Gintama!

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 21

    Onsens são perfeitos para a pele

    Álcool, Heterossexualidade, Spoiler

    Peço imensa desculpa pela demora! Mas sofri um terrível ataque de preguiça, por isso não tive tempo de revelo. Em compensação este capítulo é bem grande.

    Aviso: este capítulo é um pouco ecchi.

    Num dia supostamente normal, Shinpachi e a sua irmã entraram no Yorozuya e depararam-se com uma cena incomum. Gintoki encarava furioso Mizuki, que abanava a sua nova edição da Jump.

    “Mizuki! Devolve-me já isso!” Ordenou o samurai irritado.

    “Nem pensar, Onii-chan!” Negou-se a samurai de uma maneira infantil. “Passas demasiado tempo a ler estas coisas, assim nunca vais encontrar uma garota!”

    “Fala a garota que nunca teve um namorado.” Ironizou Gintoki.

    “Disseste alguma coisa?” Perguntou Mizuki num tom de voz ameaçador e rodeada por uma aura negra, enquanto segurava um isqueiro em forma de frasco de maionese, aceso, perigosamente perto da adorada Jump do samurai.

    “Não, nadinha.” Respondeu o albino suando frio.

    “Bem me pareceu.” Falou Mizuki voltando ao normal e apagando o isqueiro especial.

    “E onde arranjaste isso?” Perguntou Gintoki desconfiado.

    “Apesar de eu não fumar, achei que seria giro ter um igual ao do Toshi-kun, por isso comprei um.” Respondeu Mizuki um pouco corada, acariciando o isqueiro levemente na sua cara.

    “Surpreende-me que ainda consigam vender essas coisas.” Pensou Gintoki com uma gota de suor detrás da cabeça. “Agora devolve-me a minha Jump!”

    “Pedido recusado.” Falou Mizuki começando a correr às voltas pela sala do Yorozuya com o seu “irmão” a perseguindo.

    “Eles, ultimamente, têm discutido bastante.” Comentou Shinpachi sentando-se no sofá com a sua irmã.

    “Tens razão, Shin-chan.” Concordou Tae.

    “Eles começaram a discutir desde que o Gin-chan disse que não estava de acordo com a paixoneta da Mizuki-nee.” Explicou Kagura deitada no outro sofá, enquanto comia sukonbu.

    “Nós não os devíamos parar?” Indagou o megane.

    “Não deve faltar muito para eles pararem.” Respondeu Tae.

    Então Gintoki conseguiu finalmente agarrar Mizuki, mas depois tropeçou e caiu, arrastando a sua “irmã” com ele, caindo ela em cima das costas do samurai, provocando-lhe bastantes dores.

    “Parece que eu ganhei, Onii-chan:” Vangloriou-se Mizuki sentada nas costas do albino e agitando a Jump.

    “Ok, eu desisto.” Rendeu-se Gintoki. “Agora podes sair de cima de mim? És muito pesada.”

    Mizuki começou a lacrimejar e correu até Kagura, abraçando-a e choramingando. “Mamã, o Onii-chan chamou-me pesada e feriu os meus sentimentos!”

    “Não me lembro de te ter criado assim, meu filho!” Gritou Kagura batendo fortemente na cabeça de Gintoki, causando-lhe um enorme inchaço. “Pede já desculpas!”

    “Desculpa, não volto a fazer.” Desculpou-se Gintoki desviando um pouco o olhar. “Espera aí! Porque raio estou a me desculpar? A culpa não é minha, foi ela que começou! E desde quando me podes repreender?” Queixou-se devolvendo o golpe a Kagura.

    “É claro que te perdoou, Onii-chan!” Respondeu Mizuki animada, abraçando Gintoki com tanta força que quase lhe partiu umas quantas costelas.

    “Eles dão-se muito bem.” Comentou Tae com o seu típico sorriso.

    “Então o que vocês estão a fazer aqui?” Perguntou Gintoki já liberto do perigoso abraço de Mizuki. “Não disseste que hoje não vinhas trabalhar porque tinhas de resolver alguns problemas no fã clube, Patsuan?”

