Olá pessoal! Estou aqui com mais uma história de Pokémon só que um twist de Megaman X no meio.
As duas franquias são as minhas preferidas desde que eu era criança ainda em 1998 e por isso, resolvi escrever uma história com a mistura dos dois. O enredo era se passar no Mundo Pokémon, mas a linearidade dele terá como padrão a saga de X. Isso não quer dizer que vou seguir cegamente o jogo de Megaman X, até porque não estou apto a escrever sobre quase 20 jogos da série Megaman...
Portanto, serei o mais original possível por aqui.
Mais uma vez, Pokémon e Megaman X não me pertencem! Ambos são propriedades, respectivamente, da Nintendo e da Capcom, ou Crapcom melhor dizendo. (Fanfic também postada na Nyah! Fanfiction e no Animespirit!)
– É, parece que estamos perdidos, Niro... – Um jovem de 16 anos suspirou enquanto inspecionava o aplicativo cartográfico de sua Pokédex. Ele era alto (com seus 1,89 metros), magro, de cabelo curto e castanho e de pele levemente bronzeada. Vestia uma camisa azul com o símbolo de uma Pokébola no meio, uma calça jeans, um pequeno chapéu branco e tênis branco com detalhes azuis.
Ao seu lado, estava seu companheiro Pokémon fiel, um Zoroark azul. Niro sempre foi o melhor amigo de Maddox desde os dois eram praticamente crianças. O jovem havia ganhado Niro, na época era um Zorua, de aniversário aos 11 anos quando havia desejado ter um amigo Pokémon. Dali em diante, os dois fizeram uma amizade bem rápida e passaram um ao outro como se fossem irmãos e cresceram até chegarem aos dias atuais quando resolveram participar da Liga Indigo de Kanto.
No momento presente, os dois estavam se aventurando pela Floresta Viridian onde estavam tentando encontrar uma direção que os levassem de volta para o caminho até Pewter. Entretanto, um bug no aplicativo do mapa da Pokédex o fez caminhar por uma direção que adentrava nas partes maisprofundas da floresta.
– Droga, maldita sucata! – Ele deu um tapa no aparelho com uma pequena esperança de poder consertar o problema.
– Você sabe que isso não vai funcionar, Maddox. Esqueça o PokéNav e use a natureza para se orientar. – Seu Pokémon o aconselhou. - O Sol está se pondo naquela direção... – Ele observou a cor dos raios alaranjados que iluminava os caules das árvores a sua esquerda.
Ao contrário do que muitos pensam, Psíquicos não são os únicos capazes de possuírem capacidade de poder usar telepatia. Zoroarks eram um dos poucos capazes de aprender tal habilidadeapesar de precisar de mais treinamento. Niro atingiu esse patamar após um ano tentando de alguma forma criar uma maneira de poder se comunicar com seu “irmão”.
– Ah, é mesmo. Se seguirmos as orientações naturais, podemos saber a direção para Pewter. Se o Sol está se pondo naquela direção, então quer dizer que ali é o oeste. Então devemos seguir ao norte até Pewter... – Maddox pensou alto.
– Viu? Até um Psyduck sabe um pouco de geografia. – Niro sorriu.
Maddox o encarou, com uma falsa raiva. – Está insinuando que eu sou burro?
– Talveeeeeeeez... – O Pokémon riu.
– Bem, pelo menos não é pior do que ver você tentando jogar no videogame lá em casa. Hilário ver como sua cara fica quando você perde! – O jovem sorriu.
– Só porque humanos têm polegares...
Eles começaram a passear pela floresta enquanto tentavam, neste momento, achar umcaminho de volta à estrada. Até que as orelhas de Niro se levantaram de repente...
Maddox notou a reação repentina dele. – Ouviu alguma coisa?
– Estou ouvindo vozes de pessoas naquela direção. – Ele apontou a uns poucos graus esquerda da dupla. Depois, se virou para o treinador. – Vamos checar o que é?
– Bora.
Depois de poucos segundos, os dois alcançaram o que parecia uma clareira onde havia uma espécie de acampamento gigante. Havia Pokémons e pessoas no meio, indo lá e cá. Alguns estavam conversando, mas a maioria estava trabalhando numa área além dos alojamentos. Pelas ferramentas que estavam carregando, os dois jovens deduziram que estavam provavelmente cavando alguma coisa.
– O que você acha que é? – Niro perguntou.
– Parece... – Maddox começou, tentando se lembrar de uma informação que ouviu quando estava no Centro Pokémon de Viridian. Ah, agora ele se sabia a resposta. Aparentemente, um cientista estava convencido que há alguma coisa enterrada por ali. Mas ele nunca pensou que tropeçariam nesse lugar.
