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Tempo estimado de leitura: 29 minutos
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Olá pessoal!
A música do capítulo é uma OST de Anime (Nas notas)
Link: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-heBJTrCpcg
Bom, é isso aew!
Boa leitura!!!
No domingo...
O garoto de cabelos e olhos negros, ainda estava estirado no sofá, continuava a fitar o ponteiro do relógio daquela enorme sala, então ouviu passos se aproximando e parando na soleira da porta:
? Nii-san... O que faz aqui? ? perguntou surpreso.
? Tô de enfeite... Faço parte da decoração! ? respondeu com sarcasmo. ? Que tipo de pergunta é essa, Sasuke? ? murmurou para si mesmo.
? Hum... ? indiferente o mais novo se virou para sair da sala quando caiu a ficha. ? O quê? Tsc... Maldito, você tá zoando com a minha cara? ? indagou alterado, dando meia volta. ? Aff... Só perguntei por que hoje é domingo, seu último dia de férias e já são dez da manhã... Você não deveria aproveitar o tempo que lhe resta ao invés de ficar aí enfeitando a sala? ? inquiriu revirando os olhos, entediado.
? Irmãozinho querido, a farra ontem foi boa! ? exclamou o moreno com os olhinhos brilhando e ao mesmo tempo os revirando de dor de cabeça. ? Nada que um menininho donzelo de família como você entenda! ? avisou ainda com a mente viajando.
Um minuto de silêncio se passou, a expressão de Sasuke se tornou assustadora:
? Hihi... Quem cala consente, hein! ? comentou o mais velho com um sorrisinho sapeca.
? Ha... Ha... Ha... ! ? riu pausadamente sem graça com um olhar mortal e foi pra cima do outro. ? Seu filho da p... ? interrompido pela censura.
Interrompemos a nossa programação para um comunicado importante.
Prezado telespectador, acabamos de revisar o conteúdo desta série.
Por conter uma linguagem inapropriada, teremos de restabelecer a faixa etária.
Vamos aos comerciais e em breve voltaremos com a programação normal.
Desculpe qualquer transtorno!
***
? Ah... Ih... V-Você vai me matar... Ah... ? falou com dificuldade o mais velho já roxo, sendo asfixiado pelo mais novo. ? Somos filhos da mesma mãe, irmãozinho tolo!
? Desgraçado... Não compensa sujar as minhas mãos com você, seu bastardo! ? contou afrouxando as mãos no pescoço do irmão.
? Ufa! ? ele suspirou aliviado. ? Maninho que isso? ?Véio? de onde tiraste essa força do capeta? ? perguntou assustado.
? Hum... Isso é pra tu aprender a não brincar com fogo... Humpf! ? bufou entediado.
? Oh... Ku... Ku... Ku... Que cara do mal! Fala assim não que os ?mano pira?! ? fez um olhar sexy para o irmão.
Sasuke o olhou incrédulo com o que havia acabado de ouvir:
? Ele deve tá bêbado ainda! ? pensou. ? No, no, no... Muito obrigado! ? recusou, cedendo a provocação.
? Ai, ai... É uma pena, essa daria uma bela história de amor... ? comentou corado. ? Ah... E terminando de responder a sua pergunta... Já destes uma olhadinha pela janela? ? indagou apontando pra mesma.
? Hum... Já inventaram o guarda-chuva! ? informou impassível, olhando para a chuva que caia lá fora.
Itachi se levantou, seguiu até próximo da janela e abriu uma fresta. O vento invadiu violentamente o local e trouxe junto dele algumas pedras de granizo, então ele pegou uma delas e colocou sobre a palma da mão.
? Vem aqui um momentinho! ? chamou olhando pro outro parado na porta.
O mais novo caminhou até o irmão:
? O que você quer? ? inquiriu desinteressado.
? Tá vendo essa pedrinha? ? perguntou apontando pra mesma.
