Desire

  • Finalizada
  • Anebelle
  • Capitulos 1
  • Gêneros Yaoi

Tempo estimado de leitura: 16 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capitulo Único

    Nudez, Sexo

    Oie!

    Aqui vai mais primeira fic do The GazettE no site para vcs. Espero de coração que gostem.

    Avisos: Reita, Aoi e companhia não me pertencem e a historia é sem fins lucrativos, apenas para diversão aqui da autora e de quem quiser acompanhar. LEMBRANDO é Yaoi, então se não gosta ou não curte o gênero pode retornar para a pagina anterior, não vou aceitar criticas preconceituosas ou algo do tipo.

    Sem mais, boa leitura!

    Corri os olhos pelo meu relógio de pulso, constatando que faltavam exatos dezessete minutos para as três horas da tarde. O elevador cujas paredes e teto eram totalmente espelhados subia andar por andar cronologicamente, me levando cada vez mais próximo daquele que sutilmente me aguardava. 34°, 35°, 36°, 37°... Conferi se meu cabelo estava devidamente arrumado em um dos espelhos, constatando-o impecável como sempre, sorrindo largamente quando acima da porta o 38° andar piscava indicando que tinha finalmente chegado a meu destino.

    Sai rapidamente, avistando a porta de seu apartamento ao fim do corredor, repassando em pensamentos o motivo que me levava dia após dia até ali, tarde após tarde com um único objetivo. E não pude evitar de me sentir de certa forma feliz, embora aquela não fosse a felicidade com a qual sempre sonhei, era o bastante para me sentir realizado. E pensar que já se faziam dois anos desde então...

    Como hoje, o dia estava igualmente agradável. Era inicio de primavera e a temperatura estava morna e convidativa a um passeio. Eu não era daquele que se importava com esse tipo de coisa, mas naquele dia em questão, resolvi abandonar meu carro na produtora e ir a pé para casa. Na verdade tomara essa decisão por que me sentia sufocado e por um breve momento me passou pela cabeça a ideia de respirar um pouco de ar puro e relaxar. Foi quando ao caminhar despreocupadamente pela pracinha observando crianças a correrem de um lado para o outro no parquinho, eu o vi. Por incrível que pudesse parecer o moreno havia tido a mesma ideia que eu e engraçado, pelos mesmos motivos.

    De forma calma me aproximei dele sussurrando um “Chorando as mágoas?” que o fez erguer o olhar para mim sorrindo e nenhum pouco surpreso, devolvendo um “Igualmente a você...”. Parecia até ridículo, dois homens com quase trinta anos como nós, chorando pelos cantos igual a dois adolescentes por causa de amores não correspondidos, no entanto era exatamente esse o nosso dilema. Ele, perdidamente apaixonado pelo guitarrista loiro e de coxas fartas que trocava de namorado como quem trocava de roupa e eu, apaixonado por um vocalista anão que só sabia me enxergar como o seu melhor amigo. Mas naquele dia em questão, uma determinação que eu nunca havia visto antes brilhava nos olhos do moreno, que não se mostrou nenhum pouco envergonhado ao me fazer uma certa proposta. “O que acha de afogarmos nossas mágoas um no outro?”. Fora o que saíra dos lábios carnudos antes dele me fitar de forma interrogativa e sedutora. E por mais maluco ou errado que aquilo pudesse parecer, bem, eu não hesitei, concordando plenamente com aquela irresistível e indecente proposta.

    - E pensar que era para ter sido apenas uma tarde... – sussurrei voltando a realidade, quando meus dedos automaticamente tocaram a campainha.

    O moreno a abriu de imediato, sorrindo de maneira irônica. Os cabelos ainda úmidos a caírem como cascatas por suas costas nuas, enquanto apenas uma toalha o cobria da cintura para baixo. Mordi os lábios com força, já imaginando os estragos que faria naquele corpo perfeitamente esculpido.

