Eu dedico esse capítulo á minha companheira de assassinato Joyce Hellen. Dedicar um livro para você pode demorar, então enquanto não chega vai a fic mesmo.
Kissus no Kokoro....
E aqui vai.
Lucy P.V.O
No dia seguinte....
Eram sete da manhã quando acordei, estou pegando mania de acordar cedo, mas eu estava ansiosa para começar a procurar Zack.
May me explicou como era a floresta, ninguém nunca conseguiu adentra-la realmente, quem entrou ou nunca volta, ou não fez um mapa completo, estão só tinha mapa e informações de uns 10 km dela, o resto era comigo.
Como iria para a floresta coloquei uma bermuda que nunca tinha usado antes, bem eu ganhei da Levy-chan á uns cinco meses quando nós fizemos um inimigo oculto. Você deve estar se perguntando o que uma bermuda tem de tão ruim?
Simples. Ela era de ursinhos, mas não era pelo fato de ser de ursinhos que era estranho, e sim por que eles estavam segurando arco-iris, além de ser rosa shocking, ou seja, agora imagine: Eu Lucy Heartfilia com uma bermuda rosa de ursinhos e arco-irís, blusa vermelha e meio desbotada e um tênis azul escuro.
E o resultado? Risos da May, muitos risos.
-Hahaha, interessante o seu estilo.
Depois de tomarmos café, May foi para a escola, eu me despedi de Hana e fui em direção á floresta.
-LUCY!
Quando ouvi o grito me virei me deparando com Hana segurando uma cesta, correndo até mim.
-Lucy, e-eu fiz bolinhos, quero que os leve. – ela diz ofegante - E, por favor, volte.
Eu sorri e pego a cesta, entro na floresta, sorte de o dia estar claro, assim consigo ver bem a floresta. Peguei duas chaves e as invoquei.
-Que se abra o portão para a donzela, Virgo.
-Hora da punição Princesa?
-Que se abra o portão para o Capricórnio, Caprico. (não sei ao certo qual é a frase usada para invoca-lo)
-Virgo, Caprico podem me ajudar a procurar esse cachorrinho pela floresta, por favor? – eu pergunto lhes mostrando a foto.
-Claro princesa! – diz Virgo, para logo em seguida sair correndo para o lado direito.
-Tudo por você Lucy-sama! – diz Capricórnio me reverenciando, e correndo logo em seguida para a esquerda.
Fui em frente, passando entre as árvores, que eram muito altas, por incrível que pareça não era difícil passar pela floresta, de acordo com a May a floresta era mapeada até o carvalho com o tronco marcado.
Fash Back
- Em um dia eu achei a trilha dele, ela entrava direto na floresta. –explica May - Quando você entrar na floresta, os 10 km que nós temos mapeados são fáceis de andar, eu já procurei por lá e o Zack não está. Em todo caso siga em frente, quando encontrar um carvalho marcado significa que é por sua conta. Nós não sabemos o que vai encontrar daqui para frente, eu não entrei na floresta porque ouvi um Lobo uivar.
-E como eu vou saber que é carvalho certo?
-Acredite o impossível é não ver.
Flash Back Off
Quebra tempo: 1 hora depois
Depois de uma simples caminhada de uma hora, finalmente cheguei ao carvalho e realmente era impossível não ver as marcações.
Eram realmente estranhas, e por um segundo pude jurar tinha a forma de um Dragão. Mas deve ser apenas impressão.
Antes eu não entendia porque ninguém nunca entrou nessa parte da floresta, mas agora eu entendo ela era mais densa, silenciosa, e tinha algo nela que me fazia querer voltar atrás, mas eu não vou voltar.
Entro na floresta e tudo o que pude observar eram árvores muito altas, o mato batia até a o meu joelho, e tinha vários galhos caídos possivelmente foram derrubados por causa das tempestades, aqui parece ser um lugar que atrai muitos raios, tomara que não chova.
