Lie to me....

  • Darin
  • Capitulos 3
  • Gêneros Drama

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Eu...

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo

    Mais um capítulo, né?

    Preciso tomar um banho, esclarecer as ideias... Quando entro no banheiro minha primeira visão é a escova de dente dela, como sempre largada na pia...

    ***

    Na manhã após o nosso primeiro encontro o meu corpo ainda tremia do ocorrido na noite anterior. Peguei meu material de fotografia, coloquei-o no carro e rumei para o jornal. Sou fotógrafo criminal, nem de perto o que desejava para meu futuro, mas é o que me sustenta atualmente.

    Não dormi nada a noite...

    Ela vomitou tudo que havia comido. Não foi só uma vez que eu segurei seu ombro no vaso sanitário e dei tapinhas em suas costas.

    Quem é ela?

    Quando a vi caída não pude deixar de socorrê-la.

    Eu com minha mania de herói...

    A levei para meu carro e procurei na bolsa dela algo que a identificasse, mas... nada.

    Naquela carteira prateada de alguma grife famosa, notei, somente havia a maquiagem que ela utilizara durante a noite, algumas pastilhas (chiclete, sei lá) e uma carteira pequena que imaginei ser onde ela guardava os documentos, mas somente tinha uma foto que não me ocupei de olhar e um número exorbitante de notas de cem reais.

    Será que ela é uma ladra que assaltou um banco?

    Olhei assustado para seu rosto inconsciente no banco de trás de meu Gol. Ninguém na boate sabia nada dela. “Ela simplesmente apareceu aqui”, o porteiro falou que veio andando sozinha do lado direito da rua, grande informação...

    Não podia abandoná-la, então a levei para o meu apartamento. Ele era próximo à boate, no centro da cidade. Um daqueles prédios antigos que eu tinha condições de pagar o aluguel.

    Seu interior estava igual a meu interior, uma total bagunça desde quando...

    Melhor não pensar nisso.

    Levei-a para o quarto de hóspedes, foi quando ela começou a vomitar freneticamente ainda inconsciente. Fui obrigado a despi-la. Balanço a cabeça incomodado com as emoções que aquele ato gerou no meu corpo.

    Ela era magra, usava uma calcinha de renda branca e pequenininha, que contrastava com a fênix dourada na sua barriga. Segui o olhar, involuntariamente enquanto meu órgão começava a reagir.

    Cara, eu sou um animal? É isso?

    Só de lembrar a imagem minha masculinidade começa a pulsar aqui no banco de meu Gol.

    Isso deve ser por que desde... não vem ao caso, mas desde aquela época eu não tenho um contato tão intimo com mulher alguma. Tento me confortar com isso.

    Mas somente consegui dormi por volta das quatro da manhã e agora, oito em ponto, atravesso o saguão de entrada do Popular, jornal em que trabalho.

    O dia de trabalho foi monótono, nada de novo como sempre... Moro em Goiânia, o que de novo poderia acontecer nesta cidade grande com cara de roça?

    Um estouro de um rebanho de vacas?

    Minha atenção, quase sempre flutuante, estava voltada para o meu apartamento.

    Será que ela já acordou? Será que ela foi embora sem nada mais dizer?

    Será que ela levou minha TV e meu microsister?

    Quando minha chave gira na maçaneta, sinto um cheiro agradável de comida bem temperada advindo do outro lado. O apartamento estava organizado, fiquei surpreso em ser possível ver a mesa de centro da sala de estar, algo que eu não via há meses.

    Bia vinha da cozinha trajando unicamente a camisa que eu havia colocado ao lado de sua cama.

    -- Seja bem-vindo – ela falou timidamente.

    -- Você...

    -- Tomei a liberdade de organizar um pouco as coisas por aqui... Como você conseguia viver neste apartamento?

    Simplesmente não era da conta dela isso!!

    A fúria cegou minha visão, como aquela mulher se atreveu a mexer nas minhas coisas?

    -- Você...

    -- Não precisa agradecer – ela sorria balançando as mãos como se fosse alguém caridoso e diligente. Não consigo acreditar que ela pensou que eu ia agradecer algo...

    -- Eu não ia agradecer – explodi – como se atreveu a mexer em minhas coisas? Nunca aprendeu que não se pode fazer isso na casa dos outros?

    Os olhos dela ficaram em choque, acho que nunca ninguém brigou com ela antes. Pensei que ia se desculpar ou algo do tipo, mas ela simplesmente balançou a cabeça, sorriu e me convidou.

    -- Não sabia o que você gostava de comer, então fiz algo com o que tinha na sua geladeira – ela sorri. Que garota mais sem noção.  – Vamos comer?

    -- Eu... – admito fiquei sem reação, era a primeira vez que eu caçava briga com alguém e ela simplesmente me ignorou.

    -- Vamos logo, vai esfriar... – ela já estava me empurrando para a mesa da copa e literalmente me obrigando a sentar – Tarã: risoto de frango com legumes...

    Meu estômago revirou, o cheiro era realmente agradável e eu somente havia comido um sanduíche no almoço.

    -- Pode comer, não coloquei veneno – ela já estava se servindo e imitei seus gestos.

    O sabor era algo de outro mundo, muito cremoso e saboroso.

    -- Vejo que gostou – ela sorria do outro lado da mesa.

    -- Está bom...

    Comemos sem mais diálogos e no fim ela serviu mouse de goiaba para ambos.

    -- Tomei a liberdade de colocar sua roupa na máquina, imagino que já esteja enxuta.

    -- Sim, eu vi. – ela saboreava o doce – Muito obrigada.

    Pronto, nosso encontro acabaria neste momento... Ela pegaria suas coisas e iria embora.

    Senti um aperto no meu estômago, acho que comi demais...

    -- Imagino que seus familiares devem estar preocupados... – iniciei nossa despedida. Eu a queria longe de minha casa o mais rápido possível.

    -- Eu não tenho familiares... – ela recolhia a louça e se deslocava para a cozinha.

    Ela já tinha começado a lavar os pratos que utilizamos, me posicionei ao seu lado para enxugá-los.

    -- Não tem?

    -- Não... – ela sorria com descontração.

    Será que ela não tinha senso comum e não percebeu que eu estava a dispensando?

    Terminamos de lavar a louça e fomos para a sala. Ela simplesmente pegou o controle e ligou a televisão. Minha ansiedade já estava a mil, terei que ser mais claro com ela...

    -- Eh...

    -- Gostei muito de seu apartamento e vi que tem um quarto livre – não sei aonde ela quer chegar – A partir de hoje serei sua inquilina...

    Minha boca se abriu em choque.

    Sim, ela deve ter algum distúrbio psíquico...


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