? NOSSA! Nem tinha reparado que era uma pedra... Achei que fosse uma verruga albina mutante que tinha crescido no meio da sua mão! ? respondeu com sarcasmo fazendo cara de susto.
? Irmãozinho do céu! ? olhou pasmo para ele. ? Eu sabia que aquele diagnóstico estava errado, você precisa realmente usar óculos! ? afirmou convencido daquilo.
O mais novo perdeu a paciência:
? CARA, eu tô vendo que isso é uma pedra! Eu sei o que é uma pedra! Essa é uma pedrinha de granizo e na boa... O que é que tem isso? ? questionou exaltado.
? Como assim? ? olhou cismado, como se esperasse que o outro já tivesse entendido o recado. ? Né Sasuke, eu tenho amor a minha vida... Tô afim de sair embaixo de chuva de pedra não maninho! ? disse de uma vez, antes que o irmão comentasse, pois já tinha desistido de guiar o guri para a compreensão final daquela discussão tediosa que já tava um saco.
Itachi seguiu até o sofá que antes estava, se jogou no mesmo e voltou a olhar o ponteiro do relógio.
O garoto ainda parecia estar processando toda a informação para perto da janela, então após alguns minutos se aproximou do irmão:
? Ok! Eu tô lento hoje, tava com dor de cabeça e tomei um dos remédios da mamãe que sei lá o nome... Só sei que era para dores, mas mudando de assunto... ? começou se sentando na beirada do sofá do qual o mais velho havia se apossado. ? Amanhã cê volta pro colégio interno, né? ? indagou frio.
? Pois é... Mas não precisa ficar com invejinha não, logo chegará a sua vez manolo! ? avisou exibindo um sorriso colgate, fazendo com que Sasuke se enchesse de vez e tomasse o rumo de volta para seu quarto, do qual não deveria ter saído.
Era sempre assim, tudo bem que ele estava lerdo naquele momento, mas mesmo quando não, seu irmão sempre o respondia da pior maneira possível, a relação de irmãos entre os dois era bem problemática, com direito a muito sarcasmo e irritação.
O moreno chegou no quarto, adentrou o mesmo, bateu a porta com força e a trancou.
Enquanto isso numa estrada de terra do outro lado da cidade...
Dentro do carro, o loiro ao volante pisou no acelerador tentando sair do buraco:
? Ah... Mas que merda! ? vociferou com as veias saltitando na pele.
? Que é que tá pegando Deidei-kun? ? indagou o garoto de cabelos alaranjados ao lado, sentado no banco do passageiro.
? AFF... Yahiko, como assim o que tá pegando? ? inquiriu o loiro impaciente. ? Olha as rodas atoladas na lama e... Deidei-kun é o CACETE seu desgraçado, hum! ? rugiu furioso, mas se controlou. Abriu a porta na intenção de descer do carro.
? Ai, ai... Isso é culpa sua, pegar estrada com essa chuva e... ? olhou o amigo saindo debaixo da chuva e se assustou. ? QUÊ isso CRIATURA? Cê é doido? ? perguntou pegando Deidara pelo braço e o puxando para dentro novamente. ? Tá chovendo pedra, retardado! ? advertiu.
? Eu sei, porra! ? falou irritado. ? Então vamos ficar aqui os dois dentro de um carro atolado na lama, debaixo de uma tempestade meteórica... Como naquelas cenas clichês de histórias românticas em que nas tramas do destino, em meio ao caos, a mocinha e o vilão começam seu romance proibido sexualmente avassalador? ? indagou aparentemente imaginando a cena após expor a filosofia barata.
? Hey cara, o melhor é esperar ao menos São Pedro parar de apedrejar a Terra... Ainda mais tú que já é muito inteligente, levar uma pedrada na cabeça, aí... ? articulou debochado, quando caiu em si. ? QUEEE? O único GAY aqui é você, sua versão masculina da Barbie! Que mané romance é o caralho, seu filho da... ? vociferou exaltado porém logo em seguida já se acalmando.
