Gintama!

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    Capítulo 22

    Quando se passa demasiado tempo com uma pessoa, acabasse ficando parecido com ela

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Peço imensa desculpa por ter demorado tanto. Estive bastante ocupado com outros assuntos, mas vou tentar não demorar muito para a próxima.

    Aviso que não tive tempo de rever este capítulo.

    Tsukuyo acordou com uma enorme ressaca, a sua cabeça ainda estava bastante confusa, olhou em volta e notou que não estava no seu quarto. Mas o que mais confundiu a kunoichi foi o facto de um certo albino estar deitado no mesmo futon que ela.

    “Já é de manhã?” Bocejou Gintoki acordando. “Nossa, a noite de ontem foi mesmo cansativa.”

    “Se… Se… Se… Seu pervertido!” Berrou Tsukuyo, completamente vermelha, socando Gintoki, fazendo com que o mesmo ficasse com a cabeça presa no teto.

    “Já sabia que isto ia acontecer.” Suspirou o samurai, ainda com a cabeça presa e com algum sangue a escorrer da mesma.

    De repente Tsukuyo recordou-se de tudo o que aconteceu na noite passada e ficou completamente envergonhada. Depois de se acalmar, ajudou o samurai a sair e pediu desculpas pelo seu atrevido e vergonhoso comportamento.

    “Não há a necessidade de te desculpares, ontem estavas completamente bêbada.” Respondeu Gintoki, ainda sangrando. “Além disso, a única coisa que aconteceu entre nós foi só um beijo.”

    “Por favor, não me lembres disso!” Pediu Tsukuyo ainda bastante envergonhada pelo que fizera. “Mas eu não me lembro de ter bebido. Espera! Deve ter sido aquele suposto leite que a Mizuki me deu.”

    “Eu devia ter adivinhado que isto tinha algo a ver com ela.” Falou Gintoki cutucando o nariz. “Já agora, o que falaste ontem era verdade?”

    “Porque perguntas?” Perguntou Tsukuyo nervosa.

    “Sei lá. Achei interessante.” Respondeu o samurai de permanente. “Além disso, devo dizer que não beijas nada mal. Deves ter tido muita prática.”

    “Foi o meu primeiro.” Murmurou a cortesã da morte corada, com a franja a fazer-lhe sombra nos olhos.

    “O quê? Não te consegui ouvir.” Falou Gintoki.

    “Aquele foi o meu primeiro beijo, idiota!” Gritou Tsukuyo socando de novo o samurai. “Satisfeito?”

    “Porque é que estou sempre a apanhar?” Perguntou-se Gintoki voltando-se a levantar. “Bem, acho melhor encerrarmos este assunto. Agora vou tomar o café-da-manhã.”

    “Espera, Gintoki.” Falou Tsukuyo com um olhar determinado, agarrando o pulso do albino. “O que eu falei ontem era verdade… Por isso queria saber quais são os teus sentimentos em relação a mim.”

    “Se continuarmos assim, esta fic vai acabar virando um Dorama.” Pensou Gintoki sem saber o que fazer naquela situação.

    “Responde-me, Gintoki.” Pediu Tsukuyo mais confiante.

    “Bem…Não é como se eu não tivesse gostado, mas é que só estou um pouco confuso.” Falou Gintoki virando-se para a loira e encarando os seus belos olhos violetas. “O mais parecido com uma relação que tive, no passado, foram apenas algumas aventuras passageiras.”

    “Para mim isto também é tudo novo, mas mesmo assim quis tentar.” Falou Tsukuyo desviando o olhar. “Talvez seja melhor esquecermos o que aconteceu aqui.”

    “Não foi isso o que eu quis dizer!” Respondeu Gintoki decidido, encontrando de novo o olhar de Tsukuyo. “A verdade é que a tua confissão me apanhou de surpresa. Mas podia-mos tentar alguma coisa e ver o que dá.”

    “Sim, acho que podia-mos tentar.” Respondeu Tsukuyo um pouco constrangida pela proposta do albino. De repente ouviram um barulho vindo do outro lado da porta corrediça e Tsukuyo pegou rapidamente um kunai. “Quem está aí?”

    Então a porta abriu-se, revelando Aki cujos olhos estavam ocultos pela sombra da sua franja. “Vim chamar o Sakata-san para tomar o café-da-manhã juntamente com os outros, mas parece que vim num mau momento.”

    “Eu vou já, podes ir à frente.” Respondeu Gintoki nervoso.

    Aki assentiu e retirou-se, fechando a porta.

    “Ei, achas que ele nos ouviu?” Perguntou Tsukuyo levemente corada.

    “Espero bem que não.” Respondeu o albino.

