Kunoichi perturbada

  • Darah
  • Capitulos 12
  • Gêneros Fantasia

Tempo estimado de leitura: 1 hora

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    Capítulos:

    Capítulo 3

    Brincando com fogo

    Eu não esperava agir daquela maneira, o ódio simplesmente tomou meu ser e me afogou numa sede de sangue. Quando percebi o que fazia, já havia quebrado mais da metade da cozinha assim como feito crateras em partes da casa. O Uchiha se divertia com isso tudo...maldito seja! Talvez esteja no sangue dos Uchiha, não me importo. Eu quero matá-lo mais até do que qualquer ninja de Konoha.

    Eu quero ver o sangue dele em minhas mãos.

    De alguma maneira, quando pulei por cima da mesa para pegá-lo pelo pescoço, ele desviou facilmente como se soubesse meu próximo movimento.

    Ele tem o Mangekyou.

    Lembrou-me tardiamente a Inner. Merda, merda, merda! Maldito seja esse Uchiha! Eu estava tão consumida na minha fúria que quase acabei nocauteando Tobi, Sasori e Kisame. Se eu não estivesse na posição que estou, eu iria cair em gargalhadas do medo que eles demonstraram de meus ataques. Mas, eu estava furiosa e se eu não conseguisse extravasar minha raiva, eu iria pirar.

    Oras...eu já estava pirando.

    De alguma maneira, que eu não faço a mínima idéia, o Uchiha me levou para o campo de treinamento. Ali eu o ataquei livremente, tendo como platéia a Akatsuki toda, com direito até a pipoca, feita pelo Tobi.

    Itachi apenas desviava de meus golpes, em seus olhos o sharingan nível 3 estava ativo. Me pergunto o por que dele não ter me atacado. Talvez eu nunca saiba, mas isso não era de grande importância no momento.

    Quanto eu mais desferia golpes contra o Uchiha, mais eu desejava vê-lo sofrer.

    Minha primeira vitória da noite foi conseguir atingi-lo em cheio no rosto. Sangue escorreu de sua boca e ele foi lançado contra algumas árvores que se encontravam lá. Agora, se alguém me perguntar como a base subterrânea podia ter uma sala de treino com árvore, eu não fazia a mínima idéia. E nem ligava também.

    Meu foco estava no Uchiha e apenas nele.

    Tendo aprendido sobre os Uchiha nos últimos anos foi muito útil. Nos meus horários livres, eu descobria um jeito de invadir o complexo dos Uchiha e descobrir uma maneira de chegar às bibliotecas secretas. Não durou mais de dois meses para eu encontra-las, e mais um mês e meio para retirar os jutsus que me impediam de adentrá-las.

    Parece que o Uchiha maior esqueceu de queimar a maioria dos arquivos...Que descuidado!

    Passando horas, dias, semanas presa naquelas salas mofadas, eu havia aprendido mais sobre o clã e também sobre seu kekkei genkai. Os jutsus médicos contidos naqueles pergaminhos eram incríveis e eu tentei aplica-los quando não havia ninguém me supervisionando.

    Eu escondi isso tudo de Tsunade-shishou.

    Esse foi meu primeiro ato de traição para Konoha.

    E eu não me arrependi disso nem um mísero minuto.

    Quanto mais eu conhecia sobre as coisas, mais meus laços em Konoha se desfaziam e eu ia entendendo o esquema daquela vila. Os jutsus mais complexos, que exigiam anos de prática, segundo os pergaminhos, eu aperfeiçoei em dias.

    Minha devoção não era mais com a vila, mas sim comigo mesma.

    Eu percebi que Konoha me segurava.

    É incrível como em um dia você vê o céu azul, mas em outro, com o conhecimento aprendido que o céu é preto, você já não mais vê a cor azulada estampada no céu, mas sim a cor preta. Foi exatamente isso que aconteceu comigo. Eu acordei para a verdade. E uma vez desperta, eu nunca mais dormiria sob as mentiras que eram-me contadas.

    Eu fui enganada por aquilo que eu mais amava.

    Quantos anos foram necessários para que as pessoas que escreveram estes pergaminhos entendessem que Konoha não era nada mais do que um incômodo? Teria Itachi, o prodígio dos Uchiha, tido conhecimentos dessa biblioteca? Eu não podia ter certeza e, talvez, eu nem mesmo quisesse.

    Voltando minha cabeça para a luta, assim que ele levantou-se do chão, eu rapidamente comecei a fazer os símbolos que eram necessários para o jutsu que eu mudei um pouco daqueles lidos nos pergaminhos. Esse jutsu era perigoso para minha integridade, mas eu não tinha medo.

    Para mim nada mais era impossível.