? Nossa! Pra que tudo isso, brother? ? perguntou com os olhos arregalados. ? Ok, ok, nós vamos esperar a chuva passar e não haverá romance algum! Relaxa, hum... ? acalmou o amigo. ? O QUE? TÚ ME CHAMOU DE BARBIE? Hein, seu filho de uma égua? Eu sou MACHO, desgraça, agora eu te mato! ? ameaçou aos berros.
? Oh my God! ?Fudeu?... Er... Calma, eu é... ? Yahiko ia se afastando devagar enquanto ?Deidei-kun? se aproximava com olhos malignos. ? SOCORRO!
(...)
No quarto, sobre a cama, o garoto e a garota partilhavam o mesmo espaço:
? Hum, hum, ah... Hum? Que horas são? ? inquiriu a menina manhosa despertando, nua apenas envolvida pelo lençol.
? Ah... Não faço a mínima ideia, eu er... ? o garoto sentou na cama com dificuldade e olhou para o relógio no criado mudo. ? Hum, são nove da manhã! ? respondeu caindo deitado novamente. ? Ahhhhhh! ? gritou afeminadamente e levantou da cama num pulo.
? Ai meu Deus! O que aconteceu? ? a jovem perguntou com os olhos arregalados olhando para o rapaz que se vestia rapidamente.
? Oh céus, oh céus! Eu... Tenho que ir Kyoko! ? avisou juntando suas coisas e abrindo a porta. ? Beijo me liga, até mais! ? despediu saindo correndo.
? Né Itachi... Eu sou a Megumi, droga! ? ela murmurou irritada, no entanto ele já tinha sumido. Ela deitou sobre o travesseiro e rosnou de raiva.
O garoto correu até o elevador e aguardou o mesmo. Com a demora ele se irritou e resolveu usar as escadas.
? Aváh! Vamos Itachi, corre... Um, dois... Um, dois! ? contava para si mesmo correndo escada abaixo. ? Oh, nooo! ? gritou se agarrando no corrimão para que conseguisse brecar a tempo.
Uma velhinha com lá seus noventa e pé na cova descia lentamente degrau por degrau com seu andador de apoio que ocupava de canto a canto o espaço da escada.
? Ah... Eu, é... ? tentava reunir palavras para pedir licença pra senhora. ? A senhora poderia, é... Me dá licença, hein? ? indagou com dificuldade.
A senhora prosseguia andando sem falar nada o que o irritou profundamente.
? A senhora vai sair da frente ou eu vou ter de passar em cima? ? inquiriu com o olhar mortal e novamente não obteve resposta. ? Velha maldita! Cê tá me ignorando, é? ? perguntou fulo de raiva.
A velhinha parou e se virou pro jovem atrás dela, o analisou, pensou um pouco e prosseguiu andando como se nada tivesse acontecido, deixando um moreno com cara de tacho atrás dela:
? Eu... F-Fui... Ignorado novamente... ? sentiu o vento balançar os cabelos, sacudiu forte a cabeça voltando a si. ? Ok, vovó... Se é assim... ? falou pegando velocidade. ? Humpf!
Itachi saltou sobre a idosa, que o acompanhou durante o salto com os olhos arregalados, de boca aberta deixando até cair a dentadura e o garoto ao ultrapassá-la sorriu vitorioso, pousando no degrau abaixo com pose de ginasta olímpico:
? Hehe... ? olhou para ela com o olhar sapeca. ? Nota dez em educação física! ? exibiu um sorriso amarelo.
? Seu diabo, delinquente, sem vergonha... ? a véia que agora descia as escadas a toda velocidade e sem dentes, era como a imagem do demônio indo buscar o rapaz. ? Vou te ensinar a respeitar os mais velhos, seu merda! ? avisou com olhos malignos.
? ?Jesuis?! A véia ta possuída! ? concluiu com os olhos arregalados e logo descendo em disparada o resto da escada.
