Lie to me....

  • Darin
  • Capitulos 3
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Sim, ela...

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    A água morna cai nas minhas costas, é uma sensação relaxante ter este calor envolvendo ternamente meu corpo e aliviando meus músculos.

    Shampoo, preciso de shampoo.

    Estendo o braço para a prateleira do boxe e, sem querer, derrubo o pente e...

    Não acredito que isso ainda está aqui...

    A calcinha da fantasia de coelhinha que ela comprou naquele dia ainda estava “secando” em meu boxe...

     ***

    Quando tudo começou, ela decidiu ficar, por mais que eu argumentasse, Bia tinha decidido morar em minha casa.

    -- Eu sou um homem... – eu afirmava.

    -- Eu já percebi isso – a forma como ela me ignorava fazia parecer que o idiota do Ratinho falando na TV era mais interessante do que minha frustação.

    -- Eu estou bem morando sozinho...

    -- Duas prestações de seu carro estão vencidas... – ela me apontava os papéis sobre a cômoda.

    -- Você olhou minha correspondência? – Sim, ela era uma intrometida... Respirei fundo.

    -- Te pagarei o valor das cinco prestações... É isso que falta, né?

    O quê?

    Sim, eu estou sem grana alguma há meses, minhas economias se foram junto com... Mas isso é loucura... Com este valor ela poderia pagar qualquer hotel de luxo daqui...

    -- Você não pode ter este valor!

    Ela se moveu até a carteira prateada que eu havia largado na noite anterior sobre o outro sofá e lá ainda estava. Neste movimento a camisa, única peça que ela usava, deslizou em sua coxa, me dando uma visão ampla de sua calcinha rendada e do quadril firme. Involuntariamente senti um formigamento na virilha e o sangue subir pelo meu pescoço.

    – Isso é suficiente, não? -- ela sacou o dinheiro, sentando de forma mais decente. Eu já tinha me esquecido do dinheiro que havia visto noite anterior, até o motivo dela me mostrar este dinheiro já era uma vaga lembrança.

    -- Você assaltou um banco? Por isso quer ficar aqui? – ela sorriu e gingou o corpo para mim.

    Agora ela ia me seduzir, era isso?

    Não sei se tenho muito contra...

    Mas antes que aquelas figuras do Gabriel anjo e do Gabriel demônio aparecessem para me “aconselhar” igual aos desenhos animados, ela começou a me olhar séria e o clima se perdeu completamente. 

    -- Só preciso de uma semana – ela colocou o dinheiro no bolso de minha camisa e eu ia negar mais uma vez, mas... – Perdi todos os meus documentos e não tenho como seguir viagem, nem me registrar em hotel algum...

    Ah, era isso?

    -- Só uma semana. – já que não tinha outro jeito.

    -- Você é demais, Gabriel – ela sorriu e envolveu com os braços meu pescoço. Ela estava sem sutiã, senti o toque dos seios macios em meu peito.

    -- Está louca? – me desvencilhei ofegante de seus braços e a figura do Gabriel demônio começou a sorri no meu delírio.

    -- Perdi minha mala também... – ela me olhou de rabo de olho enquanto entrava no quarto de visitas, agora seu quarto, eu lembro frustrado – Me leve ao shopping.

    Isso era uma ordem, não um pedido, mas mesmo assim eu ia negar.

    Onde já se viu? Como sobreviverei a esta semana?

    Droga!

    Ela vai permanecer na minha casa por uma semana, por todos os ângulos é mais seguro que ela tenha mais roupas além da minha camisa...

    -- Vamos?  -- ela foi rápida, já estava vestindo o vestido branco. O problema é que a máquina não havia removido toda a macha de vômito em seu decote... Quando ela me viu observando-o, antes que eu pudesse explicar, comentou – Ainda está um pouco sujo, né?

    -- Espere... – eu não queria fazer isso, realmente não queria voltar a mexer naquelas coisas, mas, considerando a situação, era melhor fazer isso. A mancha no decote chama muita atenção para ele...

    Onde eu fui me meter?

    Fui até o baú nos pés de minha cama, abri-o e peguei o primeiro casaco que encontrei... Ele era de Luciana, minha “noiva”.

    Voltei para a sala e ela já me esperava na porta – Aqui...

    -- Obrigada – ela vestiu o casaqueto de linho azul-marinho – Ficou bom em mim?

    Não me dei ao trabalho de responder e segui em frente. Não desejava ficar observando tanto ela...

    Ouvi seus passos momentos depois atrás de mim. Eu já estava no elevador.

    – Você não fechou a porta.

    -- Por que você não fechou? – fala sério, ela ficou para trás é o mínimo que ela poderia fazer...

    -- A casa não é minha, oras... – ela me olhava de baixo e fazia biquinho, me esqueci de minha frustração e retornei para o apartamento.

    -- Segure o elevador, ouviu?

    Ela assentiu ainda com aquela expressão fofa no rosto...

    Tenho que me controlar.

    Ela é um problema, ela é um problema. Mantive este pensamento como um mantra na minha mente durante todo o caminho.

     Até ela começar a falar, claro...

    -- Vamos a qual shopping.

    -- Você não é de Goiânia, então isso importa?

    -- Quero ir a uma loja de departamento, então importa, sim – Merda, não poderemos ir no Bouganville, o shopping mais próximo, ele não tem loja de departamento, lembro raivoso.

    -- Vamos ao Goiânia, satisfeita?

    -- Ótimo – ela sorriu e não parou mais de falar – Lá tem um supermercado, né? Precisamos comprar mantimentos... Onde já se viu uma casa sem frutas e alimentos integrais, Gabriel, você é muito... -- e blábláblá... Sim ela é do tipo de garota que não cala a boca, então considerei melhor ignorar.

    E assim foi até entrarmos no shopping.

    -- Pode ir – indiquei as lojas para ela, enquanto me sentava no quiosque de chope do segundo piso.

    -- Você não vai comigo? – não era óbvio?

    -- Não é suficiente te trazer ao shopping? – ela fez aquela cara de cachorro pidão, sobrancelhas voltadas para cima, olhos marejados e biquinho. Merda – Sei que vou me arrepender, mas vamos...

    Aí começou minha sessão de tortura. Andamos por lojas e mais lojas. O engraçado é que não fomos em nenhuma loja de departamento como ela havia solicitado... No final, paramos em uma loja de lingerie, que ela literalmente me obrigou a entrar.

    -- Este não é um ambiente, para um homem!! – Droga, se me virem lá, vão pensar que sou um pervertido.

    -- Mas eu preciso de ajuda – ela implora.

    -- Para quê? – ironizei – vestir uma calcinha?

    Ela sorriu e me obrigou a entrar... Escolheu várias peças e, como já havia feito em outras lojas, me obrigou a escolher algo para ela também... O problema foi que fiz igual às outras vezes: peguei a primeira peça que estava ao meu alcance... No caso, uma fantasia super sugestiva de coelhinha...

    Ela me olhou sorrindo.


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