    “Sim, mas deixei o Taka-chin cuidando disso.” Respondeu Shinpachi. “Nos viemos aqui porque a minha irmã ganhou uma estadia num Onsen para 5 pessoas e queríamos saber se querem vir connosco.”

    “Eu também queria convidar a Kyu-chan, mas ela teve de resolver um assunto familiar.” Falou Tae.

    “Há tanto tempo que não vamos a um Onsen juntos, Onii-chan.” Recordou-se Mizuki. “Pode-mos ir por favor.”

    “Pode ser, desde que desta vez não esteja assombrado.” Respondeu Gintoki cutucando o nariz.

    “Obrigado!” Agradeceu Mizuki com mais um forte abraço que quase deixou o albino inconsciente.

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    Nesse momento, na loja onde Tae vencera o sorteio, Sougo embainhou a sua espada, que antes estava a poucos centímetros do pescoço de um empregado, e pegou no seu celular.

    “Kondo-san, o plano para chefa vencer o sorteio funcionou.” Falou Sougo através do celular. “Vou agora para aí.”

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    Em Yoshiwara, Sa-chan e Hinowa bebiam chá enquanto falavam.

    “Então, porque me chamaste aqui, Hinowa-san?” Perguntou a assassina pousando o seu copo.

    “Bem, ultimamente um homem misterioso tem usado todo o tipo de serviços de Yoshiwara sem pagar, deixando sempre um bilhete a dizer que paga na próxima vez e assinando o seu nome como “T”. Nós ainda não o conseguimos pegar e isso está a deixar a Tsukki bastante estressada.” Explicou Hinowa. “Portanto queria saber se podia leva-la a algum sítio para relaxar.”

    “Claro, não tem problema.” Concordou Sa-chan. “Já agora, onde está o Aki-chan?”

    “O Seita levou-o para lhe mostrar a cidade.” Respondeu Hinowa.

    “Mãe, Sarutobi-nee, voltamos.” Avisou Seita.

    “E o Aki-chan?” Perguntou Hinowa reparando a ausência do garoto.

    “Separei-me dele durante alguns minutos e aquilo aconteceu.” Respondeu Seita apontando para um grupo de várias cortesãs que rodeava o jovem assassino.

    “O que um garotinho tão fofo como tu está a fazer aqui sozinho?” Perguntou um das cortesãs docemente.

    “Só vim acompanhar a minha Onee-san.” Respondeu Aki desinteressadamente.

    “Qual é o teu nome, garotinho?” Perguntou outra cortesã.

    “Sarutobi Aki, o melhor assassino de Edo.” Falou Aki de forma orgulhosa, cruzando os braços.

    “Quando cresceres podias visitar-nos e divertir-te um pouco.” Sugeriu outra, entregando-lhe alguns cartões-de-visita.

    “Nem pensar.” Recusou o jovem Sarutobi com um ar sério. “Eu sou 100% fiel à Kagura-chan!”

    “Ele é tão fofo.” Comentou outra cortesã. “Mas não devias estar assim tão sério o tempo todo.”

    “Tenho uma ideia para o fazer sorrir um pouco.” Falou mais uma cortesã com um sorriso malicioso.

    Então começou a fazer-lhe imensas cocegas e as outras cortesãs fizeram o mesmo. O pobre assassino gritou de entre as risadas e as lágrimas. “Socorro, Onee-san!”

    “Acho melhor ir ajuda-lo.” Falou Sa-chan levantando-se. “Mais tarde venho buscar a Tsukki.”

    “Ok.” Respondeu Hinowa.

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    Algumas horas depois, nas montanhas, o quarteto Yorozuya, acompanhado por Tae encontrava-se à porta do Onsen.

    “Mal posso esperar, ouvi dizer que os banhos de Onsen são ótimos para a pele.” Falou Mizuki animada.

    “Sim, também ouvi isso, apesar de eu não precisar de nada disso.” Comentou Tae.

    “E eu ouvi dizer que a comida é incrivelmente deliciosa.” Falou Kagura com um pequeno fio de baba no canto da boca.

    “Não é nada feminino babar dessa maneira, China.” Avisou Sougo chegando juntamente com Hijikata e Kondo.

