A criança acordou e chorou no seu berço. A porta abriu-se de mansinho e uma bonita mulher de cabelos azuis entrou no quarto obscurecido.
-Pronto, estou aqui Trunks.
Bulma inclinou-se sobre o berço e sorriu para o seu filho de poucos meses. Os olhos azuis que herdara da mãe cruzaram os seus e, sorrindo, estendeu os bracitos rechonchudos para ela.
Pegou nele e encostou-o a si, sentindo o corpinho quente e o cheiro a leite. Dirigiu-se para uma poltrona vermelha e sentou-se, abrindo os botõe das camisola e tirou o seio para fora. Trunks começou a extrair o leite apoiando uma mãozinha na pele branca.
Há cerca de um ano atrás a última coisa que Bulma esperava era ter este pequeno ser nos braços, tão dependente dela. Era a prova do louco amor entre ela e Vegeta, naquela noite agora tão distante?
Lembrou-se de Mirai Trunks. Como fora estranho ver uma versão de dali a anos, do seu filho! Um belo e forte adolescente, com os traços inconfundíveis de seu pai.
Quando estava grávida Chi-Chi dissera-lhe que por muito que se amasse um homem um filho era um amor superior. Ela saberia quando o tivesse nos braços.
A esposa de Goku tinha razão. De resto ela passara pela maternidade muito antes.
Afinal, dizia ela, como poderia ser diferente, se um filho é o resultado da fusão de dois seres que se amavam?
Suspirou.
Invejava Son Goku e Chi-Chi, com o seu amor calmo e puro, a criança feliz que era Son Gohan.
O príncipe dos saiyans pouco vira Trunks desde que nascera. O resto do tempo passava-o a treinar na cápsula.
Que a ignorasse?
Não sabes quanto me magoa quando me ignoras?
Gritara o seu nome durante o longo e doloroso parto ? mas ele não a podia ouvir.
?mas como poderia ignorar aquele ser inocente?
Sem que Bulma desse por isso o pequenito, agora alimentado, adormecera agarrado ao seu peito. Levantou-se e beijou os curtos cabelinhos prateados.
Aproximou-se da janela. As pétalas de cerejeira esvoaçavam ao vento.
Alguém espreitava pela frincha da porta mas a rapariga não viu.