Foi uma perseguição incansável, até que ele finalmente conseguiu chegar no térreo do prédio. Olhou para trás e viu que a senhora já estava terminando de descer também, com a mesma cara demoníaca:
? Ah merda... Essa deve ser a vovozinha do Usain Bolt, só pode! ? afirmou incrédulo com tudo aquilo.
? Vou te pegar, vem com a vovó, vem, vem... ? ela começou a cantarolar malignamente.
? Nem ferrando, sua véia do inferno! ? retrucou alcançando a porta, abriu e fechou rapidamente e com força na cara dela. Assim apenas escutou o grito da idosa e viu a marca dela e do andador desenhados na porta. ? Argh! Que nojo, vai dá trabalho pro pessoal da limpeza! ? murmurou com um ar de vitória, se virando em direção à rua.
O céu cinzento ameaçava chuva e um certo moreno dentro de um táxi, apressava o motorista:
? Pisa fundo aê, tio! Preciso chegar em casa antes das dez! ? avisou apressado.
? Ora sô, eu não posso desrespeitar o limite de velocidade não, moleque! ? calmamente dizia o motô. ? Aposto que tava na farra... ? murmurou para si mesmo.
? Êpa, êpa, êpa... Eu escutei isso! ? informou irritado. ? Era só o que me faltava... ? comentou olhando para o lado.
? Cê tá escutando coisas, guri! ? afirmou cínico com um sorrisinho amarelo e faltando alguns dentes.
? Sei... ? olhou para o lado com uma gota de suor na cabeça.
O moreno olhou pela janela e se assustou ao ver uma pessoa em um restaurante perto de sua casa e a mesma já parecia estar saindo do local:
? Mamãe? ? disse em pensamento. ? Ahhhhh ?Jesuis?! Pisa nessa porra tio! ? ordenou indo pra frente e pressionando com força o pé do taxista sobre o acelerador, deixando ele amarelo de susto.
? Ahhhh... Seu retardado, nós vamos morrer! ? gritou olhando pro sinal que tinha fechado e o caminhão que atravessava a rua. ? Ahhhhhh...
? Hãn? O que... ? sem entender ia perguntando quando também viu o caminhão! ? Oh nooooo, sou jovem demais pra morrer! ? gritou afeminadamente.
***
? Itachi... Filho, acorda! ? dizia a mulher estalando os dedos na frente dos olhos dele. ? Eu tô falando com você!
? Hãn? O que acontec... ? piscou e a encarou. ? Mãe? ? indagou assustado.
? Sim... O que foi? ? ela o olhou com ponto de interrogação em sua mente.
? Ah... Ufa! ? ele suspirou após olhar ao redor. ? Foi só uma lembrança! ? murmurou para si mesmo.
? Eh... Filho, como eu dizia antes, tive de cancelar alguns compromissos por causa dessa chuva de granizo que começou do nada, então almoçarei com vocês e advinha?! ? expôs com olhinhos brilhantes.
? Ah... Eu, ah! ? tentava reunir palavras com cara de medo e espanto temendo o que a mãe iria dizer.
? Eu vou... COZINHAR pra vocês... Para os meus filhotes, VIVA! ? comemorou infantil.
? NÃOOO! ? gritou apavorado, logo inventando algo para contornar a situação, pois sua mãe o olhava com cara de cão abandonado. ? Olha lá! ? apontou para a parede. ? Ah, já sumiu... Era uma aranha! ? fez cara de idiota.
? Ah... Ainda bem que sumiu! ? ela caiu na dele. ? Bom! Vou lá preparar o rango filhinho!
Ela se dirigiu à cozinha feliz, cantante, saltitante, chegou lá, adentrou o cômodo e antes de fechar a porta se virou para o mais velho que caminhava pelo corredor:
? Não venha na cozinha! Mamãe fará uma comidinha surpresa, não tente espionar! ? alertou com chamas nos olhos e cara sapeca fechando a porta.
? Hãaan? ? arregalou os olhos e começou a andar rapidamente em direção ao quarto do irmão. ? Sasuke, Sasuke, Sasuke... ? chamava pelo outro batendo freneticamente na porta.
? Que foi? O que quer? ? perguntou mal-humorado ao abrir a porta e olhar para a cara do mais velho.
? Mamãe tá na cozinha! ? avisou imitando a cara de tédio que o mais novo comumente estampava.
? Hum... ? fechou a porta na cara do outro. ? O QUE? ? indagou assustado após reabrir a porta violentamente.
? Pois é... Acho que é o fim! ? comentou com ar de derrota. ? Desculpe qualquer coisa ruim que eu tenha feito com você, como daquela vez que enfiei seu gato na máquina de lavar, ou daquela vez que quebrei todos os seus brinquedos de raiva, ou então quando te enganei com aquela ração pra cachorros dizendo que era chocola... ? foi interrompido.
? Tá! Já chega... Eu já entendi que você sente muito, não precisar citar todas as vezes que ferrou comigo! ? advertiu entediado olhando para o lado. ? E não! Não vamos morrer agora, ao menos não desse jeito... É trágico! ? afirmou pensativo.
? Ah é? E qual é o plano? ? indagou com certa dúvida.
? Você eu não sei, mas eu vou dar um jeito de escapar das garras dela! ? contou entrando no quarto e procurando algo na escrivaninha.
? NOSSA! E aonde entra a parte do ?NÃO VAMOS morrer agora? que você disse? ? perguntou indignado. ? Quanta consideração... ? olhou para o lado.
? Achei! ? o mais novo ignorou o que o irmão havia dito. ? Pronto! Agora é só eu me entupir disso aqui! ? salientou mostrando o big pacote de biscoitos salgados.
? Hãn? ? o mais velho fez cara de ?não entendi?. ? Como um pacote de biscoito pode te salvar da poção que a mãe tá preparando? ? inquiriu intrigado.
? Hum... Hehe, se eu estiver cheio na hora do almoço, não irei precisar almoçar obviamente! ? explicou sorrindo de canto.
? NOSSA! Véio, tú é um gênio! ? elogiou se aproximando do garoto. ? Também farei isso! ? aproximou a mão do pacote.
? Nem pensar! ? Sasuke deu um tapa na mão de Itachi que recuou assustado.
? Que foi?
? Esse aqui é o último do meu estoque, não irei dividi-lo com você! ? afirmou seco.
? Aff... Quanta avareza, tú vai morrer pedindo pelo meu salgadinho seu infeliz! ? praguejou nervoso.
? Primeiro que não morrerei antes de você; segundo que se eu comer o salgadinho e dizer pra mamãe que estou cheio e não quero almoçar será menos suspeito... Afinal, ela não veio me avisar nada sobre o almoço! ? ele esclareceu impassível.
? Como assim, o que quer dizer com isso? ? perguntou temendo a resposta.
? Você se ferrou no momento em que ela disse pra VOCÊ que cozinharia hoje... Hehe, se você disser que está cheio na hora da bóia será muito suspeito! ? alertou arqueando uma das sobrancelhas.
? Glup! ? Itachi engoliu a seco. ? O que será de mim? ? indagou-se com cara de pânico.
(...)
Os dois jovens ainda dentro do carro atolado na lama, resmungavam, ambos com roxos espalhados pelo corpo:
? Ai... Aih... Que droga! Véi, na boa, porque tú fez isso? ? perguntou inconformado.
? Ui... Aish... Ora, foi sua culpa! Foi você que me chamou de Barbie seu para-raio ambulante... ? afirmou se levantando com dificuldade, referindo-se aos piercings do outro. ? Bom! Pelo menos essa surra que te dei serviu pra passar o tempo, já até parou de chover pedra! ? justificou apontando pra janela do carro.