Começo a andar novamente, desviando dos galhos, e me arrependendo profundamente de não ter vindo de calça, esse mato está fazendo minha perna coçar, e tomara que não tenha cobras.
Tropeço em alguma coisa, e quase bato no tronco a minha frente.
-Lucy-sama. – alguém diz atrás me assustando e como resultado eu perco o equilíbrio, e para não cair tenho que segurar no tronco no que resultou em minhas mãos arranhadas, olho para trás e dou de cara com Virgo e Caprico.
-Virgo, Caprico encontraram algo? – eu pergunto
-Não princesa. – diz Virgo
-Certo, então vamos continuar procurando.
-Não podemos princesa. Algo não nos deixa ficar aqui. – diz Virgo começando a voltar para o mundo espiritual – Deixaremos a punição para mais tarde.
E sem mais nem menos meus dois espíritos desapareceram, ela disse que algo não deixava eles ficarem aqui. O que será?
Bem, mas agora é hora de voltar a procurar, peguei mais uma chave e invoquei:
-Que se abra o portão para o Leão, Loki.
E nada. Loki não apareceu, tentei outra vez, e não aconteceu nada.
Algo não nos deixa ficar aqui.
Será que tem algo nessa floresta que impede os espíritos de ficar? Não, não era só isso, nesse momento senti meu poder mágico acabar. Algo nessa floresta sugava o poder mágico, os magos entram, mas não conseguem sair.
E ainda por cima eu estava com fome, devia ter trazido algo para comer. E foi ai que me dei conta que cesta que estava pendurada no meu braço. Bolinhos. Hana eu te amo.
Tirei o pano que cobria a cesta, e vi cinco bolinhos com gotas de chocolate, peguei um e comecei a comer. Eram do tipo que derretem na boca.
Como eu não sei quanto tempo vou ficar nessa floresta vou guardar os outros, levantei e recomecei a andar, eu estou sozinha em uma floresta enorme, com quatro bolinhos, uma garrafa de água, possivelmente perdida em um lugar que possivelmente tem Lobos, e outras criaturas, o que mais pode dar errado?
Quebra tempo: muitas horas depois, na hora do crepúsculo.
Já faz sei lá quantas horas que estou andando e até agora nada, eu fiz uma marcação nas árvores para saber por qual caminho ir embora quando achar o Zack.
Minhas mãos e pernas estão todos arranhados eu estou morrendo de fome, e a minha água acabou.
–Perfeito, o que pode ser pior?
~Trovão~
Só pode ser brincadeira, esse lugar é um cemitério de raios.
–Pinga- -Pinga- Pinga- (no bom sentido)
E agora está chovendo, ou seja, tenho que achar um abrigo, senão a coisa vai ficar muito séria para o meu lado.
Depois de andar mais um pouquinho achei uma caverna, era meio úmida, mas servia me deitei no canto, ao lado da entrada e deixei o cansaço me levar.
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~Pinga~Pinga~Pinga~
Meu corpo está frio, mas tem um ar quente na minha face.
~Pinga~Treme~Pinga~Treme~Pinga~
A chuva está forte, mas acho que tem algo rosnando.
~Pinga~Pinga~Pinga~
Tem algo quente soprando no meu rosto, e cheira mal.
-Natsu, escove os dentes. – eu sussurro
Mas ai eu me lembro: Natsu é um traidor, eu saí da Fairy Tail, estou em missão, dormi em uma caverna, e a minha cama é bem mais confortável.
Abro um pouco os olhos e o que eu vejo? Um Lobo, tinha um Lobo gigante mostrando os dentes para mim, eu devo ter entrado no território deles. Merda.
Pense Lucy, Pense. Não há nenhuma pedra por perto, não posso chamar os meus espíritos, então sobra apenas o Fleuve d’Etoile, mas eu não sei se funciona, acho que vou descobrir.
Lentamente vou colocando a mão no cinto, e quando o alcanço seguro firme. Vejo o Lobo se afastando. Essa é a minha deixa.
