O ataque

Oi de novo pessoal.Iggy aqui.Parece que sou eu quem vai narrar esse capítulo já que a Nashi botou molho de pimenta no cachorro-quente do Koori e ele tá tentando matar ela.

Bem voltando à história....

Já fazia um tempo desde que os adultos haviam se reunido para falar sobre as mortes estranhas e ninguém mais estava se lembrando daquilo.Estávamos os sete reunidos no parque de Magnólia procurando algo interessante para fazer, quando a Mizu sugeriu que nós brincássemos de esconde-esconde.Todos concordaram e como o Yuuki perdeu nos palitinhos(na verdade,foi no uni-duni-tê),ele acabou sendo o pego.

Você deve estar se perguntando se todo esse blá-blá-blá é relevante pra história.Infelizmente para os preguiçosos,é.

Nós saímos correndo por Magnólia procurando um bom lugar para esconder do Yuuki.Eu estava correndo junto com a Aya.Tudo estava indo até bem.Foi aí que eu percebi que tinha um cara estranho seguindo a gente.Ele usava alguma coisa que fazia com que ficasse difícil vê-lo.O máximo que dava para ver era uma espécie de máscara que lembrava um lobo.Não dá pra afirmar do que realmente era a suposta máscara,já que eu não cheguei realmente a vê-la direito.

Alguns poucos minutos depois de eu ter notado que tinha um cara estranho seguindo a gente,a Aya também percebeu o que estava acontecendo e nós começamos a tentar despistar o cara na cidade(não me levem a mal,mas nós sete conhecemos bem até demais a cidade de Magnólia).

Corremos,entramos em vielas estreitas,passamos por ruas movimentadas, tomamos caminhos secretos e atalhos,mas o cara não saía da nossa cola.Foi aí que a coisa desandou.No desespero,nós acabamos virando em uma rua sem saída e o perseguidor conseguiu encurralar a gente.Não dava para fugir.E nós ouvimos aquela voz bizarra rindo,como se tudo aquilo fosse muito divertido.

— Ora,ora o que temos aqui?Duas pequenas criaturas imundas.

Antes que vocês perguntem,nós não estávamos tão sujos assim.Só um pouco empoeirados por causa da corrida.

Ele continuou seu estranho monólogo.

— O que devo fazer com esses dois ratinhos encurralados?Torturar?Matar?Me divertir com eles?Interrogar?

Quando ele falou “Interrogar”,eu consegui ver os olhos daquela criatura.Olhos psicóticos prontos para matar.Tanto eu quanto Aya ficamos paralisados de medo.Nós demos um passo para trás e nos encolhemos ainda mais contra a parede que fechava nossa rota de fuga.

Ele começou a fazer movimentos estranhos e a balbuciar coisas totalmente sem sentido(ou vai ver as palavras estavam em alguma linguagem perdida) até que virou na nossa direção repentinamente com um sorriso bizarro e sádico ao mesmo tempo.

Aya levou tamanho susto que segurou minha mão esquerda com força e se encolheu atrás de mim.Tenho que admitir,eu estava morrendo de medo e tremendo como uma vara verde.

Quando ele virou na nossa direção,ele disse:

— Já sei.Hehehe....

Ele fez uma pausa e deu outro sorriso psicótico.

— ....E se eu fizer todas as alternativas anteriores?

O horror estava estampado nos nossos rostos.E pior,ele percebeu isso.Ele abriu aquele sorriso psicótico e sádico novamente e começou a vir em nossa direção.

Então,ele avançou com algo semelhante a uma faca(ou seria uma adaga?).E no desespero,eu e Aya gritamos o mais alto possível.A última coisa que eu me lembro é do cara que nos atacou fugindo,como se fosse uma sombra e Nashi e Gale entrando desesperados naquele beco sem saída.Depois disso,nada.Só a escuridão.

[— Obrigada por mencionar que o Koori estava tentando me matar,Iggy.Mas agora deixa que eu termino de narrar o que aconteceu naquele dia.]

[— Então conta do seu ponto de vista,Nashi.Não vou falar mais nada por um bom tempo mesmo...]

Bem,voltando ao ponto onde o Iggy parou....

Eu estava correndo sozinha pela cidade,quando ouvi o grito do Iggy e da Aya.Eu fiquei muito preocupada e fui correndo o mais rápido possível na direção de onde tinha vindo o grito e no caminho acabei topando com o Gale.

Quando vi o olhar de preocupação dele,percebi que ele também tinha ouvido o grito dos dois.

Quando finalmente chegamos ao local,só vimos uma figura encapuzada fugindo como se fosse uma sombra.Olhamos melhor e vimos Aya desmaiada e Iggy quase desmaiado.Os dois estavam cheios de ferimentos e mal Iggy viu a gente chegando,ele desmaiou.

— Iggy! — Gritei em desespero.

Entramos correndo naquele beco sem saída e pegamos nossos irmãos.Do jeito que eles estavam,nós tínhamos que levá-los a um local em que a gente pudesse cuidar dos ferimentos deles.

A casa da (tia) Wendy era ali por perto,então levamos os dois até lá.Só que não havia ninguém em casa!Foi então que Gale sugeriu que nós levássemos os dois para a minha casa.Foi o que nós fizemos.

Quando a minha mãe viu como Iggy e Aya estavam,ela foi correndo chamar Wendy. Wendy chegou,examinou os ferimentos e fez o possível para ajudar Iggy e Aya.Mas depois de um tempo,ela chamou a minha mãe e a mãe de Gale e disse:

— Me desculpe Lucy-san,Levy-san,mas não tem mais nada que eu possa fazer. Eles não vão acordar tão cedo.Sinto muito.

Foi como se meu mundo tivesse perdido o chão.Meu irmão mais novo tinha sido atacado por um cara estranho e eu não estava lá para protegê-lo.Eu me senti a pior pessoa do mundo.

E nós ficamos lá,apenas desejando que nossos irmãos acordassem até que nossas mães nos mandaram ir dormir.