Capítulo III: Casamento Mal-Assombrado
#Arquivo 3
? Por Paola Tchébrikov
Mai abriu os olhos assustada e colocou suas mãos sobre o peitoral definido do chefe, com a intenção de empurrá-lo, mas sua razão desceu por água abaixo quando suas palmas quentes tocaram o corpo gélido do rapaz, fazendo um choque elétrico correr pelo corpo de ambos.
Nunca Naru deixara que Mai o tocasse tão intimamente, e agora, tê-lo ali, por cima dela, e com as mãos femininas em seu peitoral?
Instintivamente a Taniyama arranhou de leve com a unha o lugar onde suas mãos se apoiavam, fazendo os pelinhos da nuca de Oliver Davis se arrepiarem numa sensação completamente nova para ele, já que sempre evitou as investidas das mulheres para cima de si. Frustrado e irritado por não entender o que era aquela sensação, Naru abaixou-se e tomou os lábios pequenos de sua secretária para si.
O beijo começou longo e calmo, mas logo Noll já explorava toda a boca feminina com sua língua astuta, enquanto sua nuca era massageada com delicadeza pelas mãos femininas. Os lábios finos e longos dele, esmagavam sem piedade os carnudos e pequenos dela. Ficaram se beijando por minutos até o ar faltar. Noll afastou alguns centímetros os rostos, deu um leve selinho nos lábios inchados da garota abaixo de si e jogou-se para o lado, caindo sobre a cama e cobrindo seu corpo e o de sua secretária com o cobertor.
A noite estava gélida, fazendo o dever do edredom ser esquentá-los e protegê-los do frio. Mai suspirou perdida, aquilo fora incrível, mágico, daria tudo para conseguir repetir a dose, ou apertar replay na cena.
Shibuya Kazuya sem dúvida era quente, muito quente. Fitou sua mão no momento em que sentiu dedos longos e gélidos se entrelaçarem aos seus, os atos de Naru já não a surpreendiam mais. Fechou os olhos cansada e esperou que o sono viesse.
Dia 3
Mai abriu os olhos lentamente, sentindo algo embaixo de si mexer-se, estranhou, desde quando a cama se mexia? Só se não estivesse deitada em cima da cama! Sua visão estava embaçada por causa do sono, mas assim que ela voltou por completo pôde contemplar o rosto sereno de seu chefe.
O rosto de seu chefe? Olhou para baixo e viu que estava deitada sobre o corpo masculino dele; assustada, sentiu algo apertar levemente sua bunda. Parecia? uma mão? Mai arregalou os olhos e levantou num pulo.
? Ah! ? gritou afastando-se da cama. Naru abriu rapidamente os olhos e em um reflexo sentou na cama, procurou por todo o quarto e a única coisa que viu foi Mai em pé, encarando-o com os olhos arregalados.
Desceu os olhos pelo corpo feminino, para constatar que o pijama de sua secretária havia levantado e era possível ver a calcinha preta. Mai acompanhou o olhar dele e viu que seu vestido havia erguido demais. Desesperada e envergonhada, abaixou o pano o máximo que pôde, escondendo o corpo, ou tentando.
? Por que gritou? ? perguntou Naru colocando os pés para fora da cama e bocejando enquanto passava a mão sobre os cabelos.
? Eu? ? hesitou gaguejando. ? Me assustei quando vi que estava deitada por cima de você ? confessou entrelaçando os dedos de forma a demonstrar seu nervosismo.
? E? ? encarou sua secretária por longos segundos, ela havia esquecido que dormiram na mesma cama? Pela cara que ela fazia, sim.
? O que exatamente aconteceu? ? eles não haviam feito ?aquilo?, haviam? Naru sorriu com o canto dos lábios, então ela não lembrava-se da noite passada?
? Não, não fizemos nada ? ele viu os ombros da garota relaxarem e sorriu internamente de forma divertida. Levantou-se da cama e andou até sua mala, pegando uma blusa de manga comprida social preta e uma calça igualmente negra.