    “Sádico?! O que fazes aqui?” Indagou Kagura surpreendida, enquanto limpava a baba.

    “Sim, o que vocês fazem aqui?” Perguntou Gintoki encarando Hijikata.

    “Não tens nada a ver com isso.” Respondeu Hijikata encarando Gintoki.

    “Vocês não precisam brigar o tempo todo.” Falou Kondo. “Otae-san, deve ter sido obra do destino o facto de nos termos reencontrado aqui, portanto seja minha!”

    Depois de gritar, o Gorila saltou em direção à Shimura mais velha, mas esta golpeou-lhe no estômago, atirando-o contra uma árvore.

    “Kagura-chan, Shin-chan, parece que nesta zona há gorilas selvagens. Tenham cuidado, eles podem ser perigosos.” Aconselhou Tae agindo com se nada tivesse acontecido.

    “Na verdade, acho que a criatura mais perigosa desta montanha está mesmo ao meu lado.” Pensou Shinpachi olhando para a sua irmã.

    “Gin-san! Me possua!” Gritou Sa-chan saltando de uma árvore na direção do dito samurai.

    “O chão é que te vai possuir!” Respondeu Gintoki agarrando no braço da sua stalker e atirando-a para uma poça de lama.

    “Isso! Me puna mais!” Suplicou Sa-chan na poça de lama, com uma hemorragia nasal.

    “Onee-san, comporta-te por favor.” Pediu Aki chegando, acompanhado por Tsukuyo.

    “Devem estar a brincar comigo! Isto é demasiado para uma simples coincidência! Por que é que sempre que vamos a algum lado temos sempre de encontrar esta gente doida?” Reclamou Gintoki, mas todos o ignoraram.

    “Continuas tão bela como sempre, Kagura-chan.” Elogiou Aki ajoelhando-se à frente da jovem Yato.

    “Quando vamos entrar, Anego?” Perguntou Kagura.

    “Podemos ir agora.” Respondeu Tae.

    “Fui ignorado outra vez.” Murmurou Aki deprimido.

    “Isso foi humilhante.” Comentou Sougo com um sorriso sádico.

    “A culpa é tua!” Reclamou Aki voltando ao normal.

    “Do que estás a falar?” Perguntou o capitão da 1ª divisão do Shinsengumi irritado.

    “Se tu não existisses, a Kagura-chan prestaria mais atenção a mim!” Respondeu o assassino.

    “Parece que vai querer seguir esse caminho.” Falou Sougo pegando na sua bazuca.

    “Podes crer.” Afirmou Aki pegando em várias kunais.

    Enquanto os dois rivais brigavam e destruíam parte da montanha, o resto do grupo foi entrando.

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    Depois de todos se terem instalado nos devidos quartos, foram para o banho ao ar livre. No lado feminino as garotas conversavam.

    “Nossa, a água está ótima.” Falou Mizuki completamente relaxada.

    “Sim, tens razão.” Concordou Tsukuyo.

    “Não é justo.” Murmurou Kagura encarando Mizuki com apenas os olhos fora de água, como se fosse um hipopótamo.

    “O que foi Kagura-chan.” Perguntou Mizuki preocupada.

    “Tu tens uns enormes peitões, enquanto eu sou completamente plana! Isso não é justo!” Reclamou Kagura apalpando os seios de Mizuki, surpreendendo a mesma. “Como consegues esconder isto dentro do kimono? Acho que são maiores que os da Tsukki.”

    “Kagura-chan, para, por favor!” Pediu Mizuki corada, afastando-se de Kagura e cobrindo-se com os braços. “É vergonhoso e o Toshi-kun pode te ouvir.”

    “E não uses os meus peitos como comparação!” Reclamou Tsukuyo, também corada e cobrindo-se com os braços.

    “Eu queria que os meus crescessem logo.” Falou Kagura um pouco desanimada.

    “Não te preocupes, Kagura-chan. Os peitos não são assim tão importantes.” Reconfortou Tae.

    “Fala a mulher-tábua.” Comentou Sa-chan fingindo que tossia.

