Olá meus leitores(as) fofos(as)! ♥
O capítulo de hoje traz consigo, digamos que um pouquinho de revelação... Creio que alguns possam ficar confusos, mas relaxem que com o decorrer da estória as coisas irão se encaixando e tudo aos poucos será esclarecido.
E a melhor parte é que esse capítulo ficou meio tenso e MUITO FOFO *0* (na minha humilde opinião, é claro u_u')...
A música tema de hoje é a Never Be The Same - RED (Eu acho ela foda xD... Espero que escutem-na enquanto leem o capítulo) Deixarei como sempre, postada nas notas!
Link: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2FznlTM5GfI
Bom! Chega de tomar o tempo de vocês aqui nas notas, né?
Agradeço de coração à todos que deram uma chance à minha Fanfiction e estão acompanhando-a fielmente até hoje :3
Boa leitura à todos!!!
Mesmo que aquele não fosse um problema dele e que Sakura era a única pessoa que deveria ter raiva para com o próprio tio, naquele momento, Sasuke estava imerso no ódio. Entretanto, na verdade, o que mais lhe doía naquele instante, não era todo o sofrimento que aquele homem havia causado a sua própria sobrinha, mas sim, o que possivelmente ela sentia por ele.
(...)
O sangue escorria pelo rosto alvo do homem caindo por fim ao chão coberto de neve, tornando àquela brancura ao seu redor em um escarlate vivo. Os olhos semicerrados mantinham-se indiferentes, marejados pela raiva que estava sentindo.
? Droga... Como eu posso perder para um garoto como ele? Mesmo que sejamos do mesmo tamanho, ainda assim... Ele é apenas um moleque! ? pensou transtornado, erguendo-se um pouco tonto.
? Já se cansou de apanhar? ? indagou com deboche, o rapaz agachando-se ao redor do mais velho e o olhando com sua expressão entediada. ? Porque eu ainda quero bater em você um pouco mais! ? anunciou sadicamente.
? Bastardo! Eu vou te... ? sentou-se com dificuldade e cerrou o punho, ameaçando um soco na direção do jovem que agilmente agarrou o pulso do homem, apertando-o com uma força incrível. ?Merda... Essa força sobre-humana... Assim ele vai quebrar... ? pensou assustado. ? Desgraçado...
? Ora, ora... Está perdendo para mim e ainda assim continua a latir? ? inquiriu surpreso. ? Pois então, irei acabar com isso de uma vez por todas... Cansei-me de te espancar! ? ele soltou o pulso do outro e levantou-se, levando a mão à empunhadura da katana presa ao quadril, desembainhando-a.
? Olha só... Você realmente pretende me matar! ? notou abatido, apoiando-se com as mãos no chão, para manter-se firme, sentado.
? Só agora você percebeu? Estou sério em matá-lo desde o momento em que nossos olhos se cruzaram pela primeira vez! ? expôs impassível.
? Sabe... A princípio, eu não achei que você fosse contrariar a vontade da florzinha, mas, enfim... O que será que ela irá pensar de você? ? perguntou com ironia.
? F-Florzinha? O que diabos isso significa? Como você ousa chamá-la de tal forma carinhosa quando até mesmo já tentou matá-la? ? inquiriu com os olhos repletos de ódio.
? Vejamos... É natural que eu seja amável com a pessoa que eu mais amo no mundo! ? confessou enfadado. ? Como posso explicar? Ao mesmo tempo em que anseio por tirar-lhe a vida, por ela ser tão difícil e não render-se logo a mim... Desejo-a como minha mulher! ? finalizou exausto.
? Você... ? olhou-o enojado. ? Morra agora mesmo! ? ergueu o sabre afiado e com muita força levou a lâmina lustrada na direção do homem.
No entanto, naquele instante, sua mente corrompida pela raiva do momento, recordou-se brevemente da voz desesperada da menina, que o impedira de matar seu tio mais cedo naquele dia...
?NÃO!?
? S-Sakura? ? indagou-se em pensamento, interrompendo o golpe com a lâmina afiada a poucos milímetros de distância da testa do homem.
? Lembrou-se dela, né? Pense bem... Pois se matar-me aqui, ela o odiará por toda a eternidade e posso ver nos teus olhos, que você não almeja pela rejeição da florzinha... ? foi interrompido.
? CALE-SE! ? gritou exasperado. ? Não refira-se a ela dessa maneira, seu miserável! Por quê? Porque eu simplesmente não posso mandar-te para o inferno? Porque, mesmo o odiando, ela hesita tanto em me permitir acabar com você, seu desgraçado? ? inquiriu furioso.