Mai sentou-se na beirada da cama e observou seu chefe. Naru, que estava de costas para a secretária, retirou a calça e ficou só de cueca. Ela sentiu seu sangue ferver enquanto era bombeado de forma rápida por seu coração, passando por todas as suas veias e deixando seu rosto extremamente vermelho. Naru vestiu a calça e a blusa de forma rápida e entrou no banheiro, deixando-a sozinha.
O que fora aquilo? Ele havia esquecido que ela estava ali? Não, com certeza ele fizera de propósito, apenas para deixá-la com vergonha. Mas? o que aconteceria se ela assumisse que gostou?
? Eu? ? refletiu sobre a sensação de ver seu chefe apenas de cueca, céus! O que estava acontecendo com ela? Já não mais se reconhecia. ? Acho que estou ficando pervertida ? sussurrou incrédula. A porta do banheiro foi aberta fazendo a garota assustar-se e levantar rapidamente.
Naru andou calmamente até ela, já devidamente vestido e calçando os sapatos negros que sempre usava. Ele parou na frente da secretária e com uma mão ergueu seu rosto, fazendo seus olhos se encontrarem.
Mai amava e odiava o brilho perigoso que os olhos azul-cobalto possuíam. Suspirou, fechando os olhos quando sentiu a respiração lenta de seu chefe acariciar seu rosto, para logo em seguida seus lábios se tocarem com suavidade. Ficaram segundos com os lábios encostados um no outro, era apenas um selinho demorado, mas Mai sentiu todo seu corpo aquecer-se.
? Vou verificar como estão as coisas na base ? disse Naru indiferente, saindo do quarto e rumando para o quarto onde os equipamentos encontravam-se como se nada tivesse acontecido.
Mai suspirou tocando o próprio lábio com a ponta do dedo indicador, o que estava acontecendo com ela? Na verdade a pergunta era: o que estava acontecendo com Naru? Oliver Davis estava se mostrando carinhoso com ela e isso a assustava. Deu de ombros, procurando suas roupas dentro da mala, entrou no banheiro e trocou-se lentamente.
Em outro canto da casa...
? Como estão as coisas, Lin? ? perguntou Naru assim que entrou na base. O chinês, que digitava algo no notebook, virou-se e encarou seu chefe, que era mais novo do que ele.
? Todas as câmeras foram instaladas, apenas falta a do seu quarto. ? informou, encarando o chefe por segundos, para logo em seguida voltar sua atenção para o computador. Estranhou, geralmente Naru era o primeiro a acordar. ? Nenhuma mudança na temperatura dos cômodos.
Quando Lin fechou a boca, um barulho de bip pôde ser ouvido. Imediatamente Naru encarou as televisões que estavam numa prateleira ao lado do chinês, observando uma em destaque. A tela piscava num tom de verde meio azulado, no aparelho era possível ver a cozinha da mansão, o que Oliver Davis estranhou.
No cômodo encontravam-se as mulheres, Brown-san, Takigawa-san e Yasuhara-san. O que surpreendeu Noll foi que ao lado de Mai uma mancha negra podia ser vista. Saiu apressado do cômodo e andou rapidamente até o andar debaixo, entrando na cozinha e encontrando Mai recolhendo a louça da mesa.
? O que está fazendo? ? perguntou para a morena que se assustou, não tinha notado que o chefe estava na cozinha.
? Ai, que susto! ? exclamou Mai com a mão no coração, que batia apressado em seu peito. ? Estou recolhendo a mesa, Tôkio-san saiu com a governanta ? deu de ombros terminando de colocar a louça na pia.
? Mai. ? chamou Naru, ela olhou-o por cima do ombro. ? Não sente nenhuma presença estranha? ? a pergunta surpreendeu Mai que, por segundos, ficou estática.
? Sim, há uma presença na cozinha. ? comentou simplesmente. ? Mas por que está perguntando para mim? Masako poderia detectar a presença melhor do que eu ? exclamou encarando o chefe, Naru suspirou impaciente.