– Parece ser um sítio arqueológico...
O ano era 2129.
Maddox é um treinador normal em sua jornada para colecionar e treinar Pokémons. Muito mudou desde que robôs passaram a ser uma rotina do dia-a-dia na vida dos humanos e também Pokémons domesticados, mas, mesmo com isso, o comportamento entre as duas raças continuaram basicamente o mesmo com o passar do século. Ainda assim, os ventos do destino estavam prestes a plotarem um curso ninguém jamais imaginou...
...
– Com licença? Doutor Cain?
– Sim. – Cain tirou os olhos de suas notas para a porta de sua tenda. Seu Pokémon, Alakazam, que o estava ajudando na arrumação de seus papéis também se virou para observar o que perturbado sua concentração.
A pessoa que estava na porta, um dos membros mais jovens da tripulação de escavação se ele recordava bem, apontou para perto dele. – Nós temos visitantes.
Cain observou o treinador e seu suposto Zoroark, ambos claramente envergonhados.
Foi a ideia de Niro para entrarem no campo para perguntar por direções. Mas a curiosidade dos dois sobre o propósito da escavação o que os fizeram vagar pelo lugar até alguém perguntar quem eles eram.
Após algumas explicações, a pessoa, um garoto que saiu recente da faculdade e estava acompanhado de seu Sandslash, os levaram até o líder da expedição que era o Dr. Cain.
– Relaxe Cain, eles não vieram aqui para causar problemas. – Seu Alakazam disse por telepatia já percebendo o cuidado na mente de seu mestre. – Eu analisei as mentes dos dois e não vi nenhuma má intenção neles.
Agora que tinha a confirmação de seu Pokémon, Cain relaxou o corpo e sorriu para os dois visitantes.
– Ah, e quem vocês são?
– Eu sou Maddox. Desculpa por invadir. Nós ficamos perdidos na floresta e tropeçamos por aqui. – Ele olhou profundamente envergonhado e depois apontou para Niro. – E esse é Niro, meu parceiro.
Niro levantou uma de suas patas em aceno. – Como vai?
– Bem. – Cain respondeu ligeiramente surpreso com a capacidade de um tipo Negro possuir telepatia. – É um prazer conhece-los. Eu sou Dr. Cain, líder dessa expedição. E esse é meu parceiro Alakazam.
O Psíquico assentiu levemente.
– Suponho que vocês estejam em direção à Cidade de Pewter?
– Bem, nós estávamos. Até meu PokéNav sofrer um bug e bagunçar com o mapa todo. – Maddox disse com tristeza. - Mas, se não se importar em me dizer, vocês estão escavando por aqui, Dr. Cain?
– Oh, nós acabamos de achar um edifício que data desde, aproximadamente, 2027.
– 2027, hein? Não foi nesse tempo em que Megaman viveu?
Se alguém perguntasse hoje em dia sobre a história de Megaman, protetor do mundo entre 2012 e 2025, saberia contar uma narração de pelo menos 10 minutos. O criador dele, Dr. Thomas Light, fez várias descobertas e também avanços na área de robótica durante o tempo em que viveu.
– Mas nem mesmo Dr. Light, por mais brilhante que fosse, conseguiu fazer o que muitos hoje acham impossível. Embora o rumor de que ele chegou perto com Megaman. – Maddox recitou. Todos na tenda sabiam do que ele estava falando.
Apesar dos avanços na robótica, a única coisa que ninguém conseguiu inventar era um robô que pudesse interagir sem menores problemas com um Pokémon como os humanos fazem. A teoria dizia que se pudessem construir tal robô, seria um passo pequeno para criar um com capacidades mais avançadas.
Infelizmente, experimentos com esse objetivo só terminaram em falhas. Pokémons conseguem notar a diferença entre um ser vivo e um sintético. Havia alguns que diziam que a criação de Dr. Light, Megaman, conseguiu ter um Pokémon que realmente achou valer a pena se familiarizar com ele. Mesmo assim, isso eram só rumores e não havia evidência confirmasse tal premissa. Mas aqueles que acreditavam sempre discutiam que não havia provas que pudesse negar tal fato, o que era verdade também.
De qualquer maneira, os experimentos fracassados fizeram as pessoas acreditar que por mais que a tecnologia avançasse, Pokémon e as jornadas feitas pelos jovens seriam uma das coisas que nunca iriam mudar. Até mesmo a Pokébola permanecia a mesma depois de anos.