    “Sarutobi-san, talvez devesses aproveitar este banho para lavar essa boca suja que tens.” Aconselhou Tae sorrindo, porem rodeada por uma aura ameaçadora e com uma veia pulsando na testa.

    “Desculpa, não era a minha intenção ofender-te.” Desculpou-se Sa-chan sarcasticamente. “Deve ser duro ser uma mulher adulta plana que nem uma tábua. Deve ser por essa razão que mal apareces nesta fic. Em que capítulo foste introduzida mesmo? Pois é, foi só no capítulo 10 e só tiveste duas falas. Ainda por cima aquele príncipe idiota apareceu primeiro do que tu, deve ter sido mesmo frustrante.”

    “Devia ter mais cuidado com as palavras, Sarutobi-san. A única razão por eu não aparecer muito é porque este caro autor que temos é um inútil que não sabe apreciar a minha beleza e que não merece viver.” Falou a grande, bela e poderosa Otae-san que o Autor aprecia bastante e que certamente merecia aparecer mais.

    “Ela acabou de intimidar o Autor, não foi?” Comentou Tsukuyo fazendo o papel de Tsukkomi.

    “Já agora, tenho uma pergunta, Kagura-chan.” Falou Mizuki.

    “Qual é?” Indagou Kagura.

    “Como está avançando a tua relação com o Okita-kun?” Perguntou a samurai de olhos verdes.

    “Acho que vai bem.” Respondeu Kagura um pouco confusa com a pergunta.

    “Então, quão próximos estão?” Perguntou Tae abandonando a sua discussão com Sa-chan.

    “Bem, saímos juntos, eu o obrigo a pagar-me as refeições, brigamos e costuma-mos beijar-nos, apesar da maior parte das vezes serem ataques surpresa dele.” Respondeu a ruiva pensativa.

    “E já tiveram alguma diversão adulta?” Perguntou Sa-chan com um sorriso malicioso.

    “Diversão adulta? Como calcular e poupar o dinheiro para conseguir pagar a hipoteca da casa que já só falta 5 anos para estar completamente paga?” Falou Kagura confusa.

    “Ela é mesmo tapada.” Pensaram as outras quatro garotas.

    “Não Kagura-chan, estamos a falar do tipo de diversão entre um homem e uma mulher.” Falou Mizuki.

    “Entre um homem e uma mulher…” Murmurou Kagura enquanto pensava. Depois de alguns minutos pensando, finalmente chegou à resposta e ficou bastante vermelha. “É claro que não! Não importa o quão pervertido e sádico que ele seja, eu ainda não o vou deixar tirar-me a minha imagem de heroína pura!”

    “Oh! Ela disse “ainda”.” Comentou Sa-chan.

    “Quando a hora chegar posso vos disponibilizar um quarto em Yoshiwara.” Falou a cortesã da morte.

    “Vocês estão-me entendendo mal!” Reclamou a jovem Yato ainda mais vermelha.

    “Sabem? Este Onsen faz-me lembrar de quando eu e o Onii-chan costumava-mos tomar banho juntos.” Falou Mizuki.

    Então todas as garotas começaram a encara-la desconfiadas, especialmente Sa-chan e Tsukuyo.

    “Costumavas tomar banho com o Gintoki?” Perguntou a loira para confirmar.

    “Sim, desde pequenos. Costumávamos lavar as costas um do outro” Respondeu Mizuki. “Mas por alguma razão, quando crescemos, ele começou a ficar mais tímido e a dizer que devíamos parar com isso. Mas não percebo porquê.”

    “Entendo.” Falou Tsukuyo com uma gota de suor atrás da cabeça, enquanto pensava. “Está garota é mesmo uma cabeça de vento, pergunto-me se este é o tipo de garota que o Gintoki gosta. Espera aí! Porque raio estou a pensar nisto? Esquece já isso.”

    “Eu já sabia que ela tinha a vantagem da amiga de infância, mas ainda por cima já tomaram banho juntos e lavaram as costas dos dois, isto é inadmissível!” Reclamou a kunoichi de cabelo púrpura. “Já me bastava ter a Tsukki de concorrência, mas agora também tenho uma amiga de infância peituda que já tomou banho com ele, isso é imbatível.”