? Ela está parada ao seu lado ? comentou vendo a expressão de surpresa da secretária, mas logo as feições da garota suavizaram.
? Você agora enxerga espíritos? ? perguntou curiosa, não sabia que seu chefe possuía esse poder, porque, afinal, ela só era vista quando permitia que a vissem, mas pelo que sabia, naquele momento, a maioria dos companheiros de trabalho não conseguiam vê-la.
? Não, a câmera na base indicou que há um espírito ao seu lado ? Mai olhou para o lado e sorriu, o Davis não entendeu absolutamente nada, mas preferiu ficar quieto.
? Naru, eu sei que ela está ao meu lado? ? a garota parou de falar, um grito seguido do barulho de algo batendo pôde ser ouvido. Quando Naru ia virar-se e correr, Mai passou por ele rapidamente e seguiu o corredor direto, indo na direção do segundo andar.
Naru correu pelos corredores na direção do barulho, chegando na frente de uma porta, onde todos os membros do SPR encontravam-se, menos Masako.
? Onde está a Hara-san? ? perguntou Naru indiferente, enquanto aproximava-se do grupo; estranhou, Mai estava parada na frente da porta.
? Ela está presa dentro do quarto ? exclamou Ayako aterrorizada, podia ter sido ela a ser presa no cômodo.
Noll puxou Mai para o lado e aproximou-se da porta tocando a maçaneta, imediatamente retirou a mão do objeto, ele estava muito quente. Encarou sua mão e viu que esta estava vermelha devido à temperatura alta do objeto metálico que antes tocara. A Taniyama seguiu o olhar do chefe e suspirou quando viu a mão avermelhada dele, sabia que ele não seria capaz de tocar e abrir a porta.
? "Entre no quarto" ? sussurrou uma voz no ouvido de Mai, ela sabia que era do espírito que encontrava-se ao seu lado na cozinha. Insegura, mas decidida que era necessário salvar a companheira de trabalho, decidiu fazer o que a mulher mandara.
? Se afastem da porta ? exclamou alto, todos a olharam interrogativos e afastaram-se um passo para trás, menos Naru, que continuou no mesmo lugar.
Mai tocou a maçaneta da porta, que não encontrava-se quente, mas também não estava gelada; parecia ter esfriado ao seu toque. Lentamente empurrou-a e abriu-a, entrando, mas a porta atrás de si fechou-se, impedindo que mais alguém pudesse entrar.
Olhou para as paredes do quarto, eram limpas e irritantemente brancas; os móveis novos brilhavam como se houvessem sido polidos há alguns minutos.
Encarou a grande cama de casal com lençóis brancos e pôde ver um homem e uma mulher deitados nela. A mulher era envolta num lençol vermelho feito de sangue, o que intrigou Mai. O que estava acontecendo com aquele quarto?
? "Mai" ? chamou Gene em sua mente, a garota parou de observar o quarto e concentrou-se em sua própria mente.
? Sim ? respondeu baixo, suspirando de indignação por não ter mais ninguém ali com ela.
? "É uma ilusão" ? a voz falou em sua mente ?, "não se deixe ser enganada" ? completou.
? E o que eu faço? ? perguntou rapidamente, tinha medo da voz sumir.
? "Quebre o espelho" ? a voz foi ficando longa e baixa, logo o eco parou e apenas o silêncio reinou na mente da garota.
Mai olhou para o lado e viu um espelho refletindo a cama, mas sobre a cama do espelho não havia sangue nem ninguém. A Taniyama aproximou-se lentamente e fechou os olhos, apertou o punho e o direcionou com força e rapidez na direção do espelho, fazendo-o quebrar-se em pedaços impossíveis de se pegar com a mão sem que entrassem em sua pele.