– Dr. Cain! – Um dos escavadores chegou correndo até Cain e parou na frente dele.
– O que foi? – Ele perguntou.
– Senhor... – Começou ofegante. – Nós achamos a entrada para o edifício. Também achamos que o senhor deve ter a honra de ser o primeiro a entrar.
– Até que fim. – Virando para Maddox e Niro, ele disse. – Por que não se juntam ao grupo na entrada?
Maddox deu de ombros. – Está bem.
Chegando ao local, Cain descobriu que a entrada dava a um túnel que dava ia para o subterrâneo. Ele pediu que todos, incluindo seu Alakazam, ficassem para trás enquanto investigava o lugar. Claro, não queria que ninguém fizesse alguma besteira lá dentro.
Ele sentiu excitação e cuidado ambos ao mesmo tempo à medida que descia pelas escadas, chutando uma boa quantidade de poeira no caminho. Quando chegou ao que parecia ser a câmara principal do estabelecimento, notou que havia muitos eletrônicos ainda ligados após todos esses anos sem alguém passar ali. Aí, percebeu outra coisa.
Uma cápsula estranha, no meio da sala. Estava ereta e era bem grande. Cain, curioso, andou até ela e tirou a poeira grudada nela. Então, viu uma insígnia: o algarismo romano “X”.
– Hmm... – Ele murmurou para si mesmo enquanto a examinava. O que tinha dentro? Um som interrompeu seus pensamentos. Se virou bem a tempo para ver um dos eletrônicos vir em sua direção.
– O que é isso? – Se perguntou até que uma mensagem apareceu.
...
A primeira coisa que Maddox e Niro escutaram foi os passos do que parecia ser do Dr. Cain. A maioria do pessoal da escavação tinha saído para fazer outras tarefas já que o doutor estava demorando muito, deixando os dois sozinhos. Ambos treinador e Pokémon arfaram incrédulos e surpresos quando viram o que o estava acompanhando.
Era um robô que tinha uma semelhança tremenda com o Megaman. Sua armadura tinha múltiplas cores de tom azul e no seu capacete tinha uma espécie de cristal vermelho. Ele parece estar olhando em tudo ao seu redor com bastante curiosidade. Nenhum dos dois sabia como reagir adequadamente. Era isso o que Cain descobriu dentro do edifício? O que era exatamente? Enquanto Maddox observava, Niro e Alakazam reagiram quase que imediatamente.
Alakazam andou até seu mestre, claramente preocupado com seu bem-estar. Cain deu uns tapas leves no ombro dele como se dissesse que estava tudo bem. O robô estava encarando os dois curiosamente.
– Isso é um Pokémon, certo? – Ele perguntou.
– Sim, esse é meu parceiro Alakazam. Ele me ajuda nas pesquisas.
– Alakazam. – O Pokémon disse enquanto estranhamente ergueu uma de suas mãos para o robô. Ele mesmo não entendeu por que tinha feito. Sabia que era um robô na sua frente, mas havia alguma coisa nele que o fazia “gostar” dele. E isso confundiu Cain e Maddox.
O robô relutantemente apertou a mão dele. – Erm, olá?
Aí foi a vez de Niro chegar perto dele e... cheirá-lo. Particularmente, Maddox achava isso estranho considerando que o Zoroark NUNCA cheirava um robô passante.
– É estranho. De alguma forma, ele parece... vivo para mim. Não vivo como eu diria para um robô, mas como se fosse um humano. – Niro disse quando voltou a ficar ao lado de Maddox.
O treinador silenciosamente pensou nas palavras de seu Pokémon enquanto estudava com cuidado o sintético na sua frente. Foi então que lhe ocorreu. Será que ele é...?
– Por que não se apresenta a ele? – Dr. Cain perguntou ao se virar para Maddox, quebrando um pouco a tensão.
– Oh! Eu sou Maddox. Sou um treinador nascido em Viridian e esse aqui é meu parceiro Niro, um Zoroark.
O robô sorriu. – Meu nome é Megaman X, mas podem chamar de X mesmo.
...
Enquanto isso, a poucas centenas de metros dali, um Pokémon canino pequeno estava deitado perto de um árvore. Ele era azul na maior parte do corpo, tinha pernas pretas e um colar amarelo.
Ele se levantou com bastante esforço. Estava fraco e precisava de cuidados. Mas precisava continuar andando em frente porque as consequências seriam terríveis se fosse pego...
Ao passo que caminhava pela floresta, tropeçava muito e mesmo assim, continuava em frente. E seria assim já que não queria voltar para o lugar de onde veio...