Puxo o Fleuve d’Etoile, dou um salto ficando em pé, assustando o Lobo, e grito:
-Fleuve d’Etoile.
E ..... nada, o atordoamento do Lobo já passou, ele está bravo, como uma última esperança jogo o Fleuve d’Etoile na cabeça dele, e saiu correndo noite adentro.
E lá se foi o meu chicote.
–AAAUUUUUUUUUUUUU.
Estou muito ferrada! Ele está chamando a matilha. Está de noite, Lobos são ótimos caçadores. Eu só sei de uma coisa: Se eu parar de correr, vou ser devorada. Para mim já é motivação suficiente.
Ouço passos rápidos atrás de mim, não sei para onde estou correndo. Sei que não tenho muito tempo até eles me alcançarem. Será que meu fim vai ser assim? Eu escapei do ninho dos magos, para ser devorada pelo dos Lobos?
Corra para a direita.
Tropeço e caio, eu ouvi alguém falando, uma mulher.
Ouço um rosnado, passos se aproximando, eram pelo menos cinco Lobos, me levanto rapidamente, vejo um vislumbre de pelo prata, levanto a cabeça, e vejo um Lobo pulando em minha direção.
Não sei como nem quando, só sei que estava de joelhos e havia um pedaço de tronco na minha frente, o peguei, e quando senti que o Lobo estava prestes a chegar a mim, tomei um impulso, me levantando, e girando, vi uma boca enorme prestes a engolir minha cabeça, coloquei toda a força no tronco, desferindo um golpe na cabeça do Lobo o fazendo voar longe.
Vá para a direita.
A voz repete, e eu começo a correr na direção indicada, meus joelhos agora machucados doem, eu estou ofegante, o vento batia a meu favor, assim como a chuva, mas isso não impedia que eu deslizasse pelo chão encharcado.
Mais rápido.
Não consigo. Já estou no meu limite. Eu não consigo, sou fraca demais.
Você não é fraca. Lembre-se da raiva, da raiva que você tem dos que te desprezaram, te humilharam, use-a ao seu favor, não deixe que eles tenham razão Lucy.
Nesse momento minha mente vagou na lembrança deles, de todos que me humilharam, que de desprezaram. A imagem deles rindo surgiu na mente, e todos diziam:
–Substituta. Fraca, Inútil, Patética. Ridícula.
E então focou em Natsu e ele dizia:
–Achou que podia significar algo para mim? Você não chega aos pés dela!
E então uniu seus lábios aos de Lissana.
–Substituta. Fraca. Inútil. Patética. Ridícula.
Enfim a imagem se desfez, eu estava na floresta correndo dos Lobos, meus olhos estavam transbordando de lágrimas. Os Lobos estavam perto, eu conseguia ver suas sombras, sentir sua sede de sangue, eles iriam me pegar.
Não. Eu não iria deixar que eles tivessem razão, reuni toda a minha raiva, toda a minha dor, deixei que minha mente vagasse pelas lembranças. Eu não vou deixar que tenham razão. Gray, Erza, Natsu, Cana, Juvia, Fairy Tail...
–...EU NÃO VOU DEIXAR QUE TENHAM RAZÃO!
E em uma explosão de adrenalina eu comecei a correr mais rápido, eu não sentia mais dor, não estava mais cansada, só tinha raiva, queria vingança, e faria qualquer coisa para consegui-la.
E corri, pulei troncos até que cheguei a um barranco, não, eu não fui pelo caminho errado, não tenho tempo de dar a volta.
O que eu faço? Pensei. Me concentrei na voz, para tentar encontra-la, invoca-la.
Desça o barranco.
Os Lobos já haviam chegado, e eu não pensei duas vezes antes de pular no barranco, e comecei a rolar, coloquei a mão no rosto para protegê-lo. Eu rolava, batia em trocos, não importava o quanto arranhasse e cortasse, pelo menos estava indo mais rápido que os Lobos.