Quando o espelho despedaçou-se, a visão de Mai ficou turva, tudo o que pôde ver depois foram paredes amareladas cheias de manchas negras e mofo, móveis velhos e estragados e uma cama com lençóis brancos cheios de pó, o que fazia-os ficarem meio cinzentos.
Olhou para o lado e encarou a mulher parada ao lado da cama, encarando-a surpresa. Quando Mai ia aproximar-se da companheira de trabalho, a porta foi aberta num baque alto e por ela entraram todos os membros da SPR, incluindo Naru, que a olhou intrigado. No momento em que Masako viu Shibuya entrando correu em sua direção, mas parou quando viu que ele virou-se para Mai.
? O que houve? ? perguntou, mas Mai ficou em silêncio, Noll desviou seus olhos na direção da Hara, que fitou-o indiferente.
Quer dizer que ele nem ligava se ela estava bem ou não? Só se preocupava com a secretária inútil que não podia ajudar no caso porque não tinha grandes poderes como ela?
? Não aconteceu nada Naru ? exclamou Mai calmamente, ele encarou a secretária, mas ela já não estava mais lá, estava saindo do quarto. Pensou em segui-la, mas preferiu deixar para resolver isso depois.
? O que houve, Hara-san? ? repetiu a pergunta irritado, mas dessa vez deixara bem claro quando pronunciara o nome da médium que a pergunta era para ela.
? Ela entrou no quarto, ficou alguns segundos sem se mexer e depois socou o espelho ? deu de ombros e retirou-se do cômodo sendo seguida pelos outros presentes no quarto, menos Naru, que examinou os cacos no chão, como ela havia quebrado o espelho? E por quê?
? "Achei que você era mais esperto, irmão!" ? sussurrou Gene na mente de Naru. ? "Ela socou o espelho, com a mão. Você devia ver como ficou a mão dela, cheia de sangue?" ? Naru nem esperou o irmão terminar de falar, saiu fechando a porta do cômodo e rumando para seu quarto; depois conversaria com os outros.
Andou calmamente pelos corredores e entrou no quarto, fechando a porta. Viu que a luz do banheiro estava acesa e rumou até lá, encontrando Mai de costas com a mão ensanguentada sendo molhada pela água da torneira, que encostava na pia já numa coloração carmesim.
Aproximou-se, pegando uma toalha branca felpuda e abraçando a jovem por trás. Mai surpreendeu-se, mas depois relaxou quando notou quem era. Ela ficou mais alguns segundos com a mão na água até parar de sangrar.
Naru fechou a torneira e envolveu a mão delicada de sua secretária com a toalha felpuda que pegara, delicadamente secou toda a água do ferimento e certificou-se de que não estava mais sangrando. Pegou uma pomada no gabinete do banheiro e colocou em seu dedo indicador.
? Isso vai arder, mas logo passa ? sussurrou ele enquanto encostava seu dedo com pomada nas costas da mão de Mai, sobre o ferimento; ela fez uma expressão de dor e apertou com a mão livre a blusa de seu chefe.
Naru continuou passando o dedo sobre o ferimento, até sentir a secretária soltar sua blusa, com certeza a ardência já passara. Sorriu fracamente enquanto enrolava uma faixa sobre o machucado, mantendo a pomada ali.
? Nee Naru. ? chamou Mai quando o homem terminara de enfaixar sua mão, Noll a virou para ele, abraçando sua cintura e encarando-a com a face serena. ? Quando eu entrei no quarto vi um homem e uma mulher deitados na cama ? contou o que viu enquanto encostava sua cabeça no peitoral do chefe, Naru ficou minutos abraçando a secretária.
? Deite e descanse um pouco. ? ele entrelaçou seus dedos nos da garota, certificando-se de que pegara na mão esquerda, já que a direita estava enfaixada. Puxou ela para sua cama e ajudou-a a deitar-se, tirou suas sandálias e cobriu-a com o edredom. ? Não se esforce muito, quando estiver melhor pode se juntar aos outros, se quiser ? Naru deu um leve selinho nos lábios da garota, beijou sua testa e depois retirou-se do quarto, deixando Mai ali, sozinha.