? Ora, Sasuke-kun... ? proferiu o nome do mais novo com deboche. ? Você ainda não entendeu que o laço que ela tem para comigo é muito mais forte do que o laço que ela tem para contigo? ? zombou estampando um leve sorriso nos lábios. ? Sou homem e vejo através dessas suas atitudes explosivas que também nutre sentimentos pela ?minha? florzinha! ? reforçou apático. ? Apenas aceite a realidade! Ela ama a mim e não a você... Simples assim! ? terminou com desprezo.
? MORRA! ? deixou a katana cair sobre o chão, acertou um soco no rosto do homem e sentou-se sobre o mesmo, passando a esmurrá-lo incansavelmente. Os olhos rubros, trêmulos, lacrimejavam.
Inebriado pelo ódio que estava sentindo e incapaz de pensar em alguma resposta para combater àquelas palavras que rasgaram-lhe a alma, apenas queria descontar toda a frustração que havia se apossado dele naquele momento, tendo seus pensamentos invadidos por perguntas que sequer conseguia responder...
Por quê?
Porque estou fazendo isso?
Quais são os meus motivos?
Porque estou tão irritado com tudo isso?
Porque quero tanto matá-lo?
Ela o ama?
Porque dói tanto...
Eu não entendo...
Eu estou... Sofrendo?
Eu estou... Com medo de que ela me odeie?
Eu estou...
Quando o rapaz voltou a si, o outro a beira da inconsciência, já não mais conseguia resistir aos golpes, mantendo-se calado.
? Tsc... O que estou fazendo? ? perguntou-se cessando àquela agressão física descontrolada. ? Eu não posso... Não importa o que, não quero que ela me odeie! ? pensou transtornado, pondo-se de pé. ? Bom, eu não o matei... Mas não posso garantir que o frio não o matará! ? murmurou abaixando-se para pegar o sabre e logo deu as costas para o mais velho estirado ao chão.
? V-Você... Um dia eu irei... Matá-lo... ? ofegante, com dificuldade, ele sussurrou a ameaça, engolindo com um gosto de sangue na boca.
? Hum... ? mais calmo, o moreno virou-se para trás e olhou para o outro. ? Ainda faltam cem anos para isso acontecer! Espero que esteja vivo até lá... ? voltou-se novamente para frente, guardando a katana na bainha outra vez e apanhou a enorme mala que deixara próxima de uma das árvores coníferas daquele lugar.
Ele passou a caminhar pela trilha da floresta congelada mais uma vez. Os olhos que outrora reluziam rubros, normais, de volta estavam à negritude e opacos estampavam a expressão vazia daquele jovem que a cada passo dado sobre a neve em direção ao acampamento, sentia o coração latejar temeroso à reação da garota de cabelos róseos que lá estava, uma vez que mentir ele não o faria.
(...)
A companhia da pequena distraiu-lhe de seus preocupados pensamentos. Até mesmo deu-se ao luxo de descontrair-se em conversas aleatórias, entretanto, divertidas entre ela e a menina:
? Né, Nana-chan... Até hoje eu ainda não tive a chance de fazer-lhe algumas perguntas! Eu poderia o fazer agora? ? indagou acanhada, sentada sobre o futon.
? Claro que sim, nee-san! Se eu souber, responderei com prazer! ? sorriu docemente.
? Bem, vejamos... Você realmente não sabe como se chama? ? perguntou curiosa.
? É... Apenas me chamavam de Nana e eu acabei por adotar esse nome! Afinal, eu não sabia o meu próprio mesmo! ? expôs apática.
? Hum... E onde você morava? ? inquiriu atenta.
? Né, nee-san... Porque não deixamos isso para... ? foi interrompida.
De repente uma velha senhora de aparência fúnebre adentrou a tenda onde a jovem situava-se interrogando a menina:
? O-Olá! ? saudou a moça esboçando um sorriso simpático. ? A senhora é aquela que me ajudou da primeira vez em que estive aqui! ? reconheceu surpresa. ? Sempre quis lhe agradecer devidamente, pois... ? ela também foi interrompida.
? Suma daqui! ? a senhora olhou furiosa para a pequena menina, apontando para fora daquela cabana. ? Vá trabalhar! ? completou de forma rude.
? S-Sim, senhora! ? obedeceu sem contestar.
? Hey, não fale assim com ela... ? a jovem de cabelos róseos, assustada, olhou irritada para a mais velha.
? Está tudo bem... Mais tarde eu voltarei para lhe ver, nee-sama! ? avisou a menina que logo saiu correndo de lá. Iria voltar a ajudar as outras crianças que coletavam lenhas pela mata.
? Mas, Nana... ? calou-se, pois a menor já estava longe.
? Porque raios você voltou para cá? ? perguntou enraivecida.
? C-Como assim? O que você quer dizer com isso? ? perguntou confusa.
