Eu sou o Sasuke-kun e você tem que me amar.

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 14

    Posando para a Play Baby!

    Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Violência

    Hello pessoal!

    P.S.: O título do capítulo é uma alusão àquela revista masculina famosa u.u (Tá certo Lady, ninguém tinha entendido ¬¬')...

    Escrevi com muitooooo carinho mais esse capítulo de Fanfic e espero que gostem!

    Notas:

    Tadaima= equivale ao nosso "cheguei" (em casa)

    Okaeri= significa algo como "bem vindo de volta"

    Divirtam-se!

    Boa leitura

    Câmera ligada:

    — Olá pessoal! Há quanto tempo, hein? — indagou sorridente. — Bom hoje eu tenho uma novidade para vocês, só que não é sobre a missão... Kyahhh! — corou envergonhado. — Tô com vergonha de falar... — escondeu o rostinho. Respirou fundo. — Minna, eu vou ser capa de revista! Pronto, falei! Agora vocês podem começar a babar no meu físico! — levou o dedinho indicador na boca. — Bom! Tô indo nessa e me desejem sorte! Kissus de tomate para todos!

    Desligou a câmera.

    (...)

    Algumas horas antes...

    O moreno caminhava na calçada, pela cidade, pois havia ido ele mesmo ao supermercado fazer compras, afinal, da última vez que mandara o Chibi em seu lugar acabaram comendo tomate por duas semanas.

    Carregando várias sacolas em cada mão, ele andava sempre com o olhar fixo a sua frente, o tédio e mau-humor como de costume denunciava a sua personalidade hostil. Passou tranquilamente em frente um estúdio fotográfico e de repente, antes que pudesse atravessar a rua, duas moças surgiram à sua frente:

    — Uau... Você mora por aqui?! — indagou a loira deslumbrada com o moreno.

    — Hum... — ele ignorou se desvencilhando dela e tentando seguir seu trajeto, no entanto, a outra mulher o segurou pelo braço.

    — Espere! Precisamos falar com você! — avisou tentando pará-lo, no entanto sendo arrastada por ele que prosseguiu seus passos.

    — Não conheço vocês... Como assim precisam falar comigo? — ele insistiu em continuar seu caminho mesmo tendo que arrastar a mulher grudada em seu braço.

    — ISSO ENVOLVE DINHEIRO, MUITO DINHEIRO! — gritou na esperança de convencê-lo.

    — Hum... — o rapaz finalmente parou e passou a encarar as duas. — Digam logo o que querem!

    — Olha só... Tipo, você é justamente o que estávamos precisando para a nossa revista feminina! Precisávamos de um homem tipo... — foi interrompida pela outra.

    — Exatamente como você é! Lindo, indiferente, grosseiro, malvado e... Resumindo, um bad boy como você! É claro, pagaremos muito bem! — salientou a loira simpática.

    — Sim, sim... Isso mesmo o que ela disse! — reforçou a outra.

    — Hum... E vocês precisam de um homem tipo eu, exatamente pra que? — ele inquiriu desconfiado.

    — Éh... — a mulher se aproximou dele e cochichou em seu ouvido. — É isso... — ela sorriu.

    — Não! — ele deu de costas para as duas.

    — Pelo amor de Deus! Nossa revista está beirando a falência, as leitoras estão nos abandonando... — implorou com lágrimas nos olhos.

    — Você não tem pena dos nossos filhos? Quando ficarmos desempregadas, viveremos na miséria... Já posso até ouvir meu Hikki dizendo: Mamãe, mamãe, minha barriguinha está doendo, estou com fome! — dramatizou imitando voz de criança.

    — Eu também já estou imaginando a Kyoko olhando para a filha da vizinha tomando sorvete e eu não tendo dinheiro para dar a ela! — choramingou a outra.

    — Hum... — o moreno ignorou as duas, olhando para os dois lados da rua antes de atravessar.

    — Hey... Você não nos ouviu? — perguntou uma das mulheres.

    — É... Eu ouvi! — ele respondeu entediado.

    — E não tem nada a declarar? — indagou a morena ao lado.

    — Ora... Se a revistinha falir é só as bonecas colocarem a mão na massa e trabalharem como todo mundo faz! — ele sugeriu dando um passo para frente, na tentativa de prosseguir.