    “Eu não gosto daquele idiota de permanente!” Reclamou Tsukuyo corada.

    “E eu já disse que só gosto do Onii-chan como um irmão.” Falou Mizuki.

    “Não te faças de inocente!” Gritou Sa-chan. “Eu sei bem como é. Começa apenas com um inocente lavar de costas, mas depois começas a encostar-te a ele e a levar as mãos lentamente mais abaixo, até finalmente o alcançares e…”

    A kunoichi foi interrompida por uma bokuto que foi lançada do lado masculino e que lhe atingiu bem no centro da cabeça, deixando-a inconsciente.

    “Foi por pouco.” Pensou Tsukuyo.

    “Talvez eu devesse tentar isso.” Murmurou Mizuki completamente vermelha e com uma gota de sangue a sair-lhe pelo nariz. “Com o Toshi-kun, é claro.”

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    Nesse momento, no lado masculino, os garotos também conversavam.

    “Gin-san?” Perguntou Shinpachi. “Porque atiraste a tua espada?”

    “Para matar um inseto.” Respondeu o samurai cutucando o nariz.

    “Entendo.” Falou o megane, desistindo de argumentar com o albino.

    “Eu também tenho uma pergunta.” Falou Kondo, que estava completamente acorrentado, assim como Aki. “Porque é que estamos presos?”

    “Sim, porquê?” Indagou o assassino.

    “Para não espiarem, pervertidos!” Responderam Shinpachi e Sougo com um olhar de desprezo.

    “Do que estão a falar? Todos vocês também são um bando de pervertidos!” Reclamou o comandante Gorila. “Ou vão dizer que vocês não têm vontade de espiar?”

    “Eu não vou espiar o banho onde a minha irmã está.” Respondeu Shinpachi.

    “E eu já tenho as imagens e gravações de quando a China Girl usou o chuveiro do Shinsengumi, portanto não preciso arriscar a minha vida e espiar.” Falou Sougo.

    “A perversidade está no coração de todos os homens, mas vocês estão no fundo do poço da perversidade.” Respondeu Gintoki.

    “Eu posso aceitar que me chamem pervertido, mas é inadmissível colocarem-me na mesma categoria deste gorila!” Reclamou Aki.

    “Quem é que estás a chamar de gorila?” Indagou Kondo irritado. “Além disso, nós estamos no mesmo barco, o S.S. Stalker!”

    “Nem pensar, Gorila!” Gritou o jovem Sarutobi. “Eu e a minha Onee-san estamos numa categoria bem mais a cima que a sua, nós estamos no Stalker Airlines!”

    “Já te disse para não me chamares Gorila!” Reclamou o comandante do Shinsengumi irritado.

    “Parem com essas discussões sem sentido.” Falou Hijikata. “Não nos estamos a esquecer de algo?”

    “Do que está a falar?” Perguntou Gintoki.

    “De que está um corpo desconhecido a boiar neste banho!” Respondeu Hijikata apontando para um corpo voltado de barriga para baixo, que boiava sem mexer um único músculo.

    “Pois é j-já me tinha esquecido dele.” Dissimulou Gintoki que na verdade estava aterrorizado com aquele suposto cadáver. “De-deve ser apenas alguém que adormeceu.”

    “Ninguém adormece dessa maneira num Onsen!” Reclamou Hijikata, enquanto a água à volta do corpo começava a tomar um tom avermelhado. “Vês! Aquilo está rodeado de sangue!”

    “Nã-não sejas infantil, Hijikata-kun. Devem ser apenas os minerais destas águas, não é, Shinpachi?” Falou o albino, mas foi aí que reparou que Shinpachi, Sougo e os stalkers já não estavam ali. “Ei! Quando é que eles fugiram?”

    “Não sei, mas acho melhor sairmos.” Falou Hijikata um pouco nervoso.

    “Sim, acho que tens razão, Hijikata-kun.” Concordou Gintoki, mas quando estava prestes a sair, o corpo agarrou-lhe o braço. “Ah! Me solta! Me solta!”

    “Bom dia, Gintoki. Ou será que devia dizer boa noite?” Cumprimentou o corpo levantando-se, revelando ser Tokegawa.