? Mesmo eu a tendo levado de volta, você voltou? Aqui não é o seu lugar! ? esclareceu da maneira mais grosseira que pôde.
? S-Sasuke-kun salvou-me a vida e me trouxe de volta! ? contou assustada com aquela mulher que aos poucos se aproximava, com um olhar pavoroso. ? P-Porque está falando assim comigo? ? engoliu a seco, afastando-se aos poucos, sobre o fino colchão japonês.
? Ele esteve sozinho todo esse tempo! Mesmo que não pareça, ele é um garoto ingênuo... Portanto, não brinque com ele! Vá embora e o deixe em paz! ? ordenou apática. ? Volte para o seu mundo, volte para a sua vida e use de sua integridade física enquanto pode! ? terminou aborrecida.
? E-Eu não entendo o que a senhora está querendo dizer... ? inocente, ela não fazia ideia do significado daquelas palavras.
? Ela realmente não percebeu? Ou apenas está fazendo-se de boba? ? pensou nervosa. ? É o que eu disse! Vá embora daqui pelo bem daquele garoto e para o seu próprio bem também! ? avisou dando de costas e caminhando até a saída daquela barraca.
? Espere, por favor! Explique-me o que está acontecendo... Eu lhe imploro! ? pôs-se de joelhos sobre o futon, curvando-se humildemente àquela senhora, que parou por alguns segundos, olhando para a jovem situada atrás de si.
? Se você ainda não sabe, não serei eu quem lhe dirá! Se quiser permanecer aqui, permaneça... Porém, apenas não seja um fardo para aquele rapaz e de maneira alguma ouse usá-lo! ? alertou voltando a caminhar e logo deixou aquele local.
? Oh céus! O que eu faço? Não tenho a mínima ideia do porque ela me disse tudo aquilo! ? pensou transtornada, levando as mãos aos cabelos, bagunçando-os ainda mais e deitou-se, derrotada.
As horas daquela álgida tarde de inverno transcorreram-se de forma lenta e no início da noite, os olhos verdes, que permaneciam fixados no rumo do teto, desvencilharam-se passando a fitar o jovem que, inexpressivo, surgiu na passagem daquela tenda.
Calado, ele seguiu até o lado dela, deixando a enorme mala que tinha em mãos, sobre o chão. Os olhos negros, consternados, evitaram encarar a garota naquele momento. O moreno então sentou-se na beirada do futon, ficando de costas para ela:
? Já está tão tarde... Minha casa não fica tão longe assim daqui! ? comentou entediada, voltando a fitar o teto.
? Você acreditaria se seu dissesse que me perdi no caminho? ? inquiriu indiferente.
? Eu até poderia acreditar se você me dissesse que estava em alguma missão ninja, samurai ou sei lá o que você faz da vida... ? sugeriu com desdém, sem olhá-lo.
? Posso deitar-me ao seu lado? ? perguntou abatido, ainda sem encará-la.
? Faça como quiser! ? a garota aproximou-se do canto, dando espaço para ele.
? Obrigado! ? agradeceu deitando-se sobre aquele estreito futon, de costas para ela.
? Não há de que! ? respondeu dando as costas também, sem encostar-se nele.
As palavras desfizeram-se ao vento e a quietude incômoda estabeleceu-se entre os dois por quase dez minutos. Aquela cena era familiar a ele, no entanto, dessa vez não era algo acolhedor, tampouco sentia-se bem daquela forma. As carícias que, antes, fizeram-lhe adormecer, ali não estavam mais.
? Você me odeia? ? o garoto inquiriu, quebrando o silêncio.
? Porque deveria? ? ela o respondeu com outra pergunta.
? Talvez, mas só talvez... Você ficaria com raiva de mim se eu tirasse a vida daquele homem? ? indagou friamente.
? Quem sabe... ? supôs enfadada.
? Hum... Mesmo depois de tudo o que ele lhe fez você ainda o ama? ? inquiriu com o semblante pesado, fechando os olhos.
? O que? Como assim ?ainda?? ? indagou chocada. ? Eu nunca o amei e jamais irei amá-lo! Não me ofenda, por favor... ? pediu com sarcasmo.
? É s-sério isso? Você não me deixou matá-lo e sequer demonstrou algum sentimento de vingança para com a pessoa que desgraçou a sua vida! Então eu pensei que... ? foi interrompido.
? Garoto... Não deturpe as minhas palavras! Eu me irritaria se você o machucasse, assim como também odiaria ele se lhe ferisse! ? esclareceu cansada. ? Matando ele, você apenas estaria descendo ao mesmo nível daquele monstro... Se é que me entende! ? completou aborrecida.
? Entendo... ? de costas para ela, os lábios avermelhados esboçaram um breve sorriso aliviado.