    — Olha só... — a loira pegou na mão do garoto o puxando para trás. — Se você não quer, ao menos não conhece outro homem interessante... Sabe... Como posso explicar... — ela o analisava. — Tipo, alguém igual a você? Sei lá... Um irmão seu ou algum primo que tenha todo esse “conteúdo”? — os olhos da mulher devoraram o rapaz.

    — Hum... Não sei! — ele se concentrou. — Itachi nii-san? Não! Acho que ele não posaria nu... Hum... Suigetsu? Bom, ele não é parecido comigo, mas vai que de repente essas tais leitoras o achem... Simpático?! Juugo... Não! Imagino-o tendo uma crise bipolar dentro do estúdio fotográfico... Aí sim elas vão falir! Então resta apenas o... Bom! Ele é o que mais se parece comigo, mesmo que seja uma miniatura! — pensou o moreno com o dedo indicador no queixo.

    — Né, moço... Você ainda está aí? — uma delas estalou o dedo na frente dos olhos negros dele.

    — Ah, sim! Bom, o que eu tenho para sugerir não é bem um homem... Se bem que também não deixa de pertencer ao sexo masculino! — ele comentou pensativo.

    — Kyah! Se for igual a você, tudo bem... Nós queremos saber quem é! — a morena insistiu.

    — Meu alter ego! Ele é a minha cara! Porém a diferença é que a personalidade dele é oposta a minha e ele é baixinho! — completou desinteressado.

    — Hein? Alter ego? É aquelas miniaturas que se parece com a gente e ficam falando pelos cotovelos? — indagou a loira.

    — Provavelmente, a menos que você saiba sobre a existência de outras espécies! — o jovem ironizou.

    — Tudo bem! Nós aceitamos! — concordou a outra.

    — Ué... Como assim aceitam? Não é uma revista feminina? Vocês não precisam de homens de verdade? — o moreno inquiriu erguendo uma das sobrancelhas.

    — Sim, é verdade! Mas também temos parceria com uma revista especializada em alter egos, a Play Baby e poderemos lucrar bastante em cima disso! — confessou com os olhos brilhantes.

    — Hum...

    — Enfim, traga o seu pequenino aqui neste mesmo estúdio ainda nessa tarde para fazermos o contrato! Garanto que você ganhará muito dinheiro com isso... — ressaltou.

    — Hum... Ok! — ele deu de costas e prosseguiu seu caminho. — Será que isso é errado? Ah... Mas até que não é uma má ideia ganhar dinheiro à custa do monstrinho! Afinal, sempre fui eu que o sustentei, está mais do que na hora dele me ser útil também! — pensou sorrindo de canto.

    (...)

    O pequeno sobre a mesinha de centro da sala, com seu lápis de cor vermelha em mãos, desenhava sobre o papel:

    — Kyah! O que será que o Sasuke-kun comprou? Será que ele vai trazer mesmo aquele novo biscoito recheado de tomate que eu vi no comercial da TV e pedi pra ele? Hum... Tomara que sim! Ah... E será que ele também comprou chocolate? — pensava o pequeno enquanto fazia seus rabiscos.

    — Tadaima! — avisou apático.

    — Okaeri Sasuke-kun! — saudou o chibi descendo da mesa e correndo até o maior. — Né, né... Você comprou o que eu te pedi? Diz que sim, diz que sim... Sim? — inquiriu com os olhinhos brilhando.

    — Ai, ai... — o moreno bufou pegando uma das sacolas. — Aqui está, só não exagere no doce... Você se lembra do que aconteceu da última vez que se empanturrou de chocolate, né? — advertiu seguindo pelo corredor.

    — Nem me lembre, pobre do meu bumbum... — olhou para o lado. — Dessa vez não vou exagerar!

    Alguns minutos depois, o rapaz terminou de guardar a comida e voltou para a sala. Aproximou-se do sofá, sentando no mesmo:

    — Sasuke-chi... — chamou o menor folheando as páginas de um livro qualquer, que pegara na estante da sala. — Você ainda quer ser famoso? — perguntou entediado.

    — Né Sasuke-kun, você quebrou a guitarra... — lembrou deprimido.

    — Não digo na música... É que, sabe quando eu estava vindo do mercado? — ele contou para o pequeno a proposta daquelas mulheres. — E então?

    — Kyah! Aí está a minha chance de brilhar! — inocente, o pequeno anunciou. — Está esperando o que Sasuke-kun? Me leve até lá... Quero estar sob os holofotes o quanto antes! — ressaltou o mini com brilho nos olhos.