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    Depois de terem tomado o café-da-manhã, todos abandonaram o Onsen. Enquanto caminhavam, podia-se claramente notar um estranho clima entre Gintoki e Tsukuyo.

    “Vocês os dois estão muito calados. Aconteceu alguma coisa ontem?” Perguntou Mizuki com um sorriso matreiro.

    “Não, nada.” Tentou dissimular Gintoki.

    “Isso mesmo, nada de nada.” Reforçou Tsukuyo.

    “Não me tentes enganar-me, Onii-chan. Desde que eramos pequenos, tu nunca me conseguiste esconder nada.” Falou Mizuki com um ar superior. “Não te preocupes, Tsukki. Eu vou prevenir que o Onii-chan te traia.”

    “Já te disse que não aconteceu nada entre nós!” Insistiu a loira um pouco corada.

    “Do que estão a falar?” Perguntou Sa-chan curiosa.

    “De nada.” Responderam Gintoki e Tsukuyo espantando-se com a inesperada intromissão da kunoichi.

    “Ok.” Falou Sa-chan estranhando o comportamento dos dois.

    “Passa-se alguma coisa contigo, China?” Perguntou Sougo, enquanto Kagura caminhava um pouco mais à frente e parecia irritada.

    “Não, nada. Mas se está farto de estar comigo podes muito bem passar mais tempo com aquele macaco stalker.” Respondeu Kagura parando de caminhar e voltando-se para o seu namorado.

    “Do que está a falar?” Inquiriu o capitão da 1ª divisão confuso.

    “Ontem, em vez de te aproveitares do meu estado de fraqueza, decidiste fazer mais uma das tuas competições parvas como o macaco.” Falou a Yato cruzando os braços e desviando o olhar, ficando levemente corada.

    “Oh, então querias que eu tentasse algo? Estás a ficar bem submissa, não deve faltar muito para te tornares na minha escrava pessoal.” Disse Sougo com um sorriso sádico.

    Então Kagura golpeou-lhe a cara, fazendo-o embater numa árvore, derrubando a mesma e disse, completamente corada. “É claro que não, seu sádico estúpido! Eu não sou esse tipo de garota e sou muito mais superior que tu. Se alguém se tem de tornar escravo, esse és tu! E eu só falei nisso porque recebemos uma crítica de uma leitora, no capítulo anterior! Portanto não fiques com a ideia errada!”

    “A Kagura-chan está a ser tão Tsundere neste momento, que fofa.” Comentou Tae com o seu típico sorriso.

    “Uma Tsundere com a força da Kagura-chan, isso é realmente uma combinação perigosa.” Pensou Shinpachi com uma gota de suor atrás da cabeça.

    “A Otae-san também é na verdade uma Tsundere, quando me rejeita!” Gritou Kondo atirando-se para a sua amada, mas esta agarrou-lhe os braços e atirou-o para o chão.

    “Desculpe, Kondo-san. Não o consegui ouvir muito bem, importa-se de repetir?” Perguntou a Shimura mais velha enquanto esmagava a cabeça do gorila com o seu pé, impedindo que este respirasse.

    “Kondo-san, quando acabar de ser espancado, volte para o QG.” Falou Hijikata acendendo um cigarro e seguindo o seu caminho.

    Enquanto Kondo tentava desesperadamente continuar a viver, Sougo e Kagura continuavam a discutir quem devia ser o escravo de quem. Então Aki passou pelo meio dos dois sem dizer uma única palavra, o que os espantou a ambos.

    “Ele acabou de nos ignorar?” Indagou Sougo.

    “Ele deve estar com algum problema.” Falou Kagura.

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    Alguns dias depois, Gintoki e Tsukuyo estavam num café sentados a conversar, cada um usando uma grande gabardine que lhes tapava metade do rosto, óculos escuros e chapéus.

    “Porque é que nós temos de fazer isto?” Perguntou Gintoki enquanto comia mais um pouco do seu bolo.

    “Eu já te disse, ninguém pode saber que estamos saindo, pelo menos até termos a certeza de que é o correto.” Respondeu Tsukuyo pousando a sua chávena de chá. “Além disso, eu não quero magoar os sentimentos da Sarutobi.”

    “Entendo, mas isto já chegou a níveis ridículos.” Reclamou o samurai apontando para asgabardines. “Por quanto tempo vamos ter de continuar com isto?”

    “Não muito, espero eu.” Suspirou a kunoichi. “Isto também é desconfortável para mim.”

    “Está bem, mas espero ser bem recompensado no fim.” Falou Gintoki com um expressão provocadora, fazendo Tsukuyo corar levemente.

    “Não posso acreditar, é mesmo verdade.” Comentou Shinpachi espantado, enquanto observava o casal a partir de uma esquina.

