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Sem sentimentos, sem emoções, sem coração, sem vida. Era assim que era a marioneta Sophia.
O que uma marioneta poderia fazer? Ela não podia dar amor, carinho… Ela era apenas uma boneca, imóvel na sua caixa. O seu criador desesperado e só, pedia todos os dias para que a sua marioneta ganha-se vida. Era o ideal, já não se iria sentir sozinho e ela não ficaria adormecida para sempre. Uma boneca que anda-se, fala-se, pensa-se. Era o modelo prefeito, a boneca perfeita que todos os dias pedia às estrelas.
Um dia ao acordar, a sua marioneta incompleta não estava no mesmo lugar, não, ela tinha desaparecido. Ele procurou-a por todos os lados.
-Sophia, Sophia! Onde estás? – Chamava pelo seu nome, mas ele tinha consciência que ela não responderia. Ela era apenas uma marioneta.
-Aqui… - Uma voz doce ecoou pela divisão. Ele virou-se e ali estava. De porte médio, com olhos verdes profundos e cabelos violeta longos. Os fios ligados ao seu corpo estavam no chão. Ela já não era uma marioneta. Aquela que ele comandava com as suas mãos. Deu um passo, olhando para aquele homem velho profundamente. – Controlador. – Falou-lhe num tom grave e aproximou-se cada vez mais.
-Minha marioneta… Não! Minha boneca, agora está completa! – Falava o velho com um sorriso no rosto.
-Manipulador. – Parou á sua frente.
-Sophia, minha bela boneca! – Olhou-a nos olhos, de repente sentiu uma dor na barriga. Tinha sido esfaqueado. Esfaqueado pela sua própria criação. – S-Sophia... Ela caiu e olharam-se nos olhos, ela aproximou-se do rosto do velho.
-Controlador, manipulador. – Dizia estas palavras sem parar, olhando para o velho que tinha dado o último suspiro.
Sophia sentou-se na sua cadeira, ficando imóvel. Esperando outro alguém a possuir.
Dias se passaram, a polícia tinha investigado mas sem sucesso. Afinal, que iria desconfiar de uma simples marioneta? As marionetas não têm vida, são comandadas por alguém. O caso foi arquivado, esquecido e abandonado. A mobília da casa foi vendida, e a marioneta Sophia também. E o massacre da marioneta continuaria, mas afinal ela era uma marioneta, teria de ser controlada um dia.
“Como poderia ser eu, chamada de boneca se me manipulavas e controlavas os sentimentos todos os dias?”