Bom, postando mais um capítulo da minha fic...
Galerinha, desculpem a demora, pois sabem como é neh? Fim de ano corrido e inicio mais corrido ainda kkkkk
Mas vamos la!!!
Diante daquela pessoa de beleza arrebatadora, todos os presentes no Décimo Terceiro salão, contemplavam a garota de madeixas longas e lilases, de olhar puro e pacifico. Atena, como era formalmente chamada pelos seus cavaleiros, havia parado ligeiramente ao lado do trono do Mestre, que por sua vez cedeu seu lugar para a divina Deusa.
Dom Rafael III, que em seu âmago, custava em acreditar na existência de seres divinos ou mitológicos - se não aqueles que passara a vida a adorar e estudar - por um instante que durara minutos, ousou crer na divindade daquela mulher de presença imponente e delicada.
Marco, seu coroinha, que sempre fora mais assíduo em não crer na existência de Atena, congelou como se sua alma tivesse sido puxada para fora de seu corpo.
- Obrigado por virem, meus cavaleiros. Há alguns dias, eu recebi uma carta do Papa de Roma, Clemente III, anunciando a vinda de Dom Rafael III e Marco, contudo, antes deles nos contarem os motivos para qual vieram aqui, gostaria que você, Féres, por gentileza, conte-nos o que aconteceu em sua ida à cidade fora do Santuário. A delicada voz de Atena bailava pelo vasto salão do Mestre e seu olhar sereno do mais belo azul procurou pelo cavaleiro de Peixes entre os Doze Dourados.
Um breve silêncio tomou o local da reunião, tanto Arcebispo quanto coroinha se diminuíram perante aos doze jovens a frente da bela mulher e do Mestre que naquele momento, estava de pé ao lado de sua Deusa. As atenções voltaram-se ao cavaleiro de Peixes que não demorou a começar seu relato. O cavaleiro se dirigiu à frente do trono onde a Deusa estava sentada e, com seu elmo debaixo dos braços, se abaixou em educada reverência.
- Minha senhora, Atena, assim como ordenado, fui ao encontro de Theseus e Anteros, me deparei com o segundo no meio do caminho. O cavaleiro de prata me explicou o que estava havendo e fui pessoalmente conferir. Como devem saber, enfrentei dois homens que inicialmente se apresentaram a Pegasus como sendo os Inquisidores trabalhando a mando do Papa e que depois revelaram serem Berserkers.
Os olhos de Atena mudaram, surpresa, a Deusa se encolhera em seu assento. O mestre segurou o queixo pensando sobre o que acabara de escutar.- Eles disseram o que queriam, Féres? Questionou Rizen, o mestre do Santuário. Um homem de expressões calmas, envelhecidas devido à longevidade de sua vida, de madeixas longas e loiras.
- Não senhor. No caminho de volta, vim conversando com Theseus, e ele me disse que quando os encontrou, estavam colocando fogo nos aspirantes em meio a população como punição por ajudar uma suposta bruxa que no caso, é a Senhora, Deusa Atena.
-Entendo. Berserkers, nesse caso, Minha Deusa Atena...
O mestre se perdera em seus pensamentos, sendo acompanhado por Atena e dois visitantes intrigados com o que estava acontecendo diante de seus olhos. Fora despertado de seus devaneios por uma leve brisa, que fizeram seus longos e loiros cabelos dançaram ao seus passos, Rizen segurou o ombro da Deusa.
- Eu sei, Rizen, infelizmente algo que eu temia aconteceu, meu irmão Ares despertou de seu longo sono. - temerosa com o que estava para acontecer, Atena se encolhera ainda mais em seu assento.
- Ares? ? questionou Theseus, que estava próximo da deusa e do mestre.
- Sim, Theseus. Ares, assim como nossa senhora, é o Deus da Guerra, diferindo apenas que este Deus seria o senhor da guerra bruta e violenta, visando apenas a carnificina.