    “O que fazes aqui, velho?” Perguntou Gintoki irritado.

    “Bem, como sabes, eu adoro água quente, portanto vim a este Onsen para relaxar um pouco. Mas parece que acabei por adormecer de novo, desculpem se vos assustei.” Respondeu Tokegawa com o seu típico ar relaxado.

    “E porque estavas rodeado por sangue?” Perguntou Hijikata recuperando-se do susto.

    “Sem comentários.” Falou o Taiyo limpando alguns vestígios de sangue que saiam do seu nariz, enquanto se lembrava do que sonhara. “Bem acho que já está na hora de me ir embora, afinal já estou aqui há cerca de 5 horas.”

    Falando isto, Tokegawa saiu do banho e começou a vestir as suas vestes do costume, que estavam guardadas debaixo de uma pedra.

    “Ei, velho. A saída é para aquele lado.” Avisou Gintoki apontando com o polegar a direção contraria para onde o velho samurai de dirigia.

    “Na verdade, as pessoas que trabalham aqui não sabem que eu entrei aqui, então adeus.” Despediu-se Tokegawa saltando sobre algumas pedras, até chegar ao topo do muro e saltar para o bosque.

    “Ele voltou a sair sem pagar.” Pensou o albino lembrando-se das inúmeras vezes que Tokegawa fizera isso, no passado.

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    Mais tarde, depois de todos terem terminado o banho, encontravam-se numa sala com duas mesas de ténis-de-mesa e uma máquina de bebidas.

    “Este banho foi mesmo relaxante, não é verdade, Toshi-kun?” Opinou Mizuki enquanto se espreguiçava.

    “Sim, suponho.” Respondeu Hijikata que bebia uma garrafa de leite fresco coberto com maionese no topo.

    “Isso parece bom, posso provar?” Pediu Mizuki enquanto pensava. “É agora, eu e o Toshi-kun vamos dar um beijo indireto!”

    “Se beberes essa coisa vais ficar doente.” Falou Gintoki que bebia uma garrafa de leite de morango e lhe estendia uma garrafa com leite normal. “Se estás com sede bebe isto.”

    “Ok, Onii-chan.” Respondeu Mizuki desanimada, enquanto pensava. “Droga, o Onii-chan consegue sempre prever os meus movimentos.

    “Ei Sádico, fizeste o que eu te pedi?” Perguntou Kagura sentada ao lado de Sougo, com o braço do mesmo sobre os seus ombros.

    “Sim, mantive aquele stalker longe.” Respondeu Sougo. “Sabes? Agora estás bastante mansa, nem pareces tu.”

    “Não tenho culpa.” Respondeu Kagura encostando a sua cabeça no ombro do seu namorado. “Os Yato não se dão bem com o calor, portanto depois de um banho quente e demorado como aquele, eu fico assim.”

    “Entendo, então temos de vir a um Onsen mais vezes.” Falou o capitão da 1ª divisão com um sorriso sádico.

    “Pervertido.” Murmurou Kagura aconchegando-se no braço do policial.

    “O-ki-ta!” Falou Aki furioso e rodeado por uma aura de ciúme e ódio. “Desfio-te agora mesmo para uma partida de ténis-de-mesa!”

    “Não vês que estou ocupado, volta nunca.” Respondeu Sougo.

    “Nunca pensei que fosses um covarde, Okita.” Provocou o jovem assassino.

    “Já volto, China.” Falou Sougo levantando-se. “Tenho de ensinar uma lição a este macaco.”

    “Está bem.” Respondeu Kagura, ainda sonolenta, esfregando o olho direito.

    “Espero que estejas pronto para perder.” Falou Aki confiante posicionando-se num dos lados da mesa.

    “Digo-te o mesmo.” Respondeu Sougo igualmente confiante e servindo a bola.

    Então os dois começaram uma partida tão rápida que parecia que estavam a jogar com varias bolas e raquetes.

    “Parece que o Sougo já começou a fazer confusão.” Comentou Hijikata.

    “Porque não jogamos também, Hijikata-kun?” Sugeriu Gintoki pegando numa raquete. “Ou será que tens medo?”