    Itachi observou todos meus movimentos de mão com uma sobrancelha levantada. Quando acabei o último in, fui tomada de uma forte luz de chakra que circulava todo meu corpo. Meus olhos estavam pretos, embora eu ainda tive visão de tudo, e o chakra era de uma tonalidade verde. Eu foquei meus olhos nos do Uchiha sem temer, segundo os pergaminhos embora esse jutsu consumisse muito chakra, ele era o único contra os efeitos do Mangekyou, que era o que eu mais temia.

    Devido ao intenso fluxo de chakra sob meu corpo, ele era incapaz de lançar-me genjutsus, o qual ele era um gênio. Desarmando-o com sua melhor arma, só restavam a ele ninjutsu e taijutsu, onde em ambos eu havia me tornado excepcional.

    Um sorriso maldoso desenhou-se nos lábios dele e ele nem fez questão de escondê-lo.

    Ele ia cair, nem que eu tivesse de cair com ele.

    - Então quer dizer que a aprendiz da Hokage violou o lacre do complexo dos Uchiha, sem ordem de sua sensei. Além, é claro, de ter entrado sem permissão nas bibliotecas secretas, sem contar que desfez os jutsus complexos que protegiam as portas. E, sem ficar satisfeita, roubou as informações do clã Uchiha sem permissão de algum descendente. Seu sorriso só aumentou. Algo dentro de mim me alertou: aí viria o golpe final.

    - Traindo sua vila tão cedo, Sakura. Como você conseguiu ficar tanto tempo longe de nós? A comédia mórbida por trás de suas palavras era nauseante. Me senti impulsionada a virar-me e sair, mas isso só demonstraria que ele havia ganho. E, nos últimos anos, eu provei para esses nukenins ridículos uma coisa muito importante.

    Haruno Sakura não perde.

    Endireitando minha postura eu sorri marotamente para ele, estava na hora do touché e ele sabia disso. Algo em seus olhos brilhavam devido ao desafio que eu demonstrava para ele. Há tempos ele não se divertia tanto.

    - Ora, Uchiha. Primeiramente, como pode o prodígio do melhor clã do mundo shinobi esquecer de queimar os pergaminhos mais importantes sobre seu próprio clã? Talvez esse prodígio seja fajuto, não acha? Meu sorriso se alargou ao ver a face dele voltar a ser inexpressiva. Ia ser muito divertido pisar nos calos dele.

    - Mas, não vamos comparar definições. Segundo: eu fui designada para cuidar do complexo Uchiha, ele estava nas minhas mãos para que eu bem entendesse. É claro que violar as bibliotecas não foi um ato muito...memorável, mas foi muito útil. E, sejamos francos, meu caro Itachi, nós só fazemos aquilo que nos beneficiará no final, sem nos importarmos com os meios para conseguir isso. Eu podia ver claramente agora como ele apertava seus dentes de raiva, seus punhos estavam fechadas ao lado de seu corpo.

    Eu o estava irritando.

    E, para mim, valia a pena cada minuto disso.

    - Agora, sem mais delongas, vamos nos focar na terceira parte: os dois descendentes do clã Uchiha são nukenins, ninjas renegados. Por que EU, pupila da Hokage, melhor kunoichi de Konoha, deveria pedir permissão para explorar os arquivos para um ninja renegado? Não seja tão ignorante, Uchiha. Sei que você é melhor que isso. ?seus olhos rapidamente viraram no Mangekyou, mas nem por isso o medo me tomou. Há anos eu não sentia medo.

    Haruno Sakura não sentia medo de nada nem ninguém.

    - Ora, não nos esqueçamos da última pergunta. Sim, Uchiha? Ele me fitava como se quisesse me matar, e eu gargalhei internamente. Como estava sendo fácil tirar a parede de ferro que o Uchiha colocou sobre seus sentimentos.

    - Como eu sobrevivi tanto tempo sem vocês... Dei uma breve pausa melodramática, só para aumentar a tensão que já estava entre mim e Itachi.

    Isso estava sendo mais divertido do que eu havia sequer imaginado.

    - Talvez porque vocês nunca passaram de pedras no meio de meu caminho à ascensão. Ele fechou a cara e eu ri livremente. Ora, Itachi, não faça essa cara. Eu sei muito bem que você me via como uma pedra no seu caminho...ou talvez ainda me veja. Mas, eu estou pouco me importando. Vocês buscam poder, coisa que agora é meu objetivo. Anos antes eu buscava reconhecimento, aceitação, objetivos diferentes dos de vocês. Agora que temos algo em comum, podemos ficar junto...até o objetivo ser cumprido. Certo, Uchiha? Talvez eu tivesse atravessado demais a linha de bom senso. Mas, mais uma vez, eu não me importava. Isso estava me entretendo mais do que deveria, porém eu não podia deixar de achar isso de certa forma...fascinante.

    Talvez a Akatsuki não fosse um lugar tão ruim assim de se viver...

    Talvez infernizar a vida do Uchiha fosse um bom passatempo.

    E, posso dizer que ele não estava gostando muito disso.

    Nem um pouquinho.


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