Soraya... A história de um demônio

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    Capítulos:

    Capítulo 9

    A dor de uma perda

    Mutilação, Violência

    - CHAME A POLICIA!

    Gritei com o resto das forças que tinha.

    O homem saiu pela porta.

    Eu me livrei das algemas com a ajuda de um grampo de cabelo e corri até Ashley, não tinha mais vida, era desesperador ver minha filha daquele jeito, abracei-a e chorei sem nem ao menos saber o que eu sentia.

    Depois de muito tempo a policia chegou, o agente David entrou no banheiro e me encarou.

    - Meu Deus!

    Eu apenas chorava.

    - O que houve senhor Guilherme?

    Ele veio se aproximando e eu de repente gritei.

    - EU VOU TE MATAR!

    - Desculpe senhor, o que disse?

    Eu o encarava e via Soraya em seu semblante, me dava raiva ver aquele rosto.

    - FOI SUA CULPA, SUA ...!

    Não sabia explicar por que via Soraya, apenas me descontrolava como se ela estivesse ali.

    - Se acalme, senhor Guilherme.

    Ele parecia irritado e sem perceber o esmurrei, dois policiais me seguraram e me levaram pra fora.

    - Você se meteu em uma encrenca das grandes.

    Disse um dos policiais em tom de zombaria.

    - Senhor Guilherme!

    David vinha em minha direção.

    - Eu sei que teve um trauma bem grande em sua família, mas isso não é seu normal, está parecendo mais um louco.

    - Está achando que eu fiquei doido?

    Percebi que meu tom de voz saiu alto demais.

    - Não senhor, só estou falando que deve estar muito abalado com tudo isso.

    - É claro que estou, minha filha assassinou minha família inteira, e o senhor é um completo idiota.

    Eu falei sem querer, minha mente estava lenta e eu me esforçava para não fugir do assunto.

    - Já chega, senhor Guilherme.

    Ele se afastou e ordenou que me levasse para a delegacia.

    Sentia-me tonto quando cheguei à conhecida sala de interrogatório e mal me lembrava do que havia acontecido.

    - Senhor Guilherme?

    Um moço baixinho de bigode engraçado chamava alguém, quem era Guilherme?

    - Senhor?

    Suspeitei que ele estivesse falando comigo.

    - Falou comigo, senhor?

    Perguntei desconfiado.

    - É claro que sim!

    Ele parecia irritado, eu não tava entendendo nada, nem sabia mais onde estava.

    - O que realmente aconteceu com sua filha?

    Do que ele estava falando?

    - Filha? Que filha? Eu não tenho filhas, senhor.

    - Senhor Guilherme, isso aqui não é brincadeira, responda ou vou ter que tomar outra atitude!

    Eu realmente estava confuso, pensando em que ele estava falando, quando de repente, entrou um homem pela porta que pra mim não era estranho.

    - Pode sair!

    O homem ordenou e o baixinho saiu meio carrancudo.

    - Senhor, sabe seu nome?

    Eu pensei um pouco e ele tinha razão. Eu não lembrava meu nome. Balancei minha cabeça.

    - Como imaginei.

    Ele foi até um bebedouro ao lado encheu um copo com água, despejou um "pózinho' e disse:

    - Tome isso, vai se sentir melhor.

    Tomei o líquido, fazendo careta por ser amargo. Então tudo ficou embaçado e eu senti meu corpo pesado...


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