O barranco acabou, e eu caí em um baque, e desesperadamente me coloquei de pé, recomeçando a correr.
Atravesse o riacho e vire á esquerda.
Fiz o que a voz mandou, corri para riacho que estava transbordando por causa da chuva. Estava tão concentrada para não cair na correnteza, que nem percebi que dois Lobos estavam na minha cola, só percebi quando se chocaram contra algo, que por sorte não me pegou.
Finalmente atravessei o riacho e corri para á esquerda, eu jurava que podia sentir a respiração dos Lobos, em minha nuca, mas estávamos correndo, e eu era mais rápida que eles.
Corri, e corri até que vi uma árvore, olhando parecia comum, mas tinha algo diferente nela, hesitei um pouco antes de ir na direção da árvore. E esse foi o meu erro, um Lobo aproveitou a hesitação e abocanhou meu tornozelo direito.
Gritei de dor e caí, eles haviam me alcançado, todos eles. Me arrastei para a frente, não iria me entregar. Eles pareciam sentir a fuga, pois cada Lobo foi para um lado, me cercando.
Me ajoelhei, e tentei me levantar, mas a adrenalina já passou, deixando apenas o cansaço e a dor da corrida. Meu tornozelo ardia e sangrava.
O que parecia ser o Alfa do bando, veio em minha direção, rosnando, e me olhou nos olhos. Seus olhos amarelos me hipnotizaram, e transmitiam tudo o que sentia, a excitação de estar em uma caça, à alegria de ter a sua presa vulnerável diante de si, e claro ele adorava ver o pânico, que só abandonava a sua expressão após o golpe fatal.
Os outros quatro Lobos andavam em um circulo, olhando para o Alfa esperando o momento em que poderia rasgar um pedaço da presa.
Acabou. Eu fui vencida. E como um último ato os rostos de Levy, Mira, Wendy, Charlie, Mestre e até do Gajeel passaram pela minha mente. Desculpa pessoal, mas eu nunca vou voltar.
Fechei os olhos esperando pelo golpe, quando senti que era a hora, nada aconteceu. Um trovão retumbou no céu e eu podia jurar que ouvi choro de Lobo, mas estava tudo acabado eu fui pega.
–O que você está fazendo aqui? – uma voz feminina pergunta, não era a voz do meu pensamento, então quem...
Abro meus olhos e dou de cara com uma garota, com os olhos âmbar, pele bronzeada, cabelo castanho que bate em sua cintura.
–Como uma humana conseguiu vir até aqui? Como conseguiu passar?- ela pergunta
–Correndo. E eu sou uma maga. – eu sussurro
Não sei como, mas ela ouviu, mirou nas minhas chaves e disse:
–E como uma maga atravessou o meu território? ? Principalmente uma de aparência tão frágil!
Frágil? Eu agradeço que ela me salvou, mas não vou ficar ouvindo alguém me chamar de fraca. Eu juro, não vou deixar ninguém me chamar de fraca.
Tento me levantar novamente, com muito esforço e muita dor me ponho de pé.
–O que está fazendo? Humpf, que seja tem que ir embora dessa floresta. – ela diz bufando
–Não vou embora daqui. – eu digo – não até achar o que procuro!
Ela me avalia por alguns instantes e diz:
–O que você procura? Seja o que for não é importante a ponto...
–Uma promessa não é importante? – eu a interrompo – Elas são muito importantes.
–Quem disse isso? – ela pergunta
–Eu disse.
–E quem é você?
–Lucy Heartifilia. Prazer. – respondo sarcasticamente
–Então Lucy, tudo bem promessas são importantes. Mas dizem que pessoas que levaram mordidas de Lobos não podem andar em uma floresta sozinhas a noite, com chuva. – ela diz
–Quem disse isso? – eu pergunto
–Eu – ela responde com um risinho
–Eu quem é você? – Eu pergunto ríspida
–Eu sou Maya Draconum sou a princesa do mundo dos dragões.