mochi cor-de-rosa e comeu, depois o seu olhar começou a brilhar e levou as suas mãos às suas bochechas.

    “Isto é o Mochi mais delicioso que eu já provei, é até melhor que a maioria dos pratos que são preparados pelos chefs mundialmente famosos que vêm aqui, nas ocasiões especiais.”

    “É claro que é.” Falou Aki cruzando os braços de uma forma orgulhosa. “Afinal, cozinhar é um dos meus incríveis talentos. Se quiser eu também posso limpar o castelo e cuidar do jardim, melhor e mais veloz do que qualquer empregado daqui.”

    “Realmente és bem habilidoso.” Comentou Soyo pegando em mais um Mochi. “Não percebo porque a Kagura-chan disse que tu eras um inútil que não sabia viver a própria vida e que nunca vai chegar a lugar algum.”

    “Entendo, então a Kagura-chan disse isso. Talvez ela tenha razão, afinal não importa o que eu faça, serei sempre ofuscado pelo Okita. Seria melhor que eu desaparecesse deste mundo e não causasse mais problemas para aqueles dois.” Falou Aki encostado a um canto, envolvido por uma aura de depressão.

    “Não fiques assim, Aki-kun. Ela devia estar a brincar quando disse isso.” Soyo-hime tentou consolá-lo dando-lhe umas pancadinhas amigáveis nas costas. “Se ela não gostasse nem um pouco de ti, não falaria tantas vezes sobre ti.”

    “A Kagura-chan fala muito sobre mim?” Indagou o jovem Sarutobi levantando a cabeça e a começar a animar-se.

    “Sim, especialmente sobre o quão chato e persistente podes ser, de todas as vezes que interferiste nos encontros dela e como a tua mera presença já a deixa enojada.” Respondeu Soyo com um sorriso inocente.

    “Soyo-chan, já pensou que talvez não seja apta para animar pessoas?” Falou Aki, voltando a ser rodeado por uma aura de depressão.

    “Achas? Também eu nunca fiz isto antes, mas não fiques assim, ficar deprimido não resolve nada.”

    “Entendido.” Falou Aki voltando ao normal. “Em vez de ficar deprimido, irei-me esforçar ainda mais para conquistar o coração da Kagura-chan e derrotar o Okita!”

    “Não foi bem isso o que eu quis dizer.” A princesa disse, com uma gota de suor por cima da cabeça.

    “Muito obrigado por me fazer voltar ao meu objetivo.” Agradeceu o assassino fazendo uma vénia profunda. “Se também tem algo que a atormenta, pode deixar comigo.”

    “Não me atormenta, mas acho que a vida por trás destes muros é muito monótona e entediante, gostava de voltar para o distrito Kabuki que é bem mais interessante.”

    “Mas esse lugar também pode ser muito perigoso, especialmente para você.” Advertiu Aki.

    “É verdade, mas lá vive muita gente divertida e animada, não achas?” Respondeu Soyo-hime com um sorriso que se desfez levemente quando começou a encarar a janela com um olhar de pena.

    “Compreendo.” Falou Aki levantando-se, depois pegou na mão de Soyo e disse determinado. “Então eu irei levar-te para o distrito Kabuki e fazer com que passes a melhor tarde da tua vida!”

    “Não precisas de fazer isso, Aki-kun.” Falou Soyo enquanto o seu guarda-costas a levava pela mão para fora do quarto e a guiava pelos corredores.

    “Do que estás a falar? Eu disse que ia cumprir todos os teus desejos, não disse? Além disso, eu jurei que te protegeria, portanto comigo estarás sempre segura.” Respondeu Aki sorrindo.

    “Obrigado.” Agradeceu a princesa, surpresa pela resposta do seu servo e um pouco corada, enquanto os dois corriam de mãos dadas pelos corredores do castelo.

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    Mais tarde, pelas ruas do distrito Kabuki, os dois ainda caminhavam de mãos dadas.

    “Acho que não precisas de continuar a segurar a minha mão, Aki-kun.” Falou Soyo desviando um pouco o olhar e corando levemente.