A voz que chamou a atenção do cavaleiro de bronze era de seu mestre, Ageon, cavaleiro de ouro de Sagitário. Assim como Theseus, seu mestre possuía cabelos rebeldes, sempre bagunçados e curtos, com uma fitinha vermelha em volta de sua cabeça. Seus olhos possuíam a cor castanha de seus cabelos e diferente de Theseus, seu olhar era sereno, sossegado como um dia de brisa acolhedora do fim de tarde.
O cavaleiro de Pegasus se calou. Dom Rafael e Marco esboçaram uma reação e iriam falar algo, porém, foram interrompidos pelo olhar serio do cavaleiro de aura gélida que estava ao lado deles.
- Se o que diz é verdade, Féres. Entraremos em mais uma Guerra Santa. Há pouco mais de um ano lutamos contra Hades e sua horda de Espectros. Obtivemos a vitoria com o sacrifício de nossos amigos e o suor de nossos corpos, contudo, temo não sermos capazes de suportarmos outra Guerra Santa, principalmente sendo uma contra Ares.
O jovem de aura gélida e olhar frio como o próprio gelo das geleiras ancestrais do mundo se pronunciou. Sem o uso de seu elmo, Andersen, cavaleiro de ouro de Aquário, exibia sua face jovem e seria como se a ausência de sentimentos ali predominasse. Exibia um olhar puro e violeta. Seus cabelos platinados, curtos e meio ondulados esvoaçavam com o bater da leve brisa que invadia o recinto do mestre.
- Haha, quem não o conhece, Andersen, diria que você é o homem mais covarde do Santuário. Provocou o divertido companheiro de Andersen.
- Tsf...Essa fala não poderia vir de ninguém mais, se não do homem mais corajoso do Santuário, Anteros, cavaleiro de Escorpião.
- Irônico como sempre, hein, Andersen? Haha, mas fazer o que? Você é sempre assim, gelado e sem graça.
Cômico, o cavaleiro que rege a constelação de Escorpião tomara as vezes, exibindo sua face divertida com um olhar descontraído. Seus longos cabelos ondulados e dourados dançavam como os de seu companheiro, Andersen. Seus olhos azuis fitavam o mesmo com um certo deboche.
- Sinceramente, mesmo diante de Atena vocês dois não param com essa briga de gato e rato...
- Não enche, Lhemu! - bradou Anteros.
- Estamos prestes a entrar em outra Guerra Santa e vocês não deixam de discutir suas trivialidades, por favor, foquem no assunto em questão.
Perdendo a paciência, a jovem conhecida apenas por Lhemu, decidiu interromper a cômica discussão entre Aquário e Escorpião. Lhemu, por ser uma amazona, estava com seu rosto coberto por uma máscara de brilho prateado com os traços de um resto feminino em relevo, contudo, seus longos cabelos lilás podiam ser contemplados pelos demais cavaleiros.
- Lhemu tem razão, porem, tanto Anteros quanto Andersen levantaram questões interessantes.
O cavaleiro de Libra, conhecido apenas como Thoth se pronunciou:
- Tenho plena certeza, de que Andersen esta preocupado com a vida dos novos cavaleiros, que na época da Guerra Santa contra Hades, não tinham armadura, assim como você, Lhemu. - seus olhos castanhos quase pretos, fitavam a jovem lemuriana. - Anteros, do jeito dele, quis nos dizer que nosso amigo de gelo, é o cavaleiro mais corajoso do Santuário, afinal, não existem cavaleiros que não o conheça.
Com suas palavras calmas, Thoth de Libra acalmara os ânimos exaltados dos três cavaleiros. Como Andersen e os demais, Thoth, também estava sem seu elmo e exibia cabelos negros como a extrema noite e curtos com uma trança na nuca, penteado tipicamente usado em suas terras. Sua face mostrava que o jovem não era nativo da Grécia e sim do Egito, por três peculiares características: Uma tatuagem em seu braço esquerda da ave Ibis, que no Egito antigo era associado ao Deus Toth, senhor da Ciência e do equilíbrio universal, uma tatuagem do disco lunar localizada no meio de sua testa e olhos delineados com Khol.