? Sabe... Há muito tempo, quando minha mãe ainda era viva, ela me disse que do ódio nasce a vingança que por si gera a violência e arrasta as pessoas de corações fracos para o seu círculo vicioso! ? argumentou séria.
? Então foi por isso que ela... ? pensou um pouco contente e virou-se para o lado da garota que estava de costas para ele. ? Hey... ? levou uma das mãos até um dos ombros dela e tocou-o, chamando sua atenção.
? Hum? ? ela voltou-se para ele, deixando-os frente a frente um para o outro.
? Aqui... ? ele retirou as luvas das mãos, jogando-as em algum canto e apanhou uma das pequenas mãos frágeis da menina, levando-a até os seus cabelos. ? Daquela vez, foi assim também... ? lembrou olhando-a nos olhos.
? Ah... Cafunés? ? sugeriu em um tom de voz suave.
? Hum... Então é assim que se chama?! ? comentou pensativo.
? Sim... ? cedendo a aqueles olhos pidões, ela passou a acariciar os cabelos negros do garoto.
A cada toque dos dedos da jovem que trilhavam pela lateral do rosto alvo do rapaz, alinhando os fios rebeldes por detrás da orelha, faziam-no estremecer, tornando a pele macia em um mar de arrepios.
? Ele está mais frio do que da última vez... ? ela pensou, sentindo nas mãos a baixa temperatura dele.
? Ela está mais quente do que da última vez... ? ele pensou, apreciando aquele cálido contato.
De olhos fechados, involuntariamente o corpo agiu por si só e o garoto aconchegou-se ao calor daquele pequeno corpo feminino, aninhando-se nos braços dela. Espontaneamente ela o acolheu sem sequer notar aquela ação, continuando a mexer naqueles cabelos negros que reluziam à fraca luz da luminária de papel oriental, posta ao lado do futon.
Enquanto o jovem contemplava aquele momento ao lado da menina de cabelos róseos, em outra das diversas tendas que havia naquela espécie de acampamento, a senhora com sua séria expressão, sentada sobre as pernas, levou uma das mãos enrugadas até uma vela e a acendeu.
Naquele instante, um velho senhor adentrou aquele lugar e aproximou-se dela, ajoelhando-se ao seu lado:
? Mikoto-san? ? sussurrou sem fitá-la. ? Estou aqui para pedir-lhe uma coisa... ? foi interrompido.
? É a respeito daquela menina? ? indagou áspera.
? Sim, mas espere... Você não atreveu-se a agir de forma imprudente, certo? ? perguntou assustado.
? Eu... ? ela olhou para o lado, emburrada.
? Ora, Mikoto-san... Entendo a sua preocupação para com aquele rapaz, porém, você sabe que se interferir no caminho daqueles dois, nós permaneceremos refugiados aqui pela eternidade! ? advertiu apático, o velho sentando-se sobre o único futon da barraca.
? Eu já não me importo com esse destino... Entretanto, eu não permitirei que ela o faça mal! ? avisou decidida.
? Que mal aquela menina inofensiva poderia fazer a ele? ? inquiriu enfadado. ? Você sabe que... Se mesmo depois ?daquilo? ela está de volta, com certeza é uma pessoa especial! Sendo assim o certo é deixá-la ir com ele, quando a hora chegar... ? comentou calmamente e retirou os chinelos, deitando-se cuidadosamente sobre o fino colchão.
? Pois bem, as velas estão acesas! ? ela levantou-se ríspida e seguiu até a saída.
? Pense bem, Mikoto-san... Não apenas o seu, mas também o destino dele depende disso! ? lembrou o velho, virando-se para o canto e fechou os olhos.
Após um pesado suspiro, ela finalmente deixou aquela tenda e seguiu até a sua própria, para descansar.
Os pés livraram-se das sandálias de madeira típicas daquela região do oriente, caminharam até um médio espelho encostado a um dos suportes da barraca.
Os cabelos lisos e negros, assim como uma noite abandonada pela lua seria, compridos até a cintura desprenderam-se do coque firme daquela mulher. Alguns dos longos fios caíram sobre a testa alva, que outrora envelhecida, revelava-se extremamente jovem e os olhos negros como o ébano, analisavam aquela aparência, amargamente.
? Sasuke... Mesmo que eu não saiba o porquê, ainda assim sinto que devo lhe proteger com até mesmo a minha própria existência, se preciso for! ? pensou levando as mãos delicadas até a imagem refletida no espelho e traçando com os dedos um contorno de si mesma.
Embora quisesse seguir a risca os conselhos daquele velho homem, ainda assim o seu coração obrigava-lhe a prezar pelo bem-estar daquele rapaz. Mesmo que ela não o conhecesse muito bem, desde a primeira vez que o avistara, sentia que o amava mais do que tudo no mundo... Amava-o até mesmo mais do que a si mesma.