Sem dúvida, ele estava sendo carinhoso, e muito. Embora Mai estivesse gostando desse lado de Naru, também estava assustada, afinal, não é todo dia que uma pessoa muda do indiferente para o carinhoso e isso a assustava.
Mai puxou o cobertor para cobrir o pescoço, sentindo o cheiro que se encontrava impregnado no pano. O cheiro dele, sem dúvida. Abraçou com força o edredom e dormiu, sorrindo, sentindo como se ele estivesse ali, protegendo-a de todo e qualquer mal.
Alguns quartos ao lado.
? O que houve com a Mai, Naru-bou? ? perguntou Houshou quando Noll entrou na base, todos olharam-no com certa curiosidade, exceto Masako, que continuou indiferente, fitando um ponto fora da mansão pelas grandes janelas.
? Ela está bem, Takigawa-san. ? respondeu simplesmente enquanto sentava em uma poltrona de couro preta. ? Teve machucados leves nas costas da mão, nada que uma pomada não resolva ? completou encerrando o assunto, nesse momento pensou que talvez um chá seria algo bom, mas apenas o chá dela poderia ajudá-lo a acalmar-se e pôr as ideias em ordem.
? O que pretende fazer com o espírito? ? perguntou Lin que digitava algo no notebook, Naru encarou todos os presentes na base enquanto pensava no que poderia ser feito.
? Não é um espírito fraco. ? comentou Masako tampando a boca com a manga do quimono. ? Já se apossou da casa, mas procura algo que não pode ser achado ? completou saindo do quarto, não aguentava saber que Naru nem perguntara se ela estava bem.
Talvez amar o jovem Davis seja um erro, ele apenas tinha olhos para a secretária. Mas ela não aceitaria isso, nem que tivesse que mexer os pauzinhos para que os dois não ficassem juntos!
"Algo que não pode ser achado!" refletiu Naru sobre a frase que a médium pronunciara, não fazia sentido. "O que não pode ser achado?", se perguntou.
? "O amor" ? respondeu simplesmente Gene em sua mente.
? "Não seja ridículo, você não acredita nessas coisas" ? completou Naru em sua própria mente.
? "Eu acredito, quem não acredita é você!" ? acusou o mais velho.
? "O que você acha que pode ser feito?" ? perguntou para o irmão.
? "A resposta está na ponta do seu nariz!" ? respondeu Gene alegremente.
? "Não é hora para charadas!" ? comentou o mais novo irritado, fechando os olhos.
? "Ninguém está fazendo charada nenhuma, estou apenas indicando o caminho" ? respondeu Eugene dando de ombros.
? "Eu sei que você sabe a resposta para esse caso" ? acusou Naru irritado.
? "E você sabe que eu não vou solucioná-lo." ? riu divertido Gene ? "Cuide da Mai!" ? comentou e sumiu. Naru bufou irritado, seu irmão não devia atrapalhar se não pretendia ajudar.
Talvez algumas horas mais tarde.
Hakuya havia acabado de chegar, tinha ido com os empregados fazer a compra do mês, deixando o grupo de pesquisa psíquica em sua mansão. Assim que entrara na casa ouvira dois dos investigadores, o monge e o padre, comentando que a secretária havia se machucado.
Imediatamente ficou preocupada, afinal, a secretária do Shibuya-san era uma garota muito doce e amável, o que a fazia não entender porque ela trabalhava naquele ramo, paranormalidade.
? Cuide das coisas, vou ver como a Taniyama-san está ? informou para a governanta que apenas balançou a cabeça, confirmando.
Tôkio-san subiu as escadas da enorme casa e andou por longos corredores até chegar ao quarto que fora combinado que o chefe da SPR e sua secretária dormiriam enquanto estivessem solucionando o caso. Parou em frente à enorme porta de madeira e deu três leves batidas no objeto amarronzado.