    — Hum... Como ele é ingênuo! Mas já que ele quer... — pensou olhando malignamente para o alter ego. — Vamos lá então!

    Sasuke se levantou do sofá e seguiu até a porta, esperou o chibi se arrumar e assim os dois partiram rumo ao estúdio. Chegando lá, as duas mulheres, ansiosas já aguardavam na porta do local:

    — Nossa que gracinha! — elogiou a morena ao pequeno.

    — Oh meu Deus! Você veio mesmo! — uma delas parecia não acreditar.

    — Não! Eu fiquei em casa... Esse daqui é só um clone! — o moreno fez uma bela poker face.

    — Haha... — a outra riu sem graça, sentindo vergonha alheia para com a sócia. — Né, vamos entrar! — sugeriu constrangida.

    Assim que entraram no estúdio, o pequeno, deslumbrado com as câmeras e os cenários, se mostrava eufórico.

    — Kyah! Eu vou ser fotografado por profissionais! — pronunciou contente.

    — É... E olha que maravilha, não será só a sua bunda que irá aparecer! Pelo menos eu acho... — murmurou olhando para o lado.

    Então as mulheres pegaram o pequeno e o foram o preparar para as fotos.

    Meia hora depois...

    Sasuke-chi com orelhinhas e rabinho de gato preto, estava posto frente às câmeras, segurando um tomate para tapar as partes...

    — Sasuke-kun... Tá meio friozinho aqui! Porque me deixaram pelado? — perguntou curioso ao maior.

    — Ownt... Olha só pequenino! — se pronunciou uma das mulheres. — Isso é nu artístico! Não revelaremos as “partes”... Se é que me entende! — ela explicou.

    — Basicamente é isso o que ela disse... Aliás, eu te avisei que seria assim — reforçou o moreno impassível.

    — Hum... Tudo bem! Se eu preciso fazer isso pra me tornar famoso, ok! Irei encarar esse desafio como homem! — pronunciou decidido.

    — Tolo... Será que ele acha que apenas fotografias tiradas para uma revistinha local é o suficiente para torná-lo uma celebridade? Ainda mais neste mercado tão competitivo que é a indústria do entretenimento... — pensou o maior.

    Após a sessão de fotos, as mulheres maravilhadas saíram da sala com o pequeno e a câmera.

    — Ah... Ele ficou tão fofo nas fotos! — comentou a morena.

    — Sim, sim... Uma gracinha! — completou a outra. — Agora toma o alter ego, que vamos ali revelar as fotos, é rapidinho...

    — Sasuke-kun, Sasuke-kun... — ele abriu os bracinhos para o maior que o pegou. — Eu tirei um monte de fotos... Agora sim serei famoso! — afirmou orgulhoso.

    Os olhinhos brilhantes, aquela expressão tão inocente do pequenino foi o suficiente para o rapaz dar um passo para trás:

    — Ai, ai... Não! Você não vai ser famoso, Sasuke-chi! — informou ao chibi.

    — Hein? Por quê? Disseram-me que eu tenho potencial e... — foi interrompido.

    — Sasuke-chi, você não vai ter suas fotos divulgadas nessa tal de Play Baby e ponto final! — ele falou alto se aproximando das duas mulheres que vinham com as fotos em mãos. — Mesmo que seja apenas nu artístico, ainda assim você é muito ingênuo para compreender a profundidade desse assunto... Quando puder entender melhor daí você tira suas próprias conclusões... — ressaltou entediado.

    — O que? — elas inquiriram em uníssono.

    — Mas como assim? Já tiramos as fotos e... — foi interrompida.

    — Tudo bem! Eu compro todas elas! — disse o moreno, afinal, elas não poderiam ficar no prejuízo.

    — Né, rapaz... Nós ainda não sabemos o seu nome! — manifestou a loira irritada.

    — Sasuke, Uchiha Sasuke! — respondeu tranquilamente.

    — Ótimo! Então olhe aqui seu Uchiha Sasu... — começou a falar num tom arrogante, no entanto, se interrompendo. — U-Uchiha? Uchiha?! QUE? Do extinto clã Uchiha? — indagou arregalando os olhos.

    — Provavelmente... A não ser que você conheça outro clã com esse sobrenome! — ironizou olhando para o lado.

    — Haha... Sasuke-sama! — riu sem graça a loira mudando completamente o tom de voz. — Tudo bem então, nós não iremos publicar as fotos e você pode ficar com elas! — avisou amigavelmente.