    - Você é irritantemente pontual. – bradou me dando espaço para que eu pudesse adentrar o recinto, indicando brevemente com o olhar o relógio de parede que pendia acima da enorme TV de LCD, ao qual marcava exatamente 14h45min. – Custava chegar cinco minutinhos atrasado? Eu ainda nem me vesti. – rogou enquanto fechava a porta e se virava para me encarar, os olhos terrivelmente negros me fitando com malicia e eu duvidava plenamente que ele pensava mesmo em se vestir.

    - Olhe pelo lado positivo Yuu... – me aproximei de si sussurrando em seu ouvido, vendo-o estremecer. – Não teremos o trabalho de despi-lo. – beijei levemente seu pescoço ouvindo um suspiro baixo e prazeroso abandonar seus lábios. Eu sabia como provoca-lo, após dois longos anos “juntos”, conhecia perfeitamente bem cada mínima parte de seu corpo, os lugares mais sensíveis, as partes que ele gostava de ser tocado. Era um mapa decorado detalhadamente em minha cabeça. Desviei meus lábios subindo para seu queixo, raspando os dentes pela pele lisa recém barbeada e já estava prestes a atacar sua boca carnuda e suculenta quando o mesmo me afastou de si brutalmente. – O que foi? – perguntei interrogativo vendo um sorriso nada comum se formar em seu rosto.

    - Sabe que dia é hoje Akira? – questionou empurrando-me pouco a pouco para trás. As mãos espalmadas em meu peito, mantendo-me dois passos afastado de si.

    - Sei. – respondi segurando seus pulsos e impedindo-o de me empurrar outra vez. – Seu aniversário.

    - Então, você sabe que eu mereço um presente a altura não é? – ele me fitou de forma inocente, mas eu sabia perfeitamente bem que aquele olhar não significava boa coisa.

    - E o que seria esse presente? - perguntei entrando em seu jogo.

    - Você. – ditou.

    - E já não estou aqui?

    - Não se faça de rogado Aki-chan. – de alguma forma, e eu presumo que tenha sido por um descuido propositalmente meu, o moreno se livrou de minhas mãos, voltando a estampar aquele olhar malicioso e cheio de más intenções. – Eu quero fazê-lo meu dessa vez.

    E sem esperar por uma resposta, me empurrou com força prensando-me contra a parede - intento que tinha desde o inicio – colando seu corpo no meu de forma safada, para logo depois tomar os meus lábios com fúria.

    Não que aquilo fosse uma novidade, quero dizer, não era algo frequente, mas as vezes Yuu gostava de tomar o controle da situação. Era adorável estar dentro dele, ouvi-lo gemer meu nome inerte em seu próprio prazer, mas eu não poderia negar que de certa forma eu também gostava de tê-lo dentro de mim. De sentir as estranhas ondas de prazer e êxtase que me dominavam quando o moreno literamente me levava a loucura.

    Então sem relutar, me rendi a seus encantos permitindo-o aprofundar o beijo, sentindo-o vasculhar minha boca de forma sedenta, seu gosto doce se misturando ao meu, sua língua se entrelaçando a minha em um conflito para se descobrir qual era o mais forte. Com precisão sua mão segurava minha nuca, os dedos longos embrenhando-se entre meus cabelos puxando-os levemente e então foi a minha vez de arfar com o contato.

    Assim como eu tão bem conhecia o corpo de Yuu, o moreno também conhecia perfeitamente bem o meu. Sabia todas as partes que me deixavam louco com um único toque e consequentemente o meu maior ponto fraco. Toda vez que o maldito segurava minha nuca daquela maneira, de forma tão dominadora, eu estremecia. Sucumbia a seus toques, implorando por mais e mais, sem me controlar...

    O ar finalmente nos faltou e por breves minutos ele descolou os seus lábios dos meus, enquanto afoitamente arrancava a camiseta escura que eu trajava.

    - Roupa de mais Akira... – ele sorriu deslizando as mãos agora por meu peitoral totalmente exposto, se arrepiando a cada toque que o mesmo traçava com os dedos frios lentamente e de propósito sobre a minha pele, até finalmente chegar ao cós da calça.

    Por um breve momento achei que ele se livraria dela também, no entanto para me provocar o moreno apenas contornou sua borda, passando a mão por cima de minha ereção semi-desperta pelo atrevimento e novamente arfei incomodado, observando-o me encarar desejosamente. Eu gostava de apimentar as coisas, mas Shiroyama Yuu possuía uma imaginação fértil e um desejo incontrolável de ver completamente exposto, que suas ações eram sempre uma surpresa.