    Então o jovem assassino olhou para a sua mão e largou a de Soyo rapidamente, também ficando corada. “Peço imensa desculpa! Estava tão focado na fuga do castelo que me acabei por esquecer! Por favor me perdoe.”

    “Já te disse para não seres tão formal.” Falou a princesa. “Mas foi mesmo incrível como nós conseguimos sair sem ser notados.”

    “Não te esqueças que eu sou um ninja, ocultar a minha presença é uma das minhas especialidades.”

    “Entendo, pensei que fosse porque a maioria das pessoas tende a ignorar-te.” Comentou Soyo-hime sorrindo.

    “Soyo-chan? Realmente não está a fazer isto de propósito?” Perguntou Aki levando a mão ao peito como se estivesse a sofrer do coração, enquanto era atacado novamente pela aura de depressão.

    “Parece que tenho de ter cuidado com as palavras, quando ele está por perto. Apesar de as suas reações serem bem divertidas.” Pensou Soyo. “Porque não me levas a algum lugar interessante? Quando estive com a Kagura-chan não tive tempo de ver tudo.”

    “Claro, não vou deixar que as minhas emoções e coração fraco interfiram no meu dever.” Respondeu o Sarutobi recompondo-se pouco a pouco. “Conheço muitos sítios, tenho a certeza de que vais gostar.”

    Então os dois correram juntos pelas ruas do distrito Kabuki para chegarem ao seu primeiro destino.

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    No final dessa tarde, os dois caminhavam lado a lado, com cada um comendo sorvete, eles tinham andado por quase todo o distrito, puderam ver tudo o que era habitual, como Madaos a serem expulsos de estabelecimentos, Gorilas a voarem pelos céus e aterrarem em paredes, terroristas a serem perseguidos pelo Shinsengumi enquanto corriam a comer soba, Hosts a brigarem com travestis pela concorrência, bêbados e mendigos a vaguearem por todo o lado e algumas brigas de rua.

    “Este dia foi bem divertido. Obrigado.” Agradeceu a princesa.

    “Não precisa agradecer, eu só fiz o meu dever.” Respondeu o ninja.

    De repente, ele reparou num donut num prato que estava no meio da rua deserta pela qual caminhavam. Por mero instinto o assassino saltou sobre a sobremesa, mas quando a estava prestes a apanhar, esta desviou-se como se tivesse vida própria.

    “Espera aqui, Soyo-chan.” Falou Aki levantando-se e tirando a poeira das suas roupas. “Eu tenho um donut rebelde para palhar.”

    “Boa sorte.” Soyo desejou com uma gota de suor detrás da cabeça, enquanto Aki se afastava, saltando como um gato a tentar a apanhar um pássaro.

    Quando o jovem ninja já estava fora de vista, um homem corpulento apareceu atrás de Soyo e pressionou um pano na sua boca e nariz, com uma estranha substancia, que a fez adormecer e deixar cair o sorvete no chão.

    “Te peguei!” Falou Aki agarrando, finalmente, o seu fugitivo donut. Mas quando o mordeu, apercebeu-se que o mesmo era uma falsificação feita de plástico. “O que raio significa isto?!”

    Então reparou que preso ao prato onde estava o falso Donut, estava um fio de pesca.

    “Significa que é uma armadilha.” Respondeu um jovem de cabelo azul-escuro, com dois piercings no nariz e um na língua, enquanto brincava com um canivete.

    “Como me pudeste enganar com um donut falso?” Indagou Aki com uma sombra sobre os olhos.

    “Qual é o problema, moleque? Vais chorar?” Provocou o jovem com um sorriso perverso, que se desfez logo em seguida, quando uma kunai passou veloz mente por ele, fazendo um leve corte na sua face.

    “Não me lembro de te ter dado permissão para falar, inseto.” Falou o assassino com um olhar inexpressivo e vazio.

    “Parece que estás bastante convencido. Mas isso vai mudar em breve.” Falou o jovem apontando a lâmina do seu canivete para o ninja.

    Mas antes que pudesse fazer algo, Aki arremessou mais uma kunai que lhe tirou o canivete das mãos. Em seguida, Aki deu-lhe um chute rotativo na cara e projetou-o contra um poste elétrico.