    “É como a Mizuki-nee disse, eles estão mesmo saindo.” Disse Kagura, que estava um pouco mais abaixo que Shinpachi.

    “Eu nunca me engano quando o assunto é o Onii-chan.” Vangloriou-se Mizuki acima de Shinpachi.

    “A minha mãe vai adorar isto.” Falou Seita abaixo de Kagura, enquanto segurava numa câmara de filmar.

    “Eles estão a mover-se, rápido se não vamos perde-los.” Falou Kagura tomando a dianteira.

    “Espera, Kagura-chan.” Pediu o megane seguindo Kagura e sendo seguido pelos outros.

    “Então, onde queres ir agora?” Perguntou Gintoki.

    “Acho que podemos ir ao parque.” Respondeu Tsukuyo um pouco constrangida, ela ainda não se tinha habituado à situação atual.

    Enquanto eles continuavam a caminhar, Gintoki viu uma moeda de 500 Yens e baixou-se para a apanhar, no momento que fez isso, um tiro de bazuca passou bem por cima dele.

    “Huh… O que foi isto?” Indagou Gintoki suando frio. “Quem foi o maldito que atirou? Soichiro-kun, foste tu, não é?”

    Enquanto Gintoki reclamava, Tsukuyo posse em guarda, pegando em algumas kunais.

    “Tsc. Falhei.” Falou Aki com uma bazuca estranhamente familiar apoiada no ombro. “Sakata-san, tente não se desviar para a próxima.

    “Do que estás a falar? E onde é que arranjaste isso?” Reclamou o albino irritado.

    “Peguei emprestado do Okita, agora morre.” Respondeu Aki numa voz monocórdica, mirando na cabeça do samurai e preparando-se para disparar.

    “Espera um momento! Qual é a razão de tudo isto?” Perguntou o albino escondendo-se atrás de um poste elétrico.

    “Estive a refletir sobre isto, durante algum tempo.” Falou o jovem assassino pousando a bazuca. “E decidi que um lixo traidor como tu, que não respeita os sentimentos da minha Onee-san, não merece viver.”

    “Eu não traí ninguém.” Protestou o samurai, recebendo com resposta uma kunai a passar-lhe perigosamente perto do rosto.

    “Adeus, Sakata-san.” Falou Aki pegando em mais kunais. “Esperarei um postal seu, vindo do inferno.”

    Então o Sarutobi mais novo começou a arremessar várias kunais, enquanto Gintoki fugia aos ziguezagues para não ser atingido.

    “Precisas de ajuda, Gintoki?” Perguntou Tsukuyo bastante calma com a situação.

    “Não, acho que vou ficar bem.” Respondeu Gintoki segurando numa tampa de uma lata de lixo coberta de kunais, usando-a como escudo.

    “Sim, Tsukuyo-san, por favor não se intrometa. Eu não a quero tornar num alvo.” Concordou Aki com um ar sério.

    “E se nós resolvesse-mos isto conversando?” Sugeriu Gintoki.

    “Recusado.” Respondeu o assassino continuando a arremessar kunais à medida que o seu alvo fugia.

    “Droga, logo quando eles estavam a começar a criar um clima, ele apareceu.” Queixou-se Mizuki.

    “Aquele macaco não sabe fazer nada bem.” Comentou Kagura.

    “Nós não nos devíamos preocupar com o Gin-san? Afinal o Aki-kun é um assassino profissional.” Falou Shinpachi preocupado.

    “Não a razão para nós preocupar-nos com o Gin-san, ele é forte o bastante.” Respondeu Seita confiante. “Mas é uma pena não ter conseguido gravar o encontro deles todo, assim como a minha mãe pediu.”

    No exato momento que o garoto acabou de falar, uma kunais trapaceou a câmara de filmar que ele tinha nas mãos, destruindo-a.

    “Vocês estavam a espiar-nos?” Perguntou Tsukuyo rodeada por uma aura negra.

    “A ideia não foi nossa, foi da Mizuki-san.” Falou Shinpachi assustado, mas quando olhou para trás, Mizuki e Kagura já tinham desaparecido, deixando o megane e Seita à mercê da cortesã da morte.

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    Gintoki fugiu por toda a cidade, sendo sempre encontrado e atacado por Aki. Já se tinham passado várias horas, mas o samurai ainda não tinha arranjado uma forma de despistar o assassino que o perseguia.

    “Tempo. Preciso descansar e ingerir algum açúcar.” Pediu Gintoki com respiração ofegante, apoiando-se na parede de uma casa.

    “Recusado.” Respondeu Aki continuando a avançar.