    Da primeira vez que aceitei inverter as posições, Yuu me provocara de tal maneira que eu praticamente o fiz entrar em mim sem nenhuma preparação, fato que me rendeu dois longos dias sem conseguir me sentar direito, além dos questionamentos de Kai, Ruki e Uruha sobre o que havia acontecido. Sem contar que o moreno não evitava rir da situação, deixando a todos desconfiados.

    “Se eles soubessem...”.

    O moreno repetiu por quase uma semana inteira, talvez zoando mais os companheiros de equipe do que a mim.

    No entanto, lembrar-me disso fez o questionamento passar por minha cabeça novamente. E se eles soubessem? Se Ruki e Uruha soubessem de nosso envolvimento de mais de dois anos, teriam ciúmes? Perceberiam finalmente que gostavam de nós?

    Tão rápido o questionamento me veio, mais rápido ainda se fora quando senti a língua morna e nada casta de Yuu por meu pescoço, depositando um chupão forte que me fez dessa vez soltar um gemido alto e ficar devidamente consciente de que uma marca roxa se formaria no local.

    - Marcando território Shiroyama? - não pude evitar o comentário, vendo o mesmo abandonar meu pescoço e me fitar nos olhos. O contato me estremecendo de forma avassaladora e eu me perguntava se poderia existir outra pessoa no mundo que poderia me causar aquela reação.

    - Quem sabe...? – ditou apenas voltando a atacar meus lábios, as mãos ainda sobre o grande volume dentro de minha calça, deslizando lentamente... E sinceramente aquele filho da mãe já estava me irritando...

    Sem apartar o beijo levei minhas mãos até a barra da única peça que cobria seu corpo, puxando com força a maldita toalha que enrolava a cintura daquela perfeição em pessoa. Sentindo-me satisfeito ao vê-lo arfar e gemer baixinho ao se ver completamente livre e não pude conter o meu próprio gemido quando para leva-lo definitivamente a loucura, me apossei de seu membro apertando-o, começando um vai e vem torturante que eu sabia que o faria desabar.

    Um gemido mais alto escapou-lhe fazendo-o libertar meus lábios, mordiscando o inferior levemente, me fitando talvez mais intensamente do que antes. Uma luxuria se apossando se si, que eu podia sentir as ondas de calor e a eletricidade que vazavam de seu corpo e me acertavam em cheio, criando um elo inquebrável de desejo.

    - Você pediu por isso... Aki-chan... – sua voz saiu sussurrada e arrastada, enquanto desviava as mãos de minha ereção para minhas coxas, apertando-as no mesmo ritmo em que eu o apertava, para depois puxa-las de encontro a sua cintura, fazendo-me rodea-la com as pernas e abandonar o chão, soltando-o para ter que me apoiar em seus ombros. E embora eu me sentisse extremante ridículo por isso, pelo moreno ser mais forte do que eu, por me fazer me sentir uma mulherzinha sendo carregado daquele jeito, eu tinha que admitir que gostava. Sua respiração desconexa próxima a meu pescoço fazendo-me cócegas e ainda por cima sua ereção, que eu podia sentir mesmo ainda trajando o jeans que por teimosia sua não jazia no chão junto de minha camiseta. Eu gostava e muito disso.

    - Yuu... – não pude evitar gemer baixinho em seu ouvido para provoca-lo ainda mais, vendo-o sorrir de lado e me carregar sem pressa alguma em direção a seu quarto. Seus lábios depositando beijos pela pele exposta de meus ombros, deixando um traço de saliva... Dominador. Mas eu gostava, rendia-me a seus instintos primitivos, eu simplesmente o queria e não era um simples querer, era uma necessidade.

    Jogou-me na cama finalmente, engatinhando sobre mim como um felino prestes a devorar a sua presa, os olhos negros intimidadores, a boca carnuda entreaberta em um sorriso pleno com seus dentes perfeitamente brancos a mostra e eu poderia simplesmente gozar ante aquela visão. Sentindo meu baixo ventre latejar, implorando por alivio.