- Trivialidades, ela disse...O que mais pode ser trivial do que uma mulher se tornar um santo de ouro?
Os cabelos negros e longos do cavaleiro de Virgem dançavam com o sopro refrescante dos ventos. Sua face serena de pele alva, livre de quaisquer sentimentos revelava um cavaleiro intrigante vindo do mais ditante templo localizado no Himalaia. Diferentemente dos outros cavaleiros, Yaksha, nunca havia revelado as cores de seus olhos, mantendo-os sempre fechados ao ponto de pensaram sobre o cavaleiro ser capaz de enxergar.
- Indelicado como sempre, não, Yaksha? Admito que é incomum vermos uma amazona no alto escalão dos santos de Atena, mas, será interessante vermos como a aluna e filha do velho Vitara, antigo cavaleiro de Áries se sairá. Afinal, ele foi nada mais nada menos que o homem mais poderoso desse Santuário. Não é mesmo, Mestre?
Rizen, lançou um olhar melancólico para o cavaleiro que acabara de falar, pois o mestre de Lhemu era seu irmão mais velho e também seu mentor. Como cavaleiro de Áries, Vitara perdera a vida oferecendo-a para selar a alma de Hades na Guerra Santa contra o Deus que ocorrera num passado recente.
Em resposta ao olhar tomado pela tristeza, Aldebaran, o cavaleiro de ouro de Touro, um jovem de apenas quatorze anos, porem de considerável estatura , sorrira e fechara seus olhos castanhos; uma atitude em respeito ao Mestre e seu irmão falecido.
- Essas conversas paralelas me irritam! Temos um deus para chutar a bunda e creio que discutir que nem idiotas não vai ajudar em nada.
O homem de aura trevosa como os cantos infernais, aquele cujo cheiro se assimila com os espíritos sofredores do reino dos mortos, o cavaleiro de ouro de Câncer dera suas caras. Com seu olhar perolado que demonstravam um grande apetite por morte, fitava seus amigos brigões. Sua pele bronzeada pelo escaldante sol das terras Árabes, local onde treinou, o diferia dos demais companheiros, com exceção de Thoth. Seus cabelos negros na altura dos ombros cobria um de seus olhos.
- Nunca vou entender como se tornou assim, Augustus. Apesar de ser Romano, você viveu toda sua vida nas terras Árabes, país completamente devotado a sua religião e bons modos. Como pode formar um homem assim, tão diferente? Disse outro Santo Dourado que estava logo atrás de Augustus, trajando e indumentária de Capricórnio.
- Olha quem fala, o Árabe exilado! Esbravejou, o divertido Cancêr
- Não há necessidade de envolver o nome de nossas famílias nessa discussão sem fundamento. Nossa prioridade é apenas, Ares. Rebateu o sereno Cavaleiro de Capricórnio.
- Ok, meu caro amigo das areias. Mais depois disso, vai me explicar porque é tão aclamado na Espanha. Derrotado, Augustus deixou de importunar seu companheiro e focar a sua frente, onde estaria Atena e o Mestre.
- Por hora, não há razão para lhe contar isso.
Deneb, era um cavaleiro sério com algumas rugas em sua face fazendo-o parecer mais velho, apesar de jovem. Seus cabelos escuros eram curtos e seus olhos castanhos, acima de sua indumentária dourada na altura do pescoço e cobrindo grande parte do peito e ombro usava uma echarpe marrom e preta quadriculada, veste comum entre o povo muçulmano. Apesar de proteger a bela Deusa, carregava uma corrente com um pingente islâmico. Por motivos ainda não revelados, possuía uma desafeição para com o cavaleiro de Leão.
- Como podem ver, meu senhores, nossos cavaleiros possuem uma forte personalidade. Dizia uma encabulada, Atena.