    — Hum... — o rapaz retirou a carteira do bolso.

    — N-Não precisa, te daremos as fotos de graça! — a morena argumentou.

    — Não! Eu faço questão de pagar! — ele insistiu olhando malignamente para elas.

    — S-Sim senhor! — ambas acataram em uníssono.

    — Pronto! — ele pagou e pegou as fotos. — Vamos embora monstrinho!

    — Humpf... — o pequeno bufou fazendo bico, ignorando o maior.

    (...)

    À noite...

    Câmera ligada:

    — Oi pessoal! Tudo numa boa? — perguntou com os olhinhos brilhantes. — Então né... Hoje mais cedo eu disse a vocês que iria ser capa de revista né? Mas no fim acabou tudo indo por água a baixo! — confessou deprimido. — Porém, o Sasuke-kun me explicou mais ou menos como funcionam as coisas nessas “revistas”, tipo, há muita exposição e que mesmo sendo fofas as fotos, sou muito novo para isso... Daí ele desistiu da ideia de tentar lucrar as minhas custas! Bom... Mesmo eu tendo ficado puto e o chamado de monstro após esse esclarecimento, afinal ele tentou me usar, ao menos no último minuto ele desistiu e assim provou que se importa comigo, né? — inquiriu sorridente. — Bom! Vou ter que desligar porque o Sasuke-kun está me esperando para o jantar e adivinhem só... Kyah! Ele pediu pizza de sabor tomate para nós dois! Ja ne...

    Desligou a câmera.

    Enquanto isso, sentada na cadeira em uma sala escura de um certo estúdio fotográfico, a mulher de cabelos loiros falava ao telefone:

    — Alô, é da revista Play Baby? — indagou educadamente.

    — Sim! No que posso ajudá-la? — perguntou a voz feminina do outro lado da linha.

    — O chefe ainda se encontra? — inquiriu suavemente.

    — Só um momentinho! — a moça transferiu a ligação.

    — Alô? Chefe?!

    — Quem fala? — ele indagou impaciente.

    — É aqui da revista feminina “Hot”!

    — A sim... E as fotos do alter ego que você me disse mais cedo já ficaram prontas? — perguntou frio.

    — Bom... Sobre isso, o rapaz desistiu de deixar o seu alter ego posar! — confessou entristecida.

    — Hum... Grande coisa, você arranja outro... Aliás, qual era o nome desse cidadão? — inquiriu com desdém.

    — Uchiha, Sasuke Uchiha! — respondeu rapidamente.

    — Humpf... Esse Uchiha, o que ele pensa que... Uchiha? Espera aí, Uchiha Sasuke do clã Uchiha?— indagou com a voz alterada.

    — Sim, esse mesmo!

    — AH MEU DEUS! Vá atrás dele... Eu preciso dessas fotos... Você não guardou os negativos?

    — Né... Orochimaru-sama! Hoje em dia só usamos câmeras digitais, não tem essa de negativo mais! E já apagamos da memória... — informou ao mais velho.

    — Estrupício! Como você pôde deixar o Sasuke-kun ir embora assim? Você deveria ter insistido até a morte! — vociferou. — Tá certo que o alter ego não é ele próprio, mas imagina só ver aquela coisinha linda desnuda como veio ao mundo... Ah! — suspirou apaixonadamente.

    — Argh! Orochimaru-sama... Provavelmente deve conhecer o Uchiha, mas poxa, precisa comentar isso para mim escutar? Ninguém merece... — pensou a mulher olhando para o lado. — Enfim, eu queria te pedir perdão por... — foi interrompida.

    — Nem pensar! Nossa sociedade está desfeita! A menos é claro que, você me traga fotos do Uchiha, mesmo que seja apenas do seu alter ego! — impôs irritado. — Tchau! — desligou o telefone.

    — Cobra desgraçada! — a loira fula de raiva meteu o telefone no gancho. — É... Minha querida Kyoko, a mamãe vai ter de roubar o sorvete da vizinha... — deprimida a mulher desabafou sozinha, começando a chorar escandalosamente. — MALDIÇÃO! Eu não quero falir!

    Ela passou a noite em claro, pensando na vida, no que faria e na possibilidade de roubar aquelas fotos do Uchiha, mas só de se lembrar do olhar do moreno ameaçador, ela sentia um forte frio na barriga.


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