    - Te darei o que tanto deseja Akira... – parecendo ler meus pensamentos, suas mãos se pousaram sobre o cós da calça jeans, desabotoando-a lentamente, para só depois arrancá-la de forma brusca juntamente com minha boxer e finalmente eu me senti liberto. Sorri sacana, passando a língua pelos lábios num claro convite de que o queria e sem pensar duas vezes, o moreno desabou sobre mim. Atacando minha boca, devorando-a como se ela fosse o alimento necessário para sua sobrevivência. Nossas intimidades encostando-se subitamente, nos proporcionando um momento único de êxtase.  

    O calor já parecia algo insuportável e eu podia escutar claramente os seus batimentos cardíacos totalmente descompassados sendo acompanhados pelos meus e naquele momento tudo o que eu mais desejava era ser plenamente seu, me dar para si como seu presente de aniversário. Ser marca evidente em sua pele, eu queria ser apenas um consigo.

    Abandonei seus lábios encarando-o firmemente, não precisávamos de palavras, eu sabia que ele entendia perfeitamente bem o que meu olhar lhe queria dizer. Então puxei uma de suas mãos que até o momento estavam espalmadas sobre o colchão, uma de cada lado de minha cabeça e muito sutilmente lambi seus dedos...

    O profundo negro de seus olhos se cruzava com os meus e em absolutamente nenhum momento esse contato fora quebrado. Sabia que naquele simples ato, havia muito mais do que a mera amizade que mantínhamos há mais de dez anos, havia algo... Uma ternura, um carinho e já não éramos somente amantes, eu reconhecia que não. E enquanto ele me preparava, eu podia sentir isso, essa cumplicidade que nos rodeava.

    Shiroyama Yuu era um homem incrível e de grandes virtudes, minha admiração ultrapassava o fato de considera-lo um grande guitarrista. Eu o via como um amigo insubstituível, necessário e por que não eterno? Mas essa era a mais absoluta verdade. Dois anos não eram dois meros dias, tínhamos uma historia de tardes e mais tardes que nos perdíamos ali, sob aqueles lençóis de seda macia e azul. Algo que de certa forma me confortava e o confortava também e que era o suficiente para nós.

    Um novo beijo se formou, mas este por sua vez calmo e terno, enquanto lentamente ele me invadia, causando-me um pouco de dor e desconforto no inicio, mas que logo ia sendo substituídos pelo prazer. O prazer de tê-lo totalmente em mim. Pequenas lagrimas escorriam de meus olhos se misturando ao beijo deixando-o levemente salgado e causando em mim um frenesi arrebatador. Por um tempo ele não se moveu esperando que eu me acostumasse, seus lábios tocando os meus sutilmente, como se estivessem a provar um doce muito suculento. Uma de suas mãos deslizava pelo meu rosto, afastando as mechas de cabelo sobre meus olhos e naquele momento eu pude sentir. Algo que até então sempre jurei sentir por uma única pessoa... Os batimentos acelerados de nossos corações a respiração entrecortava que nos fugia em meio ao beijo, o suor que escorria pelos poros, o arrepio que começava pela nuca e tomava todo o nosso corpo sem pudor. Naquele exato momento eu não poderia mais mentir para mim mesmo, eu compreendia que de alguma forma acabara me apaixonando perdidamente por aquele que um dia fora meu amigo, meu parceiro de banda, mas que agora eu só conseguia enxergar como o meu amor. Durante os dois anos que se seguiram havíamos construído algo muito forte e não era aquele sentimento incomodo e que me fazia ficar sem reação toda a vez que estava perto de Takanori. Com Yuu era completamente diferente, era uma paixão torrencial, avassaladora e ao mesmo tempo confortante. Era desejo mesclado a mais pura luxuria e sedução e que em conjunto formavam aquele amor poderoso, que criara raízes. Marcando em nosso próprio corpo como ferro quente que um pertencia ao outro.