    O jovem cuspiu um pouco de sangue e tentou-se levantar, mas quando o fez, Aki pisou-lhe a cabeça com a sua bota e disse.

    “Só consegues fazer isso? Insetos devem ficar no chão e rastejar.”

    “Ficaste assim apenas por um Donut?” Indagou o jovem assustado.

    “Claro, afinal Donuts são um assunto sério.” Respondeu o ninja ainda com o mesmo olhar vazio e assustador, como se não tivesse emoções, enquanto pegava em mais uma kunai. “Talvez entendas melhor os sentimentos dos Donuts se eu te fizer um buraco na barriga.”

    “Espere! Piedade, por favor!”

    “Porque é que eu devia mostrar piedade a um inseto como tu?”

    “Porque eu sei para onde foi levada a princesa.”

    “Princesa? AH! Não acredito que perdi a Soyo-chan de vista! Tenho de a encontrar, antes que lhe possa acontecer alguma coisa!” Gritou Aki em pânico levando as mãos à cabeça, voltando ao normal, assim como o brilho dos seus olhos. Depois de se acalmar, avistou o corpo ferido do jovem e perguntou-lhe, preocupado. “Ei, está bem? O que lhe aconteceu? Precisa de ajuda?”

    “O que está a acontecer? É como se ele não se lembrasse do que aconteceu há pouco.” Pensou o jovem surpreendido.

    “Você disse que sabia onde a Soyo-chan, não foi? Será que me podia dizer o lugar?” Pediu o assassino gentilmente.

    Então o jovem revelou-lhe o lugar para onde a princesa tinha sido levada, com alguma dificuldade, devido às dores que sentia.

    “Perfeito. O Hospital fica a caminho. Deixe-me ajuda-lo.” Ofereceu-se Aki pegando no jovem e levando-o nas suas costas.

    “Porque é que estás a fazer isto?” Perguntou o jovem.

    “Eu não podia deixar uma pessoa ferida no chão. Já agora, o meu nome é Sarutobi Aki, qual é o seu?”

    “Tamura Naoto e obrigado.”

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    Mais tarde, no descampado de uma velha casa de madeira abandonada, Soyo-hime acabara de acordar e viu-se rodeada por estranhos e com os seus pés e mãos atados.

    “Parece que a princesinha finalmente acordou.” Comentou um homem de meia-idade, de barba rija e com alguns dentes faltando, que aparentava ser o líder do bando.

    “Quem são vocês?” Perguntou Soyo enquanto se tentava livrar das cordas, em vão.

    “Somos apenas uma fação Jouishishi.” Respondeu o homem acariciando a sua negra barba. “Não precisas ficar assustada. Nós não te queremos fazer mal, só planejamos fazer o Shogun pagar um resgate por ti.”

    “Vocês deviam sentir vergonha, isto é um ato vergonhoso para os samurais como vocês.”

    “Não estás em posição de falar, senhorita.” Falou o líder. “Se estás a pensar que aquele garoto te vai salvar, está enganada. Envia-mos um dos nossos melhores membros para o afastar e depois assassinar.”

    “O Aki-kun não perderia para um bando cubardes como vocês.” Soyo-hime disse com um olhar determinado.

    “Acho melhor calar essa boquinha suja que tens.”

    O homem preparava-se para socar Soyo no rosto, quando de repente, tão rápido como o próprio vento, alguém se intrometeu entre os dois e parou o punho irado do líder.

    “Mandaram um assassino? Lamento, não me lembro de ter encontrado nenhum. Mas não se preocupem, se precisam de um assassino, está aqui o melhor de Edo.”

    “Aki-kun!” Falou Soyo animada pela chegada do ninja.

    “O que este moleque está a fazer aqui?” Gritou o líder da fação, enquanto os seus subordinados ainda estavam surpreendidos pela repentina entrada do recém-chegado. “O que estão a fazer aí parados? Matem-no!”

    “Sinceramente, o Tamura-san não me disse que este lugar estaria tão lutado.” Comentou Aki cortando as cordas que prendiam Soyo-hime.

    “Obrigada. O que fazemos agora?”

    “Corre para trás daquela casa abandonada, eu trato deles.”