Após a divertida e descontraída cena entre seus cavaleiros, Atena sorria distraída pelo rumo que tomou a discussão saudável entre os "irmãos". Dom Rafael III, ainda, surpreso pelo que via, se manteve calado; já Marco, um pouco mais "solto", observava com ganância o ouro das armaduras dos Santos.
- Atena, queira desculpar minha ousadia, mas, acabo de chegar do Reino da Inglaterra e tenho informações que meu Pai acaba de sair em uma nova cruzada. - após um breve silêncio, o jovem santo de Leão, voltou a falar. - Ele parte rumo a Jerusalém para retomá-la em meio a rumores sobre uma onda de morte violenta nas terras que outrora pertenceu aos Judeus. Após ouvir o relato de Féres, minhas desconfianças sobre tais rumores serem verdadeiros aumentaram e temo saber onde e quando Ares dará suas caras.
O jovem de sangue real, filho bastardo do Rei da Inglaterra, Ricardo, Coração de Leão, se ajoelhou ao lado de Féres na mesma posição. Fitando Atena, com seus olhos azuis e rosto de feições alegres e "vivas", cabelos bagunçados como os de Ageon e Theseus, se reapresentou a Deusa. Athos, apesar de ser inglês, herdou o nome grego, que significava, "Aquele que nada teme", o qual fora dado por seu mentor, o antigo cavaleiro de Leão e irmão mais velho de Ageon, quando o mesmo, ainda com cinco anos encarara o revoltado Kyoto de Wyvern no inicio da Guerra Contra Hades.
- Vejo que cumpriu bem sua missão, Athos. Falou, Rizen.
- Sim, Mestre colhi as informações que me pediu. Temo em dizer que o senhor tem razão, o cavaleiro de Gêmeos ou melhor, o antigo cavaleiro de Gêmeos abandonou o Santuário e foi com as tropas de meu Pai a Jerusalém.
- Então meu irmão, Sirius, esta indo para Jerusalém...- O atual cavaleiro de Gêmeos, Rigel, gêmeo mais novo de Sirius, apareceu. - Atena, conhecendo meu irmão, tenho certeza que algo muito grande vai acontecer e temo que esteja relacionado com tudo isso que vem ocorrendo no Oriente.
O cavaleiro de Ouro de Gêmeos, era um homem de não mais de vinte e cinco anos e postura rija como de um líder. Seus esvoaçantes cabelos longos e negros balançavam com o soprar dos singelos ventos, seu olhar firme e sereno fitava a bela Deusa.
- Sim, Rigel, também desconfio de algo muito ruim vindo daquelas terras, mas antes de me decidir, gostaria de ouvir o que nossos convidados têm a nos dizer.
- Bom, senhorita. Tenho muito a dizer, mas primeiramente, peço desculpas. - Atena e o Mestre se entreolharam sem entender o motivo das desculpas solicitadas por Dom Rafael III. - Desde o momento em que soube de sua existência nutri em mim uma dúvida sobre você ser ou não uma Bruxa, confesso que isso e algo que ainda assombra minha mente e coração, porém, qualquer jovem que consiga li dar com o ímpeto desses jovens de forma tão bela e respeitosa, merece meu respeito. O senhor também, Mestre, por controlar pessoas de tão diferentes personalidades e fazê-los seguirem a finco suas ordens, merece meu respeito e consideração.
- Pode me chamar de Rizen, o senhor é nosso convidado e não nosso soldado. Apesar de duras, as palavras ditas por Rizen, soram em o leve tom divertido.
Sophia, como Atena fora chamada por um longo tempo antes de despertar, fitou um velho homem, de expressões fortes e serenas, de rosto enrugado e cabelos branquíssimos, se aproximar. Dom Rafael III, o senhor de idade que Atena observara, se aproximou e fixou seu olhar na bela Deusa de cabelos lilases.
- Vou contar o motivo de Sua Santidade, o Papa Clemente III me enviar para cá. Vou contar-lhe o real motivo do confronto que está para eclodir na terra Santa de Jerusalém e seus povos...