    Ergui as pernas entrelaçando sua cintura num convite mudo para que prosseguisse e o moreno não hesitou em sair de mim e entrar novamente com força.  Fazendo-me arquear as costas e cravar as unhas em suas costas nuas, perdido em um misto de dor e prazer... Perdido em todas aquelas sensações que me invadiam e pareciam querer fazer meu coração explodir. Nossos corpos se chocando um no outro num vai e vem sincronizado, enquanto a temperatura aumentava gradativamente mais, de modo que até mesmo respirar estava sendo difícil. Seus lábios fartos agora distribuíam beijos por meu rosto, descendo pelo meu pescoço lentamente, e mais uma mordida. Arfei quase sufocando, o que pareceu ser um incentivo para ele continuar, dessa vez por meus ombros e depois peitoral. E eu me sentia em brasas, como se a cada lugar que aquela língua habilidosa passava, queimasse.

    Juntando todas as forças que ainda me restavam, puxei com força seus cabelos ainda úmidos, mas agora também pelo suor e sem cerimônias tomei seus lábios nos meus. Vasculhando cada mínimo pedaço daquela cavidade morna e tentadora, vendo-o se arrepiar e gemer forçando-se mais contra mim, até que...

    - Ahhh... Yuu... – não pude evitar gritar quando ele me acertara naquele ponto e depois mais uma vez e mais uma... Já nem sabia mais o que saia de minha boca, mas em meio a gemidos, palavras desconexas me escapavam. Soltei seus cabelos agarrando com força os lençóis da cama, eu estava quase no meu limite.

    Afastei-me de seus lábios procurando ar suficiente para preencher meus pulmões e uma risada gutural escapou de sua garganta, talvez se deliciando ao me ver assim tão entregue daquele jeito. Seus olhos negros agora nublados pelo desejo e pelo prazer me fitavam intensamente como se fossem capazes de verem através de minha alma e de certa forma era exatamente isso.  

    Eu era um livro aberto para ele, havia me dado para si de tal maneira que não havia mais volta, era uma rendição. Completávamos-nos e mesmo que no inicio fosse apenas uma transa casual, os rumos que aquele estranho e tentador envolvimento tomara foram profundos. Eu o amava e não podia mentir mais para mim mesmo, Shiroyama Yuu havia conseguido preencher o lugar antes ocupado por um certo Takanori e eu não me arrependia disso. Jamais me arrependeria.

    - Eu... Te... – senti que estava alcançando o ápice, percebendo minha visão turvar e ondas elétricas percorrerem meu corpo numa leve tortura. No entanto, eu precisava dizer. Melhor, eu precisava gritar aquilo com todas as minhas forças naquele momento. – Eu te amo...

    Afirmei me derramando sobre si, deixando que minhas pernas entrelaçadas a sua cintura pendessem no cochão, os espasmos me causando uma sensação pós gozo de leveza de repente como se tivesse a flutuar sob nuvens, vendo-o me penetrar ainda mais algumas vezes até me acompanhar e se derramar em meu interior.

    E por um breve momento, o tempo simplesmente parou... O moreno me encarava plenamente, o rosto belo e comprido banhado de suor, os fios negros e bagunçados a grudarem na sua pele, tão lindo, que eu poderia passar a eternidade ali o observando sobre mim. E sem pensar duas vezes, ergui minha mão para tocar-lhe a face, afastando aquelas mechas teimosas que insistiam em esconder os seus olhos dos meus. Então sorri, vendo-o me acompanhar no gesto.

    - Acho que... Eu também te amo Aki-chan. – ele sussurrou por fim descansando o seu corpo sobre meu abraçando-me de forma terna e gentil. E já não era preciso dizer mais nada depois disso.

    Não havia necessidade.

    Bem se diz também, que o amor é um sentimento imprevisível. Poder chegar à primeira vista, dominando-o com apenas uma simples troca de olhares... No entanto, pode ser aos poucos construído como uma casa, tijolo por tijolo ou talvez como no nosso caso, tarde após tarde...

    Eu aprendi a ama-lo da mesma forma que ele também aprendera a me amar. E isso bastava para nós. No final das contas, nosso lance era um caso de paixão, luxuria, desejo e por que não amor?

    Ambos poderiam conviver juntos deliciosamente...


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