    “Vamos a isso, Yorozuya.” Respondeu Hijikata pegando também numa raquete e dirigindo-se para a mesa com Gintoki.

    “É melhor preparares-te, pois eu não vou pegar leve.” Advertiu o albino servindo a bola.

    “Ótimo, porque eu também não.” Respondeu o moreno rebatendo a bola.

    “Ele está sempre a fazer idiotices.” Murmurou Tsukuyo enquanto observava Gintoki a enfrentar Hijikata com se aquilo fosse um duelo mortal.

    “Ele é mesmo assim e o Toshi-kun é um pouco parecido com ele.” Comentou Mizuki sentando-se ao lado da líder da Hyakka. “Já agora, posso-te fazer uma pergunta pessoal?”

    “Claro, acho eu.” Respondeu Tsukuyo.

    “Tu gostas do Onii-chan, não é?” Perguntou Mizuki.

    “Cla-cla-claro que não, como é que eu poderia gostar daquele idiota de permanente?” Respondeu a loira extremamente vermelha.

    “Não tentes dissimular, desde da primeira vez que te conheci, percebi que sentias algo pelo Onii-chan.” Falou Mizuki com um ar bastante maduro.

    “É assim tão óbvio?” Perguntou Tsukuyo timidamente.

    “Para mim é, mas o Onii-chan pode chegar a ser muito tapado, especialmente quando o assunto é garotas.” Respondeu Mizuki. “É por essa razão que tens de mostrar os teus verdadeiros sentimentos, se não ainda o podes perder para sempre.”

    “O que queres dizer com isso?” Indagou Tsukuyo confusa.

    “Bem, tu já tens concorrência.” Falou Mizuki olhando para Sa-chan que torcia por Gintoki com se fosse uma líder de torcida. “Portanto devias pensar em tomar a iniciativa.”

    Depois de algumas horas, Hijikata e Gintoki já tinham parado de jogar, fincando os dois empatados. Po outro lado, Aki e Sougo ainda mantinham um jogo intensivo, dos dois, ainda nenhum ponto tinha sido marcado, quem marcasse o primeiro venceria, Sougo demonstrava sinais de cansaço um pouco maiores do que os de Aki.

    “É só isso que consegues?” Indagou Aki confiante.

    “Nem pensar.” Respondeu Sougo.

    “No ténis de mesa, a agilidade é mais importante que a força física e tu sabes muito bem que eu sou mais ágil que tu.” Falou o assassino rebatendo velozmente a bola e conseguindo marcar o ponto da vitória. “É assim que se faz, amador.”

    “Droga! Não acredito que perdi para este macaco.” Reclamou Sougo batendo com a raquete na mesa.

    “Eu venci. Sim, eu, Sarutobi Aki, finalmente venci Okita Sougo em algo!” Gritou Aki animado. “Viste, Kagura-chan? Viste como fui incrível? Kagura-chan?”

    Aki reparou que a jovem Yato já não se encontrava naquela sala.

    “Para onde é que foi ela?” Indagou o jovem Sarutobi confuso.

    “A Kagura-chan ficou tão entediada que adormeceu e a Otae-san levou-a para o quarto.” Respondeu Sa-chan.

    “Não posso acreditar nisto! Finalmente consegui vence-lo e a Kagura-chan não viu nada.” Lamentou-se Aki batendo com o punho no chão. “Venci, mas sinto que perdi.”

    “Nós vamos indo para o quarto, vens Sougo?” Perguntou Hijikata arrastando Kondo que estava completamente inconsciente e cheio de hematomas e outras lesões graves, devia há poucos minutos atrás, ter tentado ir com Tae até ao seu quarto.

    “Sim, afinal ainda tenho de posicionar a tua almofada de pregos envenenados.” Respondeu o capitão sádico.

    “Porque é que eu tenho de partilhar o quarto com este pequeno monstro?” Murmurou o vice-comandante indo-se embora juntamente com os seus camaradas.

    “Acho que também vou para o meu quarto.” Falou Tsukuyo levantando-se.