    “Como é que o Mayora aguenta algo assim todos os dias.” Pensou o albino enquanto tentava encontrar uma rota de fuga.

    “Acho que está na hora de o ajudarmos.” Sugeriu Tsukuyo observando a cena com Mizuki, Kagura, Shinpachi e Seita, tendo os dois últimos alguns ferimentos de kunais.

    “Mas como vamos conseguir para-lo? Quando ele fica assim, nada o consegue parar.” Explicou Kagura.

    “Será mesmo?” Falou Mizuki olhando para Kagura com um olhar brilhante. “Acho que tive uma ideia.”

    “Tenho um mau pressentimento acerca disto.” Murmurou Kagura com uma gota de suor detrás da sua cabeça.

    “Tens algumas últimas palavras, Sakata-san?” Inquiriu Aki pegando em mais uma dúzia de kunais.

    “Se não me matares agora, dou-te 300 Yens. Que tal?” Tentou negociar o samurai de permanente.

    “Recusado.” Respondeu o assassino preparando-se para arremessar.

    Mas quando Aki estava prestes a eliminar o seu alvo, uma voz feminina e infantil pediu. “Aki-chan, por favor não faças isso. Se quiseres podes passar um pouco de tempo comigo e levar-me ao parque. Eu até trouxe os teus donuts favoritos.”

    Aki ficou corado ao reconhecer a voz, assim que se virou viu Kagura a usar um vestido cor-de-rosa bastante feminino, uns laçarotes no lugar dos seus prendedores de cabelo e a segurar um saco cheio de diversos tipos de donuts, enquanto fazia uma expressão extremamente inocente. O jovem stalker ficou completamente perplexo, sem conseguir proferir uma única palavra perante tal visão.

    “Acho que o choque foi demasiado para o coração dele.” Comentou Tsukuyo juntando-se a eles, juntamente com os outros.

    “Além de eu ser a Sensei do Amor, também sou capaz de tornar qualquer coisa em algo feminino.” Vangloriou-se Mizuki. “Se quiseres também te posso ajudar, Tsukki.”

    “Não, obrigada.” Respondeu a loira afastando-se da sua futura “cunhada”.

    “Estou safo.” Suspirou Gintoki de alívio.

    “Espero bem que me dês uma tonelada de sukonbu depois, Mizuki-nee!” Gritou Kagura irritada, voltando ao seu comportamento normal. “Agora devolve as minhas roupas, não quero que mais ninguém me veja assim!”

    De repente ouviu-se o som de alguém a segurar uma gargalhada, Kagura teve um mau pressentimento e virou-se, encontrando o seu namorado com uma mão na boca e rindo, enquanto tirava fotos à jovem Yato com o seu celular.

    “Não sabia que gostavas de te vestir assim, China. Ainda bem que hoje fiz a minha patrulha, deve ser o meu dia de sorte.” Falou ele com um sorriso sádico, enquanto guardava o celular.

    “Dá-me já esse celular!” Gritou Kagura corada enquanto tentava atingir o policial com vários golpes, mas este os desviou a todos.

    “Nossa, parece que as coisas ficaram complicadas enquanto eu não apareci.” Falou Sa-chan juntando-se ao grupo. “O que aconteceu aqui?”

    “Onee-san.” Falou Aki voltando a racionar. “Estava apenas a tentar assassinar o Sakata-san.”

    “Porque farias algo assim com o teu futuro cunhado?” Perguntou Sa-chan não conseguindo entender a situação.

    “Ele traiu-te e beijou a Tsukuyo-san.” Respondeu Aki deixando todo o mundo gelado à espera da reação da stalker mas perigosa de Edo.

    “Entendo, isto é verdade, Tsukki?” Perguntou Sa-chan com os seus óculos fazendo reflexo.

    “Sim.” Respondeu Tsukuyo com um pouco de hesitação.

    “Está bem.” Falou Sa-chan agarrando-se ao braço do albino. “Se vocês decidiram ficar juntos, então eu serei a amante do Gin-san e irei ajuda-lo quando perceber que a Tsukki não será capaz de o satisfazer por completo.”

    A resposta da assassina chocou todos os presentes, especialmente Gintoki e Tsukuyo.

    “O que queres dizer com isso, Sarutobi?” Perguntou Tsukuyo com uma veia a pulsar na testa.

    “Exatamente o que ouviste.” Respondeu a stalker enquanto se aferrava mais ao braço do samurai. “Então se ela te beijou, eu vou dar-te algo muito melhor, Gin-san.”

    “Corta essa!” Reclamou Tsukuyo tentando arrancar a sua amiga, do braço do albino.

    “O que é que eu fiz para merecer isto?” Suspirou Gintoki enquanto Tsukuyo tentava puxar Sa-chan.


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