    “Boa sorte, Aki-kun!” Gritou a princesa desde a esquina da casa de madeira.

    “Ela foi mais rápida do que pensei.” Comentou Aki com uma gota atrás da cabeça.

    “Ataquem!” Ordenou o líder.

    Então todos os Jouishishis radicalistas, empunhando as suas katanas, correram na direção do jovem assassino. Quando chegaram ao seu objetivo, uma pequena poça de sangue começou a formar-se.

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    Nesse momento, no parque de diversões de Edo, Sougo e Kagura já estavam saindo, depois de um apreciável encontro, onde arruinaram imensas barracas competitivas e de comida, andaram em várias atrações para testarem a coragem dum do outro e fizeram uma viajem pelo túnel do amor que preferem não comentar.

    “Este encontro foi mesmo tranquilo, devia-mos deixar o macaco mais vezes com a princesa.” Comentou Sougo acabando de beber o seu refrigerante.

    “Verdade, mas achas que foi boa ideia deixá-lo com ela?” Indagou Kagura enquanto devorava um grande número de cones de algodão-doce de uma vez.

    “O que foi? Estás preocupada com ele?”

    “Na verdade estou mais preocupada com a Soyo-chan.”

    “Não te preocupes, ela está mais do que segura.” Falou Sougo olhando para o céu vermelho que anunciava o anoitecer.

    “O que queres dizer com isso?” Perguntou Kagura curiosa.

    “Eu detesto admitir mas aquele macaco sabe lutar e muito bem. Cada vez que luta-mos ele melhora as suas habilidades. Por vezes até parece que ele se está segurando. Portanto ninguém vai conseguir fazer mal à princesa enquanto ele estiver com ela.”

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    Todos os terroristas caíram inconscientes na grama, com kunais cravadas nos seus corpos, enquanto Aki se levantava ileso.

    “Não te preocupes, eu evitei todos os pontos vitais. Afinal eu só mato se essa for a minha missão.”

    “Droga.” Falou o líder prendendo o pescoço de Soyo-hime com o seu corpulento braço e apontando uma pistola para a cabeça dela. “É melhor renderes-te, senão a princesa morre.”

    “Princesa? Que princesa?” Perguntou Aki com um sorriso vitorioso, enquanto segurava Soyo nos braços.

    “Como é possível?” Indagou o homem confuso, quando reparou que já não estava a prender a princesa, mas sim um coelho gigante de pelúcia cor-de-rosa e que já não tinha a sua pistola.

    “Ele é tão legal.” Pensou Soyo corada e com um certo brilho no seu olhar enquanto encarava o rosto do seu salvador, ainda nos seus braços.

    “Se te renderes agora, posso esquecer este assunto e não informar o Shinsengumi.” Propôs Aki descendo Soyo.

    Vendo que não tinha escapatória, o homem aceitou a proposta do jovem Sarutobi e deixou-os ir.

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    Já no fim do dia, no castelo, Aki acabara de chegar com Soyo e juntos explicaram o sucedido aos preocupados guardas. Agora os dois falavam enquanto observavam as estrelas.

    “Ainda bem que foste perdoado.” Suspirou a princesa.

    “Por momentos pensei que me iam cortar a cabeça.” Falou o assassino.

    “Esta foi sem dúvida a melhor ida à cidade que eu já tive o prazer de fazer.” Comentou Soyo com um sorriso.

    “O prazer foi todo meu. Apreciei bastante a tua companhia.” Respondeu Aki também sorrindo.

    Aquilo fez Soyo-hime corar e ficou ainda mais rubra quando tentou dizer. “Talvez possa-mos voltar a fazer o mesmo num en-en-encon…”

    “Volta-mos!” Gritou Kagura entrando com Sougo.

    “Kagura-chan!” Gritou Aki saltando na direção da sua amada.

    “Deixa-nos em paz, seu stalker inútil!” Gritaram Kagura e Sougo chutando o ninja contra um dos muros do castelo, fazendo com que o mesmo ficasse inconsciente, sorrindo e com os olhos em espiral.

    “Parece que vai ter de ficar para a próxima.” Falou Soyo enquanto observava o seu inconsciente guarda-costas.


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