    “Espera Tsukki, tenho algo para ti.” Falou Mizuki parando a amiga e entregando-lhe uma garrafa de leite um pouco diferente das outras. “Bebe isto, para dormires melhor e pensares sobre o que fala-mos.”

    “Ok.” Falou a loira pegando na pequena garrafa e bebendo o seu conteúdo. Quando acabou de beber soltou um pequeno soluço e foi-se embora, cambaleando um pouco.

    Em seguida todos começaram a ir para os seus respetivos quartos.

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    Gintoki dirigia-se para o seu quarto, já preparado para descansar, quando abriu a porta corrediça e encontrou Tsukuyo corada, sentada sobre o seu futon, e com o decote do seu kimono fornecido pelo Onsen bastante aberto, fazendo sobressair o seu busto.

    “Gintoki? O que fazes no meu quarto, hip? Soluçou Tsukuyo com se estivesse bêbada. “Não me diga que vieste com ideias pervertidas.”

    “Do que raio estás a falar? Este quarto é meu!” Reclamou o albino.

    “Não sejas assim tão rude, na verdade queria falar contigo.” Falou a kunoichi abraçando de surpresa o samurai, impedindo que o mesmo escapasse.

    “Tsukuyo, o que estás a fazer?” Perguntou Gintoki bastante nervoso.

    “Sabes Gintoki? Por alguma razão, sempre que estou perto de ti sinto-me fraca e frágil, mas ao mesmo tempo protegida e segura.” Explicou Tsukuyo.

    “A mim não me pareces nem fraca, nem frágil.” Comentou Gintoki recordando-se de todas as vezes que sofrera nas mãos da temível cortesã da morte.

    “Eu acho que tu me tornas na mulher de que eu decidi desistir, por essa razão quero ser tua por esta noite.” Falou a loira com uma expressão bem mais feminina que o habitual.

    “Isto é mau! Isto é mesmo ruim.” Pensava Gintoki enquanto Tsukuyo apertava cada vez mais o seu corpo contra o do samurai. “Ela está claramente bêbada e não diz coisa com coisa. Não posso deixar que isto siga em frente! Mas seria assim tão mau aproveitar-me da sua situação, afinal ela não está nada má. No que raio estou a pensar? É claro que não, tenho de deixar de ouvir o Gin-chan lá de baixo. Mas o que eu faço? Talvez isso seja uma daquelas cenas To love ru. Sim, talvez alguém entre e interrompa este momento. Por favor, porta abre-te, senão vou entrar num trouble!” Mas a porta permaneceu fechada.

    Tsukuyo já estava completamente pegada a Gintoki e agora aproximava a sua face corada lentamente, mas o albino conseguiu libertar-se e separou-a rapidamente.

    “Temos de parar agora, Tsukuyo.” Falou Gintoki com um tom autoritário.

    “Porquê? Não me achas atraente?” Perguntou Tsukuyo à medida que os seus olhos se cobriam de lágrimas.

    “Não é nada disso, eu acho-te bastante atraente.” Respondeu o samurai de permanente tentando animar a instável kunoichi.

    “Não acredito nas tuas palavras.” Falou Tsukuyo limpando as lágrimas.

    “Então o que eu preciso fazer para tu acreditares?” Perguntou Gintoki começando a ficar irritado.

    “Beija-me.” Respondeu Tsukuyo timidamente, um pouco mais corada.

    “Nem pensar.” Respondeu Gintoki tentando desviar o olhar.

    “Então vai ter de ser à força.” Falou Tsukuyo agarrando a nuca do Yorozuya e atacando com um veloz beijo.

    Assim que os seus lábios se tocaram, Tsukuyo pediu passagem com a língua e Gintoki permitiu, começando também a participar no beijo. Os dois, completamente entregues aos seus desejos, continuaram o beijo até o limite possível. Estavam tão centrados naquele beijo que acabaram por cair sobre o futon, ficando Tsukuyo em cima de Gintoki, depois de finalmente se separarem para retomar o ar, o samurai reparou que a kunoichi tinha adormecido em cima dele, naquela posição comprometedora.

    “Devem estar a brincar comigo!” Gritou Gintoki mentalmente, não conseguindo se levantar.


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