Entre o amor e o ódio

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    Capítulos:

    Capítulo 2

    Hospital

    Mutilação, Violência

    Uma noite, Clara esqueceu-se de trancar a porta de seu quarto, ela deitou em sua cama e ficou encolhida tentando dormir, ela estava fraca de mais pra poder chorar ou gritar... Ela se sentiu tonta e acabou desmaiando... Sua mãe percebeu que ela estava quieta de mais e entrou em seu quarto, ela ficou assustada e ao mesmo tempo horrorizada. O quarto de sua pequena princesinha estava bagunçado... O espelho estava quebrado... Abajur jogado no chão... E bastante sangue no chão...ela ficou assustada e se aproximou da sua filha tentando acordá-la.

    - Clara... Filha...*balanço ela de leve* Acorda... Por favor...

    Clara não demonstrava nada, estava ali... Deitada na cama sem nenhuma reação, sua mãe entrou em desespero e chamou a ambulância. Ela começou a chorar, sua filha estava desacordada e com vários cortes pelo braço, minutos depois a ambulância chegou a colocaram na maca e foram em direção ao hospital, sua mãe foi segurando sua mão o tempo todo. Ao chegarem ao hospital, os médicos a examinaram e ela estava bem desidratada, a deixaram internada no quarto recebendo soro, ela ainda estava desacordada, sua mãe chorava sempre que via os cortes no braço de sua filha, o pai de Clara chegou no hospital preocupado com sua pequena princesa, ele entra no quarto e vê sua esposa chorando.

    - Leila...

    - Marcos...*abraço forte chorando*

    - Shhh...*retribuo fazendo carinho* Calma amor...ela vai ficar bem...

    - Ela tem vários cortes nos braços...

    - Ela tem...? Tsc... Ela vai ficar bem amor, não se preocupe...

    - Ta...

    Os pais de Clara não tinham raiva do ex-namorado dela, pelo contrário... Eles o adoravam, pois ele a fazia feliz, e ambos sabiam que apenas ele podia tirá-la dessa depressão. O pai de Clara foi pra casa pegar algumas roupas pra Leila, que dormia com sua filha. Leila estava com o celular de sua filha, ele começou a tocar e ela atendeu.

    Celular on:

    - Alô...?

    - Oi... Er... A Clara está...?

    - *fico com os olhos marejados* Sim... E não... Quem ta falando...?

    - Como assim sim e não? Sou eu... Joe.

    - Ah... Oi Joe... Sou eu, a Leila.

    - Ah... Oi dona Leila. Como a senha está?

    - Péssima... E você?

    - Também...

    - Entendo querido...

    - E a Clara... Como ela está...?

    - *começo a chorar em silêncio* ...

    - Dona Leila...? A senhora está ai...?

    - Desculpa... É que... A Clara não está bem...

    - Não... Como assim? O que houve com ela?

    - Ela... Ela ta no hospital...

    - O que?! Como assim hospital?! O que houve com ela?!

    - Ela... Ela está desnutrida... Parou de comer... Parou de beber... E tem vários cortes em seu braço...

    - Ela... Ela parou de se cuidar...?

    - Sim...

    - É minha culpa... Ela ta assim por minha culpa...

    - Não se culpe querido...

    - ...Em que hospital ela está?

    - Aquele perto da nossa casa.

    - Sei qual é... Estou indo pra ai.

    - Tudo bem...

    - Até daqui a pouco dona Leila.

    - Até...

    Celular off

    Leila ficou sentada ao lado da cama observando a filha, ela tentava se segurar mais a dor de vê sua filha naquele estado era grande, realmente não dava pra agüentar. Os médicos estavam cuidando da pequena Clara, como era conhecida. Os amigos dela logo souberam da noticia e foram correndo pro hospital, ela ainda estava desacordada, não demonstrava nada, segundo o médico, só dependia dela pra poder se recuperar, e como sabemos, ela não queria mais viver e já perdeu as forças pra ficar bem.


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