? Nossa, é mesmo! Parou de chover ped... QUE? ? inquiriu caindo em si. ? Que surra que você me deu, hein sua biba? Eu também te dei muita porrada, aff... Agora tá aí com esse beiço à moda ?Jolie?! ? zombou exaltado.
? Te admiro muito Yahiko, você... Tem muita coragem, hum! ? confessou o loiro retirando do porta-luvas uma bomba.
? Ahhhhhhh! Você é um terrorista?! Eu sabia... Não devia ter vindo! ? concluiu assustado olhando para Deidara que o olhava com cara de psicopata.
? Filho da puta! ? xingou alterado, jogando a bomba no amigo e logo em seguida caindo na gargalhada ao ver a reação do outro. ? Hahaha, é só uma bexiga cheia de urina, mané! ? explicou para que o amigo não surtasse.
? Ah... Ufa! Seu idiota, por um instante eu pensei que... Urina? ? indagou chocado e paralisado por alguns segundos. ? DESGRAÇADO, cê jogou essa porra em mim? ? vociferou vermelho de raiva, com olhar maligno partindo pra cima de Deidara.
? Opa... Calminha aê maninho, fica frio... Eu... ? foi se afastando de Yahiko enquanto o mesmo se aproximava. ? Ahhh! Ferrou!
E começou tudo outra vez, o segundo round foi tenso!
(...)
A porta da cozinha foi aberta e de repente a voz feminina ecoou pelo corredor:
? Itachizinho querido! ?Fofoluxético? da mamãe! ? chamou suavemente. ? Sasukezinho, filhotinho! Bebê da mamãe... Venham almoçar crianças!
? Ai Jesus! Ela já abriu a porta do matadouro... Digo, da cozinha! ? o moreno começou a tremer suando frio.
? Hum... É parceiro, boa sorte! Tú vai precisar! ? desejou dando tapinhas no ombro de Itachi.
? Cara, você é do mal! ? acusou fazendo cara de coitado. ? Somos irmãos, cadê o companheirismo nos bons e maus momentos, ?homi?? ? perguntou inconformado.
? Cadê, eu não sei não, mas tenho certeza de que ele sempre esteve bem longe de você... Como daquela vez que você me jogou na direção do pit bull que se aproximava e deu no pé, ou aquela vez que você inventou de pularmos o muro, me ajudou a subir primeiro e ao ver a mãe chegando, correu pra dentro de casa se fazendo de santo e me deixou lá, ou então daque... ? foi interrompido pelo irmão.
? Tá,tá... Eu já entendi! ? avisou sem paciência. ? Eu não preciso de você mesmo, seu merda! ? criou coragem e seguiu rumo à cozinha.
Chegando lá, se sentou à mesa. Sasuke foi até a porta da cozinha e se explicou para a mãe:
? Nossa mãe, a senhora que cozinhou... ? arregalou os olhos ao olhar as poções diabólicas sobre a mesa. ? Tudo isso?
? Sim, sim! Sente-se filhotinho! ? pediu para o mais novo.
? Aí mãe, é uma pena... Mas você devia ter me avisado antes, comi muito salgadinho agora pouco e não tô com fome, er... Obrigado! ? agradeceu forçando um sorrisinho simpático.
? Hum... Então você não vai almoçar conosco... ? ela disse um tanto desapontada. ? Pois bem, então CAI FORA! ? mudou assustadoramente de expressão e expulsou o filho do cômodo.
Sasuke olhou aterrorizado pra mãe que o enxotou da cozinha e bateu a porta em sua cara:
? Irmão! Vá com Deus... Não fará muita falta! ? despediu para que apenas ele mesmo escutasse e seguiu em direção ao seu quarto, no entanto, antes que alcançasse a porta do mesmo pôde escutar o berro de seu irmão vindo da cozinha:
? NÃOOOOOOOOOO!
O moreno levou a mão à maçaneta:
? É... A tortura começou... ? comentou adentrando o quarto. ? Se ele não morrer dessa vez